Por Frank Allred
Por
trás de todas essas falsas esperanças está o pecado da soberba. A
pessoa que tem uma forma de religião presume que seu cumprimento de
obrigações religiosas o colocará nas boas graças de Deus. A pessoa
supersticiosa presume que é do seu interesse praticar certos ritos e
gestos religiosos, e a pessoa farisaica presume que ela é boa o
suficiente para ir ao céu pelos seus próprios méritos.
Uma
pessoa presunçosa é aquela que toma as coisas por certo. Em questões de
religião, ela é uma pessoa que pensa que pode confiar nas suas próprias
ideias não averiguadas sobre Deus. Ela baseia sua "fé" em vagas noções
sobre a bondade de Deus. Ela faz as pazes consigo mesma ao ignorar a
evidência das Escrituras e reprimindo sua consciência. A presunção não
tem limites. Ela pode se desfazer do inferno simplesmente ao
considerá-lo como uma ideia pouco atraente e consegue transformar o céu
num lugar onde os ímpios descansam em paz. A esperança que a presunção
oferece é tão real quanto o pote de ouro no fim do arco-íris, isto é,
esperança nenhuma.
Ao
enfrentar decisões importantes na vida, a maioria das pessoas é sábia o
bastante para não presumir nada. Quando elas estão doente, consultam o
médico; quando estão comprando uma casa, chamam uma avaliador; quando
estão comprando um carro usado; pedem para um bom mecânico examiná-lo.
No entanto, quando se diz respeito à questão mais importante de todas - o
destino eterno delas - muitas pessoas estão preparadas para confiar nas
suas próprias presunções e não fazem nenhum esforço para descobrir a
verdade. A explicação para esse comportamento tolo não é difícil de
encontrar. Não é preciso engolir o orgulho para consultar o médico, o
avaliador ou o mecânico. Todavia, o cristianismo lida com questões de
pecado e culpa. E visto que a pessoa presunçosa se considera tão
bem-informada como qualquer outra pessoa, ela não admitirá sua
necessidade de orientação sobre a salvação. Seu próprio bom senso, pensa
ela, é tão bom quanto o de qualquer outra pessoa e é só isso que
importa.
O
pecado da presunção impediu que os israelitas entrassem na terra
prometida. Quando chegou a hora de capturar a terra, eles se recusaram a
confiar em Deus; em vez disso, confiaram em seu próprio discernimento.
Entretanto, quando ouviram qual seria seu castigo (nem um deles jamais
veria a terra), mudaram de ideia e decidiram atacar. "Por que transgredis o mandado do Senhor?" indagou Moisés.
"Pois isso não prosperará. Não subais, pois o Senhor não estará no meio
de vós, para que não sejais feridos diante dos vossos inimigos."
Contudo, persistiram e sua presunção levou a uma derrota humilhante
(Números, capítulo 14). Essas coisas foram escritas para o nosso
conhecimento - nossa "terra prometida" não será ganha ao seguirmos
nossos próprios planos presunçosos, e sim ao confiarmos na Palavra de
Deus (Hebreus 4.1-3).
***
Fonte: Como Posso Eu ter Certeza? Ed. PES, págs. 77 e 78.
Via: 2Timóteo 3.16
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