Isvonaldo sou Protestante

Isvonaldo sou Protestante

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013



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Por Denis Monteiro

O mais famoso herege do séc. XXI está a cada dia mais se superando. Em seu novo artigo, baseado na tragédia que ocorreu em Santa Maria, ele disse que o ocorrido foi um ato contingente.

Ricardo Gondim define o termo "contingência" da seguinte forma:

"contingência significa que há acontecimentos desnecessários."

Ou seja, Ricardo está dizendo que tudo o que acontece não há nenhum propósito para acontecer. Seguindo este raciocínio, Gondim está dizendo que há um agente, que não é Deus, que está agindo mas com nenhum propósito para tal ação. Gondim diz que se falarmos que tais eventos são de permissão Divina e de um destino, este destino tem que ser com um "D" maiúsculo que tendem ao fatalismo, algo distinto da contingência.

Pretendo mostrar neste artigo uma refutação, em breves palavras, a essa posição que é expressa no artigo do cujo pastor. A contingência.

Será que o que ocorre na humanidade e no mundo é produzido indeterminadamente? Não!

Tudo que existe possui uma explicação para sua existência, seja necessidade de sua existência, seja em uma causa externa (Necessidade: qualidade de ou o que é necessário; causa: aquilo ou aquele que faz que uma coisa exista que determina um acontecimento).

A Bíblia mostra claramente que tudo o que existe tem um limite e se há um limite já está estabelecido o seu fim. Jó mostra claramente que o homem é criado com seus "dias determinados" e que com limites estabelecidos; Visto que os seus dias estão determinados, contigo está o número dos seus meses; e tu lhe puseste limites, e não passará além deles. (Jó 14.5). Jó, para Gondim, deve estar errado. Jó está mostrando que o homem é criado com uma determinação e com limites estabelecidos e que ninguém o pode ir além daquilo que foi determinado. Jó não crê em contingência, mas crê na regência de um Deus todo poderoso sobre todas as coisas.

Será que o Ricardo Gondim está certo em afirmar que a crenca popular "de que só se morre quando chega a hora" tende ao fatalismo é verdadeiro? Não!

Primeiramente, a teologia reformada não crê em fatalismo. Mesmo que Deus determinou todas as coisas, os Homens são responsáveis por seus atos. Posso dar um exemplo à essa possível contradição da seguinte maneira, como explica Heber Carlos de Campos em seu livro O ser de Deus e suas obras: A providência e sua realização histórica (pag. 43; Ed. Cultura Cristã). Deus havia dado alguns anos de estio à terra de Samaria e veio uma grande extrema sobre ela (1 Rs 18.2). Elias era o profeta naquela época. Deus havia determinado dar chuva para regar a terra, pois ele anunciara de antemão a Elias o seu propósito. Veja o que ele diz a Elias: “Vai, apresenta-te a Acabe, porque darei chuva sobre a terra” (1 Rs 18.1), mas o fato de saber de antemão que Deus haveria de mandar chuva, Elias orou para que chovesse (Tg 5.17-18) [...] Os planos são de Deus e na sua realização ele usa os instrumentos ou as causas secundárias.

Como foi mostrado anteriormente, Deus estabeleceu limites em tudo o que ele criou. Deus não é um relojoeiro inexperiente que fez um relógio só que agora não sabe como o consertar. Deus não é um engenheiro que criou algo que possa matar ele mesmo. Deus é um criador eternamente inteligente e tudo o que ele criou, o criou para a glória dele mesmo. Sendo assim, os Homens também foram criados com limites estabelecidos, como mostrei acima. Mas veja o que diz o salmista:

"Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir." (Salmos 139:16 - NVI).

O salmista é muito claro em dizer que antes que viéssemos a existir Deus já determinou os nossos dias e já foram escritos "e não passará além deles." (Jó 14:5).

Este mesmo Deus que determinou todos os nossos dias é "o mesmo que mata e preserva a vida; ele faz descer à sepultura e dela resgata. O Senhor é quem dá pobreza e riqueza; ele humilha e exalta." (1 Samuel 2:6-7 - NVI).

"E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação;" (Atos 17:26 grifo meu)

Para Ricardo Gondim "[a] vida será sempre imprecisa e efêmera". Mas prefiro ficar com o que diz Eclesiastes 3.1-10 "Tudo tem um tempo determinado". Ou seja, tudo tem um propósito para acontecer e se vier acontecer, veio acontecer porque Deus quis que acontecesse.


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Por Augustus Nicodemus Lopes

Um número razoável de cientistas e filósofos ateus ou agnósticos vem em anos recentes engrossando as fileiras daqueles que expressam dúvidas sérias sobre a capacidade da teoria da evolução darwinista para explicar a origem da vida e sua complexidade por meio da seleção natural e da natureza randômica ou aleatória das mutações genéticas necessárias para tal.

Poderíamos citar Anthony Flew, o mais notável intelectual ateísta da Europa e Estados Unidos que no início do século XXI anunciou sua desconversão do ateísmo darwinista e adesão ao teísmo, por causa das evidências de propósito inteligente na natureza. Mais recentemente o biólogo molecular James Shapiro, da Universidade de Chicago, ele mesmo também ateu, publicou o livro Evolution: A View from 21st Century onde desconstrói impiedosamente a evolução darwinista.

Thomas Nagel
E agora é a vez de Thomas Nagel, professor de filosofia e direito da Universidade de Nova York, membro da Academia Americana de Artes e Ciências, ganhador de vários prêmios com seus livros sobre filosofia, e um ateu declarado. Ele acaba de publicar o livro Mind & Cosmos (“Mente e Cosmos”) com o provocante subtítulo Why the materialist neo-darwinian conception of nature is almost certainly false (“Por que a concepção neo-darwinista materialista da natureza é quase que certamente falsa”), onde aponta as fragilidades do materialismo naturalista que serve de fundamento para as pretensões neo-darwinistas de construir uma teoria do todo (Não pretendo fazer uma resenha do livro. Para quem lê inglês, indico a excelente resenha feita por William Dembski e o comentário breve de Alvin Plantinga).

Estou mencionando estes intelectuais e cientistas ateus por que quando intelectuais e cientistas cristãos declaram sua desconfiança quanto à evolução darwinista são descartados por serem "religiosos". Então, tá. Mas, e quando os próprios ateus engrossam o coro dos dissidentes?

Neste post eu gostaria apenas de destacar algumas declarações de Nagel no livro que revelam a consciência clara que ele tem de que uma concepção puramente materialista da vida e de seu desenvolvimento, como a evolução darwinista, é incapaz de explicar a realidade como um todo. Embora ele mesmo rejeite no livro a possibilidade de que a realidade exista pelo poder criador de Deus, ele é capaz de enxergar que a vida é mais do que reações químicas baseadas nas leis físicas e descritas pela matemática. A solução que ele oferece – que a mente sempre existiu ao lado da matéria – não tem qualquer comprovação, como ele mesmo admite, mas certamente está mais perto da concepção teísta do que do ateísmo materialista do darwinismo.

Ele deixa claro que sua crítica procede de sua própria análise científica e que mesmo assim não será bem vinda nos círculos acadêmicos:

“O meu ceticismo [quanto ao evolucionismo darwinista] não é baseado numa crença religiosa ou numa alternativa definitiva. É somente a crença de que a evidência científica disponível, apesar do consenso da opinião científica, não exige racionalmente de nós que sujeitemos este ceticismo [a este consenso] neste assunto” (p. 7).

“Eu tenho consciência de que dúvidas desta natureza vão parecer um ultraje a muita gente, mas isto é porque quase todo mundo em nossa cultura secular tem sido intimidado a considerar o programa de pesquisa reducionista [do darwinismo] como sacrossanto, sob o argumento de que qualquer outra coisa não pode ser considerada como ciência” (p.7).

Ele profetiza o fim do naturalismo materialista, o fundamento do evolucionismo darwinista:

“Mesmo que o domínio [no campo da ciência] do naturalismo materialista está se aproximando do fim, precisamos ter alguma noção do que pode substitui-lo” (p. 15).

Para ele, quanto mais descobrimos acerca da complexidade da vida, menos plausível se torna a explicação naturalista materialista do darwinismo para sua origem e desenvolvimento:


“Durante muito tempo eu tenho achado difícil de acreditar na explicação materialista de como nós e os demais organismos viemos a existir, inclusive a versão padrão de como o processo evolutivo funciona. Quanto mais detalhes aprendemos acerca da base química da vida e como é intrincado o código genético, mais e mais inacreditável se torna a explicação histórica padrão [do darwinismo]” (p. 5).

“É altamente implausível, de cara, que a vida como a conhecemos seja o resultado da sequência de acidentes físicos junto com o mecanismo da seleção natural” (p. 6).

Não teria havido o tempo necessário para que a vida surgisse e se desenvolvesse debaixo da seleção natural e mutações aleatórias:

“Com relação à evolução, o processo de seleção natural não pode explicar a realidade sem um suprimento adequado de mutações viáveis, e eu acredito que ainda é uma questão aberta se isto poderia ter acontecido no tempo geológico como mero resultado de acidentes químicos, sem a operação de outros fatores determinando e restringindo as formas das variações genéticas” (p. 9).

Nagel surpreendentemente defende os proponentes mais conhecidos do design inteligente:

“Apesar de que escritores como Michael Behe e Stephen Meyer[1] sejam motivados parcialmente por suas convicções religiosas, os argumentos empíricos que eles oferecem contra a possibilidade da vida e sua história evolutiva serem explicados plenamente somente com base na física e na química são de grande interesse em si mesmos... Os problemas que estes iconoclastas levantam contra o consenso cientifico ortodoxo deveriam ser levados a sério. Eles não merecem a zombaria que têm recebido. É claramente injusta” (p.11).

Num parágrafo quase confessional, Nagel reconhece que lhe falta o sentimento do divino que ele percebe em muitos outros:

“Confesso um pressuposto meu que não tem fundamento, que não considero possível a alternativa do design inteligente como uma opção real – me falta aquele sensus divinitatis [senso do divino] que capacita – na verdade, impele – tantas pessoas a ver no mundo a expressão do propósito divina da mesma maneira que percebem num rosto sorridente a expressão do sentimento humano” (p.12).

Para Nagel, o evolucionismo darwinista, com sua visão materialista e naturalista da realidade, não consegue explicar o que transcende o mundo material, como a mente e tudo que a acompanha:

“Nós e outras criaturas com vida mental somos organismos, e nossa capacidade mental depende aparentemente de nossa constituição física. Portanto, aquilo que explicar a existência de organismos como nós deve explicar também a existência da mente. Mas, se o mental não é em si mesmo somente físico, não pode, então, ser plenamente explicado pela ciência física. E então, como vou argumentar mais adiante, é difícil evitar a conclusão que aqueles aspectos de nossa constituição física que trazem o mental consigo também não podem ser explicados pela ciência física. Se a biologia evolutiva é uma teoria física – como geralmente é considerada – então não pode explicar o aparecimento da consciência e de outros fenômenos que não podem ser reduzidos ao aspecto físico meramente” (p. 15).

“Uma alternativa genuína ao programa reducionista [do darwinismo] irá requerer uma explicação de como a mente e tudo o que a acompanha é inerente ao universo” (p.15).
“Os elementos fundamentais e as leis da física e da química têm sido assumidos para se explicar o comportamento do mundo inanimado. Algo mais é necessário para explicar como podem existir criaturas conscientes e pensantes, cujos corpos e cérebros são feitos destes elementos” (p.20).

Menciono por último a perspicaz observação de Nagel, que se a mente existe porque sobreviveu através da seleção natural, isto é, por ter se tornado na coisa mais esperta para sobreviver, como poderemos confiar nela? E aqui ele cita e concorda com Alvin Plantinga, um filósofo reformado renomado:

“O evolucionismo naturalista provê uma explicação de nossas capacidades [mentais] que mina a confiabilidade delas, e ao fazer isto, mina a si mesmo” (p. 27).
“Eu concordo com Alvin Plantinga que, ao contrário da benevolência divina, a aplicação da teoria da evolução à compreensão de nossas capacidades cognitivas acaba por minar nossa confiança nelas, embora não a destrua por completo. Mecanismos formadores de crenças e que têm uma vantagem seletiva no conflito diário pela sobrevivência não merecem a nossa confiança na construção de explicações teóricas do mundo como um todo... A teoria da evolução deixa a autoridade da razão numa posição muito mais fraca. Especialmente no que se refere à nossa capacidade moral e outras capacidades normativas – nas quais confiamos com frequência para corrigir nossos instintos. Eu concordo com Sharon Street [professora de filosofia na Universidade de Nova York] que uma auto-compreensão evolucionista quase que certamente haveria de requerer que desistíssemos do realismo moral, que é a convicção natural de que nossos juízos morais são verdadeiros ou falsos independentemente de nossas crenças” (p.28).

Não consegui ler Nagel sem lembrar do que a Bíblia diz:

"Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim" (Eclesiastes 3:11).

"De um só Deus fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós" (Atos 17:26-27).

Nagel tem o sensus divinitatis, sim, pois o mesmo é o reflexo da imagem de Deus em cada ser humano, ainda que decaídos como somos. Infelizmente o seu ateísmo o impede de ver aquilo que sua razão e consciência, tateando, já tocaram.

Nota:
[1] Os dois são os mais conhecidos defensores da teoria do design inteligente. Ambos já vieram falar no Mackenzie sobre este assunto.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013


A TRAGÉDIA DE SANTA MARIA

Por Solano Portela
A tragédia de Santa Maria está na mente de todos os brasileiros. Mais de 230 mortes – a maioria de jovens, deixando centenas de famílias enlutadas, como consequência do terrível incêndio. O que era uma noite de diversão transformou-se em um rio de lágrimas que transborda por todo o país. Mais uma vez, as últimas viradas de anos têm sido marcada por tragédias. Em janeiro de 2011, avalanches de terra e enchentes ceifaram centenas de vidas, na região serrana do Rio. Em 2008/2009 foram inundações e deslizamentos assoladores em Santa Catarina. Na transição 2009/2010 tivemos também mortes e prejuízos causados pelas águas, no sudeste do Brasil. Naquela ocasião escrevíamos, também, sobre o terremoto no Haiti e choramos com o conseqüente sofrimento chocante e intenso daquele evento que dizimou cerca de 200 mil pessoas. Três anos depois, aquele povo ainda geme com a orfandade, dissolução social, promessas não cumpridas pela “comunidade internacional” e com a extrema e endêmica corrução arraigada naquela terra. Isso porque ainda não nos saiu da memória o Tsunami de 26.12.2004, no Oceano Índico, quando pereceram cerca de 220 mil pessoas, situação recentemente lembrada no filme “O Impossível”.
Enquanto vemos as cenas de dor e tristeza, e avaliamos tudo isso, somos levados às Escrituras para procurar alguma compreensão trazida pelo próprio Deus, para esses desastres. É no meio dessas circunstâncias que decidimos recolocar aqui alguns pensamentos que já foram expressos neste Blog em posts anteriores.
Na ocorrência de tragédias devemos resistir à tentação de procurar respostas que diminuem a bíblica soberania e majestade de Deus, e conseqüentemente não fazem justiça à sua pessoa, ou aquelas que nos colocam com Deus – pontificando um julgamento divino sobre a situação imediata da ocorrência. Tais “explicações”, “conclusões” e “construções” aparentam ser plausíveis, mas revelam-se meramente humanas, pois contrariam a revelação das Escrituras. Esses tipos de respostas sempre aparecem, quando ocorrem desastres; quando diversas vidas são ceifadas e pessoas que estavam entre nós desaparecem, de uma hora para outra. Interpretações estranhas dessas circunstâncias não são novidade e nem têm surgido apenas em nossos dias.
Por exemplo, em novembro de 1755 a cidade de Lisboa foi praticamente arrasada por um grande terremoto. A conclusão emitida por padres jesuítas foi a de que: “Deus julgou e condenou Lisboa, como outrora fizera com Sodoma”. Voltaire (François Marie Arouet), que era um deísta, escreveu em 1756 “Poemas sobre o desastre em Lisboa”. Ali, ele culpa a natureza e a chama de malévola, deixando no ar questionamentos sobre a benevolência de Deus. Jean Jacques Rousseau, respondeu com “Carta sobre a providência”. Nela ele culpa “o homem” como responsável pela tragédia. Ele aponta que, em Lisboa, existiam “20 mil casas de seis ou sete andares” e que o homem “deveria ter construído elas menores e mais dispersas”. Ou seja, procurando “inocentar a Deus e a natureza” ele coloca a agência da tragédia no desatino dos homens, de maneira bem semelhante à que os especialistas contemporâneos e comentaristas da mídia adoram fazer.[1]
Quando do terremoto no Haiti, à semelhança do que ocorreu no Tsunami, alguns depoimentos de pastores, que li, falavam sobre a “mão pesada de Deus, em julgamento”; opinião semelhante à emitida quando do acidente com o avião que transportava o grupo “Mamonas Assassinas”, em 1996. No entanto, nenhuma pessoa tem essa capacidade de julgamento, que reflete apenas orgulho e prepotência.
Mas outros procuram uma teologia estranha às Escrituras, para “isolar” Deus da regência da história. São os mesmos que, quando da ocorrência do Tsunami e do acidente ocorrido com o Vôo 447 da Air France em junho de 2009, emitiram a seguinte conclusão: “Diante de uma tragédia dessa magnitude, precisamos repensar alguns conceitos teológicos” (veja as excelentes reflexões sobre esse último desastre, no post do Augustus Nicodemus, neste mesmo blog). No entanto, em vez de formularmos nossa teologia pelas experiências, voltemo-nos ao ensinamento do próprio Jesus.
Graças a Deus que temos, em Lucas 13.1-9, instrução pertinente sobre como refletir sobre desastres e tragédias. A primeira tragédia tratada é aquela gerada por homens (Vs 1-3). Certos galileus haviam sido mortos por soldados de Pilatos. A Bíblia diz que “alguns” colocaram-se como críticos e juízes (a resposta de Jesus infere isso); deduziram que aqueles que haviam sofrido violência humana, sangue derramado por armas (um paralelo às situações que vivemos nos nossos dias) seriam mais pecadores do que os demais. No entanto, o ensino ministrado pelas Escrituras é o seguinte: Não vamos nos colocar no lugar de Deus. Não vamos nos concentrar em um possível juízo ou julgamento sobre as vítimas. Jesus, em essência diz: cuidem de si mesmos! Constatem os seus pecados! Arrependam-se!
Mas ele nos traz, também, um segundo tipo de tragédias. Esta que é referida é semelhante, guardadas as proporções, a essas enchentes e deslizamentos, ou ao terremoto do Haiti. São tragédias classificadas como “fatalidades”. Jesus fala da Torre de Siloé. O texto (Vs 4-5) diz que ela desabou, deixando 18 mortos. Jesus sabia que mesmo quando, aos nossos olhos, mortes ocorrem como conseqüência de acidentes, isso não impede que rapidamente exerçamos julgamento; não impede que tentemos nos colocar no lugar de Deus. E Jesus pergunta, sobre os que pereceram: “Acham que eram mais culpados do que todos os demais habitantes da cidade”? O ensino é idêntico: Não se coloquem no lugar de Deus; não se concentrem em um possível juízo ou julgamento sobre as vítimas; cuidem de si mesmos! Constatem a sua culpa! Arrependam-se!
O surpreendente é que Jesus passa a ilustrar o seu ensino com uma parábola (Vs.6-9). Ele fala de uma figueira sem fruto. Aparentemente, a parábola não teria relação com as observações prévias, mas, na realidade, tem. Ela nos ensina que vivemos todos em “tempo emprestado” pela misericórdia divina. O texto nos ensina que:
• Figueiras existem para dar frutos – o homem vinha procurar frutos – essa era sua expectativa natural. Todos nós fomos criados para reconhecer a Deus e dar frutos. Esse é o nosso propósito original.
• Figueiras sem frutos “ocupam inutilmente a terra”. O corte é iminente, e justificado a qualquer momento.
• O escape: É feito um apelo para que se espere um pouco mais, na esperança de que, bem cuidada e adubada, a figueira venha a dar fruto e escape do corte.
• Lições para o vizinho? Jesus não apresenta a figueira como um paralelo para fazermos uma comparação com outras pessoas – cujas existências foram ceifadas como vítimas de violência ou fatalidades. Ele quer que nos concentremos em nós mesmos, em nossas próprias vidas, pecados e na necessidade de arrependimento.
• Tempo emprestado: O que ele está ensinando e ilustrando, aqui, é que nós, você e eu, como os habitantes de Santa Maria, as vítimas do Tsunami, na Ásia, ou os habitantes do Haiti, vivemos em tempo emprestado; vivemos pela misericórdia de Deus; vivemos com o propósito de frutificar, de agradar o nosso proprietário e criador.
Creio que a conclusão desse ensino, é que, conscientes da soberania de Deus e de que ele sabe o que deve ser feito, não devemos insistir em procurar grandes explicações para as tragédias e fatalidades. Jesus nos ensina que teremos aflições neste mundo (João 1.33) – essa é a norma de uma criação que geme na expectativa da redenção. 1 Pe 4.19 fala dos que sofrem segundo a vontade de Deus. Lemos que não devemos ousar penetrar nos propósitos insondáveis de Deus; não devemos “estranhar” até o “fogo ardente” (1 Pe 4.12).
Assim, as tragédias, desde as locais pessoais até as gigantescas, de características nacionais e internacionais, são lembretes da nossa fragilidade; de que a nossa vida é como vapor; de que devemos nos arrepender dos nossos pecados; de que devemos viver para dar frutos.
Também, não cometamos o erro de diminuir a pessoa de Deus, indicando que ele está ausente, isolado, impotente. Como tantas vezes já dissemos, “Deus continua no controle”. Lembremos-nos de Tiago 4.12: “um só é legislador e juiz – aquele que pode salvar e fazer perecer”. Não sigamos, portanto, nossas “intuições”, no nosso exame dos acontecimentos, mas a Palavra de Deus. Como nos instrui 1 Pe 4.11: “ se alguém falar, fale segundo os oráculos de Deus”.
Em adição a tudo isso, não podemos cometer o erro de ser insensíveis às tragédias – Pv 17.5 diz: “o que se alegra na calamidade, não ficará impune”; mesmo perplexos, sabendo que não somos juízes nem videntes. Devemos nos solidarizar com as vítimas, na medida do possível e atravessar portas de contato e transmissão das boas novas divinas àqueles que Deus venha, porventura, colocar em nosso caminho.
Solano Portela
[1] Folha de S. Paulo 28/12/2004; Jornal do Commércio – Recife – 2/1/2005, de onde foram extraídas as citações desse trecho.
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Fonte: O Tempora! O Mores! Divulgação: Púlpito Cristão.




O Movimento pela Ética Evangélica Brasileira é um movimento de expressão nacional, que surgiu como a manifestação de uns poucos em resposta a escândalos protagonizados por lideranças evangélicas. Este pequeno grupo não tinha a intenção de iniciar um movimento, nem a expectativa de que tantos, em diversos Estados, viessem a aderir à nossa causa e promover manifestações em outras localidades. Por se tratar de um movimento ainda jovem, ainda estamos por definir muito a respeito de nossa organização, porém, reconhecemos na pessoa do Pr. Paulo Siqueira, idealizador e promotor deste movimento, nosso representante. Ele propôs, organizou e esteve à frente deste movimento em São Paulo desde a primeira manifestação deste grupo e tem prestado apoio para as demais expressões deste movimento em todo o território nacional.
O objetivo deste movimento é ser uma voz da Igreja, pela Igreja e para a Igreja, denunciando a corrupção ética, a incoerência entre discurso e prática, assim como destacando a beleza da Igreja que tem agido mesmo não recebendo o devido destaque, destaque este que, infelizmente, tem sido dado somente aos escândalos que nos dividem e nos alienam.
Somos um grupo interdenominacional e, por assim ser, não defendemos uma linha doutrinária específica. Mesmo assim, reconhecemos que a doutrina que nos é comum transcende nossas diferenças e encontramos nela o parâmetro para avaliar o discurso e a ação da Igreja no Brasil. Concordamos com os credos antigos, temos a Bíblia como nossa regra de fé e prática e buscamos depender da orientação e da proteção do Espirito Santo de Deus para que a Verdade nos seja cada vez mais clara e para que nossas mentes não deturpem a Verdade conformando-a aos nossos desejos, anseios e percepções pessoais.
Não concordamos com algumas doutrinas onde o ensino se centraliza na satisfação dos desejos e vontades dos fiéis, ao invés da vontade de Deus; onde nosso Deus é trasvestido como sendo um deus mesquinho que negocia curas, milagres e prosperidade em troca da devoção e sacrifícios dos fiéis, sacrifícios estes que muitas vezes se caracterizam pela exploração financeira dos fiéis; que possibilitam que líderes eclesiásticos se utilizam de sua influência para manipular politicamente os fiéis em favor de interesses particulares; onde se descontextualizam passagens e versículos bíblicos, de modo que justifiquem qualquer doutrina de interesse privado; que favorecem a construção de grandes templos, catedrais, estratégias imperialistas e manutenção da maquina eclesiástica mas que muito pouco fazem por aqueles que precisam, esquecendo-se daqueles que a Bíblia chama de “órfãos, viúvas e estrangeiros. Por isso defendemos por meio de nosso protesto que os fiéis busquem aprender a ler a Palavra de Deus destituídos de lentes doutrinárias, que estes busquem ferramentas que os possibilitem avaliar o ensino que tem recebido e que, uma vez que encontrem desvios entre a Palavra de Deus e o ensino que tem recebido, procurem seus mestres/pastores e os exortem em amor a um caminho mais excelente. Cremos que uma Igreja que saiba manejar bem as Escrituras e que nelas busca direção dificilmente se dobrará a qualquer vento de doutrina que contrarie a Verdade Bíblica. Cremos que o conhecimento verdadeiro do Evangelho é essencial para o amadurecimento da Igreja.
Reconhecemos que a Igreja é a noiva de Cristo apesar de, no momento, estar dividida e contaminada pelo pecado. Não temos expectativas de que nossas ações venham a ser a solução para essa divisão e para essa contaminação – cremos que a ação redentiva para a Igreja se encontra em Jesus, e somente em seu Governo esta será totalmente purificada e restaurada. Dessa forma, nossa voz tem como propósito:
1) destacar para a sociedade que existem aqueles que não concordam com a corrupção ética evidente em muitas de nossas lideranças e em muitos cristãos de forma geral;
2) animar e fortalecer a Igreja de Jesus, que se sente acuada, constrangida e sozinha, lembrando-a que Jesus já havia dito que dias como os nossos chegariam e que nosso chamado a sermos luz se faz ainda mais necessário em nossos dias;
3)denunciar o pecado em nosso meio, não como forma de atacar lideres e Ministérios específicos, mas desvinculado a denúncia, tornando-a uma declaração universal não dirigida – reconhecemos que essa tarefa é particularmente difícil, porém temos pedido orientação e discernimento para que possamos fazê-la;
4)persuadir lideranças e cristãos de forma geral a refletirem sobre suas ações, suas intenções, sua doutrina, suas posturas e comportamento;
5)incentivar, acolher e apoiar lideranças que, reconhecendo o seu pecado e o impacto desse sobre a Igreja, queiram mudar;
6)incentivar ações que entendemos como próprias aos filhos de Deus;
7)promover a unidade na Igreja.
Reafirmamos que nosso movimento é totalmente pacífico, condizente com o que é esperado de cristãos. Reconhecemos que temos total direito de nos manifestar através de faixas e camisetas, pois no atual Estado de direito é garantida a livre expressão. Nossas faixas e camisetas não se referem a nenhum líder ou denominação em especial, pois buscamos apontar os ensinos enganosos atribuídos ao nome de Jesus Cristo. Reafirmamos nosso amor e compromisso para com a Igreja de Cristo, e nossa manifestação não passa de uma das formas que encontramos de exercer nosso amor e compromisso para com Cristo e para com a Igreja. 
Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos,
Movimento pela Ética Evangélica Brasileira
Voltemos ao evangelho puro e simples, o $how tem que parar!
A Deus, toda a honra e toda a glória para sempre.

Posted: 28 Jan 2013 01:46 PM PST

Oi pessoal!
Este é mais um dos meus post-desabafos do Facebook que achei legal compartilhar com vocês.
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Pessoal, olha só, sei que eu já falei sobre isso, mas vou falar de novo.
Você acha mesmo que pessoas que pregam riquezas nessa terra devem ser chamados de Cristãos?

Como podem fazê-lo se o próprio Jesus disse: "Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consumem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração." - Mateus 6.19-34

Quando eu critico esse tipo de pregação e esse tipo de líder religioso, não é por ódio. É por amor! É por amor à Deus e à Sua Palavra.
É por amor a você, que fica bravo comigo porque estou "tocando nos ungidos".
Eu não suporto ver que você está indo na direção de uma cova e não fazer nada.

Você pode me detestar, você pode me excluir do Facebook (aliás, se já excluiu, vc nem verá este post), mas me diga, o que eu prego é doutrina de homens ou de Deus?
Quando foi que eu fiz qualquer crítica que não se baseasse na Palavra de Deus?

Pode parecer que eu odeio esses líderes religiosos a quem critico, mas isso não é verdade. Deus sabe que não. Deus sabe que eu oro constantemente pela conversão de cada um deles. Deus sabe que eu peço que eles voltem de onde caíram.

Peço à Deus também que eu não venha a cair, que eu não venha a me achar o "dono da verdade", termo que me arrepia, só de pensar.

Meu objetivo não é fazer você pensar igual a mim, mas fazê-lo pensar, somente.
Meu objetivo é fazer você comparar o que estes lobos estão pregando para as suas ovelhas com as palavras verdadeiras de Jesus.

E tudo isso não tem outro objetivo a não ser abrir seus olhos, e isso, porque amo você.
É por isso que critico.


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Por Paul Tripp


É importante reconhecer o fruto de autoglorificar-se em você e em seu ministério. Que Deus use esta lista para lhe conceder sabedoria diagnóstica. Que ele use esta lista para expor seu coração e redirecionar seu ministério.

Autoglorificar-se fará com que você:

1. Ostente em público o que deveria ser mantido em particular.

Os fariseus são um vívido exemplo primário para nós. Porque eles viam suas vidas como gloriosas, eles eram ligeiros em ostentar essa glória diante dos olhos de quem estivesse vendo. Quanto mais você pensa que você já chegou lá, e quanto menos você vê a si mesmo como necessitando de graça resgatadora, mais você tenderá à autorreferência e à autocongratulação. Por você estar atento à autoglorificação, você vai trabalhar para conseguir maior glória mesmo quando não estiver consciente de que está fazendo isso. Você tenderá a contar histórias pessoais que fazem de você o herói. Você encontrará maneiras, em cenários públicos, de falar de atos privados de fé. Por você se achar digno de aplausos, você buscará os aplausos de outros encontrando maneiras de apresentar a si mesmo como “piedoso”.

Eu sei que a maioria dos pastores lendo esta coluna pensarão que nunca fariam isso. Mas estou convencido de que há mais “desfile de piedade” no ministério pastoral do que tendemos a pensar. Esta é uma das razões pelas quais eu acho conferências pastorais, reuniões de presbitério, assembleias gerais, convenções, e reuniões de plantação de igreja desconfortáveis às vezes. Após uma sessão ao redor da mesa, essas reuniões podem se degenerar a um “concurso de cuspe” de ministério pastoral, onde somos tentados a menos do que honestos sobre o que de fato está acontecendo em nossos corações e em nossos ministérios. Após celebrar a glória da graça do evangelho, há demasiado recebimento de glória autocongratulatória por pessoas que parecem precisar de mais aplausos do que merecem.

2. Seja demasiadamente autorreferente

Todos nós sabemos disso, todos nós já vimos isso, todos nós já ficamos desconfortáveis com isso, e todos nós já fizemos isso. Pessoas orgulhosas tendem a falar muito de si mesmas. Pessoas orgulhosas tendem a gostar mais de suas próprias opiniões do que das opiniões dos outros. Pessoas orgulhosas pensam que suas histórias são mais interessantes e cativantes do que as dos outros. Pessoas orgulhosas pensam que eles sabem e entendem mais do que os outros. Pessoas orgulhosas pensam que conquistaram o direito de serem ouvidas. Pessoas orgulhosas, por basicamente terem orgulho do que sabem e do que fizeram, falam muito sobre ambos. Pessoas orgulhosas não falam a respeito de suas fraquezas. Pessoas orgulhosas não falam a respeito de suas falhas. Pessoas orgulhosas não confessam pecado. Então pessoas orgulhosas são melhores em colocar os holofotes sobre si mesmas do que em refletir a luz de suas histórias e opiniões de volta para a gloriosa e completamente imerecida graça de Deus.

3. Fale quando deveria ficar calado.

Quando você pensa que já chegou lá, você é bem orgulhoso e confiante de suas opiniões. Você confia em suas opiniões, então você não está tão interessado nas opiniões dos outros quanto deveria estar. Você tenderá a querer que seus pensamentos, perspectivas e pontos de vista vençam em qualquer reunião ou conversa. Isso significa que você estará muito mais confortável do que você deveria estar com dominar um grupo com sua conversa. Você falhará em ver que na multidão de conselhos há sabedoria. Você falhará em ver o ministério essencial do corpo de Cristo em sua vida. Você falhará em reconhecer suas tendências e sua cegueira espiritual. Você não irá a reuniões formais ou informais com um senso pessoal de necessidade do que os outros têm a oferecer, e você controlará a conversa mais do que deveria.

4. Fique quieto quando deveria falar.

A autoglorificação pode ir para o outro lado também. Líderes que são muito autoconfiantes, que involuntariamente atribuem a si mesmos o que poderia apenas ser efetuado pela graça, frequentemente veem reuniões como uma perda de tempo. Por serem orgulhosos, eles são muito independentes, então as reuniões tendem a ser vistas como uma interrupção irritante e inútil de uma agenda ministerial já sobrecarregada. Por causa disso, ou eles acabarão com todas as reuniões ou as tolerarão, tentando finalizá-las o mais rápido possível. Então eles não lançam suas ideias para consideração e avaliação porque, francamente, eles não acham que precisam. E quando suas ideias estão na mesa e sendo debatidas, eles não entram na briga, porque eles pensam que o que eles opinaram ou propuseram simplesmente não precisa de defesa. A autoglorificação fará com que você fale demais quando você deveria ouvir, e com que você não sinta necessidade de falar quando você certamente deveria.

5. Se importe demais com o que os outros pensam de você.

Quando você caiu no pensamento de que você é alguma coisa, você quer que as pessoas reconheçam esse “alguma coisa”. Novamente, você vê isso nos fariseus: avaliações pessoais de autoglorificação sempre levam a um comportamento de busca por glória. Pessoas que pensam que chegaram a algum lugar podem se tornar hipersensíveis a como outras pessoas reagem a elas. Por você ser hipervigilante, observando a maneira pela qual as pessoas em seu ministério respondem, você provavelmente nem sequer percebe como você faz as coisas por autoaclamação.

É triste, mas frequentemente ministramos o evangelho de Jesus Cristo por causa de nossa própria glória, não pela glória de Cristo ou a redenção das pessoas sob nossos cuidados. Eu já fiz isso. Eu já pensei durante a preparação de um sermão que um certo ponto, colocado de certa maneira, poderia ganhar um detrator e eu já fiquei observando à procura da reação das pessoas enquanto eu pregava. Nesses momentos, na pregação e na preparação de um sermão, eu abandonei meu chamado como embaixador da eterna glória de outro pelo propósito de conseguir para mim o louvor temporário dos homens.

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Por Paul Tripp. Copyright © 2013 The Gospel Coalition, Inc. Todos os direitos reservados. Usado com permissão. Original: 5 Signs You Glorify Self.

Paul Tripp é pastor, escritor, e conferencista internacional. Ele é presidente do Paul Tripp Ministries e trabalha para conectar o poder transformador de Jesus Cristo ao dia a dia.

Tradução: Alan Cristie – Editora Fiel © Todos os direitos reservados

Fonte: Blog Fiel

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013


VEJA OS 20 VERSÍCULOS QUE PROVAM QUE A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE ESTÁ CERTA

O colunista André Sanches após ler a matéria da revista Forbes a qual listava os 5 pastores mais “abençoado$$” do Brasil resolveu respaldar a Teologia da Prosperidade, exposta escancaradamente por muitos líderes evangélicos. Abaixo você verá, baseado na revela$ão do deu$ (Mamon), os argumentos irrefutáveis.
(Clicando Aqui, você verá a matéria inspiradora, publicada pelo Gospel Mais)
1- “Deus quer te abençoar, mas se você não ofertar, Ele não terá poder de fazer isso por você” (II Heresias 3. 16)
2 – “Você pode desonrar seu pai e sua mãe e até deixá-los passar necessidades, mas nunca seu apóstolo” (I Apostolicensses 1.1)
3 – “A oferta é a alavanca que move a mão de Deus a seu favor” (1 Cretinices 4. 3)
4 – “A fé sem ofertas é morta” ( 1 Dólar 1.8)
5 – “E Jesus entrou em Jerusalém montando seu jumentinho de dez mil talentos” (Juao 15. 23)
6 – “Disse o apóstolo, cheio do espírito, a todos que o ouviam: Minha conta corrente é 1.000/07” (II Conta Corrente 1. 71)
7 – “Assim que a oferta entrar na conta corrente deus dirá ao anjo Money: Destranque as janelas do céu e prenda o devorador na casinha” ( II Malaquias 3.15)
8 – “É com a semente que sai da sua carteira que a obra de deus é realizada na terra” ( I Heresias 2.8)
9 – “Participe das campanhas de vitória financeira e Deus tirará dos ricos e dará a você” (1 Robin Hood 2. 3)
10 – “E alguns paulistanos foram mais nobres que os de Boraceia, pois semearam nesse ministério em dólar.” ( 1 Tio Patinhas 1. 7)
11 – “deus quer te dar a melhor roupa, o melhor carro, a melhor casa… só não te deu ainda porque você não tem determinado isso a ele com fé” (Absurdicensses 1. 25)
12 – “Assim ordenou também o senhor que os que pregam o evangelho que fiquem ricos com o evangelho” ( I Falácia 1. 1)
13 – “Primiciar é mover a mão de Deus a seu favor e a favor dos donos da igreja” ( I Primicias 1. 1)
14 -“Confia no senhor, dê sua oferta, faça sacrifícios financeiros e os seus desígnios serão estabelecidos” (Absurdicensses 8. 32)
15 – “E Gesuis encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e também os cambistas assentados; parabenizou-os pelas boas vendas que faziam, porém, expulsou os que ali oravam e quebrantavam seus corações, mas não ofertavam e nem compravam nada, bem como todo pobre que ali estava, e disse-lhes: A casa me meu pai é casa de negócio e não um covil de doentes e pobres!” (Indireticensses 2.8)
16 – “É mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que entrar alguém que não oferta, que não primicia, que não faz sacrifícios financeiros, nas igrejas da teologia da prosperidade” ( Sofismas 3. 12)
17 – “Porque o amor do dinheiro é a raiz de todas as bênçãos” ( 1 Mamon 1. 1)
18 – “Sacrifícios agradáveis a deus são os dízimos e as ofertas; coração que determina e exige, não os desprezarás, ó deus” (Salmos de Mamon 119. 3)
19 – “O maior mandamento é: Amarás a Mamon, teu deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. O segundo, semelhante a este, é: Honre e oferte aos seus líderes como a ti mesmo” ( 2 Leis de Mamon 2. 15)
20 – “Pelas suas ofertas o conhecereis. Pode, acaso, de um coração cheio de fé e do espírito, sair uma oferta pequena? (Apolion 15. 12)
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Texto parciamente adaptado do Gospel Mais. Achei um barato. (hehe)
Antognoni Misael, próspero de graça e misericórdia de Deus.


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Por Rev. João Ricardo Ferreira de França


A Teologia Sistemática busca apresentar também o ser de Deus e os seus Atributos. Lidar com este tema é fundamental para a vida da Igreja, pois, existe um total desconhecimento de quem seja o Deus que se revela na Igreja de Cristo.

5.1 – O Ser de Deus:

O Catecismo Maior de Westminster (1643-1648) na sua pergunta: Que é Deus? A resposta é a seguinte:

Deus é um espírito, em Si e por Si mesmo infinito em Seu ser, glória, bem-aventurança e perfeição; Todo-Suficiente, eterno, imutável, incompreensível, onipresente, Todo Poderoso, onisciente; sapientíssimo, justíssimo, misericordioso e cheio de graça, longânimo e pleno de verdade.[1]( Trindade. Capítulo 2, seção I)

Esta definição teológica do Catecismo é uma verdade impar, pois, reflete o que as Igrejas herdeiras da Reforma sempre tem acreditado sobre o ser de Deus. A Confissão de Fé de Westminster nos apresenta a mesma tônica:

Há um só Deus vivo e verdadeiro, o qual é infinito em seu ser e perfeições.  Ele é um espírito puríssimo, invisível, sem corpo, membros ou paixões; é imutável, imenso, eterno, incompreensível, - onipotente, onisciente, santíssimo, completamente livre e absoluto, fazendo tudo para a sua própria glória e segundo o conselho da sua própria vontade, que é reta e imutável. É cheio de amor, é gracioso, misericordioso, longânimo, muito bondoso e verdadeiro remunerador dos que o buscam e, contudo, justíssimo e terrível em seus juizos, pois odeia todo o pecado; de modo algum terá por inocente o culpado.[2]

5.1.1 – Deus é Suficiente em si mesmo.

A Confissão de Fé nos mostra com base na Bíblia que Deus é em si mesmo suficiente; o que isto quer dizer? Isto significa que Deus não é dependente da nada ao seu redor para continuar existindo.

Deus tem em si mesmo toda:

a) Vida: ele é si mesmo e de si mesmo toda a vida (João 5.26)
b) Glória: Deus tem toda a glória em si mesmo. Ele é o Deus exaltado em si mesmo (Atos 7.2)
c) bondade: A Teologia Reformada diz que Deus é o supremo bem que homem deve ter. Isso quer dizer que para nós Deus é infinitamente bom (Salmos 119.68).

Isto implica dizer que Deus não precisa de nada ou de ninguém para continuar existindo como Deus. Sua glória não é derivada de alguma coisa que criou. A confissão de Fé diz exatamente isso “Ele é todo suficiente em si e para si, pois não precisa das criaturas que trouxe à existência, não deriva delas glória alguma, mas somente manifesta a sua glória nelas, por elas, para elas e sobre elas”. É nosso propósito viver para a Glória de Deus sem acrescentar nada a esta Glória.

5.1.2 – Deus é o Fundamento de toda a Criação.

Os teólogos de Westminster, juntamente com a Bíblia, declaram que Deus é a razão de existência de tudo o que foi criado. Os teólogos puritanos afirmam isso de forma bem arrojada e segura: “Ele é a única origem de todo o ser; dele, por ele e para ele são todas as coisas e sobre elas tem ele soberano domínio para fazer com elas, para elas e sobre elas tudo quanto quiser.”

A confissão diz que Deus é “a única origem de todo o ser”, então, entendemos que:

a. Deus é a fonte da existência: Isto significa que para nós o mundo não é o resultado de uma explosão (Big-Bang) e nem é o processo de uma geração espontânea (evolucionismo / darwianismo), mas que esta criação tem um único autor que o nosso Deus Trino (Atos 17.24-25)

b. Deus é a única origem indicando que ele é o Soberano sobre a criação: Todas as coisas que existem são dele, por ele e para ele, esta é a linguagem bíblica para descrever a soberania absoluta de Deus sobre todas as coisas que ele criou – ele tem o “soberano domínio para fazer com elas, para elas e sobre elas tudo quanto quiser” o conceito de soberania é ressaltado aqui porque Deus deve ser visto como o governante deste mundo (Rom. 11:36; Apoc. 4:11).

5.2 – Os Atributos de Deus:

Deus se revela por meio de seus atributos, alguns preferem o termo qualidades ou perfeições de Deus, todavia, continuaremos usando o termo usual da Teologia Sistemática – os Atributos de Deus. Os atributos de Deus são classificados em duas categorias: Atributos Incomunicáveis e Atributos Comunicáveis.

5.2.1 – Os Atributos Incomunicáveis:

Definição: Podemos dizer que são os atributos que Deus não comunica ao homem, pois, estes atributos encontram-se somente em Deus.

A unidade de Deus: Antes de considerarmos apropriadamente este assunto, se faz necessário considerar a unidade Deus. Nós presbiterianos acreditamos que há um só Deus, e este é “Vivo e Verdadeiro”.

O texto de Deuteronômio 6.4 nos mostra essa realidade. O termo “único” ocorre no texto para apontar uma “Unidade” não Absoluta, mas para uma “Unidade composta”, ou seja, Deus é um, mas nele há certa pluralidade que o judeu não podia explicar. Este é o indicio da doutrina da Trindade que consideraremos depois.

a) Deus é Infinito em Perfeição:

Deus tem sido caracterizado na Bíblia como um ser infinito. Em profunda perfeição a infinitude de Deus descreve que ele não tem fim, sempre continuará existindo, isto descreve que ele é isento de qualquer limitação, descreve que ele está ausente de qualquer erro em seu ser, e assim, descreve sua perfeição. Veja-se Jó 11.7-10; Salmos 145.3; Mt.5.48.

b) Deus é Imutável:

Outro atributo de Deus que é incomunicável ao homem é chamado de imutabilidade, a imutabilidade de Deus significa que Ele é sempre o mesmo em Seu ser, Ele não muda em sua natureza ontológica. O texto de Tiago. 1.17 nos informa isso. Três coisas podem ser analisadas aqui:

(1) Tudo o que é bom vem de Deus.
(2) Que de Deus as trevas não vem.

(3) Que Deus não pode mudar.

c) Deus é Eterno:

A sua eternidade não pode ser enumerada, somente ele é o ETERNO POR MAGNIFICIENCIA. A eternidade de nossa alma está ligada à criação de Deus. O SENHOR criou o homem para ser eterno, mas a eternidade de Deus é dEle somente.

d) Onipotência:

Creio “em Deus Pai, Todo-Poderoso” esta é a confissão da igreja. O atributo de onipotência cabe somente em Deus que criou o mundo e tudo o que nele existe; ter todo poder significa que Deus pode fazer tudo o que lhe apraz para glorificar o seu próprio nome. Jó 37.23.

e) Onisciente:

Deus conhece todas as coisas em sua totalidade, esse conhecimento não é adquirido, mas é inato em seu ser, Deus não aprende as coisas como acontece conosco, mas ele sabe tudo – alguns chamam isso de conhecimento exaustivo e simultâneo de Deus. Dentro deste atributo podemos incluir a presciência que é fruto deste conhecimento exaustivo de Deus. Romanos 11.34 e 1 Pedro 1.1-2.

f) Onipresença:

O Criador está em todos os lugares e não está limitado a estes lugares. É isto que quer dizer “Onipresença”. Dentro deste atributo encontramos apoio para duas verdades teológicas que são: 1) que Deus é Imanente – está na Criação, mas não é a Criação; 2) que Deus é transcendente – que está ausente na Criação, mas não abandona a Criação e não se funde ou confunde-se com ela. (Salmos 139.7-10).
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Notas:
[1] VOS, Johannes Geerhardus. Catecismo Maior de Westminster Comentado. Tradutor: Marcos Vasconcelos. São Paulo: Os Puritanos, 2007, p. 49.
[2] WESTMINSTER, Confissão de Fé. De Deus e da Santíssima Trindade. Capítulo 2, seção I in:  IN: Símbolos de Fé. São Paulo: Cultura Cristã, 2005, p. 27.

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