Isvonaldo sou Protestante

Isvonaldo sou Protestante

terça-feira, 30 de julho de 2013


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Por André R. Fonseca

Há muitos textos criticando todas as versões bíblicas no site solascriptura-tt.org; com exceção da ACF... é claro! Longe de tratar as coisas como obra de demônios, vamos verificar duas de suas críticas. Será que eles têm razão ou não passam de um bando de ignorantes que não sabem de nada do que falam?

Este artigo é uma resposta ao comentário abaixo:

André, muito bom e claro o seu texto. Eu tinha pensado em comprar uma bíblia da NVI que eu tinha gostado mas fui ver no google sobre essa versão e vi um site que mostra VÁRIOS erros dessa bíblia. Eu fui verificar na bíblia online para comparar a NVI com uma Almeida e percebi esses erros. Olha só esse exemplo que peguei do site: Almeida: At 9:5,6 "E ele disse: Quem és, Senhor? E disse O SENHOR: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. DURO É PARA TI RECALCITRAR CONTRA OS AGUILHÕES. (6) E ELE, TREMENDO E ATÔNITO, DISSE: SENHOR, QUE QUERES QUE EU FAÇA? E DISSE-LHE O SENHOR: Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer." Observe que a NVI e o texto crítico omitem aqui que Cristo é "o Senhor", é Deus, devemos-lhe imediata e total obediência! NVI: "Saulo perguntou: 'Quem és tu, Senhor?' Ele respondeu: 'Eu sou Jesus, a quem você persegue. (6) Levante-se, entre na cidade; alguém lhe dirá o que deve fazer'."
Fui ver por mim mesma na bíblia NVI e não vi as palavras citadas acima em maiúsculo.
Veja esse outro:
Almeida: 1 João 4:3 "E todo o espírito que não confessa que Jesus CRISTO VEIO EM CARNE não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo." A NVI aqui anula que Cristo veio em carne, extirpa que Jesus Cristo (mesmo sempre sendo 100% Deus) encarnou literalmente, teve e sempre terá corpo literal e será 100% homem! NVI: "mas todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus. Este é o espírito do anticristo, a cerca do qual vocês ouviram que está vindo, e agora já está no mundo."
Fui ver esse versículo na biblia NVI e não citam mesmo a frase CRISTO VEIO EM CARNE. Se o irmão puder, confira o site:
Esse site é aquele que defende a versão ACF mas o conteúdo do artigo que fala das omissões da NVI e outras versões eu achei muito importante.
Abraços, Deus lhe abençoe!

Para começar a responder as questões “denunciadas” nesse comentário, precisamos entender um pouco da história de como a Bíblia chegou até nós. Como as questões envolvem textos apenas do Novo Testamento, ficarei restrito às explicações para esse conjunto de livros.

A primeira peça deste quebra-cabeça está na intenção dos autores quando escreveram os documentos que compõem o Novo Testamento. Observe que os documentos do Novo Testamento são cartas e evangelhos basicamente. Dificilmente os autores do Novo Testamento tinham a consciência de que seus escritos se tornariam parte do que eles conheciam como Escrituras. Quando lemos o que Paulo escreveu sobre as Escrituras (toda a Escritura é divinamente inspirada...) ele falava da “Bíblia” que existia em sua época: o Antigo Testamento! Isso é bem óbvio! O Novo Testamento como o conhecemos hoje ainda estava em formação e a coleção desses documentos escritos foram reconhecidos como Escrituras apenas no século IV.

Esses documentos foram escritos em material que facilmente se deteriorava com o tempo e manuseio. Copiar o conteúdo de cada um desses documentos para um novo “papel” era necessário para sua preservação. Percebemos que esses documentos foram espalhados pelas comunidades cristãs (as igrejas) e quem quisesse ter o documento para leitura e consulta em sua comunidade precisaria produzir sua própria cópia do documento. Observe que estamos falando de uma época em que não havia máquinas de xérox, digitalizadores de imagem, impressoras e nem mesmo um arcaico mimeógrafo para fazer as cópias. A primeira máquina para imprimir livros só seria inventada quinze séculos mais tarde! Como eles faziam cópias naquela época? A resposta é simples: na mão!

Havia dois métodos para a produção dessas cópias. A primeira, mais simples e barata, a pessoa interessada na cópia do documento, de posse do original, sentava com uma pena e um papel e fazia sua própria cópia. O segundo método, que não custava nada barato, era contratar o serviço de um profissional: o copista. Quando havia a necessidade de fazer muitas cópias de uma só vez, até setenta copistas sentavam numa sala e uma pessoa ditava o documento original para que os setenta copistas tomassem o ditado, produzindo assim setenta cópias do mesmo documento. Mas na realidade de uma igreja perseguida, composta por comunidades pobres, quem poderia pagar o trabalho de 70 copistas? Provavelmente, a igreja em mutirão copiava os documentos usando o mesmo processo de ditado, mas sem a técnica e o controle de qualidade dos profissionais.

Nesta realidade não fica difícil imaginar a facilidade de produção de textos copiados à mão com baixa qualidade. Falha humana é natural, e imagina naquela época quando os copistas não tinham óculos para enxergar melhor, nem corretor ortográfico dos processadores de textos dos computadores para evitar os erros. E se uma cópia com erro era passada adiante e esta era novamente copiada? Multiplicava-se o erro.

Bem, acontece que os textos foram copiados e copiados para sobreviver ao tempo e para a propagação da mensagem escrita deixada pelos apóstolos, Lucas, o autor desconhecido de Hebreus, Tiago e Judas. É natural admitir que nem todos os textos foram copiados corretamente, e essas divergências (erros de cópias) seriam percebidas apenas quando tivéssemos um bom número de cópias de diferentes datas para comparar.

O primeiro a reunir os melhores textos gregos do Novo Testamento disponíveis em sua época foi Erasmo de Roterdão em 1516. Esse conjunto de manuscritos ficou conhecido como Texto Recebido. Mas também é chamado por Texto Majoritário porque sua orientação de escolha de qual cópia do texto grego selecionar como a melhor estava na maior quantidade de cópias convergentes do texto. Essa obra de Erasmo de Roterdão foi a compilação dos textos do Novo Testamento grego utilizado por João Ferreira de Almeida para a tradução da Bíblia em língua portuguesa, assim como fora também base para a tradução da famosa versão King James.

Acontece que alguns séculos depois muitos outros textos foram descobertos. Esses novos textos estavam melhor preservados e receberam datação muito mais antiga do que os textos de Erasmo. Um novo desafio então surgiu: comparar os textos recém descobertos, que tinham datas muito mais antigas, com os textos deixados por Erasmo. O que os estudiosos perceberam foi que havia muita divergência entre as cópias, e através da análise minuciosa desses textos com suas variantes seria possível descobrir qual era a cópia mais fiel entre elas. Bem, o primeiro pensamento foi: um texto que sofreu menos cópias correu menos riscos de adulteração por falha humana dos copistas. Entendendo como as cópias destes textos eram produzidas nos primeiros séculos seria possível determinar quais tipos de erros os copistas mais cometiam. E assim muitas teorias foram criadas para explicar o porquê dessas divergências entre os novos textos descobertos e os textos de Erasmo. Permita-me citar apenas uma delas:

Já mencionei que muitos copistas poderiam produzir um grande número de cópias através do ditado. No grego há duas letrinhas muito parecidas no som, mas a troca de uma por outra poderia mudar o sentido da palavra. Quem ditava leu uma coisa, mas o copista que tomava o ditado para a cópia ouviu outra coisa diferente. É o caso de Romanos 5:1. Em alguns manuscritos encontramos “tenhamos paz com Deus”, em outros manuscritos consta “temos paz com Deus”. Comparando o que ocorrera no grego com a nossa língua seria ter confundido entre MAL e MAU. É difícil distinguir a diferença entre o L e o U nessas palavras apenas pelo som. Assim como teria sido difícil o copista ter identificado no ditado a diferença em grego entre “temos” e “tenhamos”.

Sabemos também, por análise dos textos, que os copistas, às vezes, tentavam ajustar determinados trechos dos textos copiados, principalmente as citações. E provavelmente foi o que aconteceu com o texto de Atos que você mencionou. Vamos seguir o raciocínio num passo a passo.

1. Lucas registra a história da conversão de Paulo a caminho de Damasco três vezes. A primeira em Atos 9, a segunda em Atos 22:4-11 e a terceira em Atos 26:9-18.

2. Os documentos mais antigos trazem a citação que estaria faltando em Atos 9 somente em Atos 26.

3. Os textos mais recentes, e que sofreram mais cópias, têm o trecho do capítulo 26 repetido no capítulo 9.

A conclusão mais lógica e plausível para explicar essa divergência é admitir que o texto que sofreu mais cópia sofreu uma adulteração. Algum copista achou necessário harmonizar as duas citações. Ele pegou a narrativa mais detalhada em Atos 26 e adicionou o que faltava na narrativa mais breve em Atos 9. Como a NVI segue o texto Crítico, ou seja, o texto resultante da análise crítica de todos os manuscritos já descobertos até hoje, a passagem está como deveria constar no texto original que saiu da pena de Lucas quando ele a escreveu, sem a provável alteração de um copista posterior que intencionou harmonizar as duas narrativas do início e final do livro.

A mesma coisa pode ser dita de 1Jo 4:3. Os textos mais antigos não têm a frase “Cristo veio em carne”; consta apenas nos textos mais recentes, aqueles que sofreram mais cópias e, portanto, correram maior risco de erros nas cópias. Observe que o versículo anterior contém a suposta frase omitida na NVI - “Vocês podem reconhecer o Espírito de Deus deste modo: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne procede de Deus”. O que provavelmente aconteceu foi um equívoco do copista que dobrou a frase “Cristo veio em carne”. Ele estava copiando o verso 3 e num golpe de vista voltou ao verso anterior, dobrando o final do verso 2 no verso 3.

Observe a histeria desse povo do solascriptura-tt.org. Se a frase “DURO É PARA TI RECALCITRAR CONTRA OS AGUILHÕES” não consta no capítulo 9, posso citar o capítulo 26 onde temos a frase completinha na NVI e está de acordo com os melhor manuscritos. Se não encontramos a declaração da natureza humana de Cristo no verso três de 1Jo capítulo 4, não tem problema, basta ler o verso logo acima.

Acho que a coisa está longe de ser obra de demônios como eles dizem, está mais mesmo para obra da ignorância... da parte deles!

Não só incentivo você a comprar a sua NVI, como também uma NTLH. E se quiser entender mais um pouco sobre esse assunto, recomendo a leitura do livro:PAROSCHI, Wilson. Crítica Textual do Novo Testamento, Editora Vida Nova.

Se ainda não ficou claro, ou se você ainda tem alguma outra dúvida, entre em contato! Aguardo seus comentários abaixo.

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Autor: André R. Fonseca
Twitter: @andreRfonseca


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Por Robson T. Fernandes


A apologética, arte de se defender a fé, não é uma ferramenta exclusiva daquele que deseja desenvolver um ministério voltado para a defesa da fé. Não! A apologética é uma obrigação de todo crente que professa uma fé genuína em Jesus Cristo.

Podemos entender, biblicamente, essa afirmação ao entendermos que o próprio Jesus Cristo foi um apologista, ao defender a fé contra as hipocrisias dos fariseus e de sua falsa religiosidade. Os apóstolos foram apologistas, ao defenderem a fé contra as investidas dos judaizantes, dos agnósticos, dos falsos profetas, de falsos irmãos e de falsas doutrinas. A igreja primitiva praticou a apologética ao defender-se da frouxidão moral e dos ataques que sofreu quando agrediram a doutrina da trindade, da divindade de Cristo, da salvação pela fé, da inspiração bíblica, da personalidade e divindade do Espírito Santo e do real sentido da comunhão dos santos.

Foi a apologética que militou na frente de batalha todas as vezes que a fé cristã foi atacada. No início da Igreja, o primeiro mártir, Estevão, dá um verdadeiro exemplo de como se fazer apologética. No texto de Atos capítulo 7 encontramos o discurso de Estevão, cheio de preciosas informações para as nossas vidas cristãs e para a tão necessária, importante e estimada vida apologética.

No versículo 2, Estevão começa demonstrando a importância de se conhecer bem a história, pois ele começa citando fatos históricos principiados com Abraão. O conhecimento histórico é vasto em todo o discurso de Estevão.

No versículo 3, encontramos a necessidade de conhecimento bíblico. Tanto o conhecimento teológico como a memorização de passagens bíblicas. Aqui Estevão começa a citar passagens bíblicas de memória, no seu devido contexto e com a aplicação e entendimentos teológicos corretos.

No versículo 22, é destacado o fato de Moisés ter sido instruído em toda ciência dos egípcios. Acredito que todo conhecimento é proveitoso se for usado da maneira certa e com o propósito certo, por isso, talvez, Estevão tenha salientado em seu discurso esse fato que julgou importante.

Nos versículos 39 até 41, destaca-se a importância da fidelidade para com Deus. Aqui entendemos que o coração daquele povo estava voltado para a velha vida, e não havia esperança na nova vida futura. Faltava caráter, pois caráter é aquilo que somos quando ninguém está vendo. Bastou Moisés dar as costas que o povo voltou à idolatria.

Nos versículos 48 até 50, entendemos que a comunhão verdadeira com Deus não está limitada a quatro paredes, mas a uma vida de continuidade espiritual embasada no reconhecimento da soberania de Deus.

Nos versículos 51 até 53, Estevão conduz os ouvintes à contextualização da mensagem, isto é, depois de todas as informações trazidas seria necessário aplicar tal mensagem em suas vidas, porém não estavam fazendo isso.

De volta ao versículo 51, a coragem é demonstrada, mesmo diante do perigo de vida os judeus são confrontados com a afirmação de que possuíam dureza de coração e insensibilidade para com o Espírito Santo.

No versículo 55, encontramos a afirmação chave do sucesso da vida de Estevão: a plenitude do Espírito Santo. Estevão não apenas tinha o conhecimento, mas tinha em sua vida a prática do conhecimento. Ele tinha vida. Ele era capaz de dar a própria vida pela sua fé, e assim o fez.

Por último, nos versículos 59 e 60 Estevão demonstra a verdadeira convicção de sua crença ao voltar sua preocupação para Cristo e a realidade eterna do céu, e na suposta realidade passageira de seu temporário martírio. Ele morre apedrejado, mas morre suplicando que Deus perdoe os seus atrozes executores.

Com tudo isso, e muito mais que não foi citado, podemos entender a importância da apologética e a necessidade de crentes que tenham essa visão, em meio a uma sociedade de borbulha de atrozes executores de crentes genuínos.

O evangelho no século XXI necessita de crentes que possuam o conhecimento histórico correto, o conhecimento bíblico genuíno e consistente, que valorizem o estudo, deem importância a fidelidade e comunhão com Deus, que saibam contextualizar o ensino bíblico adequadamente, que tenham coragem, que possuam a plenitude do Espírito Santo e tenham segurança e confiança através de uma vida vivida pela fé.

Mesmo que ninguém queira ser esse crente, que nós o sejamos.

Fonte: NAPEC

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Por Gaspar de Souza


É uma alegria descobrir a Fé Reformada. É uma alegria descobrir que o Deus Criador e Triúno planejou nossa Salvação desde a Eternidade. Como é gratificante o descobrir os Cinco Sola da Reforma – Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fides, Solus Christus, Soli Deo Gloria. Em ver a beleza da “Cadeia de Ouro” do TULIP – acróstico para a Soteriologia Reformada: Depravação Radical da natureza humana; Eleição Incondicional; Expiação Particular; Graça Irresistível e Perseverança dos Santos, que eu prefiro chamar de Perseverança do Salvador. Como é bom descobrir os escritos de Calvino, dos Puritanos, de ler John OwenJonathan EdwardsRichard Baxter, os sermões de fogo de Spurgeon. É impressionante ver a harmonia das Confissões de Fé e Catecismos, a beleza da Confissão Belga, a robustez da Confissão de Fé de Westminster, a sistematização das Helvéticas e Savoy (esta, bem parecida com a CFW!), a didática piedosa do Catecismo de Heidelberg, a solidez prática dosCatecismos de Westminster. Ao saber que autores de um passado não tão distante foram gigantes da fé, tais como o Dr. Martin Lloyd-Jones, considerado um dos últimos puritanos e exímio expositor bíblico; a firmeza teológica do Rev. James I. Paker; a fina apologética dos Dr. Cornelius Van Til e Dr. Gordon H. Clark; a sagacidade teológica dos Hodges, Dabney e Bavinck. É como ficar como os que sonham....

Porém, não tem sido incomum a aqueles que, anteriormente em outra tradição teológica, normalmente Arminiana Tradicional ou Arminiana Pentecostal, ao descobrirem a Fé Reformada, passam à arrogância e desprezo pelos que não compartilham de sua tradição recém-descoberta. Até entendo que haja lá os seus gracejos, como aquele do “evangelismo arminiano”, onde se apresenta um homem tentando ressuscitar um esqueleto.

Mas confesso que não são as brincadeiras que me preocupam. O caso é mais sério. É caso de família e família é a coisa mais séria neste caso. É o caso dos que se convertem à tradição Reformada, mas têm esposas que continuam em suas tradições, especialmente Pentecostais.

A reclamação parece ser geral: os maridos se tornam insuportáveis, ranzinzas, chauvinistas, intolerantes e, para proselitar suas esposas, não poupam palavras duras e humilhantes – travestidas de piedade, claro –, não apenas contra sua fé, mas até mesmo contra sua pessoa. Agora, ela é a insubmissa por não aceitar imediatamente o “novo e vivo caminho” da fé de seu marido. Agora ela é a herege por não aceitar os cinco pontos. Agora o seu culto é idólatra por desprezar o princípio regulador do Culto e não aceitar acompanhá-lo imediatamente aos Cultos Reformados com Pregações Expositivas, coisas que ela, possivelmente, totalmente ignora. Ela é culpada por resistir e não aceitar os Solas da Reforma e não ir muito com a cara dos Puritanos. O resultado final não é proselitismo, mas sectarismo, porque ele não se importa de causar a divisão com aquela que Deus mesmo uniu a ele.

Aos meus irmãos casados, não resta senão achar-se sob o fardo da providência de ter uma esposa não-Reformada. Talvez algumas palavras a tais maridos reformados sejam necessárias e, assim, eles fujam da caricatura reformada que podem transmitir às suas esposas. Se quiserem ganhar as suas esposas, certamente não será pela força (Zc. 4.6).

Primeiramente, lembre-se de que ela é a sua esposa. Antes de ser reformada, arminiana, pentecostal etc., aquela que está com você sob o laço da aliança é a sua esposa. E, neste relacionamento, segundo as Escrituras, ela é a parte mais frágil, exigindo de você entendimento no convívio do lar, tendo-a em honra (1Ped. 3.7). Como você, a fim de forçá-la a acompanhá-lo na nova fé, costuma lembrá-la da submissão devida, não custa nada lembrar a você, querido irmão, que há uma submissão de sua parte a ela (Ef. 5.21). Como sei que você gosta dos Puritanos, leia o que disse um deles, antigo membro da Assembleia de Westminster (1643), oRev. Wiiliam Gouge (1575 – 1653). Este irmão escreveu um tratado com cerca de 600 páginas cujo título nos faz pensar: Of Domestical Duties (1622). Ali, no primeiro volume, ao expor o texto de Efésios 5.21 – “Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus” – o distinto puritano disse sobre a vocação particular, em que se encontra a relação marido e esposa, que a submissão do Marido à Esposa “é por morar com ela com entendimento, dando honra à esposa como vaso mais frágil” e isto deve ser feito sob a direção do “temor do Senhor”. Ainda diz o velho puritano: “como uma esposa deve saber sua responsabilidade, seu marido deve saber muito mais a sua própria, porque ele é para ser um guia, um bom exemplo para sua esposa, ele deve viver com ela com entendimento [...] negligenciar sua responsabilidade é mais desonroso a Deus, porque pela virtude de sua posição, você [marido] é a imagem e a glória de Deus (1Co 11.7)." De fato, parafraseando o autor, negligenciar esta responsabilidade é pernicioso, pois não é apenas a esposa que será atingida, mas toda a família, pois, estando o marido em tal posição de cabeça, pode cometer abuso de autoridade sem ter alguém sobre si que contenha sua fúria.

Segundo, antes de ela ser sua esposa, ela é imagem de Deus. Eu preferi dizer que ela é imagem de Deus, pois é possível que algum marido reformado tenha esposa que “não-cristã”. Sendo assim, se o marido reformado entender a sua grande responsabilidade com aquela que não compartilha da mesma fé com ele, muito mais deverá compreender a sua imensa obrigação para com aquela que é a sua irmã em Cristo.

Outro Puritano, Isaac Ambrose () também um dos Divines, escreveu PrimaThe First Things. Este compêndio trata sobre a “doutrina da regeneração, do novo nascimento e o real começo da vida piedosa”. Ali, comentando o Quinto Mandamento, cujo título “Os Pecados contra o Quinto Mandamento”, acerca dos “Deveres Exigidos”, o primeiro ponto que o Divine Isaac expõe é a responsabilidade familiar. Mas, você sabe sobre a responsabilidade de quem ele apresenta primeiro? Sobre a responsabilidade do marido. “Se tu és marido, tenha amado sempre a tua esposa”. E ainda, “se tu és marido, não tens por vezes maltratado tua esposa, ou a ferido, ou a ofendido em pensamento, palavras ou atos?” Como texto-prova para a primeira declaração, o Rev. Isaac cita 1Pe. 3.7. Parece haver uma predileção dos Puritanos por este texto quando exortam aos maridos. Marido, pondere ainda nas palavras deste mesmo puritano: O marido, acerca de sua esposa, “deve amá-la em todo tempo; ele deve amá-la em todas as coisas; o amor deve temperar e adoçar sua linguagem, seu cuidado, suas ações para com ela; o amor deve ser mostrado em seu governo, censura, admoestações, instruções, autoridade, familiaridade com ela; o aumento de tal amor não deve ser por sua beleza, ou notabilidade, mas especialmente porque ela é sua irmã em na Religião Cristã; e uma co-herdeira com ele no reino do céu; por causa de suas graças e virtudes, porque ela deu à luz aos seus filhos, os herdeiros de seu nome e natureza, e por causa da união e conjunção do casamento” (The Works of Isaac Ambrose, vol. 1, Of Families DutiesOf of the Duties of the Husband and Wife, p. 187).

Terceiro, antes de pensar em sua autoridade como marido, e na submissão de sua esposa como esposa, procure ver que você é como Cristo nesta relação. Por dizer que você é como Cristo, lembre-se que é apenas em semelhança. E nesta semelhança, não esqueça que sua esposa é como a Igreja de Cristo. O Senhor Jesus Cristo mantém um relacionamento com sua Noiva que chegou a assumir a responsabilidade da própria Igreja. Há um princípio da masculinidade bíblica, reflexo da masculinidade do Verdadeiro Homem Jesus, que o marido deve ser o “primeiro a amar, o primeiro a perdoar e o primeiro a sofrer [...] assumindo a responsabilidade pelo pecado não importando se a ‘culpa’ é dele ou não” (PATRICK, Darrin. O Plantador de Igreja. São Paulo: Vida Nova, 2013, p. 19). Se você, marido cristão, olhar no mesmo texto que facilmente você usa contra sua esposa, logo em seguida ao falar sobre a submissão dela, fala das responsabilidades de suas responsabilidades. Você já reparou a desproporção de versículos para sua esposa e para você? É que você é mais perigoso e mais rebelde em assumir a sua submissão para com ela, do que ela para com você.

Você como Cristo deve entregar-se por sua esposa (Ef. 5.25), deve santificá-la e purificá-la pela palavra (v.23), fazê-la para si (v. 27). Você deve sustentá-la, alimentá-la, cuidá-la, protegê-la (inclusive de você!)(v. 29, 30). Quero que você veja que, ao compará-la com a Igreja, deveria ficar claro para o marido que o seu desmando para com a esposa torna-se algo pessoal com o Senhor delas. Cristo olha para as esposas como sinais de sua Igreja.


O Puritano Isaac Ambrose comentou: “Os maridos deveriam amar suas esposas, mesmo que não existisse nada em suas esposas que o movessem, mas simplesmente porque elas são suas esposas. Cristo amou a igreja antes que a igreja pudesse amá-lo" (idem). A última frase, “Cristo amou a igreja antes que a igreja pudesse amá-lo”, deveria levar o marido reformado a lembrar de todos os Pontos dos Cinco: Cristo escolheu sua Igreja, não foi escolhido por Ela e Sua Igreja ainda não era Igreja, não era povo (Dt. 7.7; 1Pe. 2.10; Rm. 9.25). Jesus Cristo entregou-se por ela, ainda quando ela não o amava; o Senhor Jesus, como amor eterno a atraiu, não colocou nela um cabresto (Jr. 31.3); o Seu amor por ela é perseverante, mesmo diante dos tropeços e tropicões de sua amada. É o Amor de Cristo que sustenta a Noiva, não o inverso. Por que a Igreja ama a Cristo? Porque é, primeiramente, amada por Ele. Por que a Igreja se submete a Cristo? Porque Cristo a lidera em Amor.

Caro irmão, antes de ganhar sua esposa para a “nova fé” que você abraçou, tente ganhá-la para o seu coração. Antes de ela ser reformado na fé, reforme-se no amor por ela. Se a nova fé que você abraçou não o fizer amá-la cada vez mais, a sua fé é vã e inútil (Tg. 2.26). Se a nova fé apenas fornecer a você amor de palavras, mas não ação, você é um mentiroso, pois não ama de verdade(1Jo 3.18). Certo reformado moderno, Rev. Joyce Álvarez Léon, faz um brilhante comentário sobre o amor e a fé no matrimônio: “O amor segue a fé. Sem fé não pode haver amor. Quando falo de amor, não estou me referindo somente ao amor romântico, ou o amor emocional, ou o amor que diz: se me trata bem, então amarei você; se me trata mal, não amarei você. O amor do qual estou falando é um amor que se dá sem esperar nada em troca, um amor que ainda que receba uma tapa, continua amando. Um amor que não busca outra coisa senão o bem da pessoa amada, mesmo que isso requeira um grande sacrifício por parte da pessoa que ama. Este é o tipo de amor que revoluciona qualquer lar. É o amor de Deus. Este é o tipo de amor que o mundo não conhece porque provém de Deus e tem sido derramado sobre os que têm recebido a Cristo pelo Espírito Santo que nos foi dado” (La Familia Cristiana como Luz e Sal e su Vencidario, 2008, p. 8).

Marido Reformado, por mau trato com sua esposa, você pode colocar abaixo todo trabalho de Reformadores Piedosos, dando testemunho mentiroso sobre eles pelo modo como você vive com ela. Como o Puritano Richard Baxter havia dito: “A paz e a prosperidade das nossas Igrejas depende grandemente de umas boas relações familiares [...] Portanto, se quiseres que a obra do Evangelho floresça, recomendo-te que faças tudo o que possas para promover a piedade no lar ”

Conforme Leland Ryken (Santos no Mundo) comentou sobre o caráter da liderança do marido: “Senhorio, para os Puritanos, não significava tirania. Era liderança baseada no amor. Benjamin Wadsworth escreveu que um bom marido fará ‘seu governo sobre ela tão fácil e suave quanto possível, e lutará mais para ser amado que temido’. De acordo com Samuel Willard, um bom marido reinará de tal forma ‘que sua mulher possa deleitar-se na [sua liderança], e não tê-la como escravidão mas, como liberdade e privilégio’”.

Por que não falei da submissão da esposa ao marido? Porque isso, Marido, você já sabe.

- Sobre o autor: Rev. Gaspar de Souza é pastor da Igreja Presbiteriana dos Guararapes e blogueiro do Eis Nosso Tempo.

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Por Pr. Alan Kleber


“Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo!”

Com essas palavras o papa Francisco, Bispo de Roma, impactou o povo brasileiro com seu primeiro discurso no Brasil, por ocasião da XXVIII Jornada Mundial da Juventude (JMJ2013). Até mesmo os evangélicos contagiados com tanta empolgação fomentada pela imprensa, espalharam sua célebre frase nas redes sociais, “twitando” ou postando no Facebook. De fato, se tomássemos apenas esta única afirmação do papa poderíamos acreditar que para ele, somente Cristo (i.e, Solus Christus) é o único, suficiente, soberano e primaz cabeça da Igreja, certo?

O problema é que o papado não é somente não cristão, mas também abertamente anti-cristão. Historicamente, os papas ensinam aos seus fiéis que eles podem com suas obras chegar ao Céu porque o papa, o vigário de Cristo na terra, entende a Escritura para ensinar a verdade acerca da fé e prática. Para ele Cristo simplesmente não é suficiente. Os homens devem fazer sua parte também. Veja por exemplo, o dogma romano encontrado nas seções 10 a 12 sobre a doutrina da justificação do Concílio de Trento:

Cân. 10. Se alguém disser que os homens são justificados sem a justiça de Cristo, pela qual ele mereceu por nós; ou que é por ela mesma que eles são formalmente justos — seja excomungado.

Cân. 11. Se alguém disser que os homens são justificados ou só pela imputação da justiça de Cristo, ou só pela remissão dos pecados, excluídas a graça e a caridade que o Espírito Santo infunde em seus corações e neles inerem; ou também que a graça pela qual somos justificados é somente um favor de Deus — seja excomungado.

Cân. 12. Se alguém disser que a fé que justifica não é outra coisa, senão uma confiança na divina misericórdia, que perdoa os pecados por causa de Cristo ou que é só por esta confiança que somos justificados — seja excomungado.

Seria Cristo ou o papa Francisco o verdadeiro Cabeça da Igreja?

Ao aceitar o pontificado, o papa Francisco reivindicou ser o Cabeça da Igreja. Sua teologia romana é consistente com a doutrina romana. Os Concílios da Igreja de Roma ensinam que:

- A “jurisdição sobre a igreja universal de Deus” pertence ao papa (Vaticano I, Capitulo 1);

- Que essa autoridade deve “permanecer ininterruptamente na Igreja” e que ele, o papa, “possui o primado sobre todo o mundo… e [é] o verdadeiro vigário de Cristo na Terra” (Vaticano I, caps 2 e 3);

- Que o Papa é a “fonte e fundamento visíveis para a unidade na fé e comunhão” Também se diz que “em virtude de seu oficio, isto é, como Vigário de Cristo e pastor de toda a igreja, o Pontífice Romano tem poder completo e supremo e universal sobre a Igreja” (Vaticano II).

Mas não para por aí

Você lembra do problema das indulgências que levou Martinho Lutero a publicar suas famosas 95 Teses contra os abusos papais? Pois bem, leia um trecho abaixo do Decreto onde o papa Francisco concede o “dom das indulgências” aos participantes da JMJ2013:

“O Santo Padre Francisco, desejando que os jovens, em união com as finalidades espirituais do Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI, possam obter os esperados frutos de santificação através da «XVIII Jornada Mundial da Juventude», … manifestando o coração materno da Igreja, do Tesouro das satisfações de nosso Senhor Jesus Cristo, da Bem-Aventurada Virgem Maria e de todos os Santos, concordou que os jovens e todos os fiéis adequadamente preparados pudessem usufruir do dom das Indulgências”.

“a. — concede-se a Indulgência plenária, que pode ser obtida uma vez por dia nas habituais condições (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração segundo a intenção do Sumo Pontífice) e também aplicadas como sufrágio pelas almas dos fiéis defuntos, para os fiéis verdadeiramente arrependidos e contritos, que com devoção participarem nos ritos sagrados e nos exercícios piedosos que se realizarão no Rio de Janeiro”.

Segundo a teologia romana, as indulgências são: "…a remissão diante de Deus da pena temporal merecida pelos pecados, já perdoados quanto à culpa, que o fiel, em determinadas condições, adquire para si mesmo ou para os defuntos, mediante o ministério da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui o tesouro dos méritos de Cristo e dos Santos" (Catecismo da ICAR, n. 312).

Como vimos, Roma não mudou. Seus anátemas contra todo aquele que crê em Cristo como seu único e suficiente Salvador permanecem. A salvação somente pela graça mediante a fé (Ef 2.8,9) é trocada pelo esforço humano, por obras meritórias. O Senhorio do Rei dos reis continua sendo usurpado pelo papado. Logo, a Palavra de Cristo, infalível e verdadeira permanece substituída por dogmas, tradição e superstição humanas.

Conclusão

Quanto a nós, protestantes, cristãos herdeiros da Reforma, resta-nos lembrar o fundamento da nossa fé e doutrina, vida e piedade, alicerçado no fundamento dos apóstolos e profetas, tendo Jesus como sua pedra fundamental. Concluo com esta última citação de algumas das Teses de Lutero:

32 - Irão para o diabo juntamente com os seus mestres aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência.

33 - Há que acautelasse muito e ter cuidado daqueles que dizem: A indulgência do papa é a mais sublime e mais preciosa graça ou dadiva de Deus, pela qual o homem é reconciliado com Deus (33a tese).

34 - Tanto assim que a graça da indulgência apenas se refere à pena satisfatória estipulada por homens.

35 - Ensinam de maneira ímpia quantos alegam que aqueles que querem livrar almas do purgatório ou adquirir breves de confissão não necessitam de arrependimento e pesar.

36 - Todo e qualquer cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indulgência.

37 - Todo e qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, é participante de todos os bens de Cristo e da Igreja, dádiva de Deus, mesmo sem breve de indulgência.

Solus Christus.

Fonte de pesquisa:

http://www.monergismo.com/textos/credos/lutero_teses.htm
http://www.catequisar.com.br/texto/materia/fe/144.htm
http://tottustusmaria.com/maria/downloads/trento.pdf
http://www.vatican.va/roman_curia/tribunals/apost_penit/documents/rc_trib_appen_doc_20130709_decreto-indulgenze-gmg_po.html

Fonte: E a Bíblia com isso
Via: Despertar de um avivamento

domingo, 28 de julho de 2013


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Por Weldon E. Viertel


Lutero não tinha encontrado perdão de pecados e uma relação pessoal com Deus por meio de seus estudos da doutrina eclesiástica. Enquanto estudava o livro de Romanos, descobriu que a salvação é pela fé somente, e não pela mediação da Igreja e dos sacramentos. Sua experiência de salvação influenciou seu ponto de vista das Escrituras como a única autoridade em matéria de fé. Sua experiência espiritual também o influenciou a perceber que a interpretação das Escrituras envolvia mais que um conhecimento erudito daquilo que os Pais, porventura, tivessem pronunciado sobre uma passagem da Bíblia.

O Princípio da Escritura Somente (“Sola Scriptura”) – A Escritura é a autoridade suprema em matéria de fé, à parte das tradições, dos Pais e da interpretação oficial da Igreja. A Igreja é a criação do evangelho e incomparavelmente inferior ao Evangelho. A tarefa da Igreja é declarar os ensinos da Bíblia, em vez de criar artigos de fé.

O Sentido Literal da Escritura – Somente o sentido literal é que deve ser usado na interpretação da Escritura. Rejeitou o quádruplo sentido da Escritura usado pelos intérpretes medievais. O sentido literal da Escritura se baseia num conhecimento de gramática, do fundamento histórico (época, circunstâncias e condições), observação do contexto da Escritura, iluminação espiritual, a referencia de toda Escritura a Cristo. Lutero concluiu que os erros não se originaram das palavras simples da Escritura, mas pela negligência das palavras simples. Colocou o sentido quádruplo à margem, como ficção. Declarou que cada passagem tem seu verdadeiro sentido, próprio, claro, definido. Todos os outros sentidos são opiniões incertas.

O Princípio da Clareza (Perspicuidade) – Este princípio significa que a Bíblia pode ser entendida pelo cristão devoto e competente, que não necessita da direção oficial da Igreja. A Bíblia é suficientemente clara para apresentar sua significação ao crente. Lutero exagerou a simplicidade da Bíblia. Seu ensino a respeito da salvação e muitos outros assuntos; todavia, alguns versículos bíblicos têm sido interpretados de modo variado. Lutero acreditava que a Bíblia era suficiente em si mesma para o intérprete. Passagens obscuras deveriam ser interpretadas à luz de passagens claras. (...)

O Princípio da Responsabilidade Individual – O direito do julgamento privado foi mantido por Lutero. Ele não acreditava que o sacerdote tivesse maior capacidade espiritual para discernir a verdade que o leigo. Manteve que há diferença de ofício, mas não em direitos espirituais. Cada cristão é um sacerdote ou ministro, e é responsável em discernir a verdade da Palavra. O Espírito Santo é dado a todos os cristãos para que sejam guiados ao conhecimento da verdade. Visto que cada cristão terá que comparecer perante o tribunal, é seu privilégio e responsabilidade provar sua fé e conduta pelas Escrituras.

O Princípio da Interpretação Cristocêntrica – Lutero usou este princípio, procurando fazer da Bíblia inteira um livro cristão. Ele acreditava que a canonicidade de um livro era determinada pelo fundamento se o livro pregava Cristo ou não. O propósito da Bíblia era levar o homem ao confronto com Deus e sua exigência de fé. Um livro que, porventura, não pregasse a Cristo não poderia atingir esse objetivo. Desde que Lutero rejeitou o método alegórico da interpretação, frequentemente ele empregava a tipologia para encontrar Cristo nos ensinos do Velho Testamento. Cristo é o “tesouro escondido” e a “pérola de grande preço” no Velho Testamento.

O Princípio da Iluminação Espiritual – Visto que a Escritura lida com a vontade de Deus e com o coração do homem, o discernimento espiritual de um santo poderá ser de maior valor que a habilidade de um gramático. O Espírito Santo traz iluminação à mente do homem à medida que Deus fala ao coração do leitor mediante as Sagradas Escrituras.

Fonte: A Interpretação da Bíblia - Estudos Teológicos Programados
Weldon E. ViertelEdição de 1979 - Juerp.
Divulgação: Bereianos
A Bíblia Textus Receptus TR TT é a palavra de Deus, canônica plena exclusiva verbal infalível e inerravelmente inspirada, defesa em casos específicos, contra a evolução de Darwin e a falsa ciência

Bibliologia - inspiração da Bíblia; defesa em casos específicos; criacionismo

Sola: Scriptura (TT); fé; graça; Cristo; a Deus toda a glória; igrejas locais.
      Defender e edificar.
Sola: Scriptura (TT); fé; graça; Cristo; a Deus toda a glória; igrejas locais.
Defender e edificar.





NOVOS (em 11.02.2011):


ANTIGOS:
INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA:
Aquele Livro Atordoantemente Maravilhoso - A Bíblia - [maravilhosos fatos científicos e profecias nele] -- Watkins
Bibliologia - a Biblia eh Genuina Confiavel Canonica Inspirada - Livro -- Helio : BIBLIOLOGIA: A DOUTRINA DA BÍBLIA. Parte 1: a INSPIRAÇÃO dela. Ela é Perfeitamente: Genuína, Confiável, Inspirada por Deus (Plenária, Verbal, Inerrável e Infalivelmente), é o encerrado Cânon de Deus. Este é um livro de esboços, de 42 páginas tamanho A4, em formato .htm, com 285 Kb.
Bibliologia - a Biblia eh Genuina Confiavel Canonica Inspirada - Livro -- Helio : Zip do livro acima, mas a partir de 453 Kb em formato .doc, compactados para 128 Kb.
Bibliologia: Esboço de Curso -- Hélio. A doutrina da Bíblia (HTML, zipped, 34 Kb).
Como crente REAL na Bíblia, Porque Creio na Inspiração da Bíblia: por Deus, totalmente, infalível, inerrável, cada palavra - Humberto Rafeiro
Por Que Sola Scriptura? -- Chamada da Meia Noite Por que defendemos o princípio que "Somente A Bíblia" é a fonte para toda doutrina?


CRIACIONISMO e DEFESA DA BÍBLIA CONTRA a RELIGIÃO DA EVOLUÇÃO E DA FALSA CIÊNCIA:
Quem Fez Isto? -- E. L. Bynum. Isaac Newton usou réplica do sistema solar e cientista ateu aceitou a criação e o Criador.


DEFESA DA BÍBLIA NOS MAIS INSOLENTES ATAQUES:
Nosso outro site, http://notasbiblia.cjb.net, tem cerca de 2000 úteis notas sempre crendo e defendendo cada letra do Texto Tradicional. Cerca de 700 delas defendem leituras do TT contra leituras dos moderninhos Texto Críticos, e cerca de 1300 defendem a Bíblia contra acusações de conter erro ou contradição, em casos específicos.
2Rs 8:26 versus 2Cr 22:8: Qual a Idade de Acazias? -- Hélio. Nenhuma contradição do Texto Massorético, mesmo nesta famosa passagem.
2Sm 21:19: Davi ou El_Hana? Golias ou Lami? -- Hélio. Nenhuma contradição do Texto Massorético, mesmo nesta famosa passagem.
Ap 12:18 versus 13:1: "Eu" ou "dragão"? -- Hélio. O Texto Tradicional é que é a Palavra de Deus.
Apócrifos, Porque os Recusamos (nome do autor retirado em 2011, a seu pedido)
Bibliologia: Esboço de Curso -- Hélio. A doutrina da Bíblia (HTML, 121 Kb).
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ITENS EM OUTROS SITES:
A autoridade do Texto Sagrado [57 Kb, rtf] - Wilbur Pickering
A canonicidade do Novo Testamento [47 Kb, rtf] - Wilbur Pickering


CRIACIONISMO no site http://www.logoshp.hpg.com.br, "Apologética Cristã" (por Logos), seção "Ciência",
(as outras seções têm erros, cuidado! são ecumênico-católicas):
GERAL CIÊNCIA
O cristianismo e o nascimento da ciência
Ciência e religião
Deus e as ciências
Quando a ciência e a religião colidem
Ciência, finalidade natural e existência de Deus
Confrontando o Darwinismo
Homens e mulheres de ciência e Deus
O que é o darwinismo
Duvidando do darwinismo
A morte do darwinismo
Duvidando de Darwin
Desafiando o mito do darwinismo
É científica a teoria da evolução?
Evolução1
Evolução2
Evolucionismo: um sistema metafísico
Darwin sob o microscópio
Como falar a seus filhos sobre Criação e evolução
Não há lugar para um Deus pequeno
Há "espaço" para Deus nas ciências positivas?
Ciência: ameaça ou ajuda a fé?
A existência de Deus e o começo do Universo
Deus e o Big-Bang
Como a ciência se relaciona com os ateus, cristãos e Nova Era
Situação atual do termo "evolução"
ASTRONOMIA
A origem do Universo II
Stephen Hawking, o Big-Bang e Deus
A ordem e o caos I
A ordem e o caos II
A teoria do Big-Bang
BIOLOGIA

Popper e a origem da vida
Biólogos contra o evolucionismo
Na origem da stasis
Todos os cientistas aceitam a geração espontânea?
É científica a geração espontânea?
Contabilidade genética
O homem e o macaco
Falsificações nos fósseis: o lado negro da biologia evolucionária
A atmosfera primitiva
Cérebro, alma humana e evolução
FÍSICA

O princípio antrópico
QUÍMICA

O mito da evolução química
PALEONTOLOGIA

A questão dos dinossauros
BOTÂNICA
O cristão e a ecologia

OUTROS SITES:
Associação Brasileira para Pesquisa da Criação - Guerra à evolução, teoria da brecha, etc.
ICR - Institute for Creation Research - Guerra à evolução, teoria da brecha, etc. (H. Morris, etc.). KJV-only. Answers in Genesis Creation Research Society Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil - Só-TT. Publica a única Palavra de Deus perfeita, em português: a ACF (Almeida Corrigida Fiel).
Bible for Today - Só-TT. Excelentes livros e artigos. Guerra ao Texto Crítico e suas Bíblias. (Donald A. Waite, etc.) Dean Burgon Society - KJV-only. Excelentes livros e artigos. Way of Life Literature - Idem. (Cloud, KJV-only, excelente autor do fundamentalismo, talvez o mais prolífero de hoje.)
Origem E Destino - Waldemar Janzen guerreia pelo criacionismo bíblico, contra evolução.
Autoridade Suprema das Escrituras- Paulo Anglada.
Site criacionista do Pr. José Pedro Monteiro de Almeida - Guerra à evolução, romanismo, seitas, bíblias não TT
(retorne a http://solascriptura-tt.org)