Isvonaldo sou Protestante

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quarta-feira, 4 de setembro de 2013


Uma mulher cristã no Paquistão afirmou que ela recebeu uma sentença de morte simplesmente porque ela teve “sede”. A mãe de cinco, que está atualmente na prisão, no corredor da morte, foi condenada à morte por enforcamento em 2009, após ser acusada de blasfêmia – uma acusação que ela nega veementemente. Ela já lançou o seu livro de memórias, “blasfêmia”, da prisão onde ela diz a seu lado chocante da história.

O caso de Asia Bibi ganhou atenção da mídia internacional desde que foi presa há quatro anos, sob a acusação de blasfêmia, enquanto trabalhava como uma apanhadora de fruta na região nordeste do Paquistão. Bibi escreveu juntamente com a jornalista de televisão francesa Anee-Isabelle Tollet. 
 
O livro detalha suas lutas como cristã em uma terra predominantemente muçulmana, incluindo sua prisão e a sentença de morte. Apesar do livro ter sido lançado na França em 2011, os meios de comunicação recentemente lançaram trechos do livro para manter a memória do sofrimento de Bibi vivo, e provocou uma nova onda de atenção da mídia para o caso de Bibi.

A prisão de Bibi começou logo após julho de 2009; ela estava colhendo frutas na região nordeste do Paquistão para trazer renda extra para o marido e cinco filhos quando sua vida mudou para sempre. As temperaturas no campo de frutas atingiam acima de 100 graus sufocantes (cerca de 37 graus Celsius), e Bibi, com sede, optou por beber água do poço comunitário compartilhado com outras catadoras de fruta, todas muçulmanas. As mulheres muçulmanas se opuseram à Bibi, uma cristã, bebendo água do mesmo copo que elas, argumentando que isso era “haram”, ou o termpo para qualquer coisa proibida por Deus.

“Quando as mulheres confrontaram Bibi, ela se defendeu de suas ações, argumentando que ela estava com sede e que as mulheres deveriam permití-la beber a água. Vendo que os argumentos continuavam ela disse, “Eu acho que Jesus iria ver isso de maneira diferente de Muhammad”.

Bibi foi então chamada de “cristã imunda” e as coisas se tornaram mais agressivas; ela fugiu para casa temendo mais assédio de suas colegas de trabalho muçulmanas.

Cinco dias depois, contudo, Bibi foi violentamente atacada e espancada por uma multidão enfurecida que a arrastou para a casa do imam local. Lá, o líder muçulmano local ordenou Bibi, que se convertesse ao Islã ou encarasse a pena de morte. 
 
Bibi se recusou a se converter e negar Jesus, e ela foi acusada de blasfêmia e levada perante um tribunal pasquitanês. Surpreendemente, ela foi considerada culpada e sentenciada à morte por enforcamento, e ela permaneceu na prisão desde então. Bibi continua a afirmar que, contrariamente às alegações das mulheres muçulmanas, ela não insultou o profeta Maomé nos campos em julho de 2009, e estava simplesmente com sede.

“Eu sou vítima de uma injustiça coletiva e cruel,” Bibi escreve na sua biografia, de acordo com os trechos publicados recentemente pelo New York Post.

“Eu fui presa, algemada e acorrentada, banida do mundo e esperando para morrer. Eu não sei quanto tempo me resta para viver. Toda vez que a porta da minha cela abre meu coração dispara mais forte. Minha vida está nas mãos de Deus e eu não sei o que vai acontecer comigo. É uma existência cruel e brutal. Mas eu sou inocente. Eu sou culpada somente de por ser presumidamente considerada culpada”, acrescenta ela.

“Eu, Asia Bibi, fui sentenciada à morte porque eu estava com sede. Eu sou uma prisioneira porque eu usei o mesmo copo que aquelas mulheres muçulmanas usaram, porque a água servida por uma mulher cristã foi considerada impura pelas minhas companheiras estúpidas catadoras de fruta”, disse Bibi.

De acordo com o National Catholic Reporter, a vasta maioria dos paquistaneses, 97 por cento da população, pertence à religião muçulmana, enquanto que há também cerca de 3 milhões de cristãos e 3 milhões de hindus na nação.

Bibi, 46, foi inicialmente presa na Prisão do Distrito de Seikhupura, próxima à cidade de Lahore, mas ela foi desde então transferida para uma prisão mais remota. Segundo relatos, ela está constantemente preocupada que sua comida na prisão irá ser envenenada por guardas ou clérigos muçulmanos com a esperança de matá-la por sua suposta blasfêmia contra Maomé.

Bibi conseguiu escrever seu livro de memórias, Blasfêmia, ditando todo o trabalho para o seu marido, desde a prisão; seu marido então lançou o trabalho para Tollet, que teve o livro de memórias publicado em francês em 2011. O livro foi então lançado no Reino Unido, um ano depois, e já está disponível nos EUA. Metade dos lucros do livro irá ajudar a apoiar a libertação de Bibi da prisão e sua família – o livro será lançado nos Estados Unidos em 1° de setembro de 2013 e pode ser comprado aqui

Christian Post

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