Isvonaldo sou Protestante

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quarta-feira, 19 de setembro de 2012



Como gosto de provocação, resolvi escrever no Google a seguinte frase: "você é alegre?", só para ver no que ia dar. Como acontece com qualquer coisa que você pergunta ao Google, apareceram tantos sites e informações que, às vezes, fica até difícil achar o que a gente quer, porém, me chamou a atenção um site que me incentivava a "baixar" um questionário com 30 perguntas no qual, ao respondê-las, saberia se realmente eu sou ou não alegre.

Fiquei pensando: "será que para saber se sou ou não alegre preciso responder um questionário?". Em outras palavras, não é assim tão simples saber se somos alegres ou, para ser alegre é necessário fazer um curso ou mesmo uma prova, se passar, então, sou alegre, se ficar reprovado, sou triste. Com medo do resultado, não baixei nem respondi o tal questionário.

Mas esse não é um assunto de que se esquece ou se deixa para lá depois que a gente provoca. O grande sábio Salomão disse que "O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito se abate" (Pv 15:13) ou "O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos" (Pv 17:22).

A ciência tem provado a cada dia que a alegria é fundamental para a saúde do ser humano. Muitos dizem que quando sorrimos mexemos 17 músculos e quando estamos tristes mexemos 50, logo, nem que seja por economia, devemos sorrir. Ora, se ser alegre é assim tão importante, ou melhor, é um bom remédio que até revitaliza os ossos, que tenho que fazer para ser assim? Ou, na pior das hipóteses, que devo fazer para usufruir dos bons efeitos de uma vida alegre?

Tenho até medo de lhe contar essa verdade, mas vamos lá: Nada! Como assim? É que, muitas vezes, confundimos alegria com felicidade. Felicidade é encontrar a pessoa certa, é estar no lugar ideal, é ter ajuda na hora certa, é realizar o sonho, ter com sobras.

Já alegria não se importa com as circunstâncias nem as coisas. É muito simples entender essa diferença. Quando uma criança de dois anos ganha um presente, ela fica alegre. Já vi muitas crianças totalmente alegres quando ganham um brinquedo, mesmo que seja feito de coisas recicladas e sem valor.

Mas felicidade é quando crescemos, analisamos, comparamos e chegamos à conclusão: "isso é bom, logo vou ficar feliz". No momento em que verificamos que aquilo que temos já não é assim tão bom ou está dando muito trabalho, acaba a "felicidade" e vamos procurá-la de outra forma ou em outro lugar.

Como "Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes" (1 Co 1:27)", é por essa razão que vemos os discípulos se alegrando por terem sofrido afrontas (At 5:41), ou louvando em plena prisão (At 16:25), ou alegres porque somos coparticipantes dos sofrimentos de Cristo (1 Pe 4:13), porque a felicidade até pode bater na sua porta de vez em quando, mas a alegria só está no coração de quem já conhece Jesus! Não deixe que a felicidade estrague sua alegria.

Escrito por José Ernesto Conti
Informações Comunhão

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