Isvonaldo sou Protestante

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sábado, 15 de setembro de 2012



por Valmir Nascimento
Muitas pessoas não conseguem compreender como a adoção da teoria darwinista pode afetar drasticamente a forma como encaramos a vida. Essas pessoas são cegas ante a evidência de que a entronização da teoria de Darwin possui implicações para além do “âmbito científico”, capaz de jogar por terra vários aspectos éticos dentro da esfera social.
Nancy Pearcey escreveu em seu blog que não há nenhuma parte da vida, ao que parece, onde o darwinismo não está sendo aplicado hoje. Ela cita livros que abrangem temas como “uma visão evolutiva das mulheres no trabalho” e “uma visão darwiniana do amor parental” e até mesmo uma abordagem darwiniana para a filosofia política de esquerda.
Entretanto, a citação mais interessante de Pearcey é sobre o livro “The Natural History of Rap” em que os dois autores, professores universitários, defendem a idéia de que o estupro não é uma patologia biologicamente falando, mas sim uma adaptação evolucionária, uma estratégia para maximizar o sucesso reprodutivo. Para o autores, o estupro é biológico, “um fenômeno natural produto da herança evolucionária humana”, como “manchas de leopardo e de pescoço alongado da girafa”. Em outras palavras, como escreveu Nancy, alguns homens podem recorrer à coerção para cumprir o imperativo reprodutivo.
Conforme Nancy Pearcey: “O que esses exemplos nos lembram é que o darwinismo não é apenas uma teoria científica, mas também a base de uma visão de mundo – e isso tem implicações na forma como define a natureza humana e moral”.
E isso ocorre por uma razão muito evidente. Ao retirar Deus do cenário, o darwinismo retira também os princípios que deveriam norteam a vida do homem, sobrando tão somente o acaso, impulsos biológicos e materialismo, de modo a tornar legítimo até mesmo o estupro, como um fenômeno natural produto da herança evolucionária humana.
A grande verdade é que o darwinismo é um atentado contra a dignidade da pessoa humana. Earl Aagaard observa muito bem [1] que até mesmo alguns evolucionistas chegaram a essa conclusão. Segundo ele, James Rachels, no livro Created from Animals: The Moral Implications of Darwinism (Criado Como Descendente de Animais: As Implicações Morais do darwinismo, New York: Oxford University Press), conclui que o darwinismo subverte a doutrina da dignidade humana. Os seres humanos não ocupam um lugar especial na ordem moral; somos apenas outra forma de animal.
Aagaard escreve ainda: “Em “Quão Diferentes são os Seres Humanos dos Animais?” Rachels conclui que o darwinismo destrói qualquer fundamento para uma diferença moralmente significante entre seres humanos e animais. Se o homem descende de símios por seleção natural, ele pode ser fisicamente diferente de símios, mas não pode sê-lo de modo essencial. Certamente não pode ser em qualquer aspecto que dê aos homens mais direitos do que a qualquer animal. Nas palavras de Rachels, “não se pode fazer distinções em moralidade onde nenhuma existe de fato”. Ele chama sua doutrina de “individualismo moral”, e rejeita “a doutrina tradicional da dignidade humana” junto com a idéia de que a vida humana tenha qualquer valor inerente que os seres não humanos careçam“.
Infelizmente, como disse, grande parte das pessoas não conseguem compreender as implicações do darwinismo que, tal qual uma cosmovisão, uma forma de ver o mundo, afeta a ética, a educação, a família, a política etc. E tal influência, como visto, é completamente prejudicial, capaz de inocentar ações criminosas e desculpar desvios morais.
Notas

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