Caíram as máscaras dos "adoradores extravagantes"
A cada dia se tornam mais claros os objetivos interesseiros dos "adoradores extravagantes". Eles não querem andar segundo a Palavra de Deus. Rejeitaram a sã doutrina. Dessacralizaram o louvor com música, ao trazerem para os templos os agressivos estilos mundanos, criados para outros fins, e não para o louvor do Senhor. Com suas prolongadas músicas, feitas para os seus shows, convenceram boa parte da juventude cristã de que o "louvor" é a parte mais importante do culto, tornando a exposição da Palavra enfadonha e substituível.
Mas as máscaras caíram. Aliás, as máscaras dos "adoradores extravagantes" já tinham caído há muito tempo. Não é de hoje que homens e mulheres de Deus se opõem ao Movimento Gospel, suas extravagâncias e sandices. Agora, com a corajosa denúncia (feita pelo estimado bispo Walter McAlister, em seu blog) de que a Igreja Cristã Nova Vida fora "convidada amigavelmente" a pagar direitos autorais pela execução de "louvores" nos seus cultos, as verdadeiras faces dos tais "adoradores" nos foram apresentadas.
Não sou contra a venda de CDs e DVDs. Também não reprovo os pregadores e cantores que, ao participarem de eventos, recebem uma oferta das igrejas ou instituições que os convidam. Entretanto, cobrar pela execução de uma composição dentro de um templo evangélico é um ignominioso e aberrante despropósito. Analogamente, é como se os escritores viessem a cobrar pela leitura de seus livros em público! Isso mostra que os tais "adoradores extravagantes" se consideram, mesmo, astros do mundo, e não astros neste mundo (Fp 2.15). E quem os defende a todo custo é porque já se conformou com este mundo tenebroso (Rm 12.1,2).
Concluo citando a precisa descrição dos "adoradores extravagantes" feita pelo bispo McAlister, a quem parabenizo e com quem me solidarizo: "esses cantores que se venderam para emissoras de televisão, que ganham fortunas nas suas turnês 'gospel' e pela venda de incontáveis CDs e DVDs, não estão satisfeitos. Querem mais. Querem 'enterrar os ossos'. Tornaram-se mercadores da fé, e com essa última cartada, suas máscaras caem por terra. Que máscaras? As que fazem com que acreditemos que eles realmente creem que o culto é para Deus somente. Para eles, a igreja não passa de fonte de lucro. A igreja não passa de um negócio. Sim, porque, por essa ação, afirmam não acreditar que a igreja seja uma assembleia de sacrifício. Para eles, a igreja é uma máquina de dinheiro. Sua eclesiologia é clara. Suas lágrimas de comoção são teatro. Seus gestos de mãos erguidas não passam de encenação".
Ciro Sanches Zibordi
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