Isvonaldo sou Protestante

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quinta-feira, 13 de setembro de 2012


O CRISTIANISMO E O EVANGELHO

Por Joacy Júnior
(Leia, reflita, use seu discernimento crítico e tire suas conclusões)
O que você está prestes a ler é uma simples comparação antitética entre o Cristianismo institucional, cuja origem tem data, logo está submetida ao tempo, e o Evangelho, cuja origem não se pode medir, visto que “nasce” com a morte do Cordeiro ocorrida antes da fundação do mundo, logo não está submetido ao tempo.
Com essa simples comparação (e ao dizer “simples comparação” não quero ser modesto, é que com sinceridade acho simples mesmo o que aqui escrevo) tenho como objetivo lhe provocar. Isso mesmo, incitar sua mente, lhe chamar para a reflexão, despertar seu senso crítico… Se é que você ainda tem isso… Se é que o “cristianismo” já não lhe furtou o direito de pensar… Tenho como objetivo penetrar nos seus conceitos e perturbar suas convicções cristãs; por isso lhes desejo uma boa leitura, uma boa reflexão e um bom uso de discernimento crítico e, muito mais, uma conclusão que lhe dê a liberdade de como indivíduo pensante, aceitar ou rejeitar, elogiar ou criticar o que aqui escrevo, pois que, o que aqui escrevo também é resultado de minhas conclusões que nascem das leituras que faço dos livros de qualquer natureza, dos mais profundos aos mais simples, das degustações que faço da vida e da compreensão que tenho da realidade que envolve a igreja hodierna.
Ω
O cristianismo[1] é antropocêntrico, o homem reina soberanamente manipulando a fé e impedindo o SER de ser; O Evangelho é Cristocêntrico e Cristo é tudo em todos.
No cristianismo os homens seguem homens, posto que há entre os cristãos os partidos: “eu sou de Paulo, eu sou de Apolo, eu sou de Cefas, eu sou de Cristo” como se Cristo estivesse dividido; No Evangelho os homens seguem a Cristo e por Cristo são capazes de testemunhar sua fé com a própria vida, e, mesmo correndo o risco de ser mal compreendido, não negam a sua fé.
No cristianismo Deus é objeto de estudo da teologia[2] e de seus doutores; No Evangelho Deus é e sempre será maior que a arrogância dos homens que acham poder decifrá-lo.
No Cristianismo a interpretação da aceitação de Abel em detrimento da de Caim é porque Abel deu das primícias[3], Caim não; se esquecem que esta aceitação é porque Deus atentou para o derramamento de sangue na oferta de Abel, posto que em sua oferta havia uma “sombra” da cristocentricidade do culto por haver sacrifício, enquanto a oferta de Caim era fruto da terra. Portanto, Abel não comprou Deus com suas primícias e não foi por elas que ele foi aceito. “Atentou Deus para Abel e sua oferta” – ora, poderia não ter atentado – mas, uma vez que quis atentar para a oferta de Abel, isso é soberania. O que o texto ensina não é sobre oferta que torna o homem aceito; a ênfase do texto é o fato de Deus SER quem É. E isso apesar do homem e suas ofertas. O problema é que só conseguem ver o que “está escrito” e não percebem o que está dito. Logo, no Cristianismo os homens barganham com Deus através de seus “sacrifícios” – todos de tolo – no Evangelho o Perfeito Sacrifício se consumou no grito que ecoou do Calvário: “ESTÁ CONSUMADO”.
No cristianismo “o véu está posto no coração deles” porque só ficam com Moisés[4]. No Evangelho, todos com o rosto descobertos “dão a cara para bater”, posto que, entre Moisés, Jesus e Elias, é o Filho Amado que deve ser ouvido.
No cristianismo os homens ainda se sentem em dívida para com Deus, esquecendo-se que Jesus assumiu a dívida e já pagou alto preço por ela. E é este sentimento de dívida que “justifica” as barganhas; daí o porquê de eles buscarem ainda que inconscientemente (?) uma salvação meritória. No Evangelho a única consciência de dívida é aquela que Paulo sabiamente diz: “a ninguém devais coisa alguma, senão o amor…”.
No cristianismo tudo é “princípio” que se transforma em fundamento de fé. No Evangelho “ninguém pode por outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo”. E, sobre este fundamento, cada um é responsável pelo que constrói.
O Cristianismo é a religião do “não toques, não uses, não manuseies”. O Evangelho é a liberdade concedida pela Graça de sempre saber o que convém.
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Sempre em Cristo… que não era cristão e nem fundou essa religião das conveniências, é, porém, o Evangelho Eterno que estabeleceu o caminho pela fé fundamentada no amor ao qual temos acesso ao Trono da Graça.
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[1] Aqui retrato o cristianismo atual corrompido com suas mensagens antropocêntricas, logo, descentralizado da pessoa de Cristo. Como bem pontuou Mahatma Gandhi: “em vosso Cristo eu creio, eu não creio é em vosso cristianismo”.
[2] Aqui também faço referência a uma teologia que busca ir além dos ensinos bíblicos, logo filosófica, psicológica e sem nenhum comprometimento com a Sã Doutrina.
[3] Algumas igrejas estão adotando a prática das primícias fundamentadas neste texto.
[4] Estou fazendo alusão à tentativa de judaização por parte de uma considerável parcela da igreja evangélica que ainda não entendeu o Evangelho da Graça e insistem em querer “resgatar” o que já fora abolido na cruz por Cristo.
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Reflexão corajosa e bem compreendida por minha parte, ao ver o cristianismo enquanto sistemática religiosa plural e humana. Como diria Logos, “O Evangelho é quem desvenda os nossos olhos e desamarra todo nó que já se fez. Porém ninguém será liberto sem que clame arrependido aos pés de Cristo, Rei dos reis”. Direto do pela Volta ao Evangelho, para o Púlpito Cristão.

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