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Nossa justificação vem pela graça
A doutrina da justificação trata de como um pecador é aceito por um Deus santo. É uma verdade muito importante. Errar a respeito dela pode ter perigosas consequências. Por isso, esta verdade exige que a consideremos seriamente.
Justificação é um termo legal. Não significa, na realidade, tornar uma pessoa justa, em sua natureza. Justificação é o ato pelo qual um juiz declara que uma pessoa não é culpada. Portanto, a justificação é o oposto da condenação. Uma sentença de condenação jamais deve fazer de uma pessoa um criminoso. Ela declara apenas que tal pessoa deve ser punida. Do mesmo modo, a justificação não declara que uma pessoa é santa, mas que ela deve ser considerada como merecendo um prêmio.
Há duas maneiras possíveis para as pessoas serem justificadas. Se pudéssemos achar uma pessoa que nunca quebrou a lei de Deus, então essa pessoa seria justificada pela lei. Mas a Bíblia diz: "Todos pecaram" (Rom. 3:23); e "não há ninguém que faça o bem, não há sequer um" (Rom. 3:10). Definitivamente, portanto, ninguém será justificado pela lei. Razão porque a Bíblia fala de uma "justiça de Deus" que se manifestou sem lei (Rom. 3:21). Esta é a justificação que vem pela graça de Deus, e que é revelada no evangelho. Consideremos agora no que consiste esta justificação.
Diz-se-nos que "é Deus quem nos justifica" (Rom. 8:33). Todavia, Ele é a pessoa que temos ofendido com os nossos pecados. Por isso, esta justificação seguramente nos é imputada porque Deus é misericordioso e não porque nós a mereçamos.
Todas as três divinas pessoas da Trindade têm parte na nossa justificação. O Pai estabeleceu o modo pelo qual ela devia ser feita. Ele deu o Filho para cumprir a lei de modo perfeito, em benefício dos pecadores. O divino Filho obedeceu integralmente a vontade do Pai e suportou a maldição de lei violada pelos pecadores. E o Espírito Santo revela a livre disponibilidade do evangelho para os pecadores e habilita-os a recebê-lo. Assim, na linguagem triunfante de Paulo, podemos dizer: "Quem nos condenará?" Se o Deus triuno justifica, quem será maior do que Ele, para contestá-lO?
A Bíblia afirma que aqueles aos quais este maravilhoso favor é concedido são pecadores e pessoas ímpias. Isto significa que a justificação é "para aquele que não trabalha (por ganhá-la), mas para aquele que crê nAquele que justifica o ímpio" (Rom. 4:5).
Esta expressão — "Deus que justifica o ímpio" — leva alguns a arguirem, colericamente, que uma tal doutrina aniquila a necessidade do homem ser santo e praticar boas obras. Que necessidade há destas coisas, dizem eles, se Deus justifica o ímpio? Mas, o apóstolo não diz que Deus justifica aqueles que continuam na impiedade. Todos os justificados foram ímpios até o momento de serem justificados. Entretanto, a partir do instante em que são justificados, se tornam piedosos. Devemos insistir que as Escrituras afirmam que Deus justifica o ímpio. Desde que se diz que todo aquele que é justificado "não trabalha (para isto)", fica excluída toda a sua suposta dignidade, como causa de sua justificação.
A justificação só ocorre porque Deus é misericordioso. Este fato é expresso enfaticamente pelas palavras "Sendo justificados livremente por sua graça" (Rom. 3:24). Se estas palavras não provam que a justificação é totalmente livre, sem a menor consideração para com qualquer suposta bondade do pecador, então eu não sei que palavras poderiam provar esta verdade! Diz-se-nos plenamente que a bênção da justificação nos é dada sem qualquer causa oriunda de nós — pois é isso que significa "livremente pela graça".
Não há condições a serem cumpridas, nem mérito a ser ganho — com ou sem a ajuda de Deus. Enfim, não há pré-requisitos para que o pecador seja declarado "sem culpa". Nada é exigido, exceto que Deus seja misericordioso!
A doutrina da justificação trata de como um pecador é aceito por um Deus santo. É uma verdade muito importante. Errar a respeito dela pode ter perigosas consequências. Por isso, esta verdade exige que a consideremos seriamente.
Justificação é um termo legal. Não significa, na realidade, tornar uma pessoa justa, em sua natureza. Justificação é o ato pelo qual um juiz declara que uma pessoa não é culpada. Portanto, a justificação é o oposto da condenação. Uma sentença de condenação jamais deve fazer de uma pessoa um criminoso. Ela declara apenas que tal pessoa deve ser punida. Do mesmo modo, a justificação não declara que uma pessoa é santa, mas que ela deve ser considerada como merecendo um prêmio.
Há duas maneiras possíveis para as pessoas serem justificadas. Se pudéssemos achar uma pessoa que nunca quebrou a lei de Deus, então essa pessoa seria justificada pela lei. Mas a Bíblia diz: "Todos pecaram" (Rom. 3:23); e "não há ninguém que faça o bem, não há sequer um" (Rom. 3:10). Definitivamente, portanto, ninguém será justificado pela lei. Razão porque a Bíblia fala de uma "justiça de Deus" que se manifestou sem lei (Rom. 3:21). Esta é a justificação que vem pela graça de Deus, e que é revelada no evangelho. Consideremos agora no que consiste esta justificação.
Diz-se-nos que "é Deus quem nos justifica" (Rom. 8:33). Todavia, Ele é a pessoa que temos ofendido com os nossos pecados. Por isso, esta justificação seguramente nos é imputada porque Deus é misericordioso e não porque nós a mereçamos.
Todas as três divinas pessoas da Trindade têm parte na nossa justificação. O Pai estabeleceu o modo pelo qual ela devia ser feita. Ele deu o Filho para cumprir a lei de modo perfeito, em benefício dos pecadores. O divino Filho obedeceu integralmente a vontade do Pai e suportou a maldição de lei violada pelos pecadores. E o Espírito Santo revela a livre disponibilidade do evangelho para os pecadores e habilita-os a recebê-lo. Assim, na linguagem triunfante de Paulo, podemos dizer: "Quem nos condenará?" Se o Deus triuno justifica, quem será maior do que Ele, para contestá-lO?
A Bíblia afirma que aqueles aos quais este maravilhoso favor é concedido são pecadores e pessoas ímpias. Isto significa que a justificação é "para aquele que não trabalha (por ganhá-la), mas para aquele que crê nAquele que justifica o ímpio" (Rom. 4:5).
Esta expressão — "Deus que justifica o ímpio" — leva alguns a arguirem, colericamente, que uma tal doutrina aniquila a necessidade do homem ser santo e praticar boas obras. Que necessidade há destas coisas, dizem eles, se Deus justifica o ímpio? Mas, o apóstolo não diz que Deus justifica aqueles que continuam na impiedade. Todos os justificados foram ímpios até o momento de serem justificados. Entretanto, a partir do instante em que são justificados, se tornam piedosos. Devemos insistir que as Escrituras afirmam que Deus justifica o ímpio. Desde que se diz que todo aquele que é justificado "não trabalha (para isto)", fica excluída toda a sua suposta dignidade, como causa de sua justificação.
A justificação só ocorre porque Deus é misericordioso. Este fato é expresso enfaticamente pelas palavras "Sendo justificados livremente por sua graça" (Rom. 3:24). Se estas palavras não provam que a justificação é totalmente livre, sem a menor consideração para com qualquer suposta bondade do pecador, então eu não sei que palavras poderiam provar esta verdade! Diz-se-nos plenamente que a bênção da justificação nos é dada sem qualquer causa oriunda de nós — pois é isso que significa "livremente pela graça".
Não há condições a serem cumpridas, nem mérito a ser ganho — com ou sem a ajuda de Deus. Enfim, não há pré-requisitos para que o pecador seja declarado "sem culpa". Nada é exigido, exceto que Deus seja misericordioso!
Mas como pode um Deus santo e justo ignorar, aparentemente, a impiedade do pecador e justificá-lo? Como pode uma pessoa iníqua ser declarada justa? Não seria isso um malogro da justiça?
A justiça pela qual uma pessoa há de ser justificada perante Deus precisa ser uma justiça perfeita. A lei de Deus exige perfeição e não pode aceitar menos do que isso. Onde, porém, o pecador encontrará uma tal perfeição? "... nenhuma carne será justificada diante Dele pelas obras da lei..." (Rom. 3:20). Ao invés da lei de Deus justificar um pecador, ela o denuncia quão grande pecador ele é! Por isso, todos quantos confiam na observação da lei, estão sob a maldição (Gal. 3:10). Pois aquele que "deixar de cumprir um só ponto da lei, é culpado de todos" (Tg. 2:10). Assim, dessa forma não há perfeita justiça para o pecador!
Se fosse possível adquirir justiça por guardar a lei de Deus, então Cristo não tinha necessidade de vir ao mundo. Se os homens pudessem ser justificados pela excelência de suas próprias vidas, então "Cristo morreu em vão" (Gal. 2:2). "Portanto, concluímos", escreve Paulo, "que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei" (Rom. 3:28).
Nossa fé, contudo, não é a razão da nossa justificação. Diz-se que os crentes são justificados pela fé, e não por causa da fé. Homem algum tem fé perfeita. Se a fé fosse a razão da justificação, então alguns crentes poderiam ser justificados por uma fé mais perfeita; outros, por uma fê menos perfeita. Ou isso, ou alguns seriam mais justificados do que outros! Tudo isso é absurdo. Além disso, torna a fé num meio de obter a justificação. Não! O que se diz é que a"justiça de Deus é revelada de fé em fé" (Rom. 1:17). Portanto, a fé não pode ser aquilo que nos torna justos.
Nem somos aceitos por Deus por causa de qualquer santidade produzida em nós pelo Espírito Santo, ou por causa de boas obras que tenhamos feito com o Seu auxílio. E se pensarmos que uma tal santidade é produzida por nós mesmos, então ela tem que ser considerada como nossa própria justiça. No entanto, o apóstolo Paulo torna claro que ele deseja ardentemente ser achado em Cristo "não tendo justiça própria que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé" (Fil. 3:9).
Se dissermos que a nossa própria justiça é a condição para nossa justificação, então estaremos tentando obter a nossa aceitação diante de Deus mediante esforço humano. Estaremos nos pondo de volta sob o conceito das obras; isso é o oposto do conceito da graça. O concerto das obras foi o arranjo que Deus fez com Adão, no qual Ele exigia perfeita obediência pessoal como condição de vida (Gen. 2:16-17).
O concerto da graça, contudo, é o arranjo pelo qual Deus faz ao pecador promessas de bênçãos, sem quaisquer condições. Na verdade, este concerto é chamado de "concerto da promessa" (Ef. 2:12).
Se, então, o pecador que procura a justificação é ímpio; se o Supremo Governador do mundo exige obediência perfeita; se uma tal perfeição não pode ser encontrada no nosso comportamento, nem mesmo na nossa fé e obras, como então seremos justificados? Por um substituto que pudesse realizar tudo aquilo que fosse necessário e creditá-lo em nossa conta. Daí dizer-se que "somos feitos justos pela obediência de Cristo" (Rom. 5:19), e "justificados pelo seu sangue" (Rom. 5:9). Nossa justificação é possível somente pela graça de Deus, porque a obra salvadora de Cristo é creditada a nós.
A justiça pela qual uma pessoa há de ser justificada perante Deus precisa ser uma justiça perfeita. A lei de Deus exige perfeição e não pode aceitar menos do que isso. Onde, porém, o pecador encontrará uma tal perfeição? "... nenhuma carne será justificada diante Dele pelas obras da lei..." (Rom. 3:20). Ao invés da lei de Deus justificar um pecador, ela o denuncia quão grande pecador ele é! Por isso, todos quantos confiam na observação da lei, estão sob a maldição (Gal. 3:10). Pois aquele que "deixar de cumprir um só ponto da lei, é culpado de todos" (Tg. 2:10). Assim, dessa forma não há perfeita justiça para o pecador!
Se fosse possível adquirir justiça por guardar a lei de Deus, então Cristo não tinha necessidade de vir ao mundo. Se os homens pudessem ser justificados pela excelência de suas próprias vidas, então "Cristo morreu em vão" (Gal. 2:2). "Portanto, concluímos", escreve Paulo, "que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei" (Rom. 3:28).
Nossa fé, contudo, não é a razão da nossa justificação. Diz-se que os crentes são justificados pela fé, e não por causa da fé. Homem algum tem fé perfeita. Se a fé fosse a razão da justificação, então alguns crentes poderiam ser justificados por uma fé mais perfeita; outros, por uma fê menos perfeita. Ou isso, ou alguns seriam mais justificados do que outros! Tudo isso é absurdo. Além disso, torna a fé num meio de obter a justificação. Não! O que se diz é que a"justiça de Deus é revelada de fé em fé" (Rom. 1:17). Portanto, a fé não pode ser aquilo que nos torna justos.
Nem somos aceitos por Deus por causa de qualquer santidade produzida em nós pelo Espírito Santo, ou por causa de boas obras que tenhamos feito com o Seu auxílio. E se pensarmos que uma tal santidade é produzida por nós mesmos, então ela tem que ser considerada como nossa própria justiça. No entanto, o apóstolo Paulo torna claro que ele deseja ardentemente ser achado em Cristo "não tendo justiça própria que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé" (Fil. 3:9).
Se dissermos que a nossa própria justiça é a condição para nossa justificação, então estaremos tentando obter a nossa aceitação diante de Deus mediante esforço humano. Estaremos nos pondo de volta sob o conceito das obras; isso é o oposto do conceito da graça. O concerto das obras foi o arranjo que Deus fez com Adão, no qual Ele exigia perfeita obediência pessoal como condição de vida (Gen. 2:16-17).
O concerto da graça, contudo, é o arranjo pelo qual Deus faz ao pecador promessas de bênçãos, sem quaisquer condições. Na verdade, este concerto é chamado de "concerto da promessa" (Ef. 2:12).
Se, então, o pecador que procura a justificação é ímpio; se o Supremo Governador do mundo exige obediência perfeita; se uma tal perfeição não pode ser encontrada no nosso comportamento, nem mesmo na nossa fé e obras, como então seremos justificados? Por um substituto que pudesse realizar tudo aquilo que fosse necessário e creditá-lo em nossa conta. Daí dizer-se que "somos feitos justos pela obediência de Cristo" (Rom. 5:19), e "justificados pelo seu sangue" (Rom. 5:9). Nossa justificação é possível somente pela graça de Deus, porque a obra salvadora de Cristo é creditada a nós.
Via: Josemar Bessa
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