Isvonaldo sou Protestante

Isvonaldo sou Protestante

sábado, 7 de junho de 2014

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Por Rev. Antônio dos Passos Pereira


Em recente pesquisa sobre o movimento apostólico no Brasil, o Rev. Augustus Nicodemus Lopes[1] afirmou que já existem mais de 12 mil apóstolos no país, reconhecidos nas últimas duas décadas. A grande questão é se os tais, de fato, são apóstolos nos termos apresentados pela Palavra de Deus. As Escrituras Sagradas, como nossa única fonte de autoridade dada à Igreja pelo próprio Deus, deve ser o instrumento por meio do qual podemos discernir o que é falso e verdadeiro. Somos, portanto, impelidos pelo Espírito Santo a mantermos nossas interpretações sempre submissas à Verdade de Deus, deixando que a própria Bíblia verse sobre o assunto, nos atendo apenas à exposição fiel daquilo que o Senhor revelou pelos seus santos profetas e apóstolos.

Quanto ao tema proposto, antes de discorrermos propriamente sobre os falsos apóstolos, devemos conhecer o que a Bíblia ensina sobre os verdadeiros; e ela nos aponta claramente, tanto as credenciais de um apóstolo de Cristo como a abrangência de sua atuação na história da redenção. Vejamos, então, quais são as credenciais de um apóstolo.

Em primeiro lugar, um apóstolo de Cristo deve ter sido chamado e constituído APÓSTOLO pelo próprio Senhor Jesus. É o que se deve concluir dos dois trechos abaixo:

E, quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu DOZE DENTRE ELES, aos quais deu também o nome de APÓSTOLOS: Simão, a quem acrescentou o nome de Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Felipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que se tornou traidor” (Lucas 6.13 e 16).

Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o Evangelho, para o qual FUI DESIGNADO pregador, APÓSTOLO e mestre. (2 Timóteo 1.8-11).

Em segundo lugar, um apóstolo de Cristo deve ter sido instruído pessoalmente pelo Senhor Jesus. Os doze, bem como Matias e Paulo foram orientados pelo próprio Mestre. Os primeiros, andando com Ele e testemunhando todas as coisas com seus próprios olhos; e Paulo, como um fora de tempo, segundo ele mesmo o descreve, recebendo revelações diretas do Senhor. Sobre a escolha de Matias, recomendo a leitura de um trecho do livro de Abraham Kuyper: A obra do Espírito Santo[2]. Vejamos o que diz os versos abaixo:

O que era desde o princípio, o que TEMOS OUVIDO, o que TEMOS VISTO com nossos próprios olhos, o que CONTEMPLAMOS, e as NOSSAS MÃOS APALPARAM, com respeito ao verbo da vida [...] o que TEMOS VISTO E OUVIDO ANUNCIAMOS também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo” (1 João 1.1 e 3).

Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem, porque eu não o RECEBI, nem o APRENDI de homem algum, mas MEDIANTE REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO” (Gálatas 1.11-12).

Em terceiro lugar, um apóstolo de Cristo deve ter recebido autoridade para realizar sinais, milagres e prodígios em Seu nome. Os Evangelhos e o livro de Atos mostram claramente que o poder de operar milagres, sinais e prodígios em grandes proporções era prerrogativa apenas de Cristo e dos seus apóstolos, como nos indicam os versos a seguir:

Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos POR INTERMÉDIO DOS APÓSTOLOS. (Atos 2.43).

Muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo PELAS MÃOS DOS APÓSTOLOS. E costumavam todos reunir-se, de comum acordo, no pórtico de Salomão. (Atos 5.12).

Pois as CREDENCIAIS DO APOSTOLADO foram apresentadas no meio de vós, com toda a persistência, POR SINAIS, PRODÍGIOS E PODERES MIRACULOSOS. (2 Coríntios 12.12).

E por fim, um apóstolo de Cristo deve ter visto o Senhor Jesus vivo, morto e ressuscitado, bem como dado testemunho disto diante dos homens. E esta parece ser uma das mais relevantes dentre todas as credenciais de um apóstolo.

É necessário, pois, que, dos HOMENS QUE NOS ACOMPANHARAM TODO O TEMPO QUE O SENHOR JESUS ANDOU ENTRE NÓS, começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas, um destes se torne TESTEMUNHA CONOSCO DA SUA RESSURREIÇÃO. (Atos 1.21-22). (Leia sobre a escolha de Matias[3]).

Com grande poder, os APÓSTOLOS DAVAM TESTEMUNHO DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR JESUS, e em todos eles havia abundante graça. (Atos 4.33).

Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E APARECEU A CEFAS E, DEPOIS, AOS DOZE. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Depois, foi VISTO TAMBÉM POR TIAGO, mais tarde, POR TODOS OS APÓSTOLOS e, afinal, depois de todos, FOI VISTO TAMBÉM POR MIM, como por um nascido fora de tempo. Porque eu SOU O MENOR DOS APÓSTOLOS, que mesmo não sou digno de ser chamado APÓSTOLO, pois persegui a igreja de Deus. Mas pela graça de Deus, sou o que sou, e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo. (1 Coríntios 15.3-10).

Além das credenciais acima expostas, uma verdade crucial e fundamental a respeito dos verdadeiros apóstolos de Cristo foi registrada pelo Apóstolo João no livro de Apocalipse:

E me transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus [...] A muralha da cidade tinha DOZE FUNDAMENTOS, e estavam sobre estes os DOZE NOMES DOS DOZE APÓSTOLOS DO CORDEIRO” (Apocalipse 21.10 e 14). – Sobre o nome de Matias e Paulo leia o texto recomendado anteriormente[4].

Trata-se de uma revelação sobre à consumação dos tempos. Nela o Senhor mostrou os NOMES APENAS DOS DOZE APÓSTOLOS DO CORDEIRO escritos nos fundamentos da cidade santa. Isto implica que nenhum outro nome foi escrito, senão os nomes dos doze verdadeiros apóstolos de Cristo. O que dizer dos que hoje ainda se intitulam apóstolos? Em que parte das Escrituras eles se encaixam para serem recebidos pela igreja como tais?

É possível que haja crentes verdadeiros que estejam em posição de falsos apóstolos? Certamente que sim. Por certo, por terem recebido falsos ensinos a este respeito e porque foram ou induzidos ou tentados a pensarem que tenham recebido de Deus tal vocação. No entanto, se verdadeiros crentes ou não, não deixam de ser falsos apóstolos. Infelizmente a maioria deles são ímpios, instrumentos de Satanás, movidos pelo e para o engano.

Passemos então, às doze verdades a respeito desses falsos apóstolos. Considerando que o chamado “ministério apostólico” no Brasil, chegou trazendo novos ensinos e novas revelações – incluindo aquele referente à “restauração do ministério apostólico”, aqueles que assim procedem devem ser vistos também como falsos mestres e falsos profetas. Em nenhum lugar das Escrituras encontramos base para tal ensino. Vejamos o que a Bíblia diz sobre eles:

1. Falsos apóstolos não são estranhos de fora, mas se levantam entre o povo de Deus. Não se enganem, eles surgem entre os salvos, de onde menos se espera. Estão na igreja visível e, em geral, em cargos de liderança, gozam de relativa autoridade sobre a igreja e até conseguem enganar a muitos, fazendo-se reconhecidos como líderes de grande credibilidade, mas não passando de falsos profetas e falsos mestres. A este respeito o Apóstolo Pedro nos advertiu:

Assim como, NO MEIO DO POVO, surgiram falsos profetas, assim também surgirão ENTRE VÓS falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. (2 Pedro 2:1).

2. Falsos apóstolos são autodeclarados. Eles se levantam diante do povo de Deus asseverando terem recebido de Deus tal vocação ou usando a autoridade de outros apóstolos, também autodeclarados, para que sejam recebidos pela igreja de Deus como tais. Apocalipse registra casos semelhantes na igreja de Éfeso; homens maus que se dizem apóstolos sem de fato o serem. Vejam as palavras do Senhor Jesus à Igreja:

Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova OS QUE A SI MESMOS SE DECLARAM APÓSTOLOS, E O NÃO SÃO, e tu os achaste mentirosos .” (Apocalipse 2:2).

O grande problema dos cristãos que fazem parte dos ministérios desses líderes é que foram ensinados, sob ameaça de maldição, a não colocarem esses homens à prova, sob o argumento de que não se pode tocar “no ungido do Senhor”.

3. Falsos apóstolos são bons imitadores dos verdadeiros apóstolos. Estes tais têm a capacidade de, por suas obras fraudulentas, convencerem pessoas de que são apóstolos como os verdadeiros apóstolos de Cristo. São imitadores baratos, instrumentos de engano, que muitas vezes enganam até a si mesmos. O Apóstolo Paulo denuncia estes falsos apóstolos em uma de suas cartas aos coríntios:

Porque os tais são FALSOS APÓSTOLOS, OBREIROS FRAUDULENTOS, TRANSFORMANDO-SE EM APÓSTOLOS DE CRISTO. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. (2 Coríntios 11.13-14).

Aqueles que os seguem não tem a coragem de submetê-los ao crivo bíblico das credenciais apostólicas.

4. Falsos apóstolos reivindicam para si sinais do apostolado verdadeiro. De alguma forma falsos apóstolos conseguem demonstrar por meio de enganos alguns sinais das credenciais dos verdadeiros apóstolos e se apresentam diante da Igreja, e até mesmo do próprio Deus, esperando que seus sinais sejam aceitos e cridos como verdadeiros. A esse respeito o Senhor Jesus alertou:

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! PORVENTURA, NÃO TEMOS NÓS PROFETIZADO EM TEU NOME, E EM TEU NOME NÃO EXPELIMOS DEMÔNIOS, E EM TEU NOME NÃO FIZEMOS MUITOS MILAGRES? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade. (Mateus 7:21-23).

Se estes tais não são recebidos por Cristo, ainda que tenham sinais, também não devem ser recebidos pela igreja.

5. Falsos apóstolos gloriam-se de serem “iguais” aos verdadeiros. Movidos pelo auto-engano e pelo desejo de terem o maior número de pessoas os seguindo, acreditando e afirmando terem o poder e a vocação dados aos apóstolos, os falsos se gloriam de serem como os verdadeiros, apresentando-se deste modo e exigindo que sejam tratados como tais. Veja o que nos disse o Apóstolo Paulo sobre eles:

A verdade de Cristo está em mim; por isso, não me será tirada esta glória nas regiões da Acaia. Por que razão? É porque não vos amo? Deus o sabe. Mas o que faço e farei é para cortar ocasião àqueles que A BUSCAM COM O INTUITO DE SEREM CONSIDERADOS IGUAIS A NÓS; NAQUILO EM QUE SE GLORIAM. (2 Coríntios 11.12-14).

6. Falsos apóstolos tem aparência de manifestações de poder. Uma das características dos falsos apóstolos é a capacidade de atrair pessoas pelo anúncio e pela realização de “sinais” de poder, em geral sem chances de comprovação. O fato é que eles impressionam, cativam e escravizam seus seguidores pregando uma necessidade de experimentar o “poder” de Deus. O próprio Senhor Jesus avisou aos seus discípulos que estes tais apareceriam e enganariam a muitos com seus “sinais de poder”:

Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas OPERANDO GRANDES SINAIS E PRODÍGIOS PARA ENGANAR, se possível, os próprios eleitos. (Mateus 24:24).

7. Falsos apóstolos são eficazes na arte de disfarçar suas mentiras e enganos. Eles são dissimulados, apresentam-se cheios de promessas vazias, portando-se de tal modo que suas mentiras não podem ser facilmente descobertas. Seus seguidores ficam tão extasiados com suas promessas que perdem a capacidade de julgar tudo antes de reter qualquer coisa. Como não são preparados para identificar falsidades, dão crédito às mentiras como se fossem verdades. Foi também o Senhor Jesus quem nos alertou sobre isso:

Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que VÊM ATÉ VÓS VESTIDOS COMO OVELHAS, MAS, INTERIORMENTE, SÃO LOBOS DEVORADORES. (Mateus 7:15).

8. Falsos apóstolos tem aparência de piedade. As pessoas gostam de líderes com aparência de espiritualidade. Aparência de piedade é um meio eficaz de promover o engano e cativar pessoas, especialmente àqueles que aprendem sem reter a verdade. Os falsos apóstolos tem aparência de piedade, mas seu caráter é contraditório:

TENDO APARÊNCIA DE PIEDADE, mas negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes. Pois entre estes se encontram os que penetram sorrateiramente nas casas e CONSEGUEM CATIVAR mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões, que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade. (2 Timóteo 3:5-7).

9. Falsos apóstolos são eficazes no uso das palavras. Palavras são o principal instrumento dos falsos apóstolos. Palavras bonitas e lisonjeiras, porém enganosas, são eficazmente usadas para atrair as multidões. Em geral as igrejas desses pretensos apóstolos são cheias. Cheias de pessoas esperando ouvir seus sermões centrados no homem e carregados de palavras cuidadosamente colocadas como iscas aos corações ingênuos. Um linguajar espiritualizado, um evangeliquês místico e “palavras de ordem” que os fazem parecer conectados ao céu. É o Apóstolo Paulo que de novo adverte a igreja sobre esse perigo:

Rogo-vos, irmãos, que noteis os que PROMOVEM DISSENSÕES E ESCÂNDALOS CONTRA A DOUTRINA QUE APRENDESTES; desviai-vos deles. Porque os tais não servem a Cristo nosso Senhor, mas ao seu ventre; e COM PALAVRAS SUAVES E LISONJAS ENGANAM OS CORAÇÕES DOS INOCENTES. (Romanos 16:17-18).

10. Falsos apóstolos são convincentes. Além de palavras serem bonitas, eles possuem estratégias e métodos convincentes. Associados às suas performances e promessas de manifestação de poder, conseguem enganar facilmente pessoas crédulas. Foi o próprio Senhor Jesus quem disse que, se isso fosse possível, até os eleitos seriam enganados por eles.

Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas OPERANDO GRANDES SINAIS E PRODÍGIOS PARA ENGANAR, se possível, os próprios eleitos. (Mateus 24:24).

11. Falsos apóstolos são sutis na introdução de falsos ensinos. Não podemos nos enganar, acreditando que falsos apóstolos chegam com ensinos descaradamente absurdos. Em geral eles aparecem com ensinos atrativos, sutilmente conquistando a confiança do povo e lançando suas heresias nocivas no meio da igreja. Chega sim um momento que eles começam a ensinar descaradamente doutrinas absurdas, mas o povo já está tão cativo, que as recebe sem questionar, especialmente sendo ensinadas que “discípulos não questionam, discípulos obedecem”.

Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também surgirão entre vós falsos mestres, OS QUAIS INTRODUZIRÃO, DISSIMULADAMENTE, HERESIAS DESTRUIDORAS, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. (2 Pedro 2:1).

Tendo aparência de piedade, mas negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes. Pois entre estes se encontram os que PENETRAM SORRATEIRAMENTE NAS CASAS E CONSEGUEM CATIVAR mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões, que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade. (2 Timóteo 3:5-7).

12. Falsos apóstolos dizem o que o povo quer ouvir. Como o povo está ávido por ouvir o que desejam, torna-se fácil aos falsos profetas enganá-lo trabalhando em cima de seus anseios. Os ministérios desses homens e mulheres são voltados aos anseios humanos, não para a glória de Deus. O profeta Jeremias já alertava o povo de Deus a esse respeito no Antigo Testamento, quando falsos profetas diziam ao povo o que o povo queria ouvir. Diziam: "Deus disse" quando Deus na verdade não disse nada:

Porque assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhos, que sonhais; Porque ELES VOS PROFETIZAM FALSAMENTE EM MEU NOME; não os enviei, diz o Senhor. (Jeremias 29:8-9).

Diante do exposto, todos nós temos uma postura a tomar como forma de proteger a igreja de Cristo contra os danos dos falsos apóstolos:

Aos verdadeiros pastores e mestres, cabe o dever de ensinar fielmente a verdade, alertar os crentes do erro, preveni-los dos perigos, e conduzi-los de forma que venham a crescer na graça e no conhecimento do Senhor; orando sempre para que sejam cheios do espírito de sabedoria e entendimento, tendo iluminados os olhos do coração, para que permaneçam firmem na graça e na fé em Cristo Jesus.

A todos os crentes, cabe o dever de conhecer as Escrituras, vivendo em obediência na verdade e sondando sempre os corações e consciências para que não se deixem enganar por sutilezas; orando sempre para que si lhes abram os olhos e tenham discernimento para afastarem dos ensinos dos falsos apóstolos.

Aos verdadeiros crentes que se constituíram falsos apóstolos, cabe o urgente dever de se arrependerem de seus falsos caminhos, voltando-se para Deus, buscando graça e misericórdia em tempo oportuno; orando com humildade e temor para que o Senhor os livre do auto-engano e os previna de fazer tropeçar um daqueles a quem o Senhor ama.

Quanto aos falsos apóstolos, cujos corações são movidos pela impiedade, sejam os tais guardados para o dia do juízo. Deus não terá misericórdia deles. 

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Notas:
[1] LOPES, Nicodemus Augustos. Apostolado no Brasil. Voltemos ao Evangelho, disponível em . Acesso em 02 de Maio de 2014.
[2] KUYPER, Abraham. A Obra do Espírito Santo. São Paulo: Cultura Cristã, 2010. pp. 185-189.
[3] Idem.
[4] Idem.

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Sobre o autor: Rev. Antônio dos Passos Pereira é casado com Mirtes Áurea, pai de Vinícius de 8 anos e Nicole 1,5 ano. Pastor na Igreja Presbiteriana de Lagoa Santa/MG. Mestrando em Teologia Histórica pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper (Mackenzie). Bacharel em Teologia pela EST-Escola Superior de Teologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo/SP, 2013. Bacharel em Teologia e Missões pelo MTC Latino (Escola Superior de Teologia e Estudos Transculturais), Montes Claros/MG. 2003. 

Fonte: Blog do autor

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