REDE GLOBO DE TELEVISÃO,
DIABÓLICA OU ANGELICAL?
Por Renato Vargens
Desde que me converti eu ouço os evangélicos afirmarem que a Globo é do diabo, que os programas disseminados por ela pertencem ao cão, e que alguns dos seus artistas tem pacto com o cramulhão.
Lembro que por volta de 1990, era comum ouvir pastores afirmarem que a Globo tinha sido consagrada a Satanás e que bruxos e feiticeiros dominavam a mente dos artistas, funcionários, além é claro de todo aquele que lá trabalhava.
Não foram poucas as vezes que presenciei pastores (na época ainda não havia apóstolos) decretando a libertação da "Vênus Platinada" das garras de Satanás.
Pois é, os anos passaram e bastou com que a emissora do "Plin-Plin", produzisse eventos Gospel e se aproximasse dos evangélicos que alguns a transformaram numa agência celestial de amor, bondade e misericórdia.
Caro leitor, o dualismo que nos cerca é absolutamente assustador. Impressiona-me a rapidez com que os evangélicos transformam demônios em santos e santos em demônios. Ora, a Globo não pertence ao capeta e nem tampouco está preocupada em glorificar o nome do Senhor. Na verdade, a que globo deseja é vender aos milhões de evangélicos deste tupiniquim país seus produtos globais.
Por favor, não sejamos simplistas o surgimento do Festival Promessas, de feiras de livros, ou de músicas nas novelas, não se deu pelo fato de que a Globo esteja se convertendo, nem tampouco por ela acreditar que Cristo é o Caminho. Não, lamentavelmente não é isso! Os eventos gospel na grade de programação da Globo surgiu pelo fato inexorável de que o canal do "Plin-Plin" deseja vender os seus produtos para o emergente mercado gospel. Junta-se a isso que promover um evento evangélico é um ataque indireto e ao mesmo tempo certeiro a Rede Record que protagoniza junta a empresa carioca uma batalha pirotécnica pela audiência televisiva.
Isto posto, em vez de nos alegrarmos pela aparente exposição midiática, deveríamos nos preocupar pelo fato de termos nos tornado simples massa de manobra.
É o que penso, é o que sinto!
Renato Vargens
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