Isvonaldo sou Protestante

Isvonaldo sou Protestante

sábado, 6 de julho de 2013

Lição 1: Paulo e a Igreja em Filipos


Data: 07 de Julho de 2013

TEXTO ÁUREO


E peço isto: que o vosso amor aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento” (Fp 1.9).

VERDADE PRÁTICA


Paulo tinha uma grande afeição pelos irmãos de Filipos; por isso suas orações e ações de graças por essa igreja eram constantes.

HINOS SUGERIDOS


296, 577, 597.

LEITURA DIÁRIA


Segunda - Fp 1.3-6
A oração que inspira compromisso


Terça - Fp 1.7
A justiça provém do amor


Quarta - Fp 1.12-15
Tribulações por amor ao Evangelho


Quinta - Jo 15.4,5,8,16
O amor revela-se em obras


Sexta - Rm 12.9-21
O amor valida as boas obras


Sábado - Fp 4.14-19
O amor gera contentamento

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Filipenses 1.1-11.

1 - Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos, com os bispos e diáconos:
2 - graça a vós e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e da do Senhor Jesus Cristo.
3 - Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós,
4 - fazendo, sempre com alegria, oração por vós em todas as minhas súplicas,
5 - pela vossa cooperação no evangelho desde o primeiro dia até agora.
6 - Tendo por certo isto mesmo: que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de Jesus Cristo.
7 - Como tenho por justo sentir isto de vós todos, porque vos retenho em meu coração, pois todos vós fostes participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões como na minha defesa e confirmação do evangelho.
8 - Porque Deus me é testemunha das saudades que de todos vós tenho, em entranhável afeição de Jesus Cristo.
9 - E peço isto: que o vosso amor aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento.
10 - Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros e sem escândalo algum até ao Dia de Cristo,
11 - cheios de frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.

INTERAÇÃO


Prezado professor, neste trimestre estudaremos a carta do apóstolo Paulo aos filipenses. Os temas contemplados nesta epístola são diversos. O apóstolo fala sobre o caráter de Deus, a alegria, o serviço, o conflito e o sofrimento dos santos. Mas o tema que ganha maior destaque na carta é o senhorio de Jesus Cristo, o kyrios de Deus (2.9,10). O Pai o fez Senhor e Cristo. O comentarista do trimestre é o Pastor Elienai Cabral — conferencista e autor de várias obras publicadas pela CPAD, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e também da Casa de Letras Emílio Conde. Que Deus abençoe a sua vida e a de seus alunos. Bons estudos!

OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Introduzir a Epístola aos Filipenses destacando a cidade, a data e o local da autoria.
  • Explicar o propósito, a autoria e os destinatários da epístola.
  • Compreender os atos de oração e ação de graças do apóstolo Paulo.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, para introduzir a lição desta semana reproduza o esquema abaixo. Faça a exposição panorâmica da Epístola aos Filipenses, explicando o propósito e suas principais divisões. Mostre aos alunos que a carta pode ser dividida em duas partes principais: (1) Circunstâncias em que Paulo se encontrava e (2) assuntos de interesse da Igreja — alegria, o serviço, o caráter de Deus, o conflito e o sofrimento, etc.
Aprendamos, pois, neste trimestre, com a igreja de Filipos. Boa aula!

ESBOÇO DA EPÍSTOLA AOS FILIPENSES

Autor: Apóstolo Paulo.
Tema: Alegria de viver por Cristo.
Data: Cerca de 62/63 d.C.
Propósitos: Agradecer aos filipenses por suas ofertas generosas; informar o seu estado pessoal na prisão de Roma; transmitir à congregação a certeza do triunfo do propósito de Deus na sua prisão para levar os membros da igreja de Filipos a se esforçarem em conhecer melhor o Senhor, conservando a unidade, a humildade, a comunhão e a paz.

Introdução (1.1-11)
      Saudações.
      Ação de graças e oração pelos Filipenses.

I. As circunstâncias em que Paulo se encontrava (1.12-26)
      A prisão de Paulo contribuiu para o avanço do Evangelho.
      A proclamação de Cristo de todas as formas.
      A disposição de Paulo para viver ou morrer.

II. Assuntos de Interesse da Igreja (1.27-4.9)
      Exortação de Paulo aos filipenses.
      Os mensageiros de Paulo à Igreja.
      Advertência de Paulo a respeito de falsos ensinos.
      Conselhos finais de Paulo.

Conclusão (4.10-23)
      Reconhecimento e gratidão pelas ofertas recebidas.
      Saudações finais e bênção.

COMENTÁRIO


introdução

Palavra Chave
Epístola: Cada carta ou lições dos apóstolos às comunidades cristãs primitivas.

Neste trimestre, estudaremos a Epístola de Paulo aos Filipenses. Esta carta é uma declaração de amor e gratidão do apóstolo pelo amoroso zelo dos filipenses para com os obreiros do Senhor. A epístola está classificada no grupo das cartas da prisão — Filipenses, Filemon, Colossenses e Efésios. Além de realçar a verdadeira cristologia, a epístola orienta-nos quanto ao comportamento que devemos ter diante das hostilidades e perseguições enfrentadas pela Igreja de Cristo.

I. INTRODUÇÃO À EPÍSTOLA

1. A cidade de Filipos. Localizada no Norte da Grécia, foi fundada por Filipe II. Outras cidades como Anfípolis, Apolônia, Tessalônica e Bereia também faziam parte daquela região (At 17.1,10). Filipos, porém, era uma colônia romana (At 16.12) e um importante centro mercantil, pois estava situada no cruzamento das rotas comerciais entre a Europa e a Ásia.
2. O Evangelho chega à Filipos. Por volta do ano 52 d.C, o apóstolo Paulo, acompanhado por Silas e Timóteo, empreendeu uma segunda viagem missionária (At 15.40; 16.1-3). Ao entrar numa cidade estrangeira, a estratégia usada por Paulo para anunciar o Evangelho era sempre a mesma: dirigir-se em primeiro lugar a uma sinagoga. Ali, o apóstolo esperava encontrar judeus dispostos a ouvi-lo. Mas, na sinagoga de Filipos, havia uma comunidade não muito inclinada a escutá-lo. Por isso, Paulo concentrou-se num lugar público e informal para falar a homens e mulheres desejosos por discutir assuntos religiosos.
Lá, o apóstolo encontrou Lídia, de Tiatira, uma comerciante que negociava púrpura (At 16.14). Ela se converteu a Cristo e levou o primeiro grupo de cristãos de Filipos a congregar-se em sua casa. No lar da irmã Lídia, a igreja começou a florescer (At 16.15-40).
3. Data e local da autoria. Apesar das dificuldades para se referendar a data e o local da Epístola aos Filipenses, os especialistas em Novo Testamento dizem que a carta foi redigida entre os anos 60 e 63 d.C, provavelmente em Roma. Na ocasião, o apóstolo Paulo estava encarcerado numa prisão, e recebeu a visita de um membro da igreja em Filipos, chamado Epafrodito. Este chegara a ficar gravemente adoentado, “mas Deus se apiedou dele” que, agora recuperado, acabou por levar a mensagem do apóstolo aos filipenses.


SINOPSE DO TÓPICO (I)

Após chegar numa cidade gentílica, o apóstolo Paulo dirigia-se a uma sinagoga judaica para evangelizar.


II. AUTORIA E DESTINATÁRIOS

1. Paulo e Timóteo. O nome de Timóteo aparece juntamente com o de Paulo na introdução da epístola filipense (v.1). Apesar de Timóteo ser apresentado como coautor da carta, a autoria principal pertence ao apóstolo Paulo. Este certamente tratou com Timóteo, seu discípulo, os assuntos expostos na carta. O apóstolo Paulo também não desfrutava de boa saúde, e este fato fazia com que dependesse constantemente da ajuda de um auxiliar na composição de seus escritos (Rm 16.22; 1Co 1.1; Cl 1.1).
2. Os destinatários da carta: “todos os santos”. Paulo chama os cristãos de Filipos de “santos” (v.1). Isto é, aqueles que foram salvos e separados, por Deus, para viver uma nova vida em Cristo. Este era o tratamento comum dado por Paulo às igrejas (Rm 1.7; 1Co 1.2). Quando o apóstolo dos gentios usa a expressão “em Cristo Jesus”, ele quer ilustrar a relação íntima dos crentes com o Cristo de Deus — semelhante ao recurso usado por Jesus quando da ilustração da “videira e os ramos” (cf. Jo 15.1-7).
3. Alguns destinatários distintos: “bispos e diáconos”. A distinção entre “bispos e diáconos” expressa a preocupação paulina quanto à liderança espiritual da igreja (v.1). O modelo de liderança adotado pelas igrejas do primeiro século funcionava assim: os “bispos” eram responsáveis pelas necessidades espirituais da igreja local e os “diáconos” pelo serviço à igreja sob a supervisão dos bispos.


SINOPSE DO TÓPICO (II)

Apesar de Timóteo aparecer como o coautor da carta, a autoria da epístola é do apóstolo Paulo.


III. AÇÃO DE GRAÇAS E PETIÇÃO PELA IGREJA DE FILIPOS (1.3-11)

1. As razões pela ação de graças. “Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós” (v.3). A razão de o apóstolo Paulo lembrar-se dos filipenses nas suas orações, e alegrar-se por isto, foi a compaixão deles para com o apóstolo quando da sua prisão, defesa e confirmação do Evangelho (v.7). Esta lembrança fortalecia Paulo na sua solidão, pois, apesar de estar longe fisicamente dos filipenses, aproximava-se deles pela oração, onde não há fronteiras.
2. Uma oração de gratidão (vv.3-8). Paulo lembra a experiência amarga sofrida juntamente com Silas em Filipos (v.7). Eles foram arrastados à presença das autoridades, açoitados em público, condenados sumariamente e jogados no cárcere, tendo os pés atados ao tronco (At 16.19,23,24). Essa dura experiência fez o apóstolo recordar o grande livramento de Deus concedido a ele, a Silas e ao carcereiro (At 16.27-33).
Os filipenses participaram das aflições do apóstolo e proveram-no, inclusive, de recursos financeiros (4.15-18), ao passo que os coríntios fecharam-lhe as mãos (1Co 9.8-12). Por isso, quando lemos a Epístola aos Filipenses percebemos o amor, a amizade e a grande estima que Paulo nutria para com aquela igreja (v.8).
3. Uma oração de petição (vv.9-11). Após agradecer a Deus pelos filipenses, o apóstolo passa a rogar a Deus por eles:
a) Que o vosso amor aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento (v.9). O desejo do apóstolo é que o amor cresça e se desenvolva de modo mais profundo, levando cada crente em Filipos a ter um maior conhecimento de Cristo.
b) Para que aproveis as coisas excelentes para que sejais sinceros e sem escândalo algum até ao Dia de Cristo (v.10). Paulo intercedia pelos filipenses, pedindo ao Senhor que lhes concedesse a capacidade de discernir entre o certo e o errado. Esta capacidade fará do crente uma pessoa sincera e sem escândalo até a volta do Senhor.
c) Cheios de frutos de justiça (v.11). O apóstolo desejava que os crentes filipenses não fossem estéreis, mas cheios do fruto da justiça para a glória de Deus. A justiça que vem de Deus manifesta-se com perfeição no caráter e nas obras do crente.


SINOPSE DO TÓPICO (III)

A atitude de ação de graças e petição pela igreja de Filipos é o tema que predomina na introdução da epístola.


CONCLUSÃO

As adversidades ministeriais na vida do apóstolo Paulo eram amenizadas na demonstração de amor das igrejas plantadas por ele. Ao longo deste trimestre, veremos o quanto a igreja de Filipos foi pastoreada por aquele que não media esforços nem limites para proclamar o Evangelho: o apóstolo Paulo.

VOCABULÁRIO


Colônia: Grupo de migrantes que se estabelecem em terra estranha. Ou lugar onde se estabelece quaisquer migrantes.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4 ed., Vol. 2, RJ: CPAD, 2009.
STAMPS, D. C. (Ed.) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo Testamento. RJ: CPAD, 1995.

EXERCÍCIOS


1. Faça um resumo a respeito da cidade de Filipos.
R. A cidade de Filipos foi fundada por Felipe II, localizada no Norte da Grécia. Além de ser uma importante colônia romana (At 16.12), era um importante centro mercantil entre a Europa e a Ásia.

2. Qual a data mais provável em que foi escrita a Epístola aos Filipenses?
R. De acordo com os especialistas do Novo Testamento, a carta foi redigida entre os anos 60 e 63 d.C.

3. Quem é o coautor e autor da carta aos filipenses?
R. Timóteo e Paulo.

4. Quem são os destinatários da carta aos filipenses?
R. Aos crentes de Filipos, chamados santos, e “bispos e diáconos” da Igreja.

5. Quais são as três petições de Paulo apresentadas na lição em favor dos filipenses?
R. Que os filipenses crescessem em amor e ciência, tivessem sinceridade e que dessem frutos de justiça.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO


Subsídio Bibliográfico

“[Filipos]
A cidade de Filipos foi fundada em 360 a.C. por Filipe da Macedônia. Foi construída na aldeia de Krenides em Trácia e serviu como um centro militar significativo. Quando Roma conquistou a área duzentos anos mais tarde, Filipos se tornou a principal cidade na Macedônia, um dos quatro distritos romanos do que é hoje conhecido como a Grécia. Lá, aconteceu a famosa batalha entre os exércitos de Brutus e Cassius e aqueles de Otávio e Marco Antônio (42 a.C.). A vitória de Otávio levou ao estabelecimento do Império Romano, e ele é lembrado pelo nome sob o qual governou aquele império — Augustus. Filipos floresceu como uma cidade colonial no Império Romano; é a única cidade romana chamada de ‘colônia’ no Novo Testamento (At 16.12). Muitos veteranos de guerras romanas, particularmente do conflito mais antigo entre Antônio e Otávio, povoaram este lugar, tendo recebido porções de terras por seu serviço a Roma. A cidade teve orgulho deste estado como uma colônia romana, desfrutando dos privilégios de isenção de impostos. Promoveu o latim como sua língua oficial e modelou muitas de suas instituições segundo as de Roma (por exemplo, o governo cívico). Os magistrados que Paulo e seus companheiros encontraram primeiro em Atos 16 trouxeram o título honorário de ‘pretores’. O sentimento de orgulho dos filipenses é evidente em Atos 16.21, onde vários cidadãos se referem a si mesmos como ‘Romanos’” (ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4 ed., Vol. 2, RJ: CPAD, 2009, p.470).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO


Paulo e a Igreja de Filipos

A Carta do Apóstolo Paulo aos Filipenses é o assunto deste trimestre. Para planejarmos com eficiência a aula de cada lição, precisamos considerar o contexto histórico da Epístola. Mas, antes, é de bom alvitre ler toda a Carta. Assim, o professor se apropriará do panorama geral da Epístola. Em seguida, sua atenção deve se voltar para as seguintes questões: a cidade de Filipos, as circunstâncias sociais da redação da Epístola e o seu propósito.
Filipos foi a primeira cidade européia a receber o Evangelho (At 16.6-40). Foi na casa de uma negociante de púrpura, Lídia, que se estabeleceu o primeiro núcleo da comunidade cristã fundada por Paulo em Filipos. O apóstolo visitou a cidade muitas vezes, quando das suas viagens para a Macedônia.
Quando o apóstolo Paulo escreveu a Epístola aos Filipenses, ele achava-se preso. Correntes, pés presos aos troncos, solidão e longos períodos de prisão são umas das muitas consequências daquilo que significava ser preso no Novo Testamento. O sofrimento na prisão é um tema muito explorado pelo apóstolo nesta Epístola.
A Carta aos Filipenses retrata a assistência oferecida pela igreja ao apóstolo. Aqui está todo o contexto que impulsiona Paulo a redigir uma carta à comunidade que lhe assiste em tudo. A melhor maneira que o apóstolo encontrou de agradecer aquela igreja foi escrevendo a ela sobre o sentimento de gratidão que transbordara no seu coração pela generosidade da igreja filipense. Além desse motivo, podemos encontrar outros que constituem o propósito da Epístola:
(1) Agradecer a ajuda enviada pela comunidade filipense (2.25);
(2) informar a visita de Timóteo e explicar o motivo do retorno inesperado de Epafrodito (2.19-30);
(3) prevenir a comunidade cristã do perigo de se cultivar o “espírito” de competição, egoísmo e individualismo de alguns (2.1-4);
(4) alertar a comunidade de Filipos acerca dos pregadores judaizantes que depositavam a salvação nos costumes passageiros e na observação da Lei (3.2-11), como se esses elementos tivessem algum valor espiritual para conter os impulsos da carne (Cl 2.23).
Em sua Epístola aos Filipenses, o apóstolo Paulo mostra com vigor que a salvação não depende de observar a lei judaica e as suas tradições, mas apenas de Jesus Cristo, o Senhor Jesus é tanto o início como o fim da Lei. Ele é a própria Lei: “Misericórdia quero e não sacrifício” (Mateus 12.7).

Nenhum comentário: