Isvonaldo sou Protestante

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quarta-feira, 26 de junho de 2013


O fato de transformarmos uma festa idólatra numa festa gospel, não a torna uma festa legitimamente cristã. Do ponto de vista das Escrituras é preciso que entendamos que não fomos chamados a imitar o mundo e sim a transformá-lo
 
Existe uma linha extremamente tênue entre contextualização e sincretismo religioso. Na verdade, ouso afirmar que não são poucos aqueles que no afã de contextualizarem a mensagem sincretizaram o Evangelho. 
 
Antes de qualquer coisa, gostaria de afirmar que acredito na necessidade de que contextualizemos a mensagem da Salvação Eterna, sem que com isso, negociemos a essência do evangelho.
 
O problema é que devido a "gospelização" da fé, parte da igreja brasileira começou a considerar todo e qualquer tipo de manifestação cultural ou religiosa como lícita, proporcionando com isso a participação dos crentes em eventos deste nipe, desde que portanto, houvesse  mudança de nomenclatura.  Nessa perspectiva, apareceram as baladas, festas  e boates gospel, como também os arraiais evangélicos.
 
Diante do exposto, gostaria de ressaltar de forma prática e objetiva as principais razões porque não considero lícito ou adequado cristãos organizarem ou participarem de arraiais evangélicos:
 
O Background  histórico das festas juninas são idólatras, onde o objetivo final é venerar os chamados “santos católicos”.
 
Bom, ao ler essa afirmação talvez você esteja dizendo consigo mesmo: "Há, tudo bem, eu concordo, mas a festa junina que eu vou não é católica e sim evangélica, portanto, não rola idolatria." 
 
Caro leitor,  o fato de transformarmos uma festa idólatra numa festa gospel, não a torna uma festa legitimamente cristã.  Do ponto de vista das Escrituras é preciso que entendamos que não fomos chamados a imitar o mundo e sim a transformá-lo.
 
Um outro ponto que precisa ser considerado é que ao criarmos uma festa junina evangélica sem que percebamos, estamos contribuindo com a sincretização do evangelho.
 
Na verdade, ouso afirmar que não existem diferenças entre aqueles que em nome de Deus fazem festas juninas, daqueles que em nome do Senhor, promovem a relação entre o baixo espiritismo e o "Reteté de Jeová."
 
Vale a pena ressaltar que não sou contra eventos ou festas que tenham bolos, pés de moleque, salsichão, Cachorro quente e o maravilhoso angu a baiana. Na verdade, tirando a canjica que eu detesto, eu amo tudo isso! Conheço igrejas como por exemplo a Igreja Batista de Japuíba em Angra dos Reis, pastoreada pelo meu amigo Ezequias Marins que anualmente, organiza uma festa do Milho sem as características juninas, como músicas, bandeiras, roupas de caipira e etc.  
 
Na verdade, Ezequias e sua igreja entenderam o perigo do sincretismo e organizaram uma festa cujo objetivo final é glorificar ao Senhor através da evangelização.
 
Prezado amigo,  diante do exposto, afirmo que as igrejas que organizam festas juninas com danças, vestes caipiras e outras coisas mais, romperam a linha limite da contextualização embarcando de cabeça no barco do sincretismo.
 
Isto, posto, me parece coerente e sábio que  em situações deste tipo apliquemos a orientação paulina que diz:  "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam." 1 Coríntios 10:22-23
 
É que penso!
 
Por Renato Vargens

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