JONATHAN PARNELL – QUEM É SEU PRÓXIMO? BEM, QUEM É VOCÊ?
“Quem é o meu próximo?“
Um zeloso mestre da lei fez esta pergunta a Jesus em Lucas 10:29. Logo notamos que estas conversas estão cheias de segundas intenções. Ele faz uma pergunta para preparar algo que ele quer dizer. Ele estava ávido para “justificar-se”, como Lucas deixa claro. E, obviamente, ele estava se sentindo muito bem sobre como ele estava indo até o versículo 28. Mas então vem a surpresa.
Qualquer que seja a resposta que estre mestre da lei tenha em mente não era a história que Jesus contou. E não é o que tão pouco esperaríamos também. Sim, nós todos podemos conhecer a parábola do Bom Samaritano, mas ela pode ser um pouco confusa. O “próximo”, ao que parece, é o homem que descia de Jerusalém para Jericó que foi espancado e deixado como morto (Lucas 10:30). O próximo é o foco, aquele que os três outros personagens encontraram. Mas no final, Jesus diz que o samaritano que ajudou o homem “provou ser o próximo” (Lucas 12:36-37).
Então aqui estamos, juntamente com o mestre da lei, tentando descobrir a quem nós devemos amar, e Jesus vira a pergunta. Olhe para este homem que age com misericórdia. Pare de perguntar: “Quem é o meu próximo?”. Há questões mais profundas a ponderar. Como John Piper explica: “Quando já fizemos de tudo para estabelecer, ‘É este o meu próximo?’ – A questão decisiva do amor permanece: ‘Que tipo de pessoa sou eu”?’ (O que Jesus espera de seus seguidores, Editora Vida).
“Quem é você?” – Essa é a questão.
Será que vamos ser como este samaritano que presta ajuda quando ela é necessária? Ou seremos pegos em questões sobre quem deveríamos ajudar, quando, onde e como, ou e se for me atrasar para a Escola Dominical?
O que serve de base para a maneira como pensamos sobre o nosso próximo é na verdade a nossa identidade, não a deles. O que importa de fato é quem somos.
Graça para Permanecer e Ação/Agir
Em seu livro, Union with Christ [A união com Cristo], Todd Billings constrói sobre os ensinamentos de Calvino sobre a “a dupla graça da justificação e da santificação”. Ele explica que quando nós somos feitos novos em Cristo, recebemos o perdão dos pecados e a justiça de Cristo – somos salvos da ira de Deus. E nós também recebemos uma nova vida pelo Espírito – somos salvos para a comunhão com Deus e para amar aos outros.
Esta é uma verdade radical. Em Cristo temos uma posição correta diante de Deus (justificação), e somos impelidos no amor a Deus e aos outros pelo novo poder do seu Espírito em nós (santificação).
“Quando já fizemos de tudo para estabelecer, ‘É este o meu próximo?’ – A questão decisiva do amor permanece: ‘Que tipo de pessoa sou eu”?’
Isso afeta a maneira como vemos aqueles que nos rodeiam. Não é porque eles se tornaram algo diferente, mas porque nós nos tornamos. A obra justificadora por nós e o trabalho transformador de Deus em nós, nos comissiona a um caminho de boas obras preparadas de antemão “para que andássemos nelas” (Efésios 2:10). Neste caminho estão pessoas reais, com vidas reais cheias de histórias reais. E agora, quando nos deparamos com elas, elas são um chamado divino para nós. Elas são uma oportunidade – uma ordem bem vinda – para sermos quem somos em Cristo.
Claro, podemos fazer mil qualificações. O bom samaritano não deu seu dinheiro para encher uma garrafa de uísque vazia, e isso também não é o melhor uso dos nossos recursos. Mas talvez nos preocupar pelo fato de nos perdermos muitas vezes nestas qualificações – sobre quando a ajuda pode machucar, quem são os pobres e o que não é a Grande Comissão. Estas são perguntas importantes, e fazemos bem em dar uma reflexão cuidadosa.
Mas enquanto pensamos – e pensar devemos – que nunca percamos de vista que a questão central tem a ver com a forma como o milagre do evangelho opera em nossas próprias almas. Deus nos fez novas criaturas em Cristo – justos diante dele e revestidos de poder para amar os outros por causa dele.
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Por Jonathan Parnell © 2012 Desiring God. Original: Who Is Your Neighbor? Well, Who Are You?
Tradução: Voltemos ao Evangelho. Original: Jonathan Parnell – Quem é seu próximo? Bem, quem é você?
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
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Fonte: Voltemos. Púlpito Cristão.
O que serve de base para a maneira como pensamos sobre o nosso próximo é na verdade a nossa identidade, não a deles. O que importa de fato é quem somos.
Tradução: Voltemos ao Evangelho. Original: Jonathan Parnell – Quem é seu próximo? Bem, quem é você?
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
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