Isvonaldo sou Protestante

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quarta-feira, 8 de agosto de 2012


Brasil supera países de primeiro mundo nas Olimpíadas


Uau! O Brasil já está em 25o. lugar no quadro de medalhas das Olimpíadas, com 2 de ouro, 1 de prata e 7 de bronze. Tenho, ao mesmo tempo, orgulho de ser brasileiro e pena de quem pertence a naçõezinhas de primeiro mundo, como Bélgica, Finlândia, Áustria e Noruega, que, apesar de desenvolvidas, não ganharam sequer uma medalhinha de ouro.

A Noruega, a bem da verdade, acabou de ganhar a sua primeira medalha de ouro. No entanto, apesar dessa medalhinha conquistada, o país ainda amarga o 36o. lugar, com apenas 3 medalhas, uma de cada cor. Ou seja, o Brasil está ganhando da Noruega por 10 a 3!

Para os pobres cidadãos noruegueses, além da medalha de ouro, resta um consolo: o fato de o seu país estar em primeiro lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Grande coisa! Se esse tal ranking do IDH fosse importante, o Brasil não estaria em 84o. lugar (abaixo de Equador, Peru, Jamaica, Cazaquistão, Argentina, etc.), não é mesmo? Pobre Noruega. Ah, como eu tenho orgulho dos políticos brasileiros!

Ironias à parte, o leitor está triste em razão de o Brasil estar em 25o. lugar no ranking de medalhas das Olimpíadas de Londres, Inglaterra? Saiba que é muito mais angustiante vê-lo em 84o. lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).


Por que supervalorizamos as efemeridades, em detrimento do que realmente é relevante? 
 Para muitos, o importante é ganhar medalhas de ouro e, sobretudo, ser campeão da Copa do Mundo. Francamente, preferiria ver o Brasil melhor no ranking do IDH...

Quantos hospitais e escolas a mais teremos depois de 2014 e 2016? Que melhorias ocorrerão no caótico trânsito das metrópoles brasileiras após a Copa do Mundo e as Olimpíadas? E a violência, e o tráfico de drogas, terão arrefecido depois desses grandiosos eventos?


O que o governo e os cidadãos brasileiros priorizam? Vencer a Copa do Mundo de 2014, ganhar medalhas em 2016, para dar alegria passageira a um povo sofredor? Ou deixar um grande legado para todos, mesmo que a Seleção Brasileira perca na final para a Argentina e não ganhe uma única medalha de bronze?


Ciro Sanches Zibordi

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