Isvonaldo sou Protestante

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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Soli Deo Gloria


Por Leonardo Gonçalves
Nenhuma afirmação doutrinária pode ser mais ignorante do que aquela que diz existirem condições para a Salvação. Ora, se é por graça, que condição pode haver? Será que teremos que ser santos antes mesmo de sermos salvos? Seriam as boas obras a condição da salvação ou o efeito da mesma? Será que retrocedemos à era medieval e as heresias do romanismo estão novamente invadindo a igreja protestante?
Insisto, qual a condição para a salvação? Se alguém disser: “É a fé!”, devo lembrá-lo que também a fé é um dom de Deus. A fé não é a condição da salvação, mas o meio pelo qual ela é aplicada a nós. Se alguém disser: “Mas tem que abrir o coração”, devo lembrá-lo que foi Deus quem abriu o coração de Lídia (Atos 16.14). Se disserem: “É o arrependimento!”, ousemos perguntar: Pode um homem morto se arrepender? (Ef 2.1). De fato, pode um homem morto dar qualquer passo em direção a Deus?
Outros dirão: “A salvação é dos que buscam!”. Acaso esquecem que “Não há quem entenda, não há quem busque a Deus”? (Rm 3.11). E se disserem: A salvação é obtida pela justiça humana, respondamos uníssonos: “não há justo, nem um sequer” (Rm 3.10). Como dizia o grande pregador batista Charles Haddon Spurgeon: “Se nossas justiças são como trapos imundos diante da santidade de Deus, imagine nossas injustiças!”.
E desde os tempos de Pelágio, muitos afirmam: “Mas o homem é um ser dotado de vontade, portanto pode escolher a Deus por si mesmo”. Mentira das mentiras! Embora o homem seja dotado de vontade, essa vontade foi, por causa da queda, sujeita a vaidade. Sua natureza é caída, e embora o homem seja – de fato – livre para escolher conforme a sua vontade, a vontade do homem sem Cristo sempre será má (Is 1.6, Sl 52.3, Jo 8.44, Ef 1.17-18 e Jr 7.24). Por isso, o homem é incapaz de escolher a Deus por si.
Ninguém nasce de novo da sua própria vontade (João 1.13). Somente o Espírito de Deus pode conduzir o coração do homem a escolher da maneira correta! Deus mesmo é quem escolhe e atrai para si.
Disso, segue-se que nenhuma coisa intrínseca ao próprio homem pode salva-lo. A regeneração do homem (a qual precede a fé) é obra gratuita de Deus, e atribuir tão grande salvação ao arbítrio humano, às obras ou a sua justiça própria, além de constituir uma heresia horripilante, também furta a glória daquele que chama soberanamente.
Ao Senhor (e só a Ele) pertence a Salvação! (Jonas 2.9)
Soli Deo Gloria
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Leonardo Gonçalves é editor do Púlpito Cristão
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