Isvonaldo sou Protestante

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domingo, 12 de abril de 2015

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Por Ronald Hanko


Esta distinção é, por vezes, utilizada na defesa da ideia de que Deus tem duas vontades contraditórias: que ele ordena (deseja) a todos que ouvem o Evangelho que creiam em Jesus Cristo, enquanto ele mesmo decretou (desejou) que alguns não creriam. Isto, nós cremos, é um jogo de palavras, desde que mandamento e decreto são duas coisas diferentes, embora a palavra desejo seja usada para ambos. No caso do decreto, a palavra desejo se refere aquilo que Deus eternamente determinou. Tratando-se do seu mandamento, aquilo que é aceitável e agradável para Ele. Não é a mesma coisa, e não há conflito entre eles. Pode ser verdadeiro que Deus ordena o que Ele não decretou, mas mesmo assim não há conflito. Por quê? Porque a ordem do mandamento não é uma palavra vazia, mas algo que Deus usa para cumprir seus decretos.

Explicando mais claramente, quando Deus ordena a alguém crer, esta ordem leva esta pessoa irresistivelmente a Cristo na fé salvadora (Jo 6:44) ou a endurece na incredulidade (Rm 9:18; 2Co 2:15-16), assim cumprindo o que Deus tem decretado. Não há nenhum conflito.

Nem há conflito na prática. Quando nos confrontamos com as exigências do Evangelho, nós somente precisamos saber que a fé é o que Deus exige de nós. Devemos acreditar ou perecer. O que Deus decretou não é nossa preocupação e, também, não pode ser nossa preocupação quando encaramos suas justas exigências. Nós vivemos por Seus mandamentos, não por Seus decretos.

Quando procuramos conforto e segurança, então estamos preocupados com os decretos de Deus. Veremos que a fé e a obediência são frutos do decreto de Deus na eleição, sendo a fé, o arrependimento e a santidade a prova de nossa eleição.

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Fonte: Doctrine according to Godliness, Ronald Hanko, Reformed Free Publishing Association.
Tradução: Eric N. de Souza

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