Por Rev. Ericson Martins
Não é difícil contemplar os rumos para os quais o evangelicalismo brasileiro tem se guiado sem nos sentirmos preocupados; não tanto pelos frequentes escândalos financeiros nos quais se envolvem certas lideranças ditas cristãs, nem pelos notórios desvios da ortodoxia doutrinária. Mas, especialmente, pela falta de temor do Senhor. Esse sim é uma causa fundamental para a evolução dos problemas até aqui mencionados, como também para com o descrédito moral de inúmeras igrejas na sociedade por parte daqueles que, desiludidos e frustrados, negam retornarem à elas. A muito se fala sobre a necessidade de uma nova reforma, uma reforma séria que inclua não somente o retorno à suficiência da Palavra de Deus e da obra de Cristo, mas também à uma conduta ética que eleve os atuais padrões de transparência quanto aos interesses que movem a relação da Igreja com este mundo. No dia 31 de outubro é comemorado em todo o mundo o “Dia da Reforma Protestante” por seus 497 anos de história (1517-2014). Essa data relembra o dia em que o monge agostiniano Martinho Lutero protestou publicamente contra as condutas institucionais e dogmáticas da Igreja Católica da sua época, ao fixar 95 teses na porta da Igreja de Wittenberg (Alemanha). Naquele contexto, Lutero denunciou a corrupção generalizada do clero, a infalibilidade papal e a venda das indulgências com a primeira tese: “Ao dizer: ‘Arrependei-vos’, etc (Mt 4:17), o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse de arrependimento”. Para ele nenhuma reforma ocorreria e nenhum avivamento seria experimentado sem arrependimento! Sem o temor do Senhor igrejas e líderes negociam a guerra contra o pecado para ser mais atraente ao pecador, homens reivindicam falsamente a autoridade apostólica em busca de exaltação na hierarquia do poder eclesiástico e recursos financeiros são explorados ilicitamente dos crentes pelos discursos do medo, da culpa e das expectativas em promessas infundadas da Palavra de Deus. Lutero viveu em um contexto assim; porém, não podendo mais conter a indignação que crescia em seu coração, tomou para si a primeira resolução, antes das suas 95 teses, de protestar contra a mentira e o engano, e de se tornar um agente de reflexão e transformação, pela Escritura, das imoralidades que permeavam a fé e a conduta cristã dos seus dias. Diante desse exemplo, o Dia da Reforma Protestante deve ser comemorado resgatando do testemunho de Lutero e de outros reformadores do século XVI, o compromisso de nos pautar na suficiência da Palavra de Deus e da obra de Cristo, arrependendo-nos e chamando todos ao arrependimento diante de Deus. Se isso ocorrer, uma profunda reforma será realizada em cada um de nós e nos tornaremos agentes de transformação, da parte de Deus, onde já nos encontramos. *** Fonte: Reflexões do Cotidiano |
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Isvonaldo sou Protestante
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
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