Isvonaldo sou Protestante

Isvonaldo sou Protestante

sexta-feira, 30 de agosto de 2013


FIZ aliança com os meus olhos; Jó 31:1
A internet é algo indispensável em nossos dias, não tem como pensar na vida sem o seu auxilio, aproxima as pessoas mais distantes ajudando e diminuindo a saudade, vasto conteúdo e fonte de pesquisa, literalmente a internet tem o poder de trazer o mundo para dentro de nossas casas em questão de segundos. 
 
Com tanta facilidade e qualidade é impossível ter alguma coisa errada no uso da internet, pois bem é ai que mora o perigo. Justamente por conta do livre acesso ao conteúdo é que muitas pessoas tem se perdido pelo fato de não saber se controlar. 
 
A pornografia está em toda a internet até mesmo nos sites mais inocentes ou em uma simples procura em sites de pesquisa, é comum a internet “involuntariamente” colocar na tela links ou imagens relacionadas à pornografia. Um convite para os leigos e desavisados ou simplesmente curiosos, porém na realidade é uma armadilha pronta para lhe destruir. 

Quase 70% das pessoas que acessam a internet já se “descuidaram” e clicaram só para ver o que acontecia e pasme mais da metade continuam acessando e se “divertindo” com esses tipos de site. Infelizmente a pornografia tem destruído várias famílias e entrado cada vez mais cedo na vida de crianças. 
 
Com a facilidade para se acessar a internet toda pessoa que tem um celular conectado a alguma operadora pode navegar, mais a questão são os país que compram notebooks ou computadores e dão para seus filhos adolescentes com intuito de ajudar nos trabalhos escolares, mas a maioria passam a madrugada toda navegando em seus quartos e aproveitando a internet de uma forma inconveniente. Homens e mulheres casados passando horas a fio em frente a um computador e para nossa surpresa pesquisas mostram que na maioria das conversas sempre se fala sobre assuntos sexuais. 

Não porei coisa má diante dos meus olhos. 
Salmos 101:3
A pornografia faz com que as pessoas percam o bom senso e tomem atitudes irracionais agindo por instinto e não pela razão, se esquecem de seus princípios e são estimulados a fazer o que está ali na tela do PC, seja sexo solitário “masturbação” seja sexo fora do casamento ou infidelidade. 

A bíblia é totalmente contra a pornografia, pois ela vai contra os princípios de Deus, no livro de I Ts 4:4 diz “ Cada um saiba possuir o seu próprio corpo em santificação e honra. Vale a pena lembrar também que o nosso corpo é tempo e morada do Espírito Santo I Co 6:19. 

Querido (a) leitor (a) se você está lendo esse artigo e já está viciado em assistir filmes, vídeos ou ter conversas quentes em redes sociais saiba que Deus deseja libertar você desse vicio e transformá-lo para glória d’Ele. 
 
A pornografia destrói e afasta a pessoa de Deus por que é pecado! Peça a Deus nesse momento força se não tiver converse com seu pastor ou líder de jovens mais não deixe de abrir esse quarto escuro para alguém, converse com alguém de sua confiança e ore junto com ela e Deus vai lhe dá graça para se livrar desse mal. Que Deus abençoe a sua vida em nome de Jesus e saiba que eu estou orando por você.

Gospel +

terça-feira, 27 de agosto de 2013


O Negócio da fé, Tudo que eu queria dizer
Graça e Paz! No último domingo, uma bomba estourou, uma denuncia contra determinada denominação e seu líder, escandalizou o evangelho acabando por atingir as demais denominações.

É bem verdade que pra muitos, não foi surpresa o que foi mostrado, daí só aumentam as criticas contra os televangelistas, de fato, a fortuna que é gasta neste tipo de evangelismo é alta, mas será que é eficaz?

Creio que há pessoas que se convertam através de pregações transmitidas pela TV, mas talvez se este dinheiro fosse gasto para preparação de lideres, e investido na obra missionária campal rendesse mais frutos.

Mas não estou aqui hoje para discutir a eficácia do evangelismo pela TV, mas sim para fortalecer nossa fé diante do escândalo. A começar que o Senhor Jesus disse: “Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!”

Mt 18:7, esses “lideres” que se tornam tropeço, pagarão o preço ante o Juiz, portanto não cabe a nós julgar, mas a questão principal é, que muitos deixam de seguir a Cristo e passam a desconfiar de Igrejas e pessoas ligadas às mesmas diante de fatos como estes,e até nos desanimamos com isso, somos apontados, taxados de tolos por “dar” dinheiro para as Igrejas!

Devemos pois fazer como o apostolo Paulo “Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Fp 3:14 prosseguir para Cristo sem desanimar com o Evangelho devido a acontecimentos como estes, mas sim manter nossa esperança em Cristo que é perfeito, afinal Romanos 8:35 diz “Quem nos separará do amor de Cristo?

A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?” nada pode nos separar de Cristo Jesus! Temos que fazer como Paulo ensina ao cristãos da Igreja de Tessalônica



“Examinai tudo. Retende o bem.” 1 Ts 5:21, guardar o que edifica e nos livrar daquilo que nos destrói.

O apóstolo dos gentios também assevera sobre falsos apóstolos que vêm senão para atrapalhar o evangelho, mas Paulo também assevera o fim dos mesmos “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo.

E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.



Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.” 2 Co 11:13-15.

Meditando no livro de 2 Coríntios, vi a diferença de um apóstolo chamado por Deus para a boa obra, e um sanguessuga, que só tem interesses próprios “Eis aqui estou pronto para pela terceira vez ir ter convosco, e não vos serei pesado, pois que não busco o que é vosso, mas sim a vós: porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais para os filhos.

Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado.Mas seja assim; eu não vos fui pesado mas, sendo astuto, vos tomei com dolo.

Porventura aproveitei-me de vós por algum daqueles que vos enviei? Roguei a Tito, e enviei com ele um irmão. Porventura Tito se aproveitou de vós? Não andamos porventura no mesmo espírito, sobre as mesmas pisadas?” 2 Co 12:14-18, vemos que Paulo fala que não será pesado aos Coríntios e que não busca o que pertencia a eles, mas sim eles mesmos pra Cristo! Quanta diferença não!

Mesmo vivendo um período complexo, cheio de intrigas e sujeiras dentro de alguns Ministérios, devemos reter nossa esperança em Cristo, não nos deixando contaminar, pois sabemos que o homem é falho, mas Deus é perfeito, devemos perseverar para que um dia possamos falar como Paulo

“Combati o bom combate, acabei a carreira,
guardei a fé.” 2 Tm 4:7



Deus abençoe a todos!



Por Vinicius Freire

Quem primeiro me deu, para que eu
haja de retribuir-lhe? Pois o que está
debaixo de todos os céus é meu. Jó 41:11
Impressionante como às vezes esquecemos que Deus controla todas as coisas, impressionante como quase sempre estamos ociosos e ansiosos e perdemos o sono por problemas ou sentimentos. Esquecemos, quase sempre, que Ele criou todas as coisas e a Ele pertencem, à honra, glória, o poder e riqueza.

Certa ocasião a nossa gata ficou prenha e passamos a amá-la, e cuidá-la muito mais, por este fato.
Meus filhos já contavam os dias e horas para poder pegar os filhotes nos braços. E com muito carinho prepararam uma casinha, com todo conforto, para a futura mamãe gata. Passaram-se os dias e a barriga da gata cada vez crescia. 

Ficamos preocupados de como seria feito com esta gata se tudo desse errado em sua gestação. Pode parecer bobagem mas gostaria de te dizer que até dos animais cuida o Senhor.
Certo noite, estávamos dormindo, quando fomos acordados por nossa filha que dizia que a nossa gata estava miando na janela, pulando na porta em total desespero. 

Acordamos e fomos ver o que havia acontecido e ficamos comovidos ao vê-la nesta aflição. Ela se enroscava na perna da minha esposa e parecia que queria falar algo. Minha esposa com sentimento de mãe já sabia que estava acontecendo, pegou a gata e colocou dentro da casinha que havíamos feito e todas às vezes que minha esposa se levantava para sair de perto da gata ela se levantava também aos berros como quem queria apenas companhia . 

Minha, esposa voltava e a gata também retornava e entrava sozinha na casinha e lá ficava. Até que ela ficou quieta e minha esposa voltou ao nosso quarto para dormir. Confesso que perdemos o sono pela preocupação. Nunca esqueceremos desta cena.

Pela manhã, bem cedo, minha esposa nos trouxe as novas. Haviam quatro filhotes bem tratados e lambidos e protegido pela gata. Como falei, parece bobagem, mais Deus cuida também dos animais. Como aprendi com este episódio. 

O Espírito Santo falava em meu coração: Olha como eu cuido deste animal! Nos momentos de sofrimento não permiti que ela ficasse sozinha, mostrei onde ela teria seus filhotes, pus alguém para estar ao seu lado.
Precisamos olhar em nossa volta e saber que Deus cuida até dos animais pois até isto está sobre o seu controle.

Ao lermos o livro de Jó, podemos verificar isto veja: Jó 39: 1-3 -Sabes tu o tempo em que as cabras montesas têm filhos, ou observastes as cervas quando dão suas crias? Contarás os meses que cumprem, ou sabes o tempo do seu parto? Quando se encurvam, produzem seus filhos, e lançam de si as suas dores.

Vemos um ser grandioso infinitamente amoroso que se preocupa com sua criação, cuida dos detalhes, seja planta ou outra criação de suas mãos, Ele é tremendo, pois cuida de todos os detalhes. Às vezes ficamos como Jó; calamos e não podemos falar nada diante de sua grandeza e sabedoria e poderio. Veja: Jó 40:04 -Eis que sou vil; que te responderia eu? A minha mão ponho à boca.

Perdoe me os Biólogos, cientistas e quantos defendem esta idéia que os animais seguem apenas os seus extintos, gostaria de dizer que por trás disto tudo, há um Deus nos céus que cuida, alimenta e ajuda todos sem fazer acepção de pessoas ou animais. Meus queridos irmãos, não têm vocês uma melhor posição diante de Deus em relação aos animais? Se Deus cuida dos animais que são irracionais não cuidaria de vós? Se Deus cuida dos lírios dos campos, não cuidaria Ele de vós?

Veja:Mateus 06:25-33 Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. 

Não tendes vós muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? Porque todas estas coisas os gentios procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

Que o Senhor possa abrir os nossos olhos para vermos suas maravilhas em nossa volta e podermos descansar diante dEle pois Ele é Senhor nos céus e também na terra e tudo está sobre controle. Enquanto Ele estiver sentado no trono estará tudo sobre seu domínio seu cuidado. Descansa no Senhor e deleita-te nEle..

Deus abençoe tua vida.
Por Josiel Dias

I Samuel 16:07
Mas o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque eu o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.

Qual o meu chamado? O que estou fazendo na igreja? Em que eu posso ser útil na igreja?

Vc é tímido treme pra falar de Jesus para alguém? Faltam palavras? Sente fraco, impotente diante de alguém para anunciar o evangelho? Parabéns, você não é único neste contexto, temos algo em comum com; Jeremias, Isaias, Moises, Gedeão, Paulo.

Vemos Paulo ousado algumas vezes, mas também vemos um Paulo Fraco com temor e tremor. I Coríntios 2:3-4

E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor.
A minha linguagem e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito de poder; Lembra de Moisés? Êxodo 4:10-11

Então disse Moisés ao Senhor: Ah, Senhor! Eu não sou eloquente, nem o fui dantes, nem ainda depois que falaste ao teu servo; porque sou pesado de boca e pesado de língua.

Ao que lhe replicou o Senhor: Quem faz a boca do homem? Ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego?. Não sou eu, o Senhor?

Você teme por não ter aparência de missionário, de evangelista e de um eloquente pregador? Deus não precisa de eloquência humana, nem sabedoria humana, nem formosura. Apenas Ele deseja um coração disponível, um vaso proto a ser cheio.

O texto base desta mensagem mostra, que Deus não atenta para aparência do homem, em quanto nós olhamos para o exterior, Deus sonda o interior o ver o que não vemos.

Como me vejo? Eu me vejo fraco e sem potencial, Deus olha para mim e me vê forte, e corajoso. Quando olho para mim, às vezes não acredito que sou capaz de realizar algo grande. Deus olha para mim e acredita que sou capaz de realizar a sua obra, apenas tenho que ser voluntario e esta disponível ao seu serviço.Isaías 6:5-8.

Então disse eu: Ai de mim!,Pois estou perdido; porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos!

Então voou para mim um dos serafins, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com a brasa tocou-me a boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada e perdoado o teu pecado. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.

O que o Senhor ver de interessante em nós? Às vezes saímos para fazer uma tarefa simples, como por exemplo: procurar jumentas como fez Saú, e voltamos como Ungido. Nem o mesmo Saú acreditou no que ouviu de Samuel.

I Samuel 9:20-21. Também quanto às jumentas que há três dias se te perderam, não te preocupes com elas, porque já foram achadas. Mas para quem é tudo o que é desejável em Israel? Porventura não é para ti, e para toda a casa de teu pai? Então respondeu Saul: Acaso não sou eu benjamita, da menor das tribos de Israel? E não é a minha família a menor de todas as famílias da tribo de Benjamim? Por que, pois, me falas desta maneira?

E o que dizer da aparência de Davi? Não era tão forte, nem assim tão grande e belo como seus irmãos a ponto dos seus irmãos e o próprio gigante Golias zombarem o desprezá-lo. Mas Deus olhava para aquele pastorzinho tocador de harpa e matador de urso e leão e via nele um líder, um Rei um homem segundo coração de Deus.

I Samuel 16:10-12 Assim fez passar Jessé a sete de seus filhos diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O Senhor não escolheu a nenhum destes.

Disse mais Samuel a Jessé: São estes todos os teus filhos? Respondeu Jessé: Ainda falta o menor, que está apascentando as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Manda trazê-lo, porquanto não nos sentaremos até que ele venha aqui. Jessé mandou buscá-lo e o fez entrar. Ora, ele era ruivo, de belos olhos e de gentil aspecto. Então disse o Senhor: Levanta-te, e unge-o, porque é este mesmo.

O próprio Samuel atentou para aparência, dos filhos de Jessé e foi surpreendido por Deus, quando o Senhor falou sobre a aparência.
E Gideão? Gideão diz: Eu sou o menor, Deus olha para ele e brada: Varão valoroso. Juízes 6:11-16.

Então o anjo do Senhor veio, e sentou-se debaixo do carvalho que estava em Ofra e que pertencia a Joás, abiezrita, cujo filho Gideão estava malhando o trigo no lagar para o esconder dos midianitas.

Apareceu-lhe então o anjo do Senhor e lhe disse: O Senhor é contigo, ó homem valoroso.

Gideão lhe respondeu: Ai, senhor meu, se o Senhor é conosco, por que tudo nos sobreveio? E onde estão todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Agora, porém, o Senhor nos desamparou, e nos entregou na mão de Midiã.

Virou-se o Senhor para ele e lhe disse: Vai nesta tua força, e livra a Israel da mão de Midiã; porventura não te envio eu?Replicou-lhe Gideão: Ai, senhor meu, com que livrarei a Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu o menor na casa de meu pai.

Tornou-lhe o Senhor: Porquanto eu hei de ser contigo, tu ferirás aos midianitas como a um só homem.

Deus acredita em Você, basta colocar-se disponível ao seu serviço e não temas os Gigantes que se levantarão diante de você, lembre-se para cada gigante, Deus levanta um Davi.

I Coríntios 1:27-29 Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para confundir os sábios; e Deus escolheu as coisas fracas do mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas ignóbeis do mundo, e as desprezadas, e as que não são, para reduzir a nada as que são; para que nenhum mortal se glorie na presença de Deus.

Amém.
Pb Josiel Dias


SIM, EXISTE UM SANTO CONHECIDO COMO SÃO LÚCIFER OU LÚCIFER CALARITANO, VOCÊ NÃO SABIA NÉ? MUITOS NÃO SABEM! A IGREJA NÃO TOCA MUITO NO ASSUNTO, POIS FAZENDO ISSO, TERIA QUE ADMITIR QUE O NOME LÚCIFER COLOCADO NA BIBLIA TEM OUTRO SENTIDO E É TOTALMENTE DETURPADO. O SEU REAL SIGNIFICADO NÃO TEM NADA A VER COM AQUILO QUE A MAIORIA DAS PESSOAS "INFORMADAS" PENSAM... TANTO É QUE EXISTE ATÉ UM SANTO CANONIZADO COM O NOME DE... LÚCIFER!
MAS SE A IGREJA ADMITISSE ISSO OFICIALMENTE E DIVULGASSE, É FATO QUE A FÉ DE MUITAS PESSOAS SERIA ABALADA!

Lúcifer ou Lúcifer Calaritano (em italiano San Lucifero) (m. 370 ou 371) foi um bispo de Cagliari na Sardenha e é um santo cristão conhecido, sobretudo, pelo sua oposição ao arianismo. No Concílio de Milão em 354 defendeu Atanásio de Alexandria e se opôs a arianos poderosos, o que fez o imperador Cosntantino II, simpatizante dos arianos, confiná-lo por três dias no palácio. Durante seu confinamento, Lúcifer debateu tão veementemente com o imperador que ele acabou por ser banido, primeiro para a Palestina e depois, para Tebas, no Egito. No exílio escreveu duras cartas ao imperador, que o pôs sob o risco de martírio.
Após a morte de Constantino e a ascensão de Juliano, Lúcifer foi solto em 362. Entretanto não pode se reconciliar com os antigos arianos. Ele consagrou o bispo Paulino, sem licença, criando assim um cisma. Possivelmente foi excomungado. Nos dá uma pista disso os escritos de Santo AmbrósioSanto Agostinho e São Jerônimo, que referem-se a seus seguidores como luciferianos, uma divisão que surgiu no início do século V. Jerônimo em seu ALTERCATIO LUCIFERIANI ET ORTHODOXI (Altercação entre Luciferianos e Ortodoxos) demonstra quase tudo que se sabe sobre Lúcifer e suas idéias. Inclui-se entre os principais escritos do bispo de Cagliari: DE NON CONVENIENDO CUM HAERETICISDE REGIBUS APOSTATICIS, e DE S. ATANASIO.
Sua festa, no calendário da Igreja Católica é dia 20 de maio. Seu nome demonstra que Lúcifer não era, pelo menos no século IV, apenas um sinônimo para Satã. Todavia, com os movimentos a partir do século XIX houve certa confusão, dando a entender que luciferianos (diferentemente do sentindo teológico que é apresentado aqui) fossem satanistas. É de se observar que isso não faz com que seu culto seja suprimido ou sua canonização reavaliada. Muito embora ele não seja muito citado para evitar mal-entendidos e escândalos.
Uma capela na Catedral de Caligliari é dedicada a São Lúcifer (talvez a única no mundo). Maria Josefina Luísa de Savóia, rainha consorte, esposa de Luís XVIII de França está enterrada lá.

Ficheiro:Chiesa.San.Lucifero.jpg
Igreja de São Lúcifer, em Cagliari (SARDENHA)


São Lucifer Calaritano



São Lúcifer, no Concílio de Milão (354), defendeu violentamente Santo Atanásio de Alexandria e suas ideias, ao ponto de ser também exilado pelo imperador Constâncio II, que havia aderido à doutrina ariana. Juntamente com o bispo, outro santo foi exilado, Eusébio de Vercelli, defensor da plena divindade de Cristo. Escreveu obras contrárias às heresias, sempre criticando duramente o arianismo, de modo que, seus seguidores eram chamados luciferianos, que posteriormente foram liderados por São Gregório de Elvira. A seu respeito, escreveu São Jerônimo na Altercatio Luciferiani Et Orthodoxi.


(REDE ESGOTO DE TELEVISÃO)

terça-feira, 20 de agosto de 2013


A ira islâmica recai sobre cristãos às vésperas 
de uma guerra civil.

O mundo olha horrorizado para o Egito esta semana. Os números oficiais falam de 525 mortos, incluindo 43 policiais, e 3.000 feridos em todo o país. A Irmandade Muçulmana aumentou o número de mortos para 4.500.

Após a destituição de Mohamed Morsi, o país se viu tomado pela disputa de vários grupos pelo poder. Manifestações em todo o país evoluíram para uma verdadeira batalha campal. Especialistas afirmam que o Egito está numa encruzilhada que pode mudar radicalmente o país caso os aliados da Irmandade Muçulmana vençam. Um dos motivos é por que eles já falam em uma guerra contra Israel.

Os conflitos desde quarta-feira são os mais sangrentos já registrados no país na era moderna. A violência utilizada pelas forças de segurança dos partidários da Irmandade Muçulmana, que controlava o governo deposto, desencadeou uma onda de raiva e vingança em todo o país. Tudo piorou com a renúncia do vice-presidente Mohamed ElBaradei. Ganhador do Nobel da Paz ele justificou que não poderia “assumir a responsabilidade por decisões com as quais não estou de acordo”.

Em meio a isso, muitos muçulmanos se voltaram contra os cristãos, a quem muitos acusam de ter apoiado os inimigos de Morsi. Existem registros que pelo menos 52 igrejas foram queimadas em várias cidades do país, alguns possuíam um grande valor histórico. Escolas cristãs, mosteiros e instituições como a Sociedade Bíblica também foram atacadas. Um grande número de casas pertencentes a cristãos também foram atacadas, os mortos podem passar de 200.

A Igreja Copta, maior grupo cristãos do país, relata que na cidade de Assiut, no centro do país, os fiéis tiveram de fugir por uma janela enquanto uma multidão cercava e apedrejava o seu templo. Nas cidades de Minya, Fayoum e Sohag várias igrejas coptas foram queimadas e já existem vídeos mostrando isso no Youtube.

De acordo com um relato do jornal New York Times, “muçulmanos têm pintado um ‘X’ preto nas lojas cristãs para marcar quais seriam queimadas. Multidões atacaram igrejas e cristãos sitiados em suas casas. Sabe-se de cristãos que foram mortos com golpes de facas e facões em suas casas.” Representantes da liderança cristã do país afirmam que os ataques ocorreram “sem motivo algum, o único crimes que eles cometeram é serem cristãos em um país onde uma das facções políticas está travando uma guerra religiosa e apela para a violência visando ganhos políticos.”

Uma das justificativas para os ataques religiosos é que Tawadros, líder espiritual dos oito milhões de cristãos coptas do Egito, expressou seu apoio à retirada dos militares que apoiavam Morsi e a suspensão da Constituição do Egito. Os cristãos são cerca de 10% dos 85 milhões de habitantes do Egito.

Embora o exército tenha declarado “estado emergência”, ninguém sabe que rumos essas manifestações podem tomar. A maioria da população não apoia o golpe de Estado ocorrido no início de julho contra o Governo eleito. 

Vários países europeus como o Reino Unido, França e Alemanha manifestaram o pesar pela violência no Egito. O presidente francês chegou a falar em uma intervenção internacional para evitar uma guerra civil. O Governo da Turquia, país igualmente muçulmano, pediu que “a comunidade internacional, liderada pelo Conselho de Segurança da ONU e da Liga Árabe” possam intervir e impor medidas radicais para parar os assassinatos. 

Com informações CNN, Christianity Today e Daily News Egypt.

A salvação é do Senhor. Salvação não é uma iniciativa humana. Os seres humanos não podem se salvar. A salvação é uma obra divina, que é realizada e aplicada por Deus. Somos salvos pelo Senhor e do Senhor. É ele quem nos salva da sua própria ira

Certa vez, fui confrontado por um jovem na Filadélfia que me perguntou: “Você está salvo?” Minha resposta para ele foi: “Salvo de quê?”. Ele foi pego de surpresa com a minha pergunta. Obviamente, ele não tinha pensado muito sobre o significado da questão que estava perguntando. Certamente eu não estava salvo de ser interrompido na rua e abordado com a pergunta “Você está salvo?”.

A questão de ser salvo é a questão suprema da Bíblia. O assunto das Sagradas Escrituras é o tema da salvação. Jesus, em sua concepção no ventre de Maria, é anunciado como o Salvador. Salvador e salvação caminham juntos. O papel do Salvador é salvar.

Perguntamos novamente: Salvo de quê? O significado bíblico de salvação é amplo e variado. Na forma mais simples, o verbo salvar significa “resgatar de uma situação perigosa ou ameaçadora”. Quando Israel escapa da derrota nas mãos de seus inimigos no campo de batalha, ele se diz salvo. Quando as pessoas se recuperam de uma doença com risco de vida, elas experimentam salvação. Quando a colheita é resgatada de praga ou seca, o resultado é a salvação.

Usamos a palavra salvação de uma maneira similar. Diz-se que um boxeador foi ”salvo pelo gongo” se o round termina antes do árbitro iniciar a contagem. Salvação significa ser resgatado de alguma calamidade. No entanto, a Bíblia usa o termo salvação em um sentido específico para se referir à nossa redenção definitiva do pecado e à reconciliação com Deus. Neste sentido, a salvação é da calamidade final – o juízo de Deus. A salvação final é realizada por Cristo, “que nos livra da ira vindoura” (1Ts 1.10).

A Bíblia anuncia claramente que haverá um dia de julgamento, em que todos os seres humanos serão responsabilizados diante do tribunal de Deus. Para muitos, esse “dia do Senhor” será um dia de trevas, sem luz. Esse será o dia em que Deus vai derramar sua ira contra os ímpios e impenitentes. Será o holocausto final, a hora mais escura, a pior calamidade da história humana. Ser liberto da ira de Deus, que muito certamente virá sobre o mundo, é a salvação definitiva. Esta é a operação de resgate que Cristo executa para o seu povo, como seu salvador.

A Bíblia usa o termo salvação não só em muitos sentidos, mas em muitos tempos. O verbo salvar aparece em praticamente todos os possíveis tempos da língua grega. Há o sentido de que fomos salvos (desde a fundação do mundo); estávamos sendo salvos (pela obra de Deus na história); somos salvos (por estar em um estado justificado); estamos sendo salvos (por estarmos sendo santificados ou tornado santos) e seremos salvos (por experimentar a consumação da nossa redenção no céu). A Bíblia fala da salvação em termos de passado, presente e futuro.

Às vezes, nós igualamos a nossa salvação presente com a nossa justificação. Em outros momentos, vemos a justificação como um passo específico na ordem total ou plano de salvação.

Por fim, é importante notar outro aspecto central do conceito bíblico de salvação. A salvação é do Senhor. Salvação não é uma iniciativa humana. Os seres humanos não podem se salvar. A salvação é uma obra divina, que é realizada e aplicada por Deus. Somos salvos pelo Senhor e do Senhor. É ele quem nos salva da sua própria ira.

- R. C. Sproul
Traduzido por Annelise Schulz | iPródigo.com
via Voltemos ao Evangelho

Certa ocasião alguém me falou: Meu velho homem está mais vivo do que nunca, temo o que possa acontecer e que eu venha praticar coisas piores do que eu fazia.

A Bíblia nos mostra sobre ser uma nova criatura, sobre o novo nascimento, sobre as práticas do velho homem terem sido sepultadas juntamente com a velha criatura. Mas é preciso compreender que às vezes o tal defunto chamado “velho homem” aparece como se nunca tivesse morrido.

O que explica a volta do velho homem? Uma vez morto não deveria ficar sepultado? Romanos 6:12, Romanos 6:14.

Porque este velho homem revive? Estes dois textos de Romanos acima, nos mostram que, não devemos deixar o pecado reinar sobre nós. Quando o homem permite que em seu coração entre outro rei, acontece algo como destronar o que está entronizado e entronizar outro em seu lugar. Viver uma vida na carne é colocar o pecado no trono, e bem sabemos que aquele que vive na carne não agrada a Deus. Romanos 8:8.

Sabemos que um servo só não pode servir a dois senhores, isso é bíblico e Jesus falou sobre isto em Lucas 16:13. Quando deixamos reinar a carnalidade em nossos corações estamos levantando a velha criatura, pois viver na carne é ressuscitar a velha criatura. Uma vez de pé esta criatura, normalmente as últimas práticas são piores do que a primeira.

Aos poucos a velha criatura toma conta do homem, tudo passa ser permitido, tudo aquilo que outrora não praticava, pois em seu coração falava o Espírito Santo, agora é ignorado, pois o coração ocupado pela carnalidade já não mais condena. Romanos 6:4 diz que fomos sepultados com Cristo, e devemos andar em novidade de vida. É muito triste sabermos de líderes, e crentes que um dia arrastaram multidões para Cristo, e hoje estão em outras práticas piores do que praticavam quando eram do mundo.

Começaram uma boa carreira no caminho, tão bela e hoje simplesmente já não se conhecem mais de tão grande foi a ressurreição do velho homem.
O Apostolo Pedro nos adverte em seu ensinamento veja: II Pedro 2:20-22 Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo pelo pleno conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, ficam de novo envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior que o primeiro. Porque melhor lhes fora não terem conhecido o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado. Deste modo sobreveio-lhes o que diz este provérbio verdadeiro; Volta o cão ao seu vômito, e a porca lavada volta a revolver-se no lamaçal.

Conta-se uma história de um homem que se perdeu em uma grande mata, ali solitário arruma logo uma companhia, um pequenino macaco, muito engraçadinho e inofensivo. Aonde aquele homem ia levava o macaquinho em seu ombro e ria com as brincadeiras do macaco.

O homem pegava uma banana, descascava e dava a casca ao macaquinho. Só que o macaquinho foi crescendo, crescendo e o homem agora quando pegava a banana e descascava o macaco já não queria a casca simplesmente pagava um pedaço da banana. Certa ocasião quando o homem pegou a banana o macaco, a tomou com violência e comeu por inteira, sem deixar ao menos a casca para o homem.

O que nos mostra esta ilustração? Às vezes achamos engraçado o pecado, até levamos em nosso ombro e alimentamos aos poucos, às vezes costumamos dizer: isto não tem nada haver. Mais um dia este pecado cresce e toma conta da situação reinando sobre nós. Quando isto acontece este pequenino macaquinho até engraçadinho passa controlar o homem, e este homem por sua vez vira servo do pecado ressuscitando a velha criatura..

Que nós possamos deixar o velho homem sepultado, nunca permitindo que uma vida de carnalidade venha ocupar o lugar que é do Rei Jesus. Que reine sempre o Senhor em nossa vida, para obedecermos segundo a sua graça e misericórdia. Que possamos ser radicais contra o pecado, não negociando a nossa fé, nem fazendo acordo com o ele.

Pb Josiel Dias
Congregacional
Alcântara SG RJ.

domingo, 4 de agosto de 2013


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Por William Hendriksen (1900/1982)


Análise Geral.

I – As Sete Seções Paralelas.

1. Cristo no meio dos candeeiros (1:1-3:22)

O tema dos três primeiros capítulos do Apocalipse parece ser Cristo no meio dos sete candeeiros de ouro. Esses candeeiros representam as sete Igrejas (1:20). A cada Igreja João é levado a escrever uma carta (ver capítulos 2 e 3). Como esse número sete ocorre muitas vezes no Apocalipse, e é em todo lugar um símbolo daquilo que é completo, podemos ter como certo, com segurança, que esse é o caso aqui, e que ele indica a Igreja toda através de todo e espectro de sua existência até o próprio fim do mundo. Assim interpretada cada Igreja em particular é, por assim dizer, um tipo, não indicando um período definido na História, mas descrevendo condições que são constantemente repetidas na vida de diversas congregações. [1] Assim, essa seção parece perpassar toda a dispensação, da primeira vinda de Cristo para salvar o seu povo (1:5) à sua segunda vinda para julgar todas as nações (1:7). A última das sete cartas é escrita à Igreja em Laodicéia. É evidente que o capítulo 4 introduz um novo assunto – ainda que intimamente relacionado.

2. A visão do céu e dos selos (4:1-7:17)

Os capítulos 4-7 constituem a próxima divisão natural do livro. O capítulo 4 descreve aquele que está sentado no trono e a adoração daqueles que o cercam. Na mão direita do Senhor há um livro selado com sete selos (5:1). O Cordeiro toma esse livro e recebe adoração. Do capítulo 6 aprendemos que o Cordeiro abre os selos um a um. Entre o sexto e o sétimo selo temo a visão dos cento e quarenta e quatro mil que foram selados da incontável multidão postada ante o trono.

Deve-se notar cuidadosamente que essa seção também cobre toda a dispensação, da primeira à segunda vinda de Cristo. A primeira referência a Cristo retrata-o como sendo imolado, e, agora, como governando dos céus (5:5,6). Próximo do fim dessa seção é apresentado o juízo final. Observe a impressão da segunda vinda sobre os não-crentes:

“...e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono, e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?” (6:16,17).

Agora, observe a bem-aventurança dos crentes:

“Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vinda. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima” (7:16,17).

Esse é um retrato da Igreja triunfante toda, ajuntada de todas as nações e assim, em sua inteireza, postada diante do trono e diante do Cordeiro – um ideal que não é entendido até o dia da grande consumação. Temos, assim, perpassado toda a era do evangelho.

3. As sete trombetas (8:1-11:19)

A seção seguinte consiste dos capítulos 8-11. Seu tema central é: as sete trombetas que afetam o mundo. O que acontece com a Igreja é descrito nos capítulos 10 e 11 (o anjo com um pequeno livro, as duas testemunhas). Também, no fechamento dessa seção há uma clara referência ao juízo final.

“O sétimo anjo tocou a trombeta e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo tornou-se de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos... Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, assim aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra” (11:15-18).

Tendo alcançado o fim da dispensação, termina a visão.

4. O dragão perseguidor (12:1-14:20)

Tudo isso nos leva aos capítulos 12-14: a mulher e o “filho varão” perseguidos pelo dragão e seus auxiliares. Essa seção também cobre toda a dispensação. Começa com uma clara referência ao nascimento do Salvador (12:5). O dragão ameaça devorar o filho varão. O filho é carregado para Deus e para o seu trono. O dragão, agora, persegue a mulher (12:13). Como seus agentes, ele emprega a besta que vem do mar (13:1), a besta que vem da terra (13:11,12) e a grande meretriz, Babilônia (14:8). Essa seção, também, termina com uma inspiradora descrição da segunda vinda de Cristo, para julgamento:

“Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de outro e na mão uma espada afiada... E aquele que estava sentado sobre a nuvem passou a sua foice sobre a terra, e a terra foi ceifada” (14:14-16).

5. As sete taças (15:1-16:21)

A seção seguinte compreende os capítulos 15 e 16, e descreve as taças de ira. Aqui, também, temos uma referência clara ao juízo final a aos eventos que ocorrerão em conexão com ele. Assim, lemos em 16:20:

“Toda a ilha fugiu e os montes não foram achados”.

6. A queda da Babilônia (17:1-19:21)

A seguir vem uma descrição vívida da queda da Babilônia e a punição infligida sobre a besta e o falso profeta. Observe a figura de Cristo vindo para julgar (19:11ss.).

“Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro, e julga e peleja com justiça”.

7. A grande consumação (20:1-22:21)

Isso nos leva a seção final, capítulos 20-22, pois Apocalipse 20:1 definitivamente começa com uma nova seção e introduz um novo assunto. [2] Esse novo assunto é a condenação do diabo. Uma comparação, sobretudo, com o capítulo 12 revela o fato de que, ao início do capítulo 20, estamos mais uma vez no limiar de nova dispensação. Enquanto em 12:9 nos é dito que, em conexão com a ascensão e a coroação de Cristo, o diabo é lançado à terra, aqui em 20:2,3, lemos que ele é preso por mil anos, sendo depois lançado no abismo. Os mil anos são seguidos por um tempo curto durante o qual Satanás é solto de sua prisão (20:7). Isso, por sua vez, é seguido da descrição da derrota final de Satanás em conexão com a vinda de Cristo para julgamento (20:10,11ss.). Nessa vinda, o presente universo, passando, deixa lugar para os novos céus e a nova terra, a nova Jerusalém (20:11ss.).

Uma leitura cuidadosa do livro do Apocalipse mostra claramente que o livro consiste de sete seções, e que essas sete seções correm paralelas umas às outras. Cada uma delas abarca toda a dispensação, da primeira à segunda volta de Cristo. Esse período é visto ora de uma perspectiva, ora de outra. [3]

II – Outros Argumentos em Favor do Paralelismo.

Há uma outra linha de raciocínio que confirma nossa posição de que cada uma das sete seções se estende do começo ao fim da nova dispensação e de que as sete correm paralelas umas às outras. [4] Diferentes seções atribuem a mesma duração ao período descrito. De acordo com o terceiro ciclo (capítulos 8-11), o maior período aqui descrito é de quarenta e dois meses (11:2), ou mil duzentos e sessenta dias (11:3). Agora, é um fato admirável que encontremos esse mesmo período de tempo na seção seguinte (capítulos 12-14), a saber, mil duzentos e sessenta dias (12:6), ou um tempo, dois tempos e metade de um tempo (3 ½ anos) (12:14). As três designações – quarenta e dois meses, mil duzentos e sessenta dias e um tempo, dois tempos e metade de um tempo – são equivalentes exatos. Assim, a seção das trombetas (capítulos 8-11) deve correr paralela à que descreve a batalha entre Cristo e o dragão (capítulos 12-14).

Um estudo cuidadoso do capítulo 20 revela que ele descreve um período sincrônico com o capítulo 12. Dessa forma, mediante esse modo de raciocínio, fica demonstrado o paralelismo.

Cada seção oferece-nos uma descrição de toda a era do evangelho, da primeira à segunda vinda de Cristo, e é fundada na História de Israel sob a antiga dispensação, à qual faz freqüentes referências.

Temos dito que a seção sobre as trombetas (capítulos 8-11) é paralela à seção sobre a mulher e o dragão (12-14) e à seção final (20-22), que também se estende além dela (21,22). Provaremos, agora, que essa mesma seção (capítulos 8-11) tem toda a aparência de ser paralela à das taças de ira (capítulos 15, 16). Observe, portanto, que a primeira trombeta (8:7) afeta a terra; o mesmo que a primeira taça (16:2). A segunda trombeta afeta o mar; o mesmo que a segunda taça. A terceira trombeta se refere aos rios; o mesmo com respeito à terceira taça. A quarta, em ambos os casos, se refere ao sol. A quinta se refere ao grande abismo ou ao trono das bestas, a sexta ao Eufrates, e a sétima à segunda vinda para juízo. [5]

Novamente, observe que a quarta seção (capítulos 12-14) apresenta, como os inimigos de Cristo e da sua igreja, o dragão, as duas bestas e a grande prostituta (Babilônia). Esses surgem juntos. É natural, portanto, inferir que eles caiam juntos. Isso se torna claro quando entendemos que o significado da besta e da grande prostituta, Babilônia, é o seguinte: A besta que sobe do mar é a perseguição que o dragão promove contra os cristãos, corporificada nos governos mundiais e dirigida contra o corpo dos crentes. Nos dias de João isso era feito pelo governo romano.

A besta que surge da terra é a religião anticristã de Satanás que objetiva enganar a mente e escravizar a vontade dos crentes. No tempo em que essas visões apareceram a João, essa besta estava incorporada na religião pagã e no culto ao imperador de Roma.

A grande prostituta, Babilônia, é a sedução anticristã que tentou roubar o coração e perverter a moral dos crentes. Nesse tempo a prostituta se revela como a cidade de Roma. Assim, quando Satanás cai, as bestas e a prostituta também caem. Eles sobem juntos; eles também caem juntos. A sexta seção (capítulos 17-19) descreve a queda da grande prostituta, Babilônia (capítulos 17,18) e das bestas (19:20), enquanto o sétimo ciclo descreve a queda de Satanás (20:10) e sua derrota final no dia do juízo. O juízo final sobre os quatro inimigos – o dragão, a besta que vem do mar, a besta que vem da terra e a grande prostituta – é descrito em duas seções separadas. Assim, essas duas devem ser paralelas. Cada uma descreve um período que se estende até o conflito final, o mesmo último julgamento quando os inimigos de Cristo e de sua Igreja receberão sua final e eterna punição. [6]

Nessa mesma relação há outro forte argumento que defende a posição de que as seções correm paralelas, assim como cada uma delas termina com a vinda do Senhor para juízo. A evidência a que nos referimos agora é obscurecida pela tradução. A seção sobre as taças de ira (15,16) termina com uma referência a uma batalha. (Ver 16:14, onde o conflito é chamado a batalha do grande dia de Deus, o Todo-poderoso.) A seção seguinte (capítulos 17-19), de novo, termina com a mesma cena de batalha. (Ver 19:19) Conforme o original, essa é a mesma batalha mencionada em 16:14, pois ali lemos:

“congregaram-se para pelejar contra ele”.

Finalmente, no fechamento da seção (capítulos 20-22), lemos mais uma vez:

“a fim de reuni-los para a peleja”. (Ver 20:8)

Todas as três seções, portanto, descrevem eventos que se dirigem à mesma grande batalha de Jeová. Elas são paralelas.

As sete seções são paralelas. Nosso argumento final para apoiar a posição paralelística é o fato de que encontramos exatamente a mesma coisa nas profecias de Daniel, que têm sido chamadas de Apocalipse do Antigo Testamento. Desse modo, as partes do sonho de Nabucodonosor (capítulo 2) correspondem exatamente às quatro bestas do sonho de Daniel (capítulo 7). [7] O mesmo período é coberto duas vezes, e visto de diversas perspectivas.

A divisão do Apocalipse em sete seções [8] é preferida por muitos autores, embora não haja unanimidade com respeito aos limites exatos de cada seção. [9] Nós preferimos a divisão dada, com pequenas variações, por L. Berkhof, S. L. Morris, B. B. Warfield e outros. É a mais natural. É claramente provida pelo próprio livro, cada seção findando, como temos demonstrado, no mínimo com uma referência à vinda de Cristo para Juízo. Isso é verdadeiro mesmo com respeito à seção final (capítulos 20-22; ver 22:20), embora vá além do juízo final, descrevendo o novo céu e a nova terra (cf. 7:9ss.). Sobretudo, se interpretada dessa forma, cada seção incorpora um tema que pode ser facilmente distinguido dos outros. Nossa divisão é a seguinte:

1. Cristo no meio dos sete candeeiros de ouro (1-3).
2. O livro com os sete selos (4-7).
3. As sete trombetas de juízo (8-11).
4. A mulher e o filho perseguidos pelo dragão e seus auxiliares (a besta e a prostituta) (12-14).
5. As sete taças de ira (15,16).
6. A queda da grande prostituta e das bestas (17-19).
7. O julgamento do dragão (Satanás) seguido pelo novo céu e nova terra, a Nova Jerusalém (20-22).

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Notas:
[1] Ver W. Milligan, The Book of Revelation (Expositor's Bible),VI, p.836; E. H. Plumptre, The Epistles to the Seven Churches, p. 9; W. M. Ramsay, The Letters to the seven Churches of the Asia, pp. 30, 177ss.; R. C. Trench, Commentary on the Epistles to the Seven Churches in Asia, pp. 59ss.; C. F. Wishart, The Book of Day, p. 22.
[2] Ver Capítulo Quatorze, p. 245.
[3] Essa, visão, de uma forma ou de outra, é adotada por R. C. H. Lenski, op. cit., pp. 216, 240, 350, 358; S. L. Morris, The Drama of Christianity, p. 26; M. F. Sadler, The Revelation of St. John the Divine, pp. xvi.ss. Ver, além desses, B. B. Warfield, Biblical Doctrines, pp. 645, 661.
[4] Embora as visões descrevam a nova dispensação, elas têm a antiga dispensação como ponto de partida. Cf., por exemplo, 12:1-4; 17:10; 20:3 (“para que não mais enganasse as nações”).
[5] S. L. Morris, op. cit., p. 64.
[6] R. C. H. Lensk, op. cit., p. 553.
[7] S. L. Morris, op. cit., p. 27; W. M. Taylor, Daniel the Beloved, p. 124.
[8] Para um de muitos sistemas de divisão, ver H. B. Swete, The Apocalypse of St. John, pp. xxxiii e xliv.
[9] Os diversos sistemas de divisão nessas sete seções serão encontradas em L. Berkhof, op. cit., p. 339; H. B. Swete (para a divisão de Ewald), op. cit., p. xlv; P. Mauro, The Patmos Visions, pp. 11ss.; W. Milligan, op. cit., passim; S. L. Morris, op. cit., p. 29; M. F. Sadler, op. cit., pp. xviss.; C. F. Wishart, op. cit., p. 30; B. B. Warfield, op. cit., p. 645 nota.

Sobre o autor: William Hendriksen (1900-1982) (Th.D., Princeton Theological Seminary) foi professor de literatura do Novo Testamento no Calvin Theological Seminary.

Fonte: Mais que Vencedores,  William Hendriksen. Editora Cultura Cristã, 2011, p. 25-28. 

Via: Amilenismo

sábado, 3 de agosto de 2013


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Por Frank Brito


“Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te bem depressa; Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade”. (I Timóteo 3.14-15)

A primeira carta de Paulo a Timóteo foi escrita com o objetivo de instruí-lo sobre como a Igreja deveria ser organizada caso ele demorasse demais para chegar e lidar com o assunto pessoalmente. Ele escreveu a Tito com a mesma intenção: “Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam”. (Tt 1.5) Um dos assuntos mais importantes de I Timóteo é a respeito das características pessoas daqueles que são ordenados à posição de liderança na Igreja:

“Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?); não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo. Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância; guardando o mistério da fé numa consciência pura. E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis. Da mesma sorte as esposas sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo. Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e governem bem a seus filhos e suas próprias casas. Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus”. (I Timóteo 3:1-13)

É importante ter em mente que as características que Paulo cita aqui não são exigências de Deus exclusivamente para os que assumem posição de liderança na igreja. Em todas suas cartas Paulo deixa claro que todo cristão deve buscar as características pessoais que ele lista aqui. O motivo pelo qual ele cita essas virtudes não é porque os pastores são os únicos que precisam tê-las, mas porque os pastores, estando em posição de liderança, precisam refleti-las de maneira extraordinária, de forma que sirvam de exemplo para todos os demais. Todo cristão precisa ser honesto, por exemplo. Mas o pastor, estando em posição de liderança, precisa ser um modelo de honestidade para que os todos imitem. O pastor precisa pregar com as palavras, mas também precisa servir de modelo da aplicação prática do que ele próprio prega, para que seja imitado pelos outros, como disse Paulo, “Irmãos, sede meus imitadores, e atentai para aqueles que andam conforme o exemplo que tendes em nós” (Fp 3:17). Aqueles que pregam, mas não fazem, estão sob a condenação de Jesus Cristo contra os escribas e fariseus: “não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não fazem“ (Mt 23:3).

O propósito deste artigo não é analisar todas as características mencionadas por Paulo, mas somente as características relacionadas à família. As características mais enfatizadas por Paulo para os que almejam a posição de autoridade são relacionadas à vida do homem em família, em seu própria lar. Sobre isso, há muita polêmica em torno da exigência de ser “marido de uma só mulher”. O que isso significa? Paulo não está se referindo a homens que se divorciaram e estão no segundo casamento. Ele está se referindo à poligamia, isto é, ter mais de uma esposa ao mesmo tempo. O pastor não pode ter duas, três ou quatro esposas. Ele pode ter uma só esposa. Alguns erradamente inferem, com base nisso, que essa proibição é somente para pastores e não para os cristãos comuns. Mas como foi dito acima, as características que Paulo cita aqui não são exigências de Deus exclusivamente para os que assumem posição de liderança para a igreja. Assim como todo cristão tem que ser “vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro”, também todo homem cristão só pode se casar com “uma só mulher”. A poligamia foi um erro histórico, pois como disse Jesus, o desejo de Deus para o casamento é conforme a lei que Ele estabeleceu na criação:

“Não tendes lido que o Criador os fez desde o princípio homem e mulher, e que ordenou: Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão dois numa só carne?” (Mateus 19:4-5)

É provável que os falsos mestres entre os judeus tenham sido a principal motivação para Paulo enfatizar a necessidade monogâmica entre os pastores cristãos. No início da carta, ele escreveu:

“Como te roguei, quando parti para a macedônia, que ficasses em Éfeso, para advertires a alguns, que não ensinem outra doutrina, nem se dêem a fábulas ou a genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé; assim o faço agora. Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida. Do que, desviando-se alguns, se entregaram a vãs contendas; querendo ser mestres da Lei, e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam. Sabemos, porém, que a Lei é boa, se alguém dela usa legitimamente”. (I Timóteo 1:7-8)

Aqui ele atacou aqueles que “querendo ser mestres da Lei, não entendiam nem o que dizem e nem o que afirmavam”. Sem dúvidas, ele estava se referindo aos falsos mestres judaicos, como era o caso dos escribas e fariseus (cf. Mt 15). Na carta a Tito ele deixa isso ainda mais claro ao se referir aos “da circuncisão”“Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão, aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância” (Tt 1:10-11). O que Paulo estava dizendo, então, é que os mestres cristãos não podiam ser como os falsos mestres entre os judeus. Se os falsos mestres judeus, ao ensinar a Lei, não entendiam nem o que diziam nem o que afirmavam, os líderes cristãos precisavam usar da Lei legitimamente. Nos Evangelhos, somos informados que os falsos mestres judaicos distorciam a Lei para divorciar de suas esposas por qualquer motivo que quisessem (Mt 19:3-7), algo que já havia sido condenado pelo profeta Malaquias (Ml 2:13-16). Por motivos parecidos, os falsos mestres entre os judeus eram polígamos e é provavelmente isso que levou Paulo a enfatizar a necessidade da monogamia entre os pastores cristãos. O testemunho de Justino Mártir, um importante teólogo cristão do segundo século, confirma que esse era um dos grandes motivos de polêmica com os judeus. Em uma de suas mais importantes obras,“Diálogo com o Judeu Trifão”, Justino ataca os líderes judaicos dizendo:

“É melhor que você siga a Deus e não seus mestres imprudentes e cegos, que até o tempo presente permitem que cada homem tenha quatro ou cinco esposas, e se qualquer um ver uma mulher bonita e desejar possuí-la, eles citam as obras de Jacó…” (Justino Mártir, Diálogo Com o Judeu Trifão, Capítulo CXXXIV)

O argumento de Paulo contra a poligamia pressupõe que o desejo de Deus para o casamento é conforme o padrão estabelecido por Deus na criação, conforme lemos em Gênesis 1-2. Este é o pano de fundo para entender tudo o que o Apóstolo ensina no decorrer de suas cartas sobre o casamento. Ele diz que é necessário “que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia” (I Tm 3:4). Isso tem base no padrão estabelecido por Deus na criação, como ele explica aos Efésios:

“Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos. Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo”. (Efésios 5:22-28)

Feministas frequentemente usam o padrão bíblico de submissão feminina para acusar o Cristianismo de incentivar o machismo. A Bíblia, todavia, condena o machismo tanto quanto condena o feminismo. O feminismo é anti-cristão porque prega a insubmissão da mulher ao homem. Mas o machismo também é anti-cristão porque estabelece a tirania do homem contra a mulher. Como ensinou o Apóstolo Paulo aos Romanos, “as autoridades que há foram ordenadas por Deus” (Rm 13:1). Sendo assim, a autoridade do marido não é ilimitada, mas é concedida por Deus, tendo a obrigação de se conformar às exigências dEle. Por este motivo, “vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja“. O dever do marido é amar sua esposa a ponto de dar a vida por ela, com Cristo deu Sua vida pela Igreja. O argumento de Paulo aqui é baseado na ordem da Criação: “Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos“. Por quê? Porque“serão dois numa só carne” (Mt 19:5).

Com base nisso, Paulo, no decorrer de suas cartas, lista diversas obrigações do marido em relação a esposa, como expressão deste amor que o marido deve ter por ela. Aos Coríntios, Paulo fala das obrigações sexuais do casal: “Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência” (1 Co 7:5). A relação sexual é um componente essencial do casamento. Seu propósito não é somente gerar filhos (Gn 1:28), mas também fazer com que o casal tenha alegria e prazer um com o outro. O casal, então, tem a obrigação, da parte de Deus, de buscar fazer um ao outro feliz. Deus leva isso tão a sério que na Lei somos informados que se um homem era recém casado, ele não deveria ir para guerra como soldado. Ele deveria ficar um ano em casa alegrando sua esposa: “Quando um homem for recém-casado não sairá à guerra, nem se lhe imporá encargo algum; por um ano inteiro ficará livre na sua casa para alegrar a mulher, que tomou” (Dt 24:5). A necessidade de alegrar a esposa, então, é imposta por Deus e a relação sexual é um parte dessa obrigação. Aos Efésios, ele diz também que o amor inclui a obrigação de alimentá-la e sustentá-la em suas necessidades (Ef 5:29). Pecam, então, os maridos que negligenciam as necessidades materiais e econômicas da família. Em I Timóteo, ele deixa claro o tamanho da seriedade disso: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel” (I Tm 5:8). No contexto, a ênfase é claramente no cuidado material e econômico. Quem nega isso à sua esposa, deve ser tratado pela comunidade como pior do que um infiel. Isso está incluído no que Paulo diz em I Timóteo sobre os critérios para o ministério pastoral quando ele fala contra os “avarentos”. Isso não é tudo. A Bíblia também impõe sobre o homem a necessidade de cuidado espiritual. Aos Coríntios, Paulo colocou sobre os maridos a responsabilidade de ensinarem suas esposas em casa sobre a Palavra de Deus (I Co 14:35). Este tipo de coisa não foi ensinada somente por Paulo. Pedro escreveu: “Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações” (I Pd 3:7). Aqui Pedro diz que Deus leva tão a sério o tratamento que o marido dá a mulher que, caso ele dê um tratamento errado, Deus se recusará a ouvir suas orações.

Mas Paulo, ao falar das exigências de Deus para a família, não fala somente da relação do homem com sua esposa. Ele fala também da relação do homem com seus filhos. Assim como o casamento humano é análogo ao casamento entre Cristo e a Igreja, a paternidade humana é análoga à paternidade de Deus. É importante entender a distinção entre uma coisa e outra. Tanto a esposa quanto os filhos são sujeitos ao marido. Mas não da mesma maneira. Pais têm determinados direitos sobre seus filhos pelo fato de serem seus pais e o casal tem determinados direitos sobre o outro pelo fato de serem marido e mulher. Deus, por exemplo, dá ao marido o direito de se relacionar sexualmente com a esposa, mas ele não tem o direito de se relacionar sexualmente com os filhos (Lv 18:7), o que é uma abominação. Da mesma forma, Deus dá aos pais o direito de açoitar os filhos por desobediência (Hb 12:6-8), mas jamais deu o mesmo direito ao marido em relação a esposa. O pai que, com sabedoria, bate nos filhos desobedientes é um pai zeloso pela educação de seus filhos. Todavia, o marido que bate em sua esposa é um tirano, faz uso de uma autoridade que Deus nunca lhe deu e, portanto, cai na condenação do Apóstolo Paulo contra o “espancador” (I Tm 3:3). Segundo a Lei de Deus, deveriam sofrer o mesmo nas mãos dos magistrados civis (Lv 24:40). Tanto a esposa quanto os filhos são sujeitos ao marido, mas dentro dos limites de autoridade estabelecidos por Deus. Aqueles que excedem estes limites, em relação aos filhos ou em relação à esposa, contrariam a vontade de Deus.

Deus criou a relação entre pais e filhos para ser um espelho da relação entre as três pessoas da Santíssima Trindade. A obediência que os filhos devem ter aos pais é análoga à obediência de Cristo a Deus-Pai e ao Espírito, por meio de quem foi concebido (Sl 40:7-8; Mt 4:1, 26:39-42; Jo 5:30, 6:38;Fp 2:8; Hb 10:7). O amor que os pais devem ter pelos filhos e que os filhos devem ter pelos filhos é análogo ao amor de Cristo por Deus e de Deus por Cristo (Jo 3:35, 5:20, 15:9). A Bíblia é clara que “os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre o seu galardão” (Sl 127:3). “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1:28) é o primeiro mandamento de Deus ao homem registrado na Bíblia. Também foi o primeiro mandamento dado a Noé depois que ele saiu da arca (Gn 9:1).

Em resumo, o argumento de Paulo é que a relação que um homem tem com a própria família – sua esposa e filhos – é um dos principais testes para saber se um homem tem condições de assumir o ministério pastoral. As exigências não restringem aos mestres. São para todos os cristãos. Mas os mestres são um modelo para todo o povo e, portanto, precisam manifestar essas características de maneira extraordinária. E ai daqueles que não demonstram. “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tg 3:1).