Isvonaldo sou Protestante

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segunda-feira, 15 de abril de 2013



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Por Josemar Bessa


Em um mundo que gira de maneira onipresente em tudo que faz em torno do auto-proteger-se, se promover, se preservar, se divertir, se consolar, cuidar de si mesmo, se auto-justificar... Jesus disse: “Mate-se”...

Ao não estar baseado na Bíblia, mas em marés culturais, começamos a pregar um “evangelho” completamente diferente dessa verdade radical. Muitas vezes um “evangelho” nascido das marés culturais é chamado de “radical”, mas o que ele tem de “radical” senão ser a expressão do homem centrado em si mesmo? Ser um eco do mundo não é ser radical! Tentando ser culturalmente “relevante” minimizamos a convocação de Cristo ao abandono total; o que gerou apenas associação superficial com Cristo. Mas o chamado a seguir a Cristo não é o convite a ir a frente num culto e fazer uma oração e depois “cristianizar” tudo que eu já gostava, tudo que eu gostava antes... meus valores, tribo... é um chamado, uma convocação para perder a vida.

Uma abordagem não bíblica gerou uma visão completamente superficial em nossa geração do que é a Regeneração, arrependimento, conversão... Ao estudar as epístolas de Paulo vemos o tempo todo ele falando de:

uma nova vontade, uma mente nova, um coração novo, um novo poder para viver em santidade, um novo conhecimento, uma nova sabedoria, uma nova percepção, um novo entendimento, uma nova vida, uma nova herança, uma nova relação, uma nova justiça, um novo amor, um novo desejo, uma nova cidadania, etc... 

Na verdade somando tudo isso a Bíblia diz que é novidade de vida!

"De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida." Romanos 6:4

"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo". 2 Coríntios 5:17

Tudo se fez novo? Quando essa afirmação é verdadeira, tudo se fez novo para sempre!

Numa mensagem baseada em Lucas 9.57: “E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores.” –Chamada -  “A Heart to Do the Will of God,” – Jonathan Edwards (1703-1758) diz –

Como seu cristianismo prova a si mesmo? Você olha para trás e pode lembrar de um tempo em que tinha o que se pode chamar de uma grande descoberta? Um grande sentimento, um tempo onde você tinha grandes afetos...? Mas isso não prova nada, diz Ele – Nós lemos que alguns ouvem a Palavra e a ‘recebem’ com alegria, mas, quando a prova, sofrimento, dificuldades... fluem sobre eles, toda alegria se esvai. Lemos sobre alguns que ‘acreditavam’ em Cristo, mas Cristo sabia que não havia veracidade nesse crer: “creram no seu nome. Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia...” - João 2:23-24 – A razão disso, é que por conhecer o coração deles, Cristo sabia que eles não tinham um coração para realmente fazer a vontade de Deus.

Então, diz Jonathan Edwards  –

A pergunta é se depois de todos os teus sentimentos, afetos e boas intenções, você na verdade é como o homem de quem Cristo fala em Mateus 21.30, que disse: “Eu vou, senhor”, e não foi. A característica da graça falsificada é que ela é ineficaz, não faz nada acontecer no profundo e na fonte da vida do homem, e por isso, é vazia de poder para viver a vontade de Deus. A falsa conversão afetas o homem de muitas maneiras – entre elas – Primeiro, é incapaz de levar o homem para a vontade de Deus... uma segunda maneira, que parece mais “piedosa” – ele leva o homem a ‘tristeza’ por não desejar e fazer a vontade de Deus... Mas ela nunca é eficaz para levar os  homens a realmente viver a vontade de Deus e se deleitar em obedecê-lo, negando a si mesmo.

A Graça falsificada não é eficaz porque não é substancial. A experiências de hipócritas – por continuarem focados em si – e só verem “beleza” em Deus a medida que imaginam como Deus os valoriza, jamais são substanciais. Onde a verdadeira graça opera, há uma certa solidez nas experiências e afeições dos verdadeiros santos, onde ela se torna eficaz e é suficiente para levá-los através de todas as provações e sofrimentos numa vida que glorifica a Deus. Há uma solidez na graça verdadeira, um peso substancial que opera no homem com poder e o governa. A graça verdadeira tem a posse do coração do homem, de sua natureza interior, e influencia todas as suas faculdades e o faz fixada no caminho do dever que glorifica a Deus. Há algo nas experiências e afeições dos verdadeiros santos que os torna dotados de uma natureza prática, uma vida real que glorifica a Deus em submissão alegre.”

Essa é a obra permanente do Espírito de Deus nos corações que Ele regenerou. Cuidado! Como certa vez disse John Owen (1616-1683), é possível estarmos perturbados pelas consequências do pecado, mesmo sem odiarmos o próprio pecado. Na sua perturbação você pode estar buscando a misericórdia de Deus e ao mesmo tempo se apegando ao pecado que ama. Esse é o exato oposto do operar da verdadeira Graça.

Josemar Bessa

Fonte: Site do autor
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