Previsto para estrear em março de 2014, o novo longa-metragem de Darren Aronofsky, inspirado na história de Noé, com Russel Crowe como o construtor da arca, será o primeiro de uma nova onda de filmes bíblicos programados por Hollywood para os próximos anos.
A mídia especializada fala em dois novos longas sobre Moisés, um dirigido por Steven Spielberg, outro por Ridley Scott, além de projetos para uma produção sobre Pilatos, com Brad Pitt, e uma sobre Caim, que marcaria a estreia de Will Smith como diretor.
A Paramount está investindo US$ 125 milhões em sua "Arca de Noé", um orçamento de grande produção. O último filme bíblico de peso saído de Hollywood foi "A Paixão de Cristo" (2004), dirigido por Mel Gibson, que rendeu mais de US$ 600 milhões em todo o mundo.
O livro sagrado tem inspirado filmes desde sempre, mas um período, em especial, é sempre lembrado. Os chamados "épicos bíblicos" sob a produção de Cecil B. DeMille, nos anos 1950, tornaram-se uma referência no gênero.
Segundo o "The Hollywood Reporter", "Os Dez Mandamentos" (1956), com Charlton Heston, rendeu US$ 65 milhões nos EUA, o equivalente hoje a cerca de US$ 1 bilhão.
Pode soar um pouco rude, mas o interesse de Hollywood pelo assunto não difere muito do que tem por outros temas "da moda". A Bíblia é uma fonte excelente para boas histórias dramáticas, com muita ação, intrigas, romance e, cada vez mais, efeitos especiais de impacto.
O insucesso nas bilheterias de "A Última Tentação de Cristo" (1988), de Martin Scorsese, ensina que, em matéria de filme bíblico, releituras não conservadoras devem ser evitadas pelo bem do negócio.
A indústria cinematográfica brasileira nunca deu muita bola para o filão, o que não deve ter passado despercebido para a Record, que tem feito importantes investimentos na produção de minisséries bíblicas.
Desde 2010, com "A História de Ester", a emissora tem levado ao ar, uma vez por ano, uma minissérie com essas características. Vieram "Sansão e Dalila" (2011), "Rei Davi" (2012) e "José do Egito" (2013), agora em cartaz. Em 2014, segundo planos anunciados, será a vez de "Moisés e os Dez Mandamentos", seguida por "A Vida de Jesus", em 2015.
Ainda que longe do padrão hollywoodiano, a Record tem conseguido produzir entretenimento de qualidade com as suas séries bíblicas. A insistência no tema, naturalmente, traz aperfeiçoamento e evolução. O investimento cada vez maior (fala-se em R$ 26 milhões para "José") também ajuda a tirar o aspecto de "filme B", presente em muitas novelas da emissora.
É curioso observar que, a despeito dos progressos técnicos, a audiência das minisséries bíblicas da Record tem se mantido estável, num ótimo patamar para a emissora, em torno de 10, 11 pontos no Ibope, com reflexos muito positivos no faturamento com publicidade.
O fato de a Record ser de propriedade do bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal, acrescenta um elemento à análise. Não é possível deixar de pensar que o projeto da emissora contempla, além do entretenimento, uma função de caráter religioso. O uso do jornalismo da emissora para defender interesses da igreja, visto algumas vezes, dá motivos para que se pense isso.
Folha (Maurício Stycer)
A mídia especializada fala em dois novos longas sobre Moisés, um dirigido por Steven Spielberg, outro por Ridley Scott, além de projetos para uma produção sobre Pilatos, com Brad Pitt, e uma sobre Caim, que marcaria a estreia de Will Smith como diretor.
A Paramount está investindo US$ 125 milhões em sua "Arca de Noé", um orçamento de grande produção. O último filme bíblico de peso saído de Hollywood foi "A Paixão de Cristo" (2004), dirigido por Mel Gibson, que rendeu mais de US$ 600 milhões em todo o mundo.
O livro sagrado tem inspirado filmes desde sempre, mas um período, em especial, é sempre lembrado. Os chamados "épicos bíblicos" sob a produção de Cecil B. DeMille, nos anos 1950, tornaram-se uma referência no gênero.
Segundo o "The Hollywood Reporter", "Os Dez Mandamentos" (1956), com Charlton Heston, rendeu US$ 65 milhões nos EUA, o equivalente hoje a cerca de US$ 1 bilhão.
Pode soar um pouco rude, mas o interesse de Hollywood pelo assunto não difere muito do que tem por outros temas "da moda". A Bíblia é uma fonte excelente para boas histórias dramáticas, com muita ação, intrigas, romance e, cada vez mais, efeitos especiais de impacto.
O insucesso nas bilheterias de "A Última Tentação de Cristo" (1988), de Martin Scorsese, ensina que, em matéria de filme bíblico, releituras não conservadoras devem ser evitadas pelo bem do negócio.
A indústria cinematográfica brasileira nunca deu muita bola para o filão, o que não deve ter passado despercebido para a Record, que tem feito importantes investimentos na produção de minisséries bíblicas.
Desde 2010, com "A História de Ester", a emissora tem levado ao ar, uma vez por ano, uma minissérie com essas características. Vieram "Sansão e Dalila" (2011), "Rei Davi" (2012) e "José do Egito" (2013), agora em cartaz. Em 2014, segundo planos anunciados, será a vez de "Moisés e os Dez Mandamentos", seguida por "A Vida de Jesus", em 2015.
Ainda que longe do padrão hollywoodiano, a Record tem conseguido produzir entretenimento de qualidade com as suas séries bíblicas. A insistência no tema, naturalmente, traz aperfeiçoamento e evolução. O investimento cada vez maior (fala-se em R$ 26 milhões para "José") também ajuda a tirar o aspecto de "filme B", presente em muitas novelas da emissora.
É curioso observar que, a despeito dos progressos técnicos, a audiência das minisséries bíblicas da Record tem se mantido estável, num ótimo patamar para a emissora, em torno de 10, 11 pontos no Ibope, com reflexos muito positivos no faturamento com publicidade.
O fato de a Record ser de propriedade do bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal, acrescenta um elemento à análise. Não é possível deixar de pensar que o projeto da emissora contempla, além do entretenimento, uma função de caráter religioso. O uso do jornalismo da emissora para defender interesses da igreja, visto algumas vezes, dá motivos para que se pense isso.
Folha (Maurício Stycer)
Nenhum comentário:
Postar um comentário