.
Para a teologia arminiana o livre arbítrio é a capacidade de escolha contrária e isenta (que não está sujeita a um dever ou obrigação). O dr. Olson diz que: "O livre-arbítrio, destruído pela queda, é restaurado por Cristo e pelo Espírito de Deus que opera por meio da Palavra". [1] Mas antes de entrar no texto que está no titulo do artigo, quero fazer algumas observações no significado de livre arbítrio descrito acima:
Nota:
[1] Olson, História da teologia cristã, pg 433
Por Denis Monteiro
Para a teologia arminiana o livre arbítrio é a capacidade de escolha contrária e isenta (que não está sujeita a um dever ou obrigação). O dr. Olson diz que: "O livre-arbítrio, destruído pela queda, é restaurado por Cristo e pelo Espírito de Deus que opera por meio da Palavra". [1] Mas antes de entrar no texto que está no titulo do artigo, quero fazer algumas observações no significado de livre arbítrio descrito acima:
- "o livre arbítrio é a capacidade de escolha contrária e isenta...": A escolha Humana nunca será contrária a sua vontade. A vontade do Homem natural é de fazer a vontade de seu pai, como disse Jesus (João 8.42-44). Logo, já não é isenta. A pessoa é sim, obrigada, a fazer a vontade daquele que lhe subjuga. Como descreve João 8.42-44 que se eles fosse filhos de Deus amariam a Jesus e creriam nEle, mas como são filhos do diabo fazem aquilo que o diabo gosta!
- "O livre-arbítrio, destruído pela queda, é restaurado por Cristo e pelo Espírito de Deus que opera por meio da Palavra": Soa meio estranho para o que disse Jesus. João descreve em 12.37-40 que Jesus fazia sinais entre eles mas que eles não criam e Jesus, mas que isso era para se cumprir o que disse Isaías "Cegou os seus olhos e endureceu os seus corações, para que não vejam com os olhos nem entendam com o coração, nem se convertam, e eu os cure". João 12:40 (Atos 28.26). Segundo a explicação do tal dr., que com a pregação da Palavra o Homem tem de volta ( como diz o hino "eu quero de volta o que é meu... restitui) o seu livre arbítrio. Mas como provei acima que tal argumento é uma falácia, veja este outro exemplo que as Escritura nos mostra em Mateus 11.25-27 que diz que, Jesus fazia a maioria dos seus milagres (v.20 - NVI) entre três cidades e que nenhuma delas não cria em Jesus e nisto elas são condenadas, mas o texto mostra que Deus não quis revelar a elas porque foi do agrado do pai (v.26) e Jesus complementa dizendo que o Filho revela "aqueles a quem o Filho o quiser revelar." (v.27).
Mas voltando ao texto de Dt 30.19, mostrarei que tal versículo não apoia a doutrina do livre arbítrio. Antes abordar uma doutrina em um único versículo, temos que ter a plena consciência de que se o contexto aprova tal pensamento.
O texto de Dt. 30.19 é um convite, "hoje invoco os céus e a terra como testemunhas contra vocês, de que coloquei diante de vocês a vida e a morte, a bênção e a maldição. Agora escolham a vida, para que vocês e os seus filhos vivam." Uma resposta positiva a este convite só poderia vir após uma regeneração (segundo a ordos salutis reformada). Como? Voltemos a alguns versículos antes do verso 19. No capitulo 29.4 Moisés diz o porquê do povo não entender o que o Senhor Deus fez no meio deles, "mas até hoje o Senhor não lhes deu mente que entenda, olhos que vejam, e ouvidos que ouçam." Mas já no capitulo 30.6 Moisés diz que o Senhor Deus fará algo neles para que amem ao Senhor, e "o SENHOR teu Deus circuncidará o teu coração, e o coração de tua descendência, para amares ao SENHOR teu Deus com todo o coração, e com toda a tua alma, para que vivas".
Observe, pelo menos, duas coisas contida no verso 6. Deus circuncidará o coração daquele povo para amarem o Senhor e para que vivas. Mesmo que não esteja na ordem da observação os versos 19 e 20 mostram justamente isso. Verso 19 diz para eles escolherem "a vida, para que vocês e os seus filhos vivam" e no verso 20 diz "para que vocês amem o Senhor" Dt 30.20a.
Ou seja, Deus está mostrando que aqueles que escolherão a vida e que amarão ao Senhor são aqueles que Deus circuncidou o coração.
Soli Deo Gloria.
Fonte: Teologia & Apologética
Nota:
[1] Olson, História da teologia cristã, pg 433
Nenhum comentário:
Postar um comentário