Isvonaldo sou Protestante

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sábado, 9 de abril de 2011

Carta do atirador de Realengo negaria hipótese islâmica

Publicada ontem, a carta de Wellington Menezes de Oliveira, o assassino que abriu fogo dentro da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, desfaz a hipótese de um atentado terrorista islâmico. Na carta, o atirador que deixou 13 crianças mortas e otras feridas no crime barbaro que chocou o país, faz alusao a Jesus e a Deus.

Confira na integra a carta:





Primeiramente deverão saber que os impuros não poderão me tocar sem luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas, ou seja, nenhum fornicador ou adúltero poderá ter um contato direto comigo, nem nada que seja impuro poderá tocar em meu sangue, nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem sem sua permissão, os que cuidarem de meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco que está neste prédio, em uma bolsa que deixei na primeira sala do primeiro andar, após me envolverem neste lençol poderão me colocar em meu caixão. Se possível, quero ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme. Minha mãe se chama Dicéa Menezes de Oliveira e está sepultada no cemitério Murundu. Preciso de visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante de minha sepultura pedindo o perdão de Deus pelo o que eu fiz rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida eterna.”

"Eu deixei uma casa em Sepetiba da qual nenhum familiar precisa, existem instituições pobres, financiadas por pessoas generosas que cuidam de animais abandonados, eu quero que esse espaço onde eu passei meus últimos meses seja doado a uma dessas instituições, pois os animais são seres muito desprezados e precisam muito mais de proteção e carinho do que os seres humanos que possuem a vantagem de poder se comunicar, trabalhar para se alimentarem, por isso, os que se apropriarem de minha casa, eu peço por favor que tenham bom senso e cumpram o meu pedido, por cumprindo o meu pedido, automaticamente estarão cumprindo a vontade dos pais que desejavam passar esse imóvel para meu nome e todos sabem disso, senão cumprirem meu pedido, automaticamente estarão desrespeitando a vontade dos pais, o que prova que vocês não tem nenhuma consideração pelos nossos pais que já dormem, eu acredito que todos vocês tenham alguma consideração pelos nossos pais, provem isso fazendo o que eu pedi."

Segundo O DIA, a carta deixada por Wellington mostra algumas semelhanças com outra carta, escrita há dez anos por um outro assassino. Em 11 de setembro de 2001, o terrorista Mohammed Atta, que sequestrou e atirou um avião contra o World Trade Center, em Nova York, nos Estados Unidos, também deixou um documento no qual, assim como Wellington, dá instruções, cita pedidos para o funeral, religião ("bons mulçumanos" e "fiel seguidor de Deus"), "pessoas impuras" e mulheres:

“Em nome de Deus todo-poderoso, isso é que eu quero que aconteça depois da minha morte. Meu nome é Mohammed, filho de Mohammed al Amir Awad al Sajjid, creio em Maomé como o mensageiro de Alá e sei que com o tempo não restarão dúvidas a respeito e Alá ressuscitará aqueles que estão em suas covas. Quero que a minha família, e quem mais leia este testamento, tema a Alá todo-poderoso, não seja enganado pela vida e siga a Alá e a seus profetas, se tiver fé. Em minha memória, quero que façam o que o profeta Ibrahim pediu a seu filho, morrendo como um bom muçulmano. Quando eu morrer, desejo que quem herde minhas posses siga estas instruções:

1 – Quem for me sepultar deverá ser um bom muçulmano, já que vai me preparar para Alá e a Sua Misericórdia

2 – Quem for me sepultar deve fechar meus olhos e rezar para que eu suba aos céus. Deve me vestir com roupas novas e não me deixar enterrar com as roupas com que morri.

3 – Ninguém deve chorar por mim, gritar ou rasgar suas roupas ou bater no próprio rosto – esses são gestos tolos.

4 - Ninguém que no passado não tenha se dado bem comigo deve me beijar, visitar ou se despedir de mim depois que eu estiver morto.

5 – Nem mulheres grávidas nem pessoas impuras devem se despedir de mim - eu não quero isso.

6 - Mulheres não devem rezar pelo meu perdão. Não serei responsável pelos sacrifícios de animais após o meu enterro - isso iria contra o Islã.

7- Quem me velar deverá pensar em Alá e rezar para que eu esteja com os anjos.

8- Aqueles que lavarem meu corpo devem ser bons muçulmanos. E não deve haver pessoas demais, a não ser que seja absolutamente necessário.

9 – Aquele que lavar meus genitais deverá usar luvas, para que eu não seja tocado naquela região.

10 - Minhas roupas devem ser de três peças de material branco, contato que não seja seda ou qualquer outro material muito caro.

11- Mulheres não deverão presenciar meu enterro ou visitar meu túmulo em qualquer outra data mais tarde.

12 - Meu enterro deve transcorrer em um clima de calma. Alá avalia e concede o descanso se baseando em três aspectos: a leitura do Corão, o funeral e se o morto foi enterrado com devoção. Meu enterro deve ser conduzido com rapidez, em uma reunião em que muitas pessoas possam rezar por mim.

13- Quero ser enterrado ao lado de outros bons muçulmanos, com meu rosto voltado para Meca.

14- Quero ser deitado sobre meu lado direito. Deverão jogar a terra sobre meu corpo por três vezes, recitando as palavras: “Você vem do pó, você é o pó e ao pó retornará. E do pó renascerá um novo homem.” Após isso todos devem adorar o nome de Alá e testemunhar que morri como um muçulmano acreditando na religião de Deus. Todos que participarem de meu enterro deverão rezar pelo meu perdão.

15- Quem estiver presente em meu enterro deve passar uma hora perto de minha cova, para que eu possa aproveitar sua companhia; um animal deve ser sacrificado, e a sua carne distribuída entre os necessitados.

16- Existe um costume de se pensar nos mortos a cada quarenta dias ou anualmente se pensar nos mortos. Não gostaria disso, já que não corresponde aos ritos islâmicos.

17- Em meu enterro ninguém deverá levar talismãs como provérbios. Isto é superstição. Prefiro que usem o tempo rezando para Alá.

18- Os bens que deixo deverão ser divididos como dizem as regras islâmicas - como Alá os distribuiu a nós: um terço para os necessitados e os pobres. Meus livros devem ir para uma mesquita. Meu testamento deverá ser executado por um líder sunita. Ele também deve ser meu conterrâneo. Deve ser alguém que siga as mesmas tradições que eu segui. Caso a cerimônia não respeite a fé islâmica, punam os culpados. Os que eu deixo para trás devem temer a Alá e não acreditar nas tentações da vida - devem pedir a Alá e ser bons fiéis. Os que não seguirem as instruções contidas em meu testamento ou contrariarem as regras da minha fé, responderão.


Mu
çulmano, cristão ou apenas um desequilibrado?

O presidente da União Nacional das Entidades Islâmicas do Brasil, Jamel El Bacha, negou, nesta quinta-feira, que o atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, que atacou estudantes e funcionários de uma escola municipal no Rio de Janeiro, tenha vínculos com a representação e a religião muçulmana. Em nota oficial, a entidade condenou o crime e chamou o ato de “insano e inexplicável”.

“[Em relação às informações sobre] uma possível vinculação desse cidadão com a religião islâmica, depois desmentidas [por pessoas próximas a Oliveifra], reafirmamos que ele não é muçulmano e não tem qualquer vínculo com as mesquitas e sociedades beneficentes mantidas pela comunidade em todo o Brasil”, diz a nota oficial.

Citando o livro sagrado do islamismo, o Alcorão, o presidente afirmou que a os “princípios do Islã” pregam a conduta pacífica de seus adeptos e exigem dos seguidores uma “postura absolutamente diversa à que algumas pessoas querem de forma precipitada atribuir à religião e a seus adeptos (...) Quem tirar a vida de uma pessoa inocente é como se tivesse assassinado toda a humanidade, diz o Alcorão Sagrado”, informa a nota. “Estamos direcionando todas as nossas orações para as vítimas desse brutal ato de violência contra inocentes crianças e para os seus familiares.”

A hipótese de que Wellington teria sido influenciado por principios da religião islâmica foi levantada por sua irmã adotiva. Em entrevista à rádio Band News, Roselane disse que ele era muito ligado ao islamismo, não saia de casa e ficava muito tempo no computador. Além disso, a carta deixada pelo assassino desenha tal paralelo que, embora não prove envolvimento com a religião do Alcorão, revela que ele teria sido influenciado pela postura dos terroristas muculmanos.


Comentando os fatos com lentes cristãs

Na verdade, a divulgação da carta prova que o atirador não guardava fielmente a fé muculmana. Mas é igualmente certo que a conduta de Wellington não condiz com os princípios cristãos. Toda forma de violência contra o próximo é incompatível com o caráter pacificador de Jesus e com os principios do seu Sermão da Montanha. A frieza com que o atirador disparou em suas vítimas faz cogitar a hipotese de um doente mental, mas isso dificilmente poderá ser confirmado.

No entanto, em toda essa história demonstra a nulidade da religião para corrigir o carater e purificar o coracão. Em toda história, religiosos foram culpados de crimes hediondos. Não é demais recordar que foram os religiosos, fariseus e saduceus, os maiores adversários de Jesus e de certo modo responsáveis por sua morte. Blaise Pascal já dizia que "Os homens jamais fazem o mal tão completamente e com tanta alegria como quando o fazem a partir de uma convicção religiosa". A religião é nula para transformar o coração e comumente forma pessoas sem misericordia. Só o evangelho, bem entendido e aplicado à vida pode amortecer a essência caída do ser humano, reformar seu caráter e converter ódio em amor.


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Redação Púlpito Cristão

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