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Por Rev. Jaime Marcelino
recordo de vós..." (Fp 1: 3-6)
Parece que uma excelente maneira de se aferir o crescimento na "graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo" é pelo quanto somos gratos ao Senhor no dia a dia. Mas, sem dúvida alguma, tal crescimento se torna mais excelente e saudável, quando louvamos nosso Deus pelo que Ele fez ou está fazendo em favor de outros irmãos! Quanto a isso, pensemos um pouco e perguntemos: Qual era a situação do apóstolo Paulo quando disse: "Sou grato ao meu Deus, por tudo que recordo de vós"? Porventura, não estava ele numa prisão, sem poder sair e entrar livremente como nós provavelmente estamos agora? No entanto, sua atenção estava voltada não para si, mas para os seus irmãos filipenses, que naquela ocasião estavam entristecidos e preocupados por saberem da enfermidade do seu mensageiro, Epafrodito. Por isso, Paulo pôs-se a escrever esta carta, repleta da alegria no Senhor Jesus, a fim de fortalecer a fé deles! Aprendamos, pois, com este alegre prisioneiro do Senhor Jesus Cristo, o Senhor da glória, a ser gratos, mesmo estando sob o peso das aflições.
1. Paulo reconhecia o Senhor em todas as circunstâncias! Eis que ele afirmou, estando preso: "sou grato ao meu Deus". Destaco, nesse ponto, a fé do apóstolo no Deus Soberano, que domina sobre tudo e faz que todas as coisas contribuam para o cumprimento dos Seus propósitos e glória. E ao louvar a Deus estando encarcerado, Paulo demonstra estar contente com o seu então momento e confiante de que sua prisão faz parte da Providência. Talvez, a melhor ilustração dessa confiança no controle de Deus em todos os eventos da história humana está em Atos dos apóstolos, quando a igreja, sob o peso da perseguição, orou ao Senhor, dizendo, dentre outras coisas: "porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram" (At 4: 27, 28). Ora, tal confiança deve ser a de todo crente no Senhor Jesus, como está escrito no Livro de Provérbios: "Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas" (Pv 3: 6).
2. Paulo se alegrava no Senhor durante as situações difíceis por crer ser Deus o Seu Deus! A expressão de louvor "sou grato ao meu Deus" é de vital importância, pois é a resposta de quem crê ser Deus o Deus da aliança! Ou seja, Paulo sabia que o seu Deus era "o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó" – Ele prometeu dizendo-lhes: "Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e da tua descendência". A implicação disso é dupla: Por um lado, a fidelidade de Deus o impele a cumprir todas as Suas promessas para com o Seu povo; por outro lado, Seu povo declara ter a Ele somente como Seu Deus, pelo que se submete confiantemente a Ele em todas as coisas. No entanto, o pensamento se aprofunda muito mais quando lembramos que nosso Senhor Jesus Cristo, no ápice da Sua obediência ao Pai Celeste, disse cheio de confiança: "Deus meu, Deus meu...". Dessa maneira, Paulo cria e nós cremos que, em relação ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, nós "somos seus adoradores e Ele é nosso Deus; nosso pelo pacto, pela promessa, pelo juramento e pelo sangue" (Spurgeon). Que alegria é lembrar que as lutas que enfrentamos devem ser para nós prova evidente de salvação, "porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele"! (Fp 1: 28, 29); afinal, nós somos "bem-aventurados", pois cremos e dizemos: "Senhor meu e Deus meu" (Jo 20: 28).
3. E Paulo louvava o Senhor ao saber do progresso espiritual dos seus irmãos! Disse Paulo: "Sou grato ao meu Deus, por tudo que recordo de vós...". É bem provável que a chegada de Epafrodito tenha sido uma das razões para Paulo escrever tão afetuosa carta. Mas certamente é verdade que as notícias trazidas por Epafrodito acerca do estado da igreja encheram o coração de Paulo da alegria no Senhor! Quem sabe se o apóstolo não ouviu coisas como as seguintes: Oh! Paulo, os filipenses continuam perseverantes, ainda que as lutas sejam grandes e intensas! Oh! Paulo, eles não cessam de orar por sua vida e libertação! Oh! Estimado apóstolo, saiba que foi com muita alegria que eles me enviaram até aqui para lhe apoiar!
Por isso, ainda que houvesse deficiências no seio da igreja dos filipenses, uma coisa era certa: eles estavam perseverantemente engajados, associados e comprometidos com o evangelho no qual creram! E os sinais de tal progresso foram tão evidentes e fortes que Paulo disse cheio de júbilo: "Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completa-la até ao Dia de Cristo Jesus" (v. 6).
Agora, consideremos bem a questão dentro do seu contexto e ocasião: Aí está um homem preso! Aí está um homem passando por necessidades, por não poder trabalhar para ter o seu próprio sustento! Mas é exatamente tal homem que "esquece" seu estado negativo e consegue alegrar-se ao saber do bem- estar de outrem – saber que o Deus que lhe dava uma porção dolorosa naquele momento, derramava Sua graça ao fazer progredir, em todos os sentidos, (materiais e espirituais) os que estavam em liberdade.
Oh! Caríssimos irmãos em Cristo, humilhemo-nos e nos arrependamos caso não estejamos contentes com a porção que temos recebido do Senhor, e especialmente, se não temos nos alegrado com os que se alegram! Não sejamos como o filho mais velho da parábola do filho pródigo, que não conseguia se alegrar ao ver o regresso do seu irmão, pelo contrário criticou a alegria do seu pai!
Então, comecemos por reconhecer a cada dia que o Senhor cuida de nós; por isso, "nada nos faltará", nem mesmo as coisas negativas que nos fazem crescer! Também lembremos que Deus cuida dos nossos irmãos e, quando virmos o progresso deles, adoremos a Deus em Cristo Jesus por abençoá-los também!
Que o Senhor Jesus Cristo, o Senhor da glória, nos ensine a sermos gratos nEle até em tempos de aflições!
Fonte: Editora Fiel
1. Paulo reconhecia o Senhor em todas as circunstâncias! Eis que ele afirmou, estando preso: "sou grato ao meu Deus". Destaco, nesse ponto, a fé do apóstolo no Deus Soberano, que domina sobre tudo e faz que todas as coisas contribuam para o cumprimento dos Seus propósitos e glória. E ao louvar a Deus estando encarcerado, Paulo demonstra estar contente com o seu então momento e confiante de que sua prisão faz parte da Providência. Talvez, a melhor ilustração dessa confiança no controle de Deus em todos os eventos da história humana está em Atos dos apóstolos, quando a igreja, sob o peso da perseguição, orou ao Senhor, dizendo, dentre outras coisas: "porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram" (At 4: 27, 28). Ora, tal confiança deve ser a de todo crente no Senhor Jesus, como está escrito no Livro de Provérbios: "Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas" (Pv 3: 6).
2. Paulo se alegrava no Senhor durante as situações difíceis por crer ser Deus o Seu Deus! A expressão de louvor "sou grato ao meu Deus" é de vital importância, pois é a resposta de quem crê ser Deus o Deus da aliança! Ou seja, Paulo sabia que o seu Deus era "o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó" – Ele prometeu dizendo-lhes: "Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e da tua descendência". A implicação disso é dupla: Por um lado, a fidelidade de Deus o impele a cumprir todas as Suas promessas para com o Seu povo; por outro lado, Seu povo declara ter a Ele somente como Seu Deus, pelo que se submete confiantemente a Ele em todas as coisas. No entanto, o pensamento se aprofunda muito mais quando lembramos que nosso Senhor Jesus Cristo, no ápice da Sua obediência ao Pai Celeste, disse cheio de confiança: "Deus meu, Deus meu...". Dessa maneira, Paulo cria e nós cremos que, em relação ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, nós "somos seus adoradores e Ele é nosso Deus; nosso pelo pacto, pela promessa, pelo juramento e pelo sangue" (Spurgeon). Que alegria é lembrar que as lutas que enfrentamos devem ser para nós prova evidente de salvação, "porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele"! (Fp 1: 28, 29); afinal, nós somos "bem-aventurados", pois cremos e dizemos: "Senhor meu e Deus meu" (Jo 20: 28).
3. E Paulo louvava o Senhor ao saber do progresso espiritual dos seus irmãos! Disse Paulo: "Sou grato ao meu Deus, por tudo que recordo de vós...". É bem provável que a chegada de Epafrodito tenha sido uma das razões para Paulo escrever tão afetuosa carta. Mas certamente é verdade que as notícias trazidas por Epafrodito acerca do estado da igreja encheram o coração de Paulo da alegria no Senhor! Quem sabe se o apóstolo não ouviu coisas como as seguintes: Oh! Paulo, os filipenses continuam perseverantes, ainda que as lutas sejam grandes e intensas! Oh! Paulo, eles não cessam de orar por sua vida e libertação! Oh! Estimado apóstolo, saiba que foi com muita alegria que eles me enviaram até aqui para lhe apoiar!
Por isso, ainda que houvesse deficiências no seio da igreja dos filipenses, uma coisa era certa: eles estavam perseverantemente engajados, associados e comprometidos com o evangelho no qual creram! E os sinais de tal progresso foram tão evidentes e fortes que Paulo disse cheio de júbilo: "Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completa-la até ao Dia de Cristo Jesus" (v. 6).
Agora, consideremos bem a questão dentro do seu contexto e ocasião: Aí está um homem preso! Aí está um homem passando por necessidades, por não poder trabalhar para ter o seu próprio sustento! Mas é exatamente tal homem que "esquece" seu estado negativo e consegue alegrar-se ao saber do bem- estar de outrem – saber que o Deus que lhe dava uma porção dolorosa naquele momento, derramava Sua graça ao fazer progredir, em todos os sentidos, (materiais e espirituais) os que estavam em liberdade.
Oh! Caríssimos irmãos em Cristo, humilhemo-nos e nos arrependamos caso não estejamos contentes com a porção que temos recebido do Senhor, e especialmente, se não temos nos alegrado com os que se alegram! Não sejamos como o filho mais velho da parábola do filho pródigo, que não conseguia se alegrar ao ver o regresso do seu irmão, pelo contrário criticou a alegria do seu pai!
Então, comecemos por reconhecer a cada dia que o Senhor cuida de nós; por isso, "nada nos faltará", nem mesmo as coisas negativas que nos fazem crescer! Também lembremos que Deus cuida dos nossos irmãos e, quando virmos o progresso deles, adoremos a Deus em Cristo Jesus por abençoá-los também!
Que o Senhor Jesus Cristo, o Senhor da glória, nos ensine a sermos gratos nEle até em tempos de aflições!
Fonte: Editora Fiel
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