Constantemente os cristãos são convidados a defender as razões da sua fé. A essa defesa denominamos – apologia -, que do grego significa “resposta” ou “discurso de justificação”.
Sendo assim, a apologética constitui um conjunto de respostas razoáveis às perguntas efetuadas sobre Deus, Jesus e o pensamento cristão. A apologia, tipicamente, é uma resposta a uma pergunta ou desafio.
O texto áureo da defesa da fé cristã encontra-se em I Pedro 3:15:
“Antes santificai a Cristo em vossos corações, e estejais sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós”.
Pedro, nessa passagem, nos fornece as bases da defesa da apologia cristã. Em relação à pessoa de Cristo é necessário “santificá-lo em nossos corações”; em relação a nós mesmos é preciso: “estarmos preparados”; e em relação aos nossos oponentes: “responder com mansidão e temor”.
Finalidade da defesa da fé
Não é objetivo da apologia tão somente ganhar debates/discussões no âmbito filosófico, científico ou teológico. Antes disso, pretende cumprir o Ide do Senhor Jesus, de forma a pregar o evangelho a toda a criatura, corroborado por um estudo minucioso da Palavra de Deus e das doutrinas cristãs, para destruir todas as cosmovisões que sejam antagônicas ao cristianismo.
Charles Colson afirma que “debater pode ser algumas vezes desagradável, mas pelo menos pressupõe que há verdades dignas de serem defendidas, idéias dignas de se lutar por elas. Em nossa era pós-moderna, todavia, as suas ‘verdades’ são as suas ‘verdades’, as minhas ‘verdades’ são as minhas, e nenhuma é significativa o suficiente para alguém se apaixonar por ela. E se não há verdade, então não podemos persuadir um ao outro através de argumentos racionais. Tudo o que resta é puro poder”.
E esse poder mencionado por Colson não é outro senão aquele mencionado por Moody: “Se quisermos trabalhar… tendo em vista um propósito definido, precisamos ter o poder do alto. Sem esse poder, nossos esforços não passarão de mero e enfadonho trabalho. Com esse poder, nossa labuta se transformará numa tarefa alegre, num serviço agradável.”
Para Moody, “a proclamação do evangelho não pode estar divorciada do Espírito Santo. A menos que Ele dê poder à palavra, infrutíferas serão nossas tentativas em pregá-la. A eloqüência humana – ou a persuasão da linguagem – não passam de mera aparência exterior de um morto, se o Espírito vivo não estiver presente. O profeta pode pregar aos ossos no vale, mas tem de haver o sopro do céu para que tornem a viver.”
Quem deve utilizar a apologia
Embora muitos cristãos pensem que a apologética seja de uso estrito aos pastores e intelectuais, ela deve ser utilizada por todo cristão consciente. Hank Hanegraaf assevera que “a responsabilidade pela apologética não é limitada aos pastores cristãos ou aos intelectuais. Quando desafio pessoas a aprenderem a defesa da fé é pensar como cristãos”, freqüentemente respondem: “Oh, eu não estou pronto para isso”, ou: “É muito profundo para mim”. Mas Deus criou cada um de nós com uma mente, com a capacidade de estudar, pensar e fazer perguntas. Ninguém é expert em toda as áreas, mas cada um de nós pode dominar os assuntos nos quais tem alguma experiência.”
Hanegraaf também argumenta que “um número demasiadamente grande de pessoas acredita que a apologética é do domínio exclusivo dos eruditos e teólogos. Não é verdade ! A defesa da fé não é algo opcional; é um treinamento básico par todo crente.”
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