Isvonaldo sou Protestante

Isvonaldo sou Protestante

sábado, 30 de junho de 2012


Posted: 30 Jun 2012 09:48 AM PDT
Dos brasileiros que se declaram evangélicos, 60% são pentecostais o que representa 10,4% da população do Brasil
De acordo com dados do Censo divulgado nesta sexta-feira (29) pelo IBGE, a Assembleia de Deus é a igreja que mais cresceu no Brasil entre 2000 e 2010, passando de 8,4 milhões de membros para 12,3 milhões.

Os dados confirmam que a AD continua sendo a maior denominação evangélica do Brasil, mesmo sendo dividida em tantos ministérios. Fundada em 1911 por missionários suecos que desembarcaram em Belém (PA), hoje, 101 anos depois, a Assembleia de Deus está espalhada por todos os estados do país reunindo membros de todas as idades e classes sociais.

Censo de 2010 mostra que entre os brasileiros que se declaram evangélicos, 60% – que representa 10,4% da população – são de igrejas pentecostais, enquanto que apenas 18,5% são de igrejas históricas como luteranos, presbiterianos, metodistas, batistas e etc. Essa parcela representa 4,1% dos brasileiros.

O coordenador de População e Indicadores Sociais do IBGE, Cláudio Dutra Crespo, fala sobre o crescimento dos evangélicos do Brasil. “O crescimento dos evangélicos foi impulsionado, principalmente, pelas igrejas pentecostais. As de missão pararam de crescer”, disse ele.

As igrejas neopentecostais também estão em ritmo de crescimento, principalmente a 
Igreja Mundial do Poder de Deus que apareceu no Censo pela primeira vez, mesmo tendo mais de 14 anos de existência.

Tanto o ministério de 
Valdemiro Santiago, como a Igreja Internacional da Graça de Deus, do missionário R.R. Soaresestão aumentando o número de fiéis, enquanto que a Igreja Universal do Reino de Deus (a maior do país nesse segmento) continua perdendo membros.

Gospel Prime



Por J. C. Ryle

“Grande é este mistério: digo-o, porém,
a respeito de Cristo e da Igreja” (Efésios 5:32)

Não há assunto algum, em matéria de religião, que seja tão mal entendido como este: A Igreja.

Provavelmente, nada há que tenha feito tanto mal aos cristãos professos, como o mal entendido a respeito deste ponto.

Não há palavra que tenha sido usada com tanta variedade de sentidos, como a palavra "Igreja". É palavra que ouvimos constantemente, e não podemos deixar de observar que as pessoas a empregam em sentidos diferentes. O inglês bem educado, quando fala de 'Igreja", que quer ele dizer? Geralmente se refere à igreja episcopal estabelecida em seu país. O católico romano, quando fala em "Igreja", que quer ele significar? Quer dizer igreja romana, acrescentando que não há igreja verdadeira no mundo, além dela, e tantos outros que querem eles dizer? Uns querem dizer o edifício em que prestam culto a Deus , aos domingos; outros referem-se ao clero, pois quando alguém é ordenado costuma-se dizer que "entrou para a Igreja"; outros têm vagas idéias a respeito do que costuma chamar de sucessão apostólica, dando a entender com isto, misteriosamente, que a igreja é composta de cristãos governados unicamente por bispos.

Não há o que dizer contra tudo isso. São fatos presentes e notórios, e todos eles concorrem para explicar a asserção que fizemos no início destas considerações: não há assunto tão mal entendido como o que trata da "Igreja".

Leitor, creio que, presentemente, é da maior importância ter idéias claras a respeito da "Igreja". Creio que a falta da correta compreensão deste assunto é uma das grandes causas dos erros religiosos em que muitos caem. Desejo chamar a sua atenção para aquele grande e principal sentido em que a palavra "Igreja" é empregada no Novo Testamento.

Quero dissipar a névoa em que este assunto está envolvido. Com verdade falou o bispo Jewell, o reformador, quando disse: "Os inimigos da verdade ensinam muita doutrina falsa debaixo do nome da Santa Igreja, porque nunca houve nada até hoje tão absurdo ou tão perverso, que não fosse fácil defender sob o nome da Igreja".

Deixe-me então mostrar-lhe, em primeiro lugar, qual é a verdadeira Igreja fora da qual ninguém pode salvar-se.

Há, realmente, uma igreja fora da qual não há salvação, uma igreja a que o homem deve pertencer se não quiser perder-se por toda a eternidade. Exponho-lhe isto sem hesitação ou reserva. Digo-o com tanta confiança e certeza, como o mais forte defensor da igreja romana o pode fazer. Mas, qual é esta Igreja? Onde está ela? Por que sinais esta igreja deve ser conhecida? Eis uma grande questão!

A verdadeira Igreja está bem descrita no serviço de comunhão da Igreja da Inglaterra, "como o corpo místico de Cristo, que é a companhia bendita de todo o povo fiel". É composta de todos os crentes em Jesus Cristo. É formada por todos os eleitos de Deus, por todos os homens e mulheres convertidos - por todos os verdadeiros cristãos nos quais podemos distinguir a eleição de Deus, o Pai, a purificação pelo sangue de Deus, o Filho, e a santificação de Deus, o Espírito. Em tais pessoas podemos ver os membros da verdadeira Igreja de Cristo.

É uma Igreja em que todos os membros têm os mesmos sinais. São todos renascidos do Espírito Santo. Todos devem ter "arrependimento para com Deus , fé em nosso Senhor Jesus Cristo e santidade de vida e de conversação". Todos odeiam o pecado e amam a Cristo. Adoram a Deus... todos com o coração igualmente sincero. São todos guiados pelo mesmo Espírito; todos edificam sobre o mesmo alicerce; todos tiram a sua religião do mesmo único livro; todos se reúnem no mesmo centro - que é Cristo! Todos podem, mesmo já, dizer: Aleluia! E podem responder com um coração igualmente crente e uma voz unânime: "Amém, amém".

É uma Igreja que não depende dos ministros cá da terra, ainda que aprecie muito aqueles que pregam o evangelho. A vida espiritual de seus membros não depende do fato de se filiarem a uma igreja, nem depende do Batismo e Ceia do Senhor, não obstante darem grande valor a estes Sacramentos cada vez que são celebrados.

Mas esta Igreja tem um Cabeça principal, um Pastor, um Bispo, que é Jesus Cristo. Só Ele, pelo seu Espírito, admite os membros desta Igreja, ainda que são os ministros que mostram a porta. Enquanto Ele não abrir a porta, ninguém aqui no mundo pode abri-la; nem bispos, nem presbíteros, nem reuniões, nem sínodos e nem concílios. Quando o homem se arrepende e crê no Evangelho, nesse mesmo momento torna-se membro desta Igreja. Como o ladrão arrependido, pode não ter ocasião de ser batizado, mas tem aquilo que é muito melhor do que o batismo da água: o batismo do Espírito Santo. Talvez não possa receber o pão e o vinho na Ceia do Senhor, mas pode, por meio da fé, alimentar-se de Cristo todos os dias de sua vida, e nenhum ministro, na terra, pode privá-lo disto. Ele pode, por injustiça, ser excluído por aqueles que são ordenados, e privado dos privilégios da Igreja. Porém, nem todos os sacerdotes do mundo inteiro podem exclui-lo da verdadeira Igreja. A existência desta Igreja não depende de formas nem de cerimônias, de catedrais ou templos, de púlpitos ou pias batismais, de vestimentas ou órgãos, de dotes, dinheiro, reis, governos, magistrados, de ato ou favor, qualquer que seja, da mão do homem. Ela sempre permaneceu, quando tudo isto lhe foi tirado. Foi muitas vezes lançada no deserto ou em covas e cavernas da terra, por aqueles que deveriam ser seus amigos. Mas a sua existência não depende de coisa alguma, além da presença de Cristo e de seu Espírito e, enquanto estes nela permanecerem, a Igreja não pode deixar de existir.

Esta é a Igreja a que especialmente pertencem, por direito, as honras e privilégios presentes e as promessas da glória futura. Este é o Corpo de Cristo, a Esposa do Cordeiro, o Rebanho de Cristo, os domésticos da fé e a família de Deus. Esta que é o edifício de Deus, a fundação de Deus e o Templo do Espírito Santo. Esta é a Igreja dos primogênitos cujos nomes estão escritos no céu. Ela é a "a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido"; é a luz o mundo, o sal e o pão da terra. Esta é a Santa Igreja Católica (universal) de que fala o Credo dos Apóstolos. Esta é única Igreja católica e apostólica do Credo de Nicéia.

Foi a esta igreja que Cristo fez a promessa de que as "portas do inferno" não prevaleceriam contra ela. Foi a ela também que Ele disse: "Eis que estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos". Esta é a única Igreja que possui a verdadeira união. Seus membros estão perfeitamente de acordo com os pontos mais importantes da religião, porque são todos ensinados pelo mesmo Espírito a respeito de Deus, de Cristo, do Espírito Santo, do pecado e de seus corações. O mesmo Espírito os ensina a respeito da fé, do arrependimento, da necessidade de santificação, do valor da Bíblia, da importância da oração, da ressurreição e do julgamento futuro. Eles compreendem todos estes pontos do mesmo modo. Convidai três ou quatro deles, dos países mais remotos da terra, completamente estranhos uns aos outros, e examinai-os separadamente sobre estes pontos, e achá-los-eis todos de perfeito acordo.

Esta é a única Igreja que possui verdadeira santidade. Seus membros são todos santos. Santos não meramente por terem professado a religião, ou santos no nome, ou no sentido de exercerem a caridade. Mas santos em ações e obras, em vida, realidade e verdade. São todos, mais ou menos, semelhantes ao grade Chefe.

Esta é a única Igreja verdadeiramente católica. Não a Igreja de uma certa nação ou povo. Seus membros encontram-se por toda a parte, no mundo onde o Evangelho é recebido e crido. Não se encerra dentro dos limites de qualquer país, em formas particulares ou em regras de governo.

Nesta Igreja não há diferença entre judeu e grego, preto e branco, episcopal e presbiteriano, mas a fé em Jesus Cristo é que é tudo. Seus membros virão reunir-se do norte, do sul, do oriente e do ocidente, no último dia e serão de todas as nações, nomes e reinos, povos e línguas, mas todos serão um em Jesus Cristo.

Esta é a única Igreja verdadeiramente apostólica, pois foi edificada sobre o fundamento dos apóstolos e guarda a doutrina que eles pregaram. Os dois grandes pontos que seus membros conservam sempre diante dos olhos, são a fé apostólica e a prática apostólica. E a todo homem que fala em seguir os apóstolos, sem possuir estas duas coisas, consideram eles como o metal que soa ou o sino que tine.

Esta e a única Igreja que, certamente, há de existir até o fim. Coisa alguma poderá arruiná-la ou destruí-la. Seus membros podem ser perseguidos, oprimidos, encarcerados, açoitados, degolados ou queimados, mas a verdadeira Igreja nunca se extinguirá. Sai de suas aflições, e vive como que através do fogo e da água. Quando esmagada numa terra, floresce noutra. Os faraós, os Herodes, os Neros, os Julianos, os Dioclecianos, Maria - a sanguinária, Carlos IX, em fim, todos trabalharam em vão para destruí-la. Mataram milhares, mas também eles desapareceram da face da terra. A verdadeira Igreja, no entanto, sobreviveu. Assistiu ao sepultamento de cada um deles. É, na verdade, uma bigorna que tem quebrado muitos martelos neste mundo. É uma sarça que arde e, contudo, não se consome.

Esta é a única Igreja da qual nenhum membro pode perecer. Os pecadores alistados no rol desta Igreja serão eternamente salvos e nunca serão lançados fora.

A eleição de Deus, o Pai; a contínua intercessão de Deus, o Filho; a diária renovação e santificação de Deus, o Espírito Santo, cercam e guardam os salvos como num jardim fechado. Nem um só osso do Corpo Místico de Cristo será quebrado. Nem um só cordeiro do rebanho de Cristo será arrancado de Suas mãos. Esta é a Igreja que continua a obra de Deus sobre a terra. Seus membros são um pequeno rebanho, pouco em número, comparativamente com o povo do mundo: um ou dois aqui; dois ou três ali; uns nesta paróquia; outros naquela além. Mas são estes que abalam o Universo. São estes que removem reinos com suas orações. São estes os membros ativos que espalham o conhecimento da religião pura e sem mácula. Eles que são a conservação do país - o escudo, a defesa, o esteio e a segurança da nação a que pertencem!

Esta é a Igreja que há de ser verdadeiramente gloriosa no último dia. Quando todas as glórias terrestres desaparecerem, então esta Igreja será apresentada sem mácula diante do trono de Deus, Pai. Tronos, principados, poderes da terra, tudo será desfeito. Dignidades, empregos e riquezas desaparecerão. Mas a Igreja do Primogênito brilhará no último dia como as estrelas, e será apresentada com júbilo diante do trono do Pai, no dia em que Cristo aparecer. Quando as jóias do Senhor forem reunidas e tiver lugar a manifestação dos filhos de Deus, não se falará nem em episcopais, nem presbiterianos. Uma única Igreja será nomeada: A Igreja dos Eleitos!

É para esta Igreja que o verdadeiro ministro do Evangelho de Jesus Cristo principalmente trabalha. De que serve ao verdadeiro ministro que se encha a casa onde ele prega? De que serve a ele ver crescer o número de comungantes ou aumentar a congregação? Tudo isto é nada! O que ele deseja é ver homens e mulheres renascidos, almas convertidas e sujeitas a Cristo! O que ele quer, é ver uns aqui, outros ali, retirando-se do mundo, tomando a sua cruz e seguindo a Cristo e, desta forma, aumentando o número de membros da verdadeira Igreja.

Leitor, esta é a Igreja a que o homem deve pertencer, se quer ser salvo. Enquanto você não pertencer a esta Igreja, não será mais do que uma alma perdida. Você poderá ter a aparência de religioso, isto é, poderá ser religioso na casca, na pele e, contudo, não ter obtido a substância da vida. Sim! Você poderá Ter inumeráveis privilégios, poderá gozar dos benefícios da luz e do conhecimento, poderá ter grandes oportunidades! Mas, se não pertencer de fato ao Corpo de Cristo, nada disto o salvará! Ai de nós, por causa da ignorância que existe sobre este ponto! O homem imagina que pertencendo a esta ou àquela igreja - e tornando-se comungante em qualquer delas, observando certas fórmulas -, tudo estará bem com relação a sua alma. Isto é uma total ilusão e grande erro! Nem todos os que tinham o nome de Israel eram israelitas; nem todos os que professam ser cristãos, são membros do Corpo de Cristo! Preste atenção: Você pode ser um firme episcopal, presbiteriano, independente, batista e, contudo, não pertencer à verdadeira Igreja. Se é assim, seria melhor que você nunca houvesse nascido!

Fonte: ARPAV - Associação Reformada Palavra da Verdade .
Via: [ Monergismo ] 
Via: [ Projeto Ryle ]

Posted: 30 Jun 2012 09:10 AM PDT
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Algum tempo atrás eu publiquei aqui no blog um video de rap do Ministério Estratagema de Deus, com a música "A graça da garça, a arte de viver em meio a lama sem sujar as vestes" (clique aqui p/ ver). 

Com uma proposta apologética e versos de forma teologicamente poética, o ministério vem chamando a atenção por utilizar o rap em formato de protesto no contexto cristão, denunciando os abusos e distorções bíblicas que ocorrem no meio eclesiástico brasileiro. Segundo eles, há mais de 10 anos de existência, nunca cobraram para pregar o evangelho e ainda disponibilizaram suas músicas de forma gratuita na internet para download (baixe aqui).

Segue abaixo mais uma música do Estratagema de Deus, vale a pena refletir:
 


A ovelha muda decidiu falar!


Eu recebi a unção do riso ... depois de ver tanta palhaçada, e me inspirei pro improviso mas com a alma amargurada. Lágrimas que me correm a face vão molhar o papiro, a pena dança no tecido inspirada em que eu admiro. 

Deus veio de novo e escreveu outra vez na tábua do meu coração que hoje eu conto a vocês. Não pense que é ódio, raiva, vingança ou acusação, peço a vocês que me ajudem a salvar os seus próprios irmãos.

Nossas Igrejas agora fazem até lugar para os Vips, são impulsos de fariseus em máquinas de caça níqueis. Nossos altares fazem propaganda para os corruptos, nossos profetas são maltratados e os políticos sobem aos púlpitos.

Trocamos nossos votos por areia, pedra e cimento. Ele é um homem de Deus, ouvimos esse argumento. É um covil de salteadores em um ninho de raposas que andam mais maquiados que suas próprias esposas.

Dente de ouro, perfume do céu, água orada, lenço ungido, óleo de Israel, toalha sagrada, paletó de fogo, Gabriel, bandeja dourada, sal grosso e pedra de Betel que é para arrumar namorada?

Cada tese engraçada, para enganar crente bobo, hip-hop é do Diabo, forró, corinho de fogo.

Veja os lírios dos campos não trabalham, não tecem e nem fiam, mas se fortalecem porque crescem sabendo em quem confiam.

Eles analisam suas emoções no binóculo, mas o que eles enxergam são seus cifrões. É o foco! Só na nossa igreja tem milagres! Oh o rótulo, não entregue o que é santo e nem dei pérolas aos porcos.

Se dizem super-homens e tem gente que acredita, mas a verdade para eles é como criptonitaO que eles querem é que vocês os financiem ou que critiquem os meus raps para que ninguém os denunciem.

O conteúdo das minhas rimas, verdade, denúncia para pararem de financiar os que criaram essa bagunça. Tentaram me parar, tramaram para ofuscar meu brilho, mas eu sou luz! E luz nunca se ofusca meu filho.

A ovelha muda decidiu falar
Não adianta tentar calar
Se é verdade então que seja
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz as igrejas

Esqueceram do como é bom ser rico de saúde, esqueceram do como é bom ser rico de amor, esqueceram do como é bom ser rico de virtude, esqueceram do como é bom ter a paz do Senhor!

Eles já não sabem mais como é bom terem em quem confiar, esqueceram do como é bom ter um verdadeiro amigo, já não sabem mais como é bom esperar Jesus voltar,esqueceram do como é bom saber que Ele ja está contigo.

Profetas para entregar profecia ou ler a expressão da tua face, língua estranha e sapateado que é para maquear o disfarceEstudam suas emoções para ver se o óbvio nasce, não compreendem o que é amor ainda que eu falasse.

A língua dos anjos e do homem, sincero e verdadeiro e pela liberdade de jamais me vender por dinheiro.  Mas se você discordar deles, se prepare para as maldades, porque eles não aguentam profetas que falam a verdade. 

Eu creio em Deus, falo com ele todo dia e sinto, mas sei que em nosso meio esse sentimento está extinto. 

Veja os cantores gospel, botam o fogo de Deus num pois pra ver se os pastores os mandam contratar depois.

É pó de arroz pra todo lado, holofote, terno importado pro sacerdote em pecado mais um pastor maquiado, querem camarote, cuidado.

Dê uma cotovelada no irmão que está do lado, levante a mão e recebe se queres ser abençoado.

Mas pra mim não, Obrigado. O único evangelho importado que eu recebo é da ovelha muda que diz, " Está consumado ".

Fala que não é verdade que você testifica comigo, que o espírito não se movimenta ai dentro quando você ouve o que eu digo. Que não é resposta de Deus alguma oração que você fez, ou que não te arde o coração ouvir o evangelho com intrepidez.

Magnatas da fé promovem shows espirituais, levitas caçadores de Deus em busca de bens materiais! Cruzadas sem cruz, sem evangelho, sem vida! Pastores "Indiana Jones" a procura da arca perdida! 

Muitos fazem 4, 5 ou 6 anos de teologia para aprender como vão ganhar dinheiro com o capítulo 3 de Malaquias.

Vai lá, pega o dinheiro do fiel e festeja! Judas também traiu Jesus comprado com o dinheiro da igreja.

Eles pregam que quem não dá o dizimo é ladrão? E os que roubam os que dão dizimo, o que eles são?

De fato é verdade, se é que você me entende, nos dias de hoje Jesus liberta e a igreja prende!

E se um dia eu tiver sede eu sei que me darão vinagre!
A ovelha muda decidiu falar e foi Deus é que fez o milagre!

A ovelha muda decidiu falar
Não adianta tentar calar
Se é verdade então que seja
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz as igrejas. 

Divulgação: [ Bereianos ]

sexta-feira, 29 de junho de 2012





A palavra ateísmo em seus vários campos é de difícil definição, porém na sua etimologia a palavra vem do grego a, “não” e theos, “deus”, ou seja, é a descrença em deuses ou Deus, e também a descrença ou negação de qualquer realidade sobrenatural. Desde a Renascença, o termo passou a indicar a atitude de quem não admite a existência de uma divindade. Chamam-se ateus os que não admitem a existência de um ser Absoluto, dotado de individualidade e personalidade reais, livre e inteligente.
No Dicionário Teológico do teólogo Claudionor Corrêa de Andrade, temos a seguinte declaração mais ampla e direta acerca do ateísmo:
…O ateísmo é ainda a condição do homem que descarta a realidade do Único e Verdadeiro Deus (Rm. 1.28). No Antigo Testamento, temos uma referência a um ateísmo pragmático: não se preocupa com a essência, nem com a não existência do Todo-Poderoso; ensina que, na vida do ser humano, o Criador é perfeitamente prescindível (Sl. 10.4; 14.1). Os ateus, segundo os gregos, eram: 1) os ímpios; 2) os que não contavam com o concurso das forças sobrenaturais; 3) e os que manifestavam crença alguma nos deuses. (pág. 66 – 17ª Edição, 2008 – Ed. Cpad).
O ateísmo também fez raízes. O agnosticismo e o ceticismo, por exemplo, de certa forma entram no âmbito do ateísmo, porque o agnóstico é alguém que crê e propaga a doutrina que defende a incognoscibilidade de qualquer ordem de realidade desprovida de evidência lógica satisfatória. O termo foi criado por T.H. Huxley (1825 – 1895), para expressar o seu desprezo em face da atitude de certeza dogmática simbolizada pelas crenças dos antigos gnósticos. Nega a possibilidade de um conhecimento racional e certo de qualquer realidade transcendente. Para o agnosticismo a razão humana não pode adquirir uma ciência certa, a não ser das realidades apreendidas pela experiência sensível; apenas afirma que isso não se pode conhecer com certeza por meio da razão. Como sistema teológico foi condenado pelos apóstolos e pela Igreja. Sob qualquer forma que se apresente, o agnosticismo deve ser considerado segundo o sistema científico a que se amolda e também os pressupostos da teoria do conhecimento que adota.
Quanto ao termo “analfabetismo teológico” sugerido no título deste artigo, se trata de um resultado por meio do uso do método analítico e interpretativo, dentro do argumento e exposição teológica de grupos e pessoas atéias, cujo final é a clara evidência da falta de conhecimento e incapacidade da visão ateísta em sua tentativa de rejeitar a pura Verdade bíblica. O que restou disso foi a certeza de uma mera falácia por parte desses.
Partindo desse princípio a primeira coisa que encontramos é de fato a existência de seis tipos de ateísmo. Esses diferentes tipos revelam sua expansão de pensamento e atitude, além da não unidade de pensamento. São esses: O Ateísmo Tradicional, Mitológico, Dialético, Semântico, Conceitual e Prático.
Vamos explorar aqui apenas os tipos Mitológico e Dialético, desejando a abordagem dos demais num próximo e possível artigo.
O Ateísmo Mitológico. Os que defendem essa corrente acreditam que o mito “Deus” jamais foi um Ser, mas o modelo vivo pelo qual as pessoas viviam. Esse mito foi morto pelo avanço do entendimento e da cultura do homem. O mais destacado ateu dessa linha é Friedrich Nietzsche, nascido em Röcken (Alemanha) em 15 de outubro de 1844. Ele Faleceu em Weimar no dia 25 de agosto de 1900.
Nietzsche nasceu numa família luterana, filho de Karl Ludwig, seus dois avós eram pastores protestantes. O próprio Nietzsche pensou em seguir a carreira de pastor, entretanto, rejeita a fé durante sua adolescência, e prefere os estudos de filosofia afastando-se do estudo teológico. Ingressou no semestre de Inverno de 1864-1865 na Universidade de Bonn em Filologia Clássica.
Nietzsche baseou sua crença de que Deus jamais existiu em vários pontos fundamentais (Além do bem e do mal, pág. 23). Ele argumentou que o mal no mundo eliminaria ainda mais o Criador benevolente. Nietzsche julgou que a base para a crença em Deus era puramente psicológica, e exortou:
Rogo-vos, meus irmãos, permanecei fiéis à terra, e não creiais naqueles que vos falam de esperanças de outros mundos!”. Acrescentou: “No passado o pecado contra Deus era o maior pecado; mas Deus morreu, e esses pecadores morreram com ele. Agora pecar contra a terra é a coisa mais terrível. (Assim falava Zaratustra, pág. 125).
O Analfabetismo Teológico de Nietzsche. Analisando os principais pontos dentro do argumento de Nietzsche entendemos que sua apresentação acerca da não existência de Deus está totalmente equivocada (teológica e filosoficamente falando) e falha para o assunto em questão. Se Friedrich Nietzsche seguisse a linha de raciocínio coerente e sana, a raiz de sua ideia partiria justamente do detalhamento da morte psicológica de Deus. Para isso responderia as seguintes perguntas: 1. Se Deus de fato existiu de forma puramente psicológica (como afirmou) em que período isso ocorreu na mente humana? 2. Por que Deus morreu e seus efeitos psicológicos não morreram com Ele (se isso também era Deus)? 3. Quando Deus morreu? E como morreu? 4. Por que um Ser tão “insignificante e morto” ainda é lembrado até mesmo pelo ateísmo? (isso também é psicológico?) e 5. Como uma divindade que existiu apenas na psique humana pode permanecer influente de forma coletiva em pleno século XXI?
Infelizmente Nietzsche não pode nos responder a esses pontos, pois sua linha de raciocínio é deficiente e repugnante, e ficou mais particularizada do que compartilhada. Mas, contudo, chegamos à seguinte conclusão: Nietzsche como filósofo destacado, definiu erroneamente o termo “psicologia” quando procurou assim argumentar a não existência de Deus por esse caminho.
A Psicologia (do grego psykhologuía, de “psique, “alma”, “mente” e  lógos, “palavra”, “razão” ou “estudo”) é a ciência que estuda o comportamento (tudo o que um organismo faz) e os processos mentais através do comportamento. O principal foco da psicologia se encontra no indivíduo, em geral humano. Nietzsche ignorou ou talvez não alcançou o conhecimento de que paralela à psicologia científica aqui tratada existe também uma psicologia do senso comum ou quotidiana, que é o sistema de convicções transmitido culturalmente que cada indivíduo possui a respeito de como as pessoas funcionam, se comportam, sentem e pensam. A psicologia usa em parte o mesmo vocabulário, que adquire assim significados diversos de acordo com o contexto em que é usado. Assim, termos como “personalidade” ou “depressão” têm significados diferentes na linguagem psicológica e na linguagem quotidiana. A própria palavra “psicologia” é muitas vezes usada na linguagem comum como sinônimo de psicoterapia e, como esta, é muitas vezes confundida com a psicanálise.
O bem da verdade é a história da Psicologia se confunde com a Filosofia até meados do século XIX. Sócrates, Platão e Aristóteles deram o pontapé inicial na investigação da alma humana. Para Sócrates (469/399 a C.) a principal característica do ser humano era a razão – aspecto que permitiria ao homem deixar de ser um animal irracional. Platão (427/347 a C.) – discípulo de Sócrates, conclui que o lugar da razão no corpo humano era a cabeça, representando fisicamente a psique. Já Aristóteles (387/322 a C.) – discípulo de Platão – entendia corpo e mente de forma integrada, e percebia a psique como o princípio ativo da vida.
Dessa forma, se alguém como Nietzsche afirma que a base para a crença em Deus era puramente psicológica, está na verdade afirmando a existência real de Deus como parte da própria existência humana. O uso do pensamento filosófico para argumentar a inexistência de Deus com base no argumento psicológico só poderia resultar numa única verdade: Deus sempre existiu e ainda existe no coração, na mente e na experiência humana.
O Ateísmo Dialético. Norman L. Geisler em sua Enciclopédia de Apologética (Ed. Vida) diz que houve uma forma passageira de ateísmo Dialético defendido por Thomas Altizer que propôs que o Deus transcendente do passado morreu na encarnação e crucificação de Cristo, e essa morte foi posteriormente realizada nos tempos modernos.
Na década de 1960 Thomas J. J. Altizer propagou a “morte de Deus” em nossa Era (correspondendo ao século XX da recente época). Para isso ele criou a “morte divina” em três estágios:
1º. A morte na encarnação, onde, de acordo com Altizer, o próprio Deus morreu quando se encarnou em Cristo. Segundo acredita, o céu ficou vazio, e esse Deus ao se tornar carne, ao que parece, cometeu suicídio. 2º. A morte na cruz. Sendo Cristo o próprio Deus acabou morrendo quando foi crucificado na cruz. Altizer acreditava que Cristo se limitou aos poderes divinos e não conseguiu se livrar da morte. 3º. A morte nos tempos modernos. Finalmente Deus morreu nos tempos modernos na teologia de Thomas Altizer. Ele morreu na consciência humana, na nossa época.
O Analfabetismo Teológico de Thomas Altizer. O argumento ateísta de Altizer é muito mais vexatório que o anterior exposto, tamanha é a evidencia de seu flácido conhecimento teológico, já que o mesmo afirmou que “só o cristão sabe que Deus está morto” (O evangelho do ateísmo cristão – Altizer, p. 25) se comparando assim com os cristãos.
Não é difícil identificar o limite no conhecimento de Altizer, pois de início percebe-se que lhe falta uma exegese correta da visão trinitariana, causando assim uma interpretação errônea de quem realmente é o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Altizer não alcançou o conhecimento de que quando a Bíblia menciona a palavra “Deus” está se referindo á natureza, essência e substancia divina das três Pessoas distintas na trindade, e não um limite ás mesmas. Com isso é fácil o entendimento de que quando o Verbo se fez carne, o que aconteceu não foi a subtração da divindade, mas a adição da humanidade.
Outro erro argumentativo de Altizer é a criação dos estágios da morte de Deus. Se Deus morreu logo na encarnação como pode morrer novamente na crucificação? Logo, inconscientemente, Altizer mostra a sua fé em dois princípios doutrinários da Bíblia: 1º. Que houve uma encarnação. Sendo a encarnação de Cristo um milagre na esfera espiritual, Thomas Altizer acreditou nesse milagre (sem ele mesmo perceber), de acordo com seu relato. 2º. Que houve um dia uma crucificação, o que naturalmente vai gerar a ressurreição. Nenhum ateu pode acreditar na crucificação como realidade cristã sem aceitar a ressurreição como fato. O mínimo que poderia dizer é que “alguém um dia foi crucificado, não necessariamente o Cristo”.
Conclusão: O Rev. Dr. Alderi Souza de Matos, do Instituto Presbiteriano Mackenzie, em uma de suas contribuições literárias apresenta uma resenha traduzida, na argumentação de Lee Strobel, intitulada “Em defesa da fé” (Ed. Vida, 2002, p.363) onde inicia dizendo que um dos maiores desafios enfrentados pelos cristãos é a existência de certas questões espinhosas levantadas pelos céticos que parecem pôr em cheque algumas afirmações centrais da fé cristã. Isto vem acontecendo desde os primeiros tempos da igreja, como comprovam tanto os documentos do Novo Testamento quanto os escritos dos apologistas e polemistas, os defensores intelectuais do cristianismo no 2º e no 3º séculos.
Para Dr. Alderi o mundo contemporâneo, secularizado e pluralista, herdeiro do iluminismo e do racionalismo, continua a fazer formidáveis questionamentos à fé cristã, questionamentos esses que são um obstáculo para muitos descrentes e uma fonte de incertezas para um grande número de cristãos. Essas objeções concentram-se em torno de questões como a fidedignidade da Bíblia, a veracidade das alegações cristãs, bem como a natureza e o caráter de Deus.
O que propomos para o crente fiel à Palavra de Deus e o leitor da Bíblia é fazer uma análise a partir dos argumentos apresentados pelos céticos. Um estudo bíblico sistemático nos principais temas da fé revelará a falta de harmonia no argumento contrário às Verdades espirituais, e levará você ao crescimento e edificação. Busque interpretar a Bíblia respeitando os princípios e regradas da hermenêutica teológica. E para se manter na correta linha de análise, comece orando à Deus.

Fonte: Napec

NÃO QUERO SER COMO JESUS [UM POST DE CONFISSÃO]

Esta semana andei passeando no campo das ideias e descobri a mais pura verdade: “Não quero ser como Jesus”. Alguns podem se perguntar, “ser como Jesus é algo desapontador, triste, angustiante, inviável? Não é isso que estou falando.
Na verdade se você for bem honesto consigo mesmo vai notar que realmente gosta Dele, admira Seus feitos, Sua história, Seus exemplos, Sua humildade, mas afinal, pense: você quer ser tão humilde assim?
Romantizar a vida de Cristo é fazer da vida uma arte abstrata, mas não significa vivê-la na íntegra com todas as implicações. Muitos enchem a boca de alegria e os olhos de lágrimas para falar de Jesus, mas muitas vezes isso acontece somente no campo das ideias. De fato, imagino aquela linda cena de Cristo lavando os pés dos discípulos, e reflito, “é isso realmente que quero fazer com as minhas mãos?” Essa é a minha pretensão de vida? Lembro bem do que Ele disse em Lucas 9:58: “não tenho onde reclinar a cabeça”, e logo me recordo que a instantes atrás gastei uma hora pesquisando preços de ar condicionados, enquanto muitas vezes não gasto 10 minutos para falar com Ele.
Desculpem colegas, não sei se vocês realmente estão dispostos a ser como Jesus, eu particularmente não tenho a mínima condição. Afinal, preciso de uma “mãozona” pra seguir os Seus passos de vida.
Os momentos de culto na igreja ultimamente estão se tornando os piores momentos com Ele. Mentimos descaradamente ao cantar dizendo que “O amamos”, que “Ele é tudo em nossas vidas”, que “o nosso melhor damos a Ele”, e o pior, além disso, o que muito me chateia, continuamos a reproduzir frases vazias que geram muito efeito na hora do ápice “mantral” (“eu corro pra Ti”, “quero te abraçar”, “pulo na Tua presença”, “minha vitória tem sabor de mel”) mas depois, não garantem nenhum compromisso com a praticidade. Pessoal, sejamos sinceros, muitas vezes temos a incapacidade de dizer “me perdoe” a alguém próximo.
A igreja deixou de ser o local de quebrantamento, humilhação, reconhecimento, confissão de pecados, adoração, para se tornar apenas uma performática admiradora de Jesus e uma consumidora de Seus feitos materiais. Hoje a regra é falar e cantar o que o povo quer ouvir, não o que precisam ouvir. Igreja é lugar de bênção, vitória, bem estar, auto-ajuda, entretenimento.
Gente, (agora trazendo minha reflexão àqueles que admitem a pequenez de ser fraco e doente) precisamos andar como Ele andou, e isso é muito sério. Muitas vezes queremos andar perto Dele, às vezes dando aquelas escapadinhas, outras vezes fazendo nossos supérfluos pedidos, ou apenas sendo somente um “porta-voz” e não um “porta-vida”. Andar como Ele andou é mais profundo. “Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar como ele andou.” (I João 2: 6). E andar com Jesus me faz lembrar da sua vida, seus exemplos, sua humilhação, seu sofrimento, sua alegria, sua ousadia, sua compaixão, seu perdão, seu amor, sua dor, sua cruz e sua morte.
Por fim, quando entendermos que Jesus não é um grande Salvador digno de admiração, mas um modelo a ser seguido e vivido, quando deixarmos de mencionar a sua vida de servidão como algo espetacular e passarmos a viver ajoelhando-se diante do nosso próximo e lavando-lhes os pés, e quando passarmos a andar de fato como Ele andou e não apenas a andarmos perto Dele, enfim poderemos dizer que simplesmente seguimos a Jesus.
Peço a Deus forças para ser como Jesus foi, mas confesso que nos meus atos por vezes eu continuo dizendo: “Não quero ser como Jesus”. E você? O que me diz?
Que a graça de Deus nos alcance mais e mais a cada dia.
* Abaixo trago uma canção em forma de oração do grupo Tenda do Encontro (Campina Grande-PB):
Ser Como TU
Deixaste tudo e desceste toda tua glória o céu os anjos
e toda exaltação deixaste tudo por amor e aqui na terra
se humilhou tudo do me amar tudo pra me salvar te
fizeste igual a mim.
Jesus, quero ser como tu quero ser como tu amar sem
limites servir sem reservas me dá por inteiro ser como
Tu
Tanta renuncia por amor toda dedicação por uma missão
também assim quero eu fazer me humilhar para obedecer,
tudo por te amar, tudo pra te agradar quero ser igual a
Ti
Não mereço esse amor não entendo esse amor constrangido
estou Jesus pelo terno amor que tens por mim
***
Antognoni Misael, editando o Púlpito Cristão. Fonte: Arte de Chocar.

Por não saberem interpretar a Bíblia, evangélicos brasileiros estão se tornando carismáticos


Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.
Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.
(2 Pedro 1:20-21)
Noticias Gospel Evangélicos brasileiros estão se tornando carismáticos por não saberem interpretar a Bíblia.No evageliquês brasileiro, não foi difícil encontrar certos comentários nos blogs reformados, em que aquele que comenta pergunta coisas como “quantas almas já ganhou para Cristo” , “fale de uma coisa que você conhece” , “não toque no ungido de Deus” ou “você é um frustrado que nunca falou em línguas ou não possuí dom de profecia” , etc. Os artigos que geraram tais comentários são aqueles que falam algo sobre megapastores “ungidos” de nossa atualidade, ou que falam sobre monergismo e sinergismo, calvinismo, dom espirituais. As agressões que esses comentários contém são as mais absurdas e demonstram a falta de leitura da bíblia e em função disto, uma conseqüente interpretação pessoal acerca de assuntos tratados no Santo Livro.
Infelizmente as interpretações pessoais são bastante freqüentes em tudo e todos que se usam o termo “evangélico” ao nosso redor. Não se faz uma análise acurada e tudo o que chega aos nossos ouvidos com o nome de origem cristã, logo é tida como “ah, se é de Deus…”. Assim, cada vez mais os evangélicos brasileiros aceitam o que quer que sejam em detrimento às Sagradas Escrituras simplesmente por fazer pouco uso delas, tornando-se cada vez mais carismáticos.
“Apesar de vários desejarem atribuir à Bíblia uma posição destacada de autoridade em sua vida, as Escrituras, com muita freqüência, ocupam segundo lugar em definir o que eles crêem (o primeiro é a experiência)” [1]
A fundamentação da fé cristã deve ser o ponto de partida para toda e qualquer experiência vivida e não as experiências fundamentando a fé, do contrário é negligencia a Palavra de Deus. Contudo, não parece existir um limite para a criatividade do religioso povo brasileiro que passa desde revelações em sonhos, palavras proféticas e etc. até chegar no quase culto a símbolos ou objetos (as meias e rosas ungidas, os copos com água em cima da TV, novas unções, apostolados etc.). Essa falta de limite tem destruído, até certo ponto, a possibilidade de um crescimento qualitativo do cristianismo no Brasil, aliás, se é que podemos chamar de cristianismo certas práticas neopentecostais.
Talvez a maior causa de todo a desordem teológica que temos vivido hoje seja fruto da desordem quando se ‘estuda’ a Bíblia. Primeiro se lê um texto isolado, que contenha alguma afirmação que sirva para o que se acha, depois ao seu bel prazer explicar a passagem como se ela fosse uma alegoria de carnaval bem enfeitada e que chega até a ser desejável a medida que a aplicação da palavra aumenta a emoção em 1000% e afaga o ego de quem ouve. Triste realidade! A alegorização das Escrituras tem o mal de fazer muitos seguidores famintos em ouvir que Deus esqueceu-se da justiça e passou a ser somente misericordioso, tão lastimável que muitos passam a crer em qualquer outro ser, menos no Deus verdadeiro.
Por fim, o evangelho relativizado, mal interpretado e mal exposto é , digamos, “o mal do século” para o cristianismo, de forma que as pessoas não se vêem mais como pecadoras nem muito menos reconhecem a dependência de Deus para todo e qualquer propósito de vida.
As interpretações particulares da Escritura Sagrada lamentavelmente constituem, em nossos dias, a forma moderna de se apostatar da genuína fé, pois as experiências não podem ser validas em si mesmas e nem opiniões próprias constituem a verdade revelada por Deus, mas sim a inerrante Palavra de Deus devidamente estudada, corretamente interpretada (não pelo que creio, mas pelo que o Espírito da Verdade revelar) e coerentemente exposta. É o evangelho que mostra ao homem a sua condição diante de Deus e não o homem que condiciona o evangelho a ser o que ele imagina que é, diante de Deus.
[1] MacARTHUR, John. O caos carismático. São José dos Campos-SP. Editora Fiel. 395p.
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Felipe Medeiros é estudante de física, músico e escreve para a UMP da Quarta / Divulgação Noticias Gospel Internautas de Cristo


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 A História da Confissão de Fé de Westminster

Por Alderi Souza de Matos

A Confissão de Fé de Westminster é a principal declaração doutrinária adotada oficialmente pela Igreja Presbiteriana do Brasil. Ela foi um dos documentos aprovados pela Assembléia de Westminster (1643-1649), convocada pelo Parlamento inglês para elaborar novos padrões doutrinários, litúrgicos e administrativos para a Igreja da Inglaterra. Para se entender as circunstâncias da formulação desse importante documento, é preciso relembrar a história da Reforma Inglesa.

1. Antecedentes

Até 1534, a Inglaterra havia sido católica romana por muitos séculos. Nesse ano, sob a liderança do rei Henrique VIII, essa nação rompeu com Roma e aprovou o Ato de Supremacia, pelo qual o rei passou a ser o chefe da Igreja da Inglaterra. Assim sendo, passou a existir uma igreja nacional inglesa, separada de Roma, mas ainda católica, com o nome de Igreja Anglicana.

Com a morte de Henrique VIII em 1547, subiu ao trono o seu filho adolescente Eduardo VI. Sob a liderança de Thomas Cranmer, arcebispo de Cantuária, foram elaborados dois importantes documentos, ambos influenciados pela teologia calvinista: os Trinta e Nove Artigos e o Livro de Oração Comum. Várias outras reformas foram realizadas, tendo-se a impressão de que a fé protestante iria triunfar. Todavia, a morte prematura do jovem rei, em 1553, interrompeu bruscamente esse processo.

Eduardo foi sucedido por sua meia-irmã, Maria Tudor, mais tarde conhecida como “Maria, a Sanguinária”. Ela era filha de Henrique VIII e da princesa católica espanhola Catarina de Aragão. De imediato, Maria se dispôs a anular o que seu pai e seu irmão haviam feito e levar a Inglaterra de volta para a Igreja de Roma. O arcebispo Cranmer e muitos outros líderes da Reforma foram queimados na fogueira.

Muitos protestantes fugiram para o continente, sendo que um bom número deles se refugiou em Genebra, onde o reformador João Calvino estava no auge da sua influência. Eles organizaram uma igreja presbiteriana, tendo como pastor um dos refugiados, o escocês João Knox. Outro refugiado, Miles Coverdale, e alguns companheiros fizeram uma nova tradução das Escrituras, que ficou conhecida como a Bíblia de Genebra. Foi a primeira Bíblia de tamanho pequeno a ser publicada e a primeira Bíblia em inglês na qual os livros eram divididos em capítulos e versículos.

Com a morte de Maria em 1558, sua meia-irmã Elizabete subiu ao trono para um longo reinado de 45 anos. O Ato de Supremacia foi restabelecido e os protestantes exilados tiveram permissão para retornar. Eles voltaram para a Inglaterra e a Escócia com a sua Bíblia de Genebra e com maior convicção acerca do calvinismo e do presbiterianismo.

2. Os puritanos

Nesse contexto, solidificou-se um movimento cujas raízes mais remotas vinham desde o pré-reformador João Wyclif (século 14), passando pelo tradutor da Bíblia William Tyndale (†1536) e muitos outros líderes. Firmemente apegados às Escrituras e à teologia calvinista, esses protestantes começaram a insistir numa reforma genuína da igreja inglesa, com uma forma de governo, um sistema de doutrinas, um culto e uma vida mais puros, ou seja, mais bíblicos. Com isso, por volta de 1565 eles passaram a ser chamados de “puritanos”.

A rainha Elizabete alarmou-se com o crescimento do puritanismo e tudo fez para forçar os puritanos a se submeterem aos padrões religiosos vigentes. Todavia, o movimento continuou a crescer. Um autor diz que a Inglaterra nunca experimentou uma transformação moral tão grande como a que ocorreu entre o meio do reinado de Elizabete e a convocação do Longo Parlamento. A Inglaterra se tornou o povo de um livro, a Bíblia, que era lida nas igrejas e nos lares, gerando grande vitalidade espiritual. (Ver John Richard Green, em Uma Breve História do Povo Inglês).

Com a morte de Elizabete em 1603, Tiago VI da Escócia, filho de Maria Stuart, tornou-se Tiago I, rei da Inglaterra e da Escócia, e chefe da igreja. Os puritanos nutriam grandes esperanças em relação ao novo rei, que havia sido educado pelos presbiterianos da Escócia. Todavia, ele os decepcionou profundamente, visto estar muito apegado ao sistema episcopal de governo eclesiástico. Ele disse: “Vou fazer com que se submetam ou os expulsarei do país, ou coisa pior”. No sei reinado, um grupo de puritanos foi inicialmente para a Holanda e depois para a Nova Inglaterra, na América do Norte. A única coisa positiva que esse rei fez na área religiosa foi aprovar uma nova e influente tradução da Bíblia, que ficou conhecida como a Versão do Rei Tiago (King James Version, 1611).

3. A Assembléia de Westminster

Tiago foi sucedido no trono por seu filho Carlos I, que reinou de 1625 a 1649. Seu principal conselheiro era William Laud, arcebispo de Cantuária, um adepto da teologia arminiana e da uniformidade religiosa. Em 1637, Carlos I e Laud tentaram fazer com que os presbiterianos da Escócia se submetessem ao governo e culto da Igreja da Inglaterra, com seu sistema episcopal (bispos e arcebispos). No ano seguinte, os escoceses assinaram um Pacto Nacional no qual se comprometiam a defender o presbiterianismo e entraram em guerra contra o rei.

Carlos precisava de mais homens e dinheiro para lutar contra os escoceses e assim foi forçado a convocar a eleição de um Parlamento. Para seu horror, os ingleses elegeram um Parlamento puritano. Ele rapidamente dissolveu o parlamento e convocou nova eleição, que resultou em uma maioria puritana ainda mais expressiva. O rei tentou novamente tentou dissolver o Parlamento, que entrou em guerra contra ele. Estava iniciada a guerra civil inglesa.

Entre outras coisas, esse Parlamento puritano voltou sua atenção para a questão religiosa. Há 75 anos os puritanos vinham insistindo que a Igreja da Inglaterra tivesse uma forma de governo, doutrinas e culto mais puros. Assim sendo, o Parlamento convocou a “Assembléia de Teólogos de Westminster”, que ficou composta de 121 dos ministros mais capazes da Inglaterra, além de 20 membros da Câmara dos Comuns e 10 membros da Câmara dos Lordes. Todos os ministros, exceto dois, eram da Igreja da Inglaterra. Praticamente todos eles eram puritanos, calvinistas. Infelizmente, não havia unanimidade entre eles quanto à forma de governo: a maioria era composta de presbiterianos, muitos eram partidários da forma congregacional e alguns defendiam o episcopalismo. Os debates mais longos e acalorados foram travados nessa área.

A Assembléia de Westminster iniciou seus trabalhos na Abadia de Westminster, em Londres, no dia 1° de julho de 1643, e continuou em atividade durante cinco anos e meio. Nesse período, houve 1163 reuniões do plenário e centenas de reuniões de comissões e subcomissões.

4. A conexão escocesa

Mal haviam começado os trabalhos, as forças parlamentares começaram a ficar em desvantagem na guerra. Rapidamente foi enviada uma delegação à Escócia em busca de auxílio. Os escoceses concordaram em enviar socorro, mediante duas condições: (a) todos os membros da Assembléia de Westminster e do Parlamento deviam assinar uma Liga e Pacto Solene a ser redigido pelos escoceses; (b) os escoceses iriam nomear alguns representantes junto à Assembléia de Westminster. Ao assinarem esse documento, os ingleses se comprometeram a manter e defender a Igreja Presbiteriana da Escócia e a realizarem uma reforma da igreja “na Inglaterra e na Irlanda em sua doutrina, governo, culto e disciplina, de acordo com a Palavra de Deus e o exemplo das melhores igrejas reformadas”.

Os escoceses enviaram seis delegados à Assembléia de Westminster – quatro pastores e dois presbíteros – sem direito a voto. Os ministros eram: Alexander Henderson, Robert Baillie, George Gillespie e Samuel Rutherford. Esses poucos representantes escoceses exerceram uma influência decisiva sobre a Assembléia. Com a chegada dos escoceses e a assinatura da Liga e Pacto Solene em setembro de 1643, houve uma mudança radical no trabalho da Assembléia. Antes disso, a maior parte do tempo havia sido dedicada a uma revisão dos Trinta e Nove Artigos e não se pensara em elaborar uma nova Confissão de Fé. Agora os Trinta e Nove Artigos foram postos de lado e passou-se a fazer uma reforma profunda na Igreja da Inglaterra.

A Assembléia de Westminster era um conjunto de homens não somente eruditos, mas profundamente espirituais. Gastou-se muito tempo em oração e tudo foi feito com espírito de reverência. Robert Baillie, um dos representantes escoceses, descreveu um dos dias de jejum e oração: “Depois que o Dr. Twisse deu início com uma breve oração, o Sr. Marshall orou longamente por duas horas, confessando mui piedosamente os pecados dos membros da Assembléia... Depois disso, o Sr. Arrowsmith pregou por uma hora, e então foi cantado um salmo. Em seguida, o Sr. Vines orou por quase duas horas, o Sr. Palmer pregou por uma hora e o Sr. Seaman orou por quase duas horas; em seguida, foi cantado um salmo. Depois disso, o Sr. Henderson os levou a uma breve e suave reflexão sobre as faltas confessadas e outras faltas vistas na Assembléia, para serem corrigidas. O Dr. Twisse encerrou com breve oração e bênção. Deus estava presente de modo tão claro nesse exercício devocional que nós certamente esperamos uma bênção tanto sobre os assuntos da Assembléia quanto sobre todo o reino”.

5. O trabalho da Assembléia

Durante seus cinco anos e meio de atividade, a Assembléia de Westminster produziu os chamados Padrões Presbiterianos. À medida que era concluído, cada documento era encaminhado ao Parlamento como o “humilde conselho” da Assembléia. O Parlamento não aprovou automaticamente o trabalho da Assembléia, mas gastou muito tempo estudando e discutindo cada documento. Os Padrões Presbiterianos, na ordem em que foram concluídos pela Assembléia, são os seguintes: (a) Diretório do Culto Público a Deus: foi concluído em dezembro de 1644 e aprovado pelo Parlamento em janeiro de 1645. Substituiu o Livro de Oração Comum. (b) Forma de Governo Eclesiástico e Ordenação: foi concluída em novembro de 1644 e aprovada pelo Parlamento em 1648. Era uma forma presbiteriana de governo e substituiu o episcopalismo na Igreja da Inglaterra. (c) Confissão de Fé: foi concluída em dezembro de 1646 e aprovada pelo Parlamento em março de 1648. (d) Catecismos Maior e Breve: foram concluídos no final de 1647 e aprovados pelo Parlamento em setembro de 1648. (e) Saltério: versão métrica dos salmos para o culto; havia várias versões concorrentes, mas a de Francis Rous, membro do Parlamento e da Assembléia, foi finalmente aprovada em novembro de 1645, após uma extensa revisão. Foi aprovado pelo Parlamento no ano seguinte.

6. A Confissão de Fé

O esboço inicial da Confissão de Fé de Westminster foi preparado por duas comissões a partir de outubro de 1644, com a plena participação dos representantes da Igreja da Escócia. O plenário da Assembléia discutiu o documento de julho de 1645 a dezembro de 1646. Alguns dos debates foram acalorados, especialmente sobre temas como o Decreto de Deus, a Liberdade Cristã e a Liberdade de Consciência, e a liderança de Cristo. De um modo geral, houve uma notável unanimidade entre os participantes.

No dia 26 de novembro de 1646 o texto ficou pronto, com a exceção do prefácio e de algumas emendas. Estes foram concluídos no 4 de dezembro, quando a Confissão de Fé foi apresentada à Câmara dos Comuns. Todavia, o Parlamento exigiu a apresentação de textos bíblicos de apoio, cuja preparação e discussão continuou até abril de 1647. Em 29 de abril, a Confissão com as passagens bíblicas foi apresentada às duas câmaras. A Câmara dos Comuns determinou a impressão de 600 cópias, somente para os membros do Parlamento e da Assembléia. O título era: “O humilde conselho da Assembléia de teólogos que por autoridade do Parlamento ora está reunida em Westminster... com respeito a uma Confissão de Fé, com a adução de citações e textos da Escritura”.

A Confissão foi aprovada pelo Parlamento somente em 1648, com o seguinte título: “Artigos de religião cristã, aprovados e sancionados por ambas as casas do Parlamento, segundo o conselho da Assembléia de teólogos ora reunida em Westminster por autoridade do Parlamento”.

A Confissão de Fé é uma expressão da teologia agostiniana e calvinista que há mais de um século vinha influenciando os teólogos ingleses. Especificamente, a forma da Confissão foi influenciada pelos chamados Artigos Irlandeses, elaborados pelo bispo Ussher em 1615. Quanto ao esquema teológico geral sob o qual os teólogos de Westminster agruparam suas principais doutrinas, trata-se do sistema conhecido como Teologia Federal ou Teologia do Pacto (Pacto das Obras e Pacto da Graça).

Como uma declaração da doutrina reformada e como uma afirmação do calvinismo do século 17, a Confissão de Fé é um documento extremamente moderado e judicioso. William Beveridge conclui: “Devemos agradecer a Deus por essa declaração sábia, completa e equilibrada de nossa fé, que chegou até nós como uma preciosa herança da Assembléia de Westminster”.

7. Eventos subseqüentes

Com o auxílio dos escoceses, as forças parlamentares lideradas por Oliver Cromwell esmagaram o rei Charles e seus exércitos. Cromwell e o exército inglês eram partidários do congregacionalismo; assim sendo, os presbiterianos foram expulsos do Parlamento em 1648. O rei foi decapitado na Torre de Londres em janeiro de 1649, sendo então criada a Comunidade (Commonwealth), tendo Cromwell como Lorde Protetor da Inglaterra e da Escócia.

Cromwell morreu em 1658 e dois anos depois foi restaurada a monarquia, com Carlos II no trono dos dois países. O episcopado foi restaurado, sendo aprovadas rígidas leis que impunham submissão ao governo e ao culto da Igreja da Inglaterra. Cerca de dois mil ministros presbiterianos foram expulsos de suas igrejas e residências. Seguiu-se um longo período de intolerância e cerceamento. Somente no século 19 foi organizada a Igreja Presbiteriana da Inglaterra (1876).

Na Escócia, os Padrões de Westminster foram prontamente adotados pela Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana, substituindo os antigos documentos que vinham desde a época de John Knox. Isso é notável se lembrarmos que a Assembléia de Westminster era composta de 121 ministros puritanos ingleses e apenas quatro ministros escoceses. Os presbiterianos escoceses agiram assim por causa dos méritos intrínsecos dos Padrões de Westminster e em especial devido ao seu desejo de promover a unidade entre os presbiterianos das Ilhas Britânicas. Através da imigração e do esforço missionário dos presbiterianos escoceses, esses padrões foram levados para a Irlanda do Norte, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Brasil e até aos confins da terra.

8. Relevância atual

A Confissão de Fé de Westminster é considerada uma das melhores e mais equilibradas exposições da fé reformada já escritas. Suas definições doutrinárias foram cuidadosamente elaboradas por alguns dos homens mais cultos e piedosos do século 17. Talvez a sua linguagem e algumas de suas ênfases pareçam estranhas à nossa mentalidade do início do século 21. Todavia, temos de reconhecer que a maior parte das suas formulações continuam plenamente válidas para os dias atuais. Embora seja um documento muito importante e valioso para os reformados, ela não está no mesmo nível da Escritura, ficando subordinada à mesma.

A Confissão de Fé pode ser considerada um pequeno manual de teologia bíblica. Seus 33 capítulos abordam os temas mais importantes da teologia cristã, conforme segue: a doutrina da Escritura Sagrada – cap. 1; a doutrina de Deus (ser e obras) – caps. 2-5; a doutrina do homem e da redenção – caps. 6-9; a doutrina da aplicação da salvação – caps. 10-15; a doutrina da vida cristã – caps. 16-19; a doutrina do cristão na sociedade – caps. 20-24;  a doutrina da igreja – caps. 25-31; e a doutrina das últimas coisas – caps. 32-33.

Os principais temas da teologia reformada são abordados na Confissão de Fé de Westminster: (a) a autoridade das Escrituras – cap. 1; (b) a soberania de Deus e a eleição – caps. 3, 10; (c) o conceito do pacto – cap. 7; (d) a integração da doutrina com a vida cristã – cap. 16; (e) a relação entre lei e evangelho – cap. 19; (f) a importância da igreja e dos sacramentos – caps. 25-29; (g) o sistema de governo – cap. 31; (h) o relacionamento entre o reino de Deus e o mundo. Esperamos que essa considerações estimulem os leitores a conhecerem melhor esse documento histórico que é parte essencial da nossa identidade presbiteriana.


Referências:
- A Confissão de Fé, O Catecismo Maior, O Breve Catecismo. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1991.
- Hodge, A.A. Confissão de Fé de Westminster comentada por A.A. Hodge. São Paulo: Editora Os Puritanos, 1999.
- Beveridge, William. A short history of the Westminster Assembly. Revised and edited by J. Ligon Duncan III. Greenville, SC: Reformed Academic Press, 1993.
- De Witt, John Richard, Terry L. Johnson e F. Solano Portela. O que é a fé reformada? São Paulo: Editora Os Puritanos, 2001.
- Lingle, Walter L. Presbyterians: their history and beliefs. Richmond: John Knox, 1960.

Fonte: [ Mackenzie ]

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Por Fábio Vaz
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Nunca foi fácil ser cristão. A igreja "primitiva", assim chamada, foi perseguida primeiro pelos judeus e depois pelos romanos. Homens, mulheres, crianças, jovens e velhos que confessavam Jesus Cristo como Senhor eram - literalmente - jogados aos leões nas arenas romanas, ou despedaçados por gladiadores treinados, ou queimados vivos para iluminar os jardins imperiais à noite, ou crucificados. Quando Constantino, a partir de 313 d.C., "legalizou" o Cristianismo no Império Romano, os cristãos poderiam pensar que as coisas ficariam mais fáceis. Mas não ficaram. Infelizmente o Império Romano não foi "cristianizado", mas ocorreu exatamente o contrário: o Cristianismo passou a sofrer um processo de romanização. Multidões de pagãos entravam na Igreja diariamente, trazendo consigo suas antigas práticas, crenças e doutrinas religiosas, num sincretismo incontrolável. Quando o Império Romano do ocidente cai, a partir de 476, após várias invasões bárbaras, o caos político e social acelera o processo de erosão da sã doutrina bíblica nas fileiras da Igreja. A Europa mergulha então na longa noite medieval, quando a Bíblia foi praticamente ocultada do povo "cristão". [1] Nascia então a Igreja Católica Apostólica Romana.

Após séculos de ignorância e medo, o domínio do terror católico-romano foi finalmente quebrado - embora parcialmente - pela luz da Reforma Protestante. Deus levantou homens como Martinho Lutero, Ulrich Zwinglio, João Calvino e John Knox, entre outros, para devolver a Bíblia ao povo e libertar os verdadeiros cristãos do jugo romanista e das garras da ignorância, da idolatria e da heresia. Mais uma vez a sã doutrina bíblica foi pregada e ensinada. Homens e mulheres morreram por ela, mártires da Reforma, queimados em praça pública pelos romanistas (ou afogados, ou enforcados, ou empalados, etc - os inquisidores eram muito criativos). Muitos pagaram com o próprio sangue pela sua profissão de fé em Jesus Cristo. Mas "o sangue dos mártires é a semente da Igreja", como disse Tertuliano no século II, e nos séculos subsequentes não foi diferente. Apesar da feroz oposição, a obra dos reformadores triunfou e perdurou. Tempos depois, da Inglaterra protestante levas de refugiados - puritanos, quakers, congregacionais e outros - cruzariam o Atlântico rumo ao Novo Mundo. E mais tarde, da América do Norte, missionários protestantes rumariam para as Américas Central e do Sul. E assim o Evangelho chegou ao Brasil católico, principalmente a partir do século XIX e início do século XX.

Aqui, em solo tupiniquim, os primeiros protestantes enfrentaram, obviamente, inúmeras dificuldades. Não somente a cultura, o idioma e o clima eram diferentes, mas a ameaça real dos romanistas fez-se sentir, em sua luta implacável para impedir a circulação da Bíblia em território nacional.[2] No entanto, o tempo passou, o protestantismo, a muito custo, pôde ser instalado no Brasil e na América Latina, criou raízes, cresceu e desenvolveu-se. A princípio amparado e dirigido por líderes estrangeiros, pouco a pouco obteve também a sua "independência", pelo menos parcialmente, à medida que líderes nativos começavam a surgir nas diferentes denominações. Sempre em meio a muita luta. Sempre enfrentando dificuldades severas, principalmente de ordem econômica e social. E sempre sob ataque constante do catolicismo romano e sua idolatria, seu desdém pela Bíblia e seu desejo insaciável de poder.

Sim, o tempo passou. A fé evangélica floresceu. Cresceu. Desenvolveu-se. As igrejas espalharam-se pelo país, crescendo num ritmo cada vez mais acelerado, especialmente a partir de meados do século XX. Mais ou menos a partir dessa época a "maré pentecostal" tomou fôlego e passou a dominar o cenário evangélico brasileiro. Como uma última "onda" dessa "maré", surgiram as igrejas neopentecostais. E na década de 1970 tais "igrejas" começaram a estabelecer sua teologia - a "teologia da prosperidade" - receita de sucesso para os espertalhões religiosos.



A teologia da prosperidade é uma invenção norte-americana. Surgida nos primórdios do século XX nos Estados Unidos, foi mais tarde utilizada no Brasil para alavancar o crescimento de verdadeiros impérios financeiros, construídos sobre a ignorância e a credulidade de multidões de "fiéis" que, hipnotizados por tais ideias, sonham com um deus que lhes dê riquezas, bem-estar e saúde - enfim, um paraíso na Terra. Para obter tais promessas, não hesitam em seguir cegamente seus líderes, dando a eles o fruto de seu trabalho (quantias não insignificantes de dinheiro), sem perceber que estão sendo extorquidos. Nas igrejas neopentecostais, o culto é um show. Usa-se a Bíblia a fim de utilizar versículos esparsos, sempre fora de seus respectivos contextos, a fim de iludir os frequentadores dos templos e os telespectadores (a maioria dessas "igrejas" desfruta de grande espaço na TV) com promessas falsas de uma prosperidade que nunca chega na vida real (exceto, é claro, nos "testemunhos" de "crentes fiéis" que são veiculados nos programas televisivos de tais igrejas, mostrando os entrevistados quase sempre a bordo de modernos carros importados, em garagens de mansões luxuosas. Acredite quem quiser...). E assim uns poucos enriquecem a olhos vistos ao custo do suor e da credulidade de muitos.

O deus dos neopentecostais é realmente um grande negociante. Ele negocia bênçãos; dependendo do tamanho de sua oferta, será o seu retorno financeiro. Esse deus também se assemelha a uma máquina caça-níqueis: coloque a moeda (faça a sua oferta), puxe a alavanca (participe do serviço religioso, que pode incluir até mesmo uma "sessão de descarrego" ou algo parecido), e espere pelo melhor. Mas o melhor muitas vezes não chega... mas isso é pela sua falta de fé!

No Brasil, as igrejas neopentecostais tiveram seu início a partir do surgimento da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), criada por Edir Macedo, proprietário da Rede Record de televisão, bem como de um vasto império financeiro que se estende por outros países e continentes. Em 1977 Macedo declarou-se "bispo" e, incorporando elementos de outras religiões não-cristãs, deu início à IURD. Logo viriam a Igreja Apostólica Renascer em Cristo, do casal Estevam e Sônia Hernandes, e a Igreja Internacional da Graça de Deus, de R. R. Soares (este, saído diretamente da IURD). Mais recentemente (1998), eclodiu a Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD), gêmea e arqui-rival da IURD, capitaneada por Valdemiro Santiago, que assim como Hernandes antes dele, autoproclamou-se "apóstolo". Santiago foi bispo da IURD e "temperou" a doutrina da prosperidade pregada por Macedo com uma ênfase muito forte em curas e milagres, atraindo grande número de ex-fiéis da Universal para suas fileiras. Ele próprio, no entanto, também precisou lidar com dissidentes: em 2010, um ex-bispo da IMPD funda a Igreja Mundial Renovada, sob o lema "A glória da segunda casa será maior do que a da primeira". No mesmo ano outro dissidente da IMPD funda a sua própria denominação, a Igreja Missionária do Amor. Em 2011 mais um ex-bispo de Valdemiro Santiago deixa a IMPD para estabelecer uma igreja própria, a Igreja Evangélica Celeiro de Deus.



Hoje inimigos ferrenhos, Macedo e Santiago digladiam-se sem trégua em seus programas de TV ou nos demais veículos de informação de seus respectivos impérios. O dono da Universal apelou até para o diabo, entrevistando um "demônio" que anunciou que Valdemiro Santiago era seu títere. Também utilizou sua rede Record para veicular denúncias contra Santiago, referentes à aquisição de uma propriedade rural. O falso apóstolo respondeu jocosamente, lembrando que se tinha comprado uma fazenda, o próprio Macedo havia adquirido uma rede de TV inteira.Boatos e intrigas também surgiram em meio à guerra entre os dois rivais. A briga vai longe, certamente, pois ambos disputam a mesma fatia demercado: pessoas crédulas e ignorantes. Muitas delas lotam tais "igrejas" por pura ignorância, certas de que estão no lugar certo e de que seus líderes são honestos. Mas outras - desconfio que a maioria, a julgar pelo país em que vivemos - estão lá porque realmente querem é prosperar e enriquecer, querem um deus que as sirva, e não um Deus a quem devem servir, seja na riqueza seja na pobreza. Querem um deus que atenda seus desejos, e estão dispostas a tudo para conseguir seus sonhos. Mas não querem um Deus soberano, que exalta a quem quer e humilha a quem quer. Essas pessoas estão realmente no lugar certo, embora jamais terão seus anseios realizados (ao contrário de seus líderes, que enriquecem à custa de sua credulidade).

Até mesmo outro líder - antes um pentecostal clássico, hoje mais um defensor da maldita teologia da prosperidade - se pronunciou bradando que Macedo e Santiago são "farinha do mesmo saco". Esse mesmo cidadão chamou de "idiotas" aqueles que se opõem à teologia da prosperidade.

Somente no Brasil homens assim podem prosperar livremente. Em qualquer país civilizado do mundo, já estariam há muito tempo atrás das grades.

Somente no Brasil, país onde a corrupção sempre prosperou no cenário político. Onde os maiores criminosos são os que infectam o nosso Congresso Federal.

Somente no Brasil, onde o povo canta "assim você me mata" e "eu quero tchu-tcha-tcha" e grita "gol!!!" enquanto é espoliado, roubado, usado e ridicularizado pelos seus governantes (que ele próprio, o povo, colocou no poder).

Somente aqui tais falsas igrejas poderiam prosperar de modo tão avassalador. Somente aqui encontram solo tão fértil (claro que sei que há igrejas neopentecostais em outros países, mas duvido que tenham no exterior o mesmo sucesso que têm no Brasil).
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O povo brasileiro aceita tudo. Leva tudo "na esportiva". Acostumado a "dar um jeitinho" em cada situação, não se incomoda em ser espoliado pelos parasitas políticos - desde o vereador até o senador, desde o prefeito até o/a presidente. O que vale é a "lei de Gérson", isto é, levar vantagem em tudo - de preferência, pisando nos outros. Dizem que numa democracia, o povo tem o governo que merece. Pois o povo brasileiro realmente tem escolhido a dedo seus governantes!

Nossas estradas estão intransitáveis (com exceção, é claro, das rodovias que o governo entregou para empresas privadas, nas quais deve-se pagar pedágio para trafegar - então, pagamos impostos para quê?!). Nossos hospitais, sucateados, superlotados, falidos. Nossas escolas? Pra quê educação? Povo ignorante, povo manipulado! Professores, médicos, policiais e inúmeros outros profissionais essenciais para o crescimento saudável de um país - todos esquecidos por governantes hipócritas e corruptos. E por aí vai...

Arrastões, assaltos, assassinatos, sequestros, violência sem trégua, num país onde só falta dar uma medalha de honra aos bandidos. Num país onde basta pagar um advogado para livrar-se da cadeia, não importa o crime que se tenha praticado. Num país cujo código penal parece ter sido especialmente projetado para favorecer os criminosos e prejudicar os cidadãos honestos.
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A ética e a moralidade são ridicularizadas, desprezadas e até perseguidas neste país. A imoralidade é exaltada, idolatrada, festejada. Especialmente pelos meios de comunicação. Eles "se ligam" em manipular você. Idiotizam ainda mais o povo brasileiro, já entorpecido por natureza. É o país do carnaval! É o país do futebol! É o país do futuro! É o país dos canalhas.... 

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Por isso não é de se estranhar esse "Circo Gospel" no qual se transformou a maior parte da igreja "evangélica" brasileira. Os neopentecostais fazendo de tudo para destruir o verdadeiro Evangelho de Cristo, enquanto boa parte dos "cristãos sérios" emudece, pois a "turma do deixa-disso" brada bem alto: "Não podemos julgar! Não podemos julgar! Não podemos julgar!", e assim dia a dia vai-se perdendo a dignidade e a credibilidade da Igreja. Não é só ignorância. É o "jeitinho brasileiro". "Deixa a vida me levar..." deixa a vaca ir pro brejo. Igrejas de araque num país de tolos. Como nos primórdios do Cristianismo, multidões de pagãos ingressam diariamente na "Igreja", trazendo suas práticas (sua falta de ética e sua conduta imoral), suas crenças (e sua falta de caráter) e - é claro! - o seu famoso "jeitinho brasileiro" (ler a Bíblia dá muito trabalho! Tenho preguiça! Prefiro ouvir opastô falar e ficar só "recebendo as bênça"!). Multidões que são facilmente manipuladas, extorquidas e usadas pelos profetas da prosperidade. O povo brasileiro é, em sua maioria, crédulo, e qualquer coisa que é dita pelos chefões neopentecostais é recebida sem titubeios pelos seus fiéis seguidores.

Quem disse que não podemos julgar? Ora, a Bíblia ordena que julguemos! O julgamento proibido é o julgamento insensato, sem dados, sem fatos, sem provas, sem respaldo ético e moral. Em sua ignorância bíblico-teológica e em sua ânsia por defender mercenários e espertalhões, muitos adeptos do Circo Gospel, por exemplo, empunham Mateus 7.1-5 para vociferar contra os (poucos) cristãos sérios que "ousam" levantar-se contra as aberrações neopentecostais. Os mesmos se esquecem (que conveniente, não?) de ler o versículo seguinte:
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"Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão e, aqueles, voltando-se para vocês, os despedaçarão" (Mateus 7.6).
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Ora, se absolutamente não podemos julgar, como então poderemos nos precaver contra os cães e contra os porcos?! Como, então, cumprir essa ordem de Jesus?
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Também se esquecem de ler Mateus 7.15-23:
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"Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro, ou figos de ervas daninhas? Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons. Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão!
"Nem todo aquele que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?' Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!"
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Sim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão! Ora, portanto, o julgamento de acordo com os fatos e de acordo com a observação dos resultados das ações dos homens é não somente válido, como obrigatório para os cristãos!
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A turma do "deixa-disso" (cúmplices e marionetes dos profetas da prosperidade) deveria ler mais a Bíblia, especialmente 1Coríntios 6.1-3:
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"Se algum de vocês tem queixa contra outro irmão, como ousa apresentar a causa para ser julgada pelos ímpios, em vez de levá-la aos santos? Vocês não sabem que os santos hão de julgar o mundo? Se vocês hão de julgar o mundo, acaso não são capazes de julgar as causas de menor importância? Vocês não sabem que haveremos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas desta vida!" (Todo o capítulo 6 é deveras interessante).
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Nunca foi fácil ser cristão! Mas nestes dias, neste país, onde o Cristianismo é ridicularizado pelos neopentecostais, e aqueles que ousam denunciá-los são atacados pelos defensores da ignorância (a turma do "deixa-disso"), está cada vez mais difícil saber quem é, de fato, cristão!
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Onde estão os protestantes? Onde estão os herdeiros de Martinho Lutero, Ulrich Zwinglio, João Calvino, John Knox e tantos outros? Onde estão os herdeiros de Jonathan Edwards, J. C. Ryle, Charles Spurgeon, Arthur Pink e tantos outros? Onde estão os herdeiros dos puritanos, de Martyn Lloyd-Jones, de John Stott? Onde estão os verdadeiros crentes? Cadê os protestantes, onde estão os protestantes?!.

É hora da Igreja - a verdadeira - levantar-se, protestar contra e denunciar esse monstruoso Circo Gospel. É hora de denominações sérias, históricas, pronunciarem-se oficialmente a respeito dessas igrejas de araque, desse país de tolos (e de tolas, para ser politicamente correto).
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Denuncie, irmão, denuncie! Confesse, Igreja, sua verdadeira vocação, seu verdadeiro Cristianismo, porque estamos sendo todos colocados no mesmo "saco" desse lixo neopentecostal, desse arremedo de igreja.
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É tempo de erguer novamente a bandeira protestante, a bandeira da Reforma, e esclarecer ao povo deste país que o neopentecostalismo não é Cristianismo, que essas igrejasnão são igrejas cristãs verdadeiras, e que esses profetas da prosperidade não são verdadeiros homens de Deus.
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Que o Senhor tenha misericórdia de Sua Igreja e deste país. 

NOTAS
[1] Certamente estou ciente de que a chamada "Idade Média" não foi uma era de obscurantismo total e de "trevas absolutas". Houve criação artística e científica, e progresso em inúmeras áreas do conhecimento humano. De fato, sem uma "Idade Média" não teríamos um Renascimento, mais tarde. Mas refiro-me, aqui, às trevas espirituais que cobriram a maior parte desse período histórico, dominado por uma Igreja tirânica e ignorante.
[2] Cf. CAIRNS, Earle E. O Cristianismo através dos séculos: uma história da Igreja Cristã. 2. ed. São Paulo: Vida Nova, 1995, p. 366.
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Fonte: [ Calvinismo Hoje ]
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