Isvonaldo sou Protestante

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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Paulo, os Gálatas e os fariseus de hoje.

Estando eu muito casando de ouvir besteiróis bíblicos imensamente escandalosos provindos de indignos fariseus modernos, pois de acordo com a sua comodidade alegam que Jesus pregou na cruz as Dez Leis de Deus para que o cristão pudesse viver na religião da graça, da liberdade, atestando que esses Mandamentos de Deus, a partir de Jesus, passaram a pertencer ao Ministério da morte, da escravidão e da maldição, fiz esse trabalho que NÃO deixa dúvida alguma do malicioso engano desses servos do astucioso Satanás que enganam os incautos.

Em primeiro lugar, devemos nos ater de que capítulos de Gálatas foram divididos pelo homem, e isso às vezes pode ser nocivo ao verdadeiro entendimento, pois estando um evangelista a refletir seu pensamento, com o término do capítulo pode parecer a alguns que o presente pensamento termina ali, mas nada disso corresponde com a Verdade. Isso se passa com a pregação de Paulo aos Gálatas. Essa pregação foi dividida pelo homem em seis livros, para facilitar a leitura, mas segundo as Cartas de Paulo trata-se de uma só pregação, e não de seis, e isso pode confundir os incautos, como veremos.

Vamos mostrar aqui que a maioria daqueles que ensinam, tanto católicos, ortodoxos ou evangélicos deturparam a Carta de Paulo aos Gálatas, como veremos.

Os Gálatas eram habitantes da província romana chamada Galácia onde hoje se situa o centro da Turquia. Antigamente esse povo se denominava gauleses, depois gálatas. No século III A.C os gauleses migraram para a Capadócia, depois chamada de Galácia. E Paulo, na sua evangelização a todos os povos que podia, levou o Nome de Jesus também aos Gálatas.

A Epístola de Paulo aos Gálatas, endereçada às Igrejas da Galácia, Ásia Menor foi escrita ente os anos 55 e 60.

Na Carta aos Gálatas, Paulo acusa um teimoso grupo de gálatas, “judaizante” que se infiltrou no cristianismo para corrompê-lo tentando fazer valer os regulamentos, leis, tradições ou ordenanças válidas no judaísmo, mas rechaçadas por Jesus.

Esse grupo pretendia que também os cristãos guardassem TODAS as leis de Moisés, sendo que Jesus legitimou, também no Evangelho, exclusivamente as Dez Leis da Arca da Aliança no Grande Sermão do Monte, em Mateus, 5.17 a 37.

Vamos então ao mérito da pregação de Paulo:

Gálatas, 1.6: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo”.

Assim Paulo começa a sua reprimenda aos Gálatas. Ele acusa a um grupo desse povo que se infiltrou como espiões, como veremos, de tentar perverter o Evangelho de Jesus com leis antigas, ordenanças da carne, que logo veremos que se tratam da antiga circuncisão na carne, na segregação racial e outras que escravizavam, amaldiçoavam e até matavam a alma.

Gálatas, 2.4: “E isto por causa dos falsos irmãos que se entremeteram com o fim de espreitar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus e reduzir-nos à escravidão”.

“Tomara até se mutilassem os que vos incitam à rebeldia”. 5.12.

A que escravidão Paulo se referia? À escravidão das obras da carne, tal como a dolorosa circuncisão, os sacrifícios de animais no templo, a segregação racial e outras obras antigas da lei israelita que não mais tinham lugar no Evangelho. Imagine Jesus continuando no Evangelho as leis das pedradas mortais; a lei da morte aos que fossem flagrados trabalhando aos sábados, como também as leis das 40 chibatadas. Que religião da graça e da liberdade seria essa? Logo a seguir Paulo enumera uma dessas obras da carne que escravizavam:

Gálatas, 2.9: “e, quando conheceram a graça que me foi dada, Tiago, Cefas e João, que eram reputados colunas, me estenderam, a mim e a Barnabé, a destra de comunhão, a fim de que nós fôssemos para os gentios, e eles, para a circuncisão”.

No verso 14, Paulo aponta a separação racial como mais uma das obras da lei que não tinha lugar no Evangelho. Por esse verso Paulo admoesta a Simão Pedro por tentar agradar aos chamados “judaizantes” quanto à segregação racial.

Gálatas, 1.6: “sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado”.

Aqui os fariseus modernos, os que pretendem a derrocada das Dez Leis por essas conterem a obrigação da santificação do sétimo dia, tentam assimilar as leis de que Paulo tanto citou como sendo as do Decálogo, leis essas que Jesus “pregou na cruz”. Mas as leis apontadas por Paulo são exatamente as leis das ordenanças da carne, citadas acima.

Outros fariseus modernos se vale desse preceito de Paulo, interpretando de forma conveniente, para isentarem-se da caridade do dividir, de necessidade tão clara em Marcos, 10.21; em Mateus, 25.31 a 44, na Parábola do Samaritano (Lucas, 10.30); em Tiago, 2.18 e em todas as Cartas do Apocalipse às Sete Igrejas que mostram a salvação não pela fé, mas principalmente pelas obras da caridade, segundo I Coríntios, 13.13 que revela o amor de caridade superior à fé.

“Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados”. Romanos, 2.13.

E agora, a que lei Paulo se referia? Às leis citadas em Gálatas as que escravizavam ou as Dez Leis de Deus, nos promulgadas através de Moisés, a base fundamental do Evangelho?

Gálatas, 2.19: “Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo”.

Novamente Paulo, que antes vivia essas leis judias que escravizavam, que ele mesmo conta isso no capítulo 1.14, revela que, segundo a boa Lei de Deus, morreu para as más leis, afim de viver uma Nova Religião com um Nova Mensagem, Evangelho esse que muito ajudou a escrever.

Gálatas, 3.10: “Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las”.

Novamente Paulo se refere às ordenanças judias que um grupo de Gálatas tentava fazer valer no Evangelho. Só um fariseu de Satanás pode alegar que é maldito quem guarda as Dez Leis do Monte Sinai, promulgadas novamente no Evangelho por Jesus. Se um desses fariseus de Satanás tiver tal ousadia, gostaria que me apontasse um dó dos Mandamentos da Lei de Deus que traga a escravidão, a maldição ou a morte.

Gálatas, 4.9: “mas agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos?”.

Escravizar como? Guardando as Dez Leis da Arca da Aliança? Ou será que Paulo se refere ás leis judias que realmente escravizavam o homem e até com cargas pesadas? Novamente pergunto: qual das Dez Leis escraviza? Abra a sua Bíblia e leia em Êxodo 20 as Dez Leis.

Em Gálatas, 4.21 ao 31, Paulo atesta que nós cristãos somos herdeiros de Isaac, o filho da promessa, da liberdade, e não da escrava. No caso aqui o cristão está livre das obrigações das ordenanças judias, os rudimentos do mundo, como assim chama Paulo em Gálatas 4.3, e em Colossenses, 2.20.

Gálatas, 5.1: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão”.

Cristo nos libertou de que? Jesus pregou na cruz o que? Que jugo da escravidão era esse? No versículo seguinte Paulo responde: Jesus pregou na cruz as obras da carne:

Gálatas, 5.2: “Eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará”.

Gálatas, 5.3: “De novo, testifico a todo homem que se deixa circuncidar que está obrigado a guardar toda a lei”.

Que toda lei era essa? Ora, quem se submetesse à ordenança judia de permitir a sua circuncisão, uma dolorosa operação de fimose nos adultos para que pudesse ingressar na religião da graça de Jesus, teria de guardar também as outras leis: Apedrejar uma mulher adúltera ou outro desgraçado; praticar sacrifícios de animais no templo e aspergindo o sangue deles nos presentes; separar-se completamente de outras raças de modo a nem permanecer no mesmo ambiente com pessoas não judias; e andar poucos passos aos sábados e nem acender o fogo na cozinha, tampouco poder levar um doente a um clínico no sábado, regulamentos esses quebrantados por Jesus quando mostrou que a caridade tem de se sobrepor a todas as leis, até às Dez Leis de Deus, no qual o santo e solene sábado está bem descrito.

Gálatas, 5.4: “De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes”.

Não nos esqueçamos aqui que Paulo pregava contra um grupo que pregava a continuação das obras da lei judias já citadas acima, também no Evangelho.

Pra que os leitores entendam bem o discurso de Paulo contra as ordenanças da carne, imagine Paulo em frente a um grupo de pagãos convertidos, dizendo a eles:

“Irmãos, pra que vocês possam pertencer à religião da graça e da liberdade de Jesus, é preciso que se submetam a uma dolorosa operação no pênis de cada um para que se arranque a pele que cobre o prepúcio”. Sem comentários!

Mostramos aqui o imenso erro dos fariseus modernos que afirmam, descaradamente, que Jesus pregou na cruz os Dez Mandamentos de Deus Pai, a base de tudo; a orientação do cristão, pois nada funciona sem leis. Ninguém poderia se preso no mundo se não houvesse um Código Civil.

Jesus resumiu as Dez Leis um duas, mas resumir não é excluir.

“Mestre, qual o maior dos mandamentos da Lei? Respondeu-lhes Jesus: Amarás ao teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e com todo o teu entendimento. Este é o grande e Primeiro Mandamento. O segundo é semelhante a este: Amarás a teu próximo como a ti mesmo. Destes dois Mandamentos dependem toda a Lei e os profetas”. Mateus, 22.36 a 40.

Paulo revela o mesmo em Romanos, 13.8:

“A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei. Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor”.

Então, qual fariseu poderá se rebelar contra a Palavra de Deus Escrita, que não deixa brechas para Satanás, mas seus servos as encontram? Esses fariseus tentam acabar com o Decálogo exclusivamente para não terem de obedecer ao único Mandamento de Deus, instituído desde a Criação e o único denominado santo, solene e abençoado pelo próprio Deus: o do sábado.

Atos dos Apóstolos nos mostram bem claramente o que era leis escravas,difíceis de suportar, segundo os próprios apóstolos:

“Alguns indivíduos que desceram da Judéia ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos.

Tendo havido, da parte de Paulo e Barnabé, contenda e não pequena discussão com eles, resolveram que esses dois e alguns outros dentre eles subissem a Jerusalém, aos apóstolos e presbíteros, com respeito a esta questão. Enviados, pois, e até certo ponto acompanhados pela igreja, atravessaram as províncias da Fenícia e Samaria e, narrando a conversão dos gentios, causaram grande alegria a todos os irmãos.

Tendo eles chegado a Jerusalém, foram bem recebidos pela igreja, pelos apóstolos e pelos presbíteros e relataram tudo o que Deus fizera com eles. Insurgiram-se, entretanto, alguns da seita dos fariseus que haviam crido, dizendo: É necessário circuncidá-los e determinar-lhes que observem a lei de Moisés.

Então, se reuniram os apóstolos e os presbíteros para examinar a questão. Havendo grande debate, Pedro tomou a palavra e lhes disse: Irmãos, vós sabeis que, desde há muito, Deus me escolheu dentre vós para que, por meu intermédio, ouvissem os gentios a palavra do evangelho e cressem.

Ora, Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, concedendo o Espírito Santo a eles, como também a nós nos concedera. E não estabeleceu distinção alguma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé o coração. Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais puderam suportar, nem nós?

Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram”.Atos dos apóstolos, capítulo 15.

A dolorosa circuncisão na carne era apenas uma das leis escravas, que amaldiçoavam, leis estas que o Evangelho tanto se colocou contra, principalmente o apóstolo Paulo.

Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado”. Jesus Cristo aos fariseus, em João 9.41.

Graça, paz, saúde e muita sabedoria, extensivos aos familiares.

Waldecy

www.segundoasescrituras.com

2 comentários:

Marcello de Oliveira disse...

Shalom!

Uma alegria conhecer seu blog. O Eterno
Resplandeça o rosto DELE sobre ti.

Medite no Salmo 36.8,9

Nele, Pr Marcelo Oliveira

P.s>> Visite:

http://davarelohim.blogspot.com/

e veja a matéria inédita:

Encontradas moedas egípcias com
a efígie de José

Hermes C. Fernandes disse...

Parabéns pelo trabalho no blog.

Aproveito para lhe convidar a conhecer meu blog, e se também desejar segui-lo, será uma honra.

Seus comentários também serão muito bem-vindos.

www.hermesfernandes.blogspot.com

Te espero lá!