Isvonaldo sou Protestante

Isvonaldo sou Protestante

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Noticias Cristãs

'O que está acontecendo em Alagoas é o poder de Deus', diz novo deputado
Vanessa Alencar

Pastor João Carlos: 'O que está acontecendo é o poder de Deus'
O Pastor João Carlos (PV), que tomou posse na tarde desta terça-feira, 5, na Assembléia Legislativa de Alagoas – ALE, na vaga do deputado estadual afastado Isnaldo Bulhões (PMN), fez um discurso empolgado para um plenário lotado de fiéis da Igreja Batista, a qual pertence. Em um dos momentos de maior empolgação, quando a platéia gritou “aleluia” em resposta as palavras do pastor, o presidente da Casa, deputado Fernando Toledo (PSDB) interferiu, pedindo que fossem evitadas manifestações neste sentido. Ao final do discurso, onde o nome de Deus foi inúmeras vezes citados, o deputado convidou a todos para rezar, de pé, a oração do Pai Nosso. “A Assembléia é casa do povo e este é nosso estilo de agradar a Deus, mas se o regimento não permite demonstrações desse tipo não tem problema”, disse o novo deputado, ao responder que a interferência do presidente da Casa não o teria constrangido. Em entrevista ao Alagoas24horas, o pastor que teve 506 votos atribuiu sua presença na Casa Tavares Bastos ao poder de Deus. “Eu tive essa votação e estou aqui e os que tiveram milhares de votos estão presos. Isso é o poder de Deus, um tapa na cara de quem gastou milhões para se eleger. O que está acontecendo, de todos terem o mesmo pensamento: moralizar Alagoas, é o poder de Deus”, frisou. João Carlos afirmou que integra o bloco independente, formado pelos suplentes que assumiram as vagas dos deputados afastados pela justiça. “Somos fiéis a esse grupo que nos apoiou desde o início, fiéis ao projeto para salvar Alagoas”. Perguntado se votaria pela destituição dos cargos de presidente e 1º secretário da Mesa Diretora, o pastor disse: “Não adianta construir um projeto novo em base velha”. Já o deputado Hélio Silva (DEM), ao ser perguntado se faria parte do bloco independente, demonstrou pouca familiaridade com os assuntos da Casa: “Estou chegando hoje e não quero falar nada de antemão. Vou ouvir todos os deputados e tomar conhecimento das coisas. O Parlamento é uma coisa nova para mim”, finalizou.Alagoas 24 Horas

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

ISRAEL

“Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, teus irmãos, os teus próprios irmãos, os homens do teu parentesco e toda a casa de Israel, todos eles são aqueles a quem os habitantes de Jerusalém disseram: Apartai-vos para longe do Senhor; esta terra se nos deu em possessão. Portanto, dize: Assim diz o Senhor Deus: Ainda que os lancei para longe entre as nações e ainda que os espalhei pelas terras, todavia, lhes servirei de santuário, por um pouco de tempo, nas terras para onde foram. Dize ainda: Assim diz o Senhor Deus: Hei de ajuntá-los do meio dos povos, e os recolherei das terras para onde foram lançados, e lhes darei a terra de Israel . Voltarão para ali e tirarão dela todos os seus ídolos detestáveis e todas as suas abominações” (Ezequiel 11.14-18).
Como nunca, desde sua fundação em 1948, o atual Estado de Israel enfrenta ataques de todos os lados no mundo inteiro. Há algum tempo, após a guerra contra o Hezb’allah (Partido de Alá) em 2006, um israelense, não-praticante do judaísmo, disse em poucas palavras: “A cada ano que passa, eles nos odeiam mais”. A despeito do que Israel faça, seja bom ou mau, a maioria da opinião pública mundial o entende como uma provocação que justifica o ódio do mundo inteiro contra o povo da aliança divina.
Como se isso já não fosse suficientemente ruim, era de se esperar que o povo do Livro (i.e., os crentes em Cristo) apoiasse unanimemente a existência do atual Estado de Israel, já que Deus tem trazido Seu povo de volta à terra que lhe pertence. Contudo, a cada dia que passa, mais pessoas de dentro da cristandade se manifestam contra Israel e, à semelhança do mundo descrente, também acusam a nação de Israel de ser a causadora dos problemas no Oriente Médio.
Terra versus Jesus?
Um exemplo típico das pessoas no âmbito evangélico que negam o evidente futuro profético de Israel como consta na Bíblia, é Gary DeMar, um teólogo que defende a Teologia da Substituição. Ao comentar sobre o esforço conjunto pró-Israel da parte de cristãos e judeus, DeMar declarou: “Os envolvidos nisso estão mais preocupados com a terra de Israel do que com o Evangelho de Jesus Cristo que transforma vidas”. Então DeMar é capaz de “discernir os pensamentos e propósitos do coração”? Ele prossegue sua declaração, ao afirmar que “a única preocupação desses que advogam o fim dos tempos é Israel e sua terra”.[1]
Terra versus Jesus?
Um exemplo típico das pessoas no âmbito evangélico que negam o evidente futuro profético de Israel como consta na Bíblia, é Gary DeMar, um teólogo que defende a Teologia da Substituição. Ao comentar sobre o esforço conjunto pró-Israel da parte de cristãos e judeus, DeMar declarou: “Os envolvidos nisso estão mais preocupados com a terra de Israel do que com o Evangelho de Jesus Cristo que transforma vidas”. Então DeMar é capaz de “discernir os pensamentos e propósitos do coração”? Ele prossegue sua declaração, ao afirmar que “a única preocupação desses que advogam o fim dos tempos é Israel e sua terra”.[1]
Deus tem trazido Seu povo de volta à terra que lhe pertence. Na foto: marcha em Jerusalém.
Em vez de tentarmos adivinhar os motivos de uma pessoa, como faz DeMar, é melhor analisarmos a prática dessa pessoa no assunto em questão. Está mais do que evidente que preteristas, como de DeMar, raramente são conhecidos por seus esforços de evangelismo, menos ainda pela evangelização dos judeus. Porém, o historiador Timothy Weber, ao relatar o surgimento da posição dispensacionalista, registra o seguinte: “Os pré-milenistas foram capazes de dar importância à evangelização dos judeus, ao mesmo tempo que apoiavam as aspirações nacionalistas judaicas”.[2] Na verdade, o alto interesse na evangelização dispensacionalista dos judeus foi documentado numa pesquisa sobre a história da evangelização de judeus. Yaakov Ariel afirma o seguinte:
O surgimento do movimento em prol da evangelização dos judeus nos Estados Unidos também coincide com o surgimento do Sionismo, o movimento nacionalista judaico que almeja a reconstrução da Palestina como um centro judaico. A comunidade missionária, à semelhança dos dispensacionalistas americanos em geral, tem profundo interesse nos acontecimentos entre o povo judeu [...] talvez não seja surpresa o fato de que os missionários enviados aos judeus estejam entre os principais divulgadores do ponto de vista dispensacional pré-milenista [...] Eles condenam o anti-semitismo e a discriminação verificada no mundo inteiro contra os judeus.[3]
A Bíblia e a terra
Ao longo de todo o Antigo Testamento, Deus afirma que a terra de Israel foi dada por herança aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó – os judeus. Com exceção de Jonas, todos os profetas do Antigo Testamento fazem menção a um retorno definitivo dos judeus à Terra de Israel.[4] Essas promessas do Antigo Testamento nunca foram alteradas ou anuladas em nenhum texto do Novo Testamento. Na realidade, tais promessas foram ratificadas por algumas passagens do Novo Testamento.[5] Walter Kaiser assinala que “o autor da carta aos Hebreus (Hb 6.13,17-18) afirma que Deus [...] jurou por si mesmo quando fez a promessa para mostrar quão imutável era o Seu propósito”.[6] Ao se referir às promessas feitas a Israel, Paulo afirma: “Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” (Rm 11.29).
A única base legítima que os judeus possuem para reivindicar seu direito à terra de Israel provém da Bíblia. De fato, se não fosse pela história de Israel registrada na Bíblia, nem sequer se conheceria a relação do povo judeu com a terra de Israel . É justamente pelo fato de que Deus associa o povo judeu com a terra que Ele lhe deu – situada no atual Oriente Médio – que, até mesmo, podemos constatar a realidade de um movimento conhecido, hoje em dia, como sionismo (sionismo é o termo usado com mais freqüência para descrever a aspiração de qualquer pessoa, seja judeu ou gentio, que deseja que os judeus possuam a terra de Israel). Os difamadores do sionismo se vêem obrigados a dizer que a promessa, feita por Deus, de dar a terra de Israel aos judeus, foi invalidada de alguma maneira. Ao longo dos anos, quantas pessoas tentaram provar exatamente isso! Todavia, a Palavra de Deus fala mais alto do que a voz estridente deles em coro. O argumento sionista prevalece ou desaparece diante do que a Bíblia ensina acerca de Israel – o povo e a terra. É bem verdade que um legítimo argumento em defesa de Israel pode ser apresentado com base em muitos fundamentos, mas, no fim das contas, a questão se resume ao que Deus pensa sobre esse assunto, segundo Ele comunicou através de Sua Palavra inerrante e autorizada – a Bíblia.
A promessa divina referente à terra
O Senhor chamou Abrão para que saísse de Ur dos Caldeus e fez com ele uma aliança, ou pacto, incondicional. Esse pacto, conhecido como aliança abraâmica, continha três cláusulas principais: (1) uma terra para Abrão e seus descendentes, o povo de Israel; (2) uma semente ou descendência física de Abrão; e (3) uma benção de amplitude mundial (Gn 12.1-3).
No famoso sonho de Jacó em que este viu uma escada que ia da terra ao céu, o Senhor lhe declarou: “Eu sou o Senhor, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti e à tua descendência” (Gn 28.13).
Para que não houvesse dúvida a respeito do que Ele estabelecera, o Senhor fez com que Abrão dormisse em sono profundo, para que o próprio Deus se tornasse o único signatário daquele pacto (Gn 15.1-21). Deus disse a Abrão: “À tua descendência dei esta terra” (v. 18). Ainda que o Senhor tenha sido o único signatário ativo a passar por entre as metades dos animais cortados [N. do T., o que em hebraico significava “cortar” ou “firmar” uma aliança], conforme é descrito em Gênesis 15, fica evidente, todavia, que Abraão obedeceu ao Senhor durante a sua vida: “porque Abraão obedeceu à minha palavra e guardou os meus mandados, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis” (Gn 26.5). John Walvoord faz a seguinte observação: “É relevante o fato de que a promessa estava relacionada com a obediência de Abraão, não a obediência de Isaque, a partir do que a promessa se torna imutável e seu cumprimento infalível”.[7] Essa aliança é, repetidamente, confirmada a Abraão, Isaque, Jacó e seus descendentes; cerca de vinte vezes ou pouco mais no livro de Gênesis.[8] Como foi dito nas Escrituras, a promessa de Deus aos patriarcas é uma aliança eterna (Gn 17.7,13,19).
A promessa da terra, contida na aliança, passou de Abraão para Isaque, não para Ismael. O Senhor deu a seguinte ordem a Isaque: “Habita nela [i.e., na terra], e serei contigo e te abençoarei; porque a ti e a tua descendência darei todas estas terras e confirmarei o juramento que fiz a Abraão, teu pai. Multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e lhe darei todas estas terras. Na tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra” (Gn 26.3-4). Aqui podemos perceber uma reprodução duplicada da promessa feita por Deus ao pai de Isaque (cf. Gn 12.3; 15.18).
Jacó é o terceiro na descendência patriarcal, em lugar de Esaú. Posteriormente, o nome de Jacó foi mudado para Israel, que se tornou o nome original da nova nação constituída. No famoso sonho de Jacó em que este viu uma escada que ia da terra ao céu, o Senhor lhe declarou: “Eu sou o Senhor, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti e à tua descendência. A tua descendência será como o pó da terra; estender-te-ás para o Ocidente e para o Oriente, para o Norte e para o Sul. Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra” (Gn 28.13-14). Tal declaração também contém uma repetição daquela promessa referente à terra, feita por Deus a Abraão e Isaque, a qual passaria adiante para a posteridade de Jacó e se cumpriria na descendência de seus doze filhos, as doze tribos de Israel e seus descendentes. Walvoord comenta o seguinte:
Uma análise detalhada dessas passagens deixa claro que a promessa referente à terra era inerente à totalidade da aliança feita com Abraão. Em virtude do fato de que Abraão se tornou um grande homem, teve uma numerosa posteridade e trouxe benção para o mundo inteiro por meio de Cristo, é coerente a suposição de que o restante da aliança abraâmica também se cumprirá em termos tão literais e exatos quanto essas cláusulas que já se cumpriram. A interpretação não-literal ou condicional dessas promessas não encontra respaldo nas Escrituras.[9]
O livro de Gênesis se encerra com o registro da permanência temporária de Jacó, seus doze filhos e os descendentes deles na terra do Egito. O livro de Êxodo relata a história da libertação desse povo daquela escravidão no Egito e de sua preparação para a entrada na terra de Canaã. Apesar de Israel ter vagueado durante quarenta anos no deserto, por causa de sua incredulidade, foi lá no deserto que Moisés recebeu a Lei, a qual se tornaria a constituição da nova nação e por cujos preceitos Israel seria governado na terra.
No livro de Deuteronômio encontram-se no mínimo vinte e cinco alegações de que a terra é um presente do Senhor para o povo de Israel (Dt 1.20,25; 2.29; 3.20; 4.40; 5.16, etc.). Walter Kaiser, um erudito especializado no Antigo Testamento, assinala que “o escritor de Deuteronômio repetiu, por sessenta e nove vezes, o compromisso de que um dia Israel ‘possuirá’ e ‘herdará’ a terra que Deus lhe prometeu”.[10]
Os capítulos 28-30 de Deuteronômio apresentam as condições para que Israel desfrutasse as bênçãos ao entrar na terra. Devemos lembrar que, embora a terra tenha sido dada incondicionalmente ao povo de Israel, a Lei Mosaica estipulou condições para que a nação fruísse das bênçãos de Deus na terra. O período da Tribulação será um tempo de disciplina divina sobre a nação, disciplina essa que levará Israel à obediência em arrependimento. Depois da Grande Tribulação, durante aqueles dias magníficos e gloriosos do reino milenar, Israel vai ter a experiência de ocupar plenamente toda a extensão de sua terra, usufruindo as muitas bênçãos prometidas no Antigo Testamento.
No livro de Salmos, o hinário de Israel para cantar louvores ao Senhor, o adorador é levado muitas vezes a dar graças ao Senhor pelas promessas e pela fidelidade da Sua aliança. O Salmo 105, por exemplo, declara: “Lembra-se perpetuamente da sua aliança, da palavra que empenhou para mil gerações; da aliança que fez com Abraão e do juramento que fez a Isaque; o qual confirmou a Jacó por decreto e a Israel por aliança perpétua, dizendo: Dar-te-ei a terra de Canaã como quinhão da vossa herança” (Sl 105.8-11). Em outro lugar do livro de Salmos, o Senhor assegura: “Pois o Senhor escolheu a Sião, preferiu-a por sua morada: Este é para sempre o lugar do meu repouso; aqui habitarei, pois o preferi” (Sl 132.13-14). A decisão divina de proporcionar uma terra para o povo judeu tem se mantido firme ao longo de toda a história.
Walter Kaiser, um erudito especializado no Antigo Testamento, assinala que “o escritor de Deuteronômio repetiu, por sessenta e nove vezes, o compromisso de que um dia Israel ‘possuirá’ e ‘herdará’ a terra que Deus lhe prometeu”. Na foto: a rua Ben-Yehuda, em Jerusalém.
Por todo o Antigo Testamento os profetas acusaram Israel por sua desobediência, contudo, sempre apresentavam a perspectiva de uma restauração futura, quando finalmente Israel habitará em paz e prosperidade. Do começo ao fim do Antigo Testamento, os profetas mencionaram promessas e mais promessas desse momento futuro do restabelecimento de Israel na sua terra (Is 11.1-9; 12.1-3; 27.12-13; 35.1-10; 43.1-8; 60.18-21; 66.20-22; Jr 16.14-16; 30.10-18; 31.31-37; 32.37-40; Ez 11.17-21; 28.25-26; 34.11-16; 37.21-25; 39.25-29; Os 1.10-11; 3.4-5; Jl 3.17-21; Am 9.11-15; Mq 4.4-7; Sf 3.14-20; Zc 8.4-8; 10.11-15). Um exemplo específico de texto bíblico referente à restauração pode ser encontrado no fim do livro de Amós: “Mudarei a sorte do meu povo de Israel; reedificarão as cidades assoladas e nelas habitarão, plantarão vinhas e beberão o seu vinho, farão pomares e lhes comerão o fruto. Plantá-los-ei na sua terra, e, dessa terra que lhes dei, já não serão arrancados, diz o Senhor, teu Deus” (Am 9.14-15).
É importante assinalar que Zacarias, após o retorno do exílio na Babilônia, menciona um futuro regresso à terra, numa indicação conclusiva de que as restaurações de Israel à sua terra, em ocasiões passadas, não foram o cumprimento pleno e definitivo daquela promessa de concessão da terra feita a Abraão, Isaque e Jacó. Os capítulos 9-14 do livro de Zacarias apresentam um plano de regresso do povo judeu a Jerusalém e à terra de Israel no fim dos tempos. Kaiser faz a seguinte observação:
Os profetas do Antigo Testamento descreveram, por repetidas vezes, a realidade de um remanescente israelita que retornava à terra (p.ex., Is 10.20-30) e, nos últimos dias, se tornava proeminente entre as nações (Mq 4.1). Para dizer a verdade, o texto de Zacarias 10.8-12 ainda repete essa mesma promessa no ano 518 a.C., momentos depois que muitos de Israel tinham retornado de seu último e derradeiro exílio, o Exílio Babilônico.[11]
Além do mais, Israel tem a garantia de um futuro na sua terra, pois o Senhor não revogou nenhuma das promessas que fez a Seu povo, a nação de Israel, em toda a Bíblia: “porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” (Rm 11.29).
Diversos reagrupamentos no fim dos tempos
Para que se possa entender corretamente essa “volta ao lar” ou reagrupamento dos judeus na sua terra por ocasião do fim dos tempos, é preciso ter em mente que a Bíblia prediz o fato de que Israel teria a experiência de passar por dois reagrupamentos de amplitude mundial no regresso à Terra Prometida. O primeiro reagrupamento seria parcial, gradativo e numa condição de incredulidade, enquanto o segundo seria completo, instantâneo e marcado pela fé em Jesus, como seu Messias pessoal e nacional.
Israel tem a garantia de um futuro na sua terra, pois o Senhor não revogou nenhuma das promessas que fez a Seu povo, a nação de Israel, em toda a Bíblia: “porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” (Rm 11.29). Na foto: as colinas de Jerusalém.
Dezenas de passagens bíblicas predizem esse acontecimento de caráter mundial. Entretanto, verifica-se um erro muito comum de tratar todas essas passagens como referências de um mesmo acontecimento cumprido no calendário profético, especialmente no que diz respeito ao Estado de Israel contemporâneo. A nação de Israel dos dias atuais é profeticamente relevante e constitui-se num cumprimento da profecia bíblica. Porém, ao estudarmos a Palavra de Deus, temos que ter o cuidado de distinguir os versículos que encontram seu cumprimento profético em nossos dias, daqueles versículos cujo cumprimento ocorrerá em ocasião futura.
Em suma, haverá dois reagrupamentos de Israel no fim dos tempos: um antes da Tribulação e outro depois da Tribulação. O primeiro reagrupamento mundial será caracterizado por uma atitude de incredulidade, como uma preparação para o juízo da Tribulação. O segundo reagrupamento mundial será um retorno no fim da Tribulação, caracterizado por uma atitude de fé, como preparação para a benção do Milênio, ou seja, o reinado de Cristo por mil anos sobre a terra.[12]
Um importante texto bíblico que trata dos dois reagrupamentos de Israel encontra-se em Isaías 11.11-12:
“Naquele dia, o Senhor tornará a estender a mão para resgatar [“adquirir outra vez”, na edição Revista e Corrigida] o restante do seu povo, que for deixado, da Assíria, do Egito, de Patros, da Etiópia, de Elão, de Sinar, de Hamate e das terras do mar. Levantará um estandarte para as nações, ajuntará os desterrados de Israel e os dispersos de Judá recolherá desde os quatro confins da terra” (Is 11.11-12; grifo do autor).
“Naquele dia, o Senhor tornará a estender a mão para resgatar [“adquirir outra vez”, na edição Revista e Corrigida] o restante do seu povo, que for deixado, da Assíria, do Egito, de Patros, da Etiópia, de Elão, de Sinar, de Hamate e das terras do mar. Levantará um estandarte para as nações, ajuntará os desterrados de Israel e os dispersos de Judá recolherá desde os quatro confins da terra” (Is 11.11-12)
Esse retorno descrito em Isaías 11 refere-se, nitidamente, ao último reagrupamento mundial de Israel caracterizado pela fé, no clímax do período da Tribulação, como preparo para o reino milenar.
O profeta Isaías não deixa dúvidas de que esse reagrupamento final é aquele que ocorrerá pela segunda vez, ou seja, o segundo reagrupamento. Isso, naturalmente, levanta uma pergunta óbvia: quando, então, aconteceu o primeiro reagrupamento?
Alguns afirmam que o primeiro reagrupamento foi o retorno do exílio babilônico, o qual começou por volta de 536 a.C. Contudo, de que forma tal retorno pode ser descrito como um reagrupamento mundial, segundo comprova o texto de Isaías 11?[13]
Arnold Fruchtenbaum escreve:
O contexto completo desse texto localiza-se em Isaías 11.11-12.6. Nesse contexto o profeta menciona o último reagrupamento mundial marcado pela fé, como condição preparatória para a bênção. Isaías classifica esse reagrupamento de amplitude mundial caracterizado por fé em preparo para o Reino Messiânico como o segundo [N. do T., por causa das expressões “tornará” e “outra vez”]. Em outras palavras, o último reagrupamento nada mais é do que o segundo. Mas se o último é o segundo, quantos podem existir antes dele? Apenas um. O primeiro reagrupamento não poderia ser o retorno do exílio babilônico, porque não foi um re-ajuntamento de âmbito mundial, “desde os quatro confins da terra”, mas simplesmente uma migração de um país (Babilônia) para outro (Judéia). A Bíblia não admite a idéia de vários reagrupamentos de Israel em condição de incredulidade; consente apenas com a idéia de um reagrupamento mundial do Israel descrente, seguido do último reagrupamento, aquele que se caracteriza pela fé, a saber, o segundo. Esse texto só admite a concepção de dois reagrupamentos de âmbito mundial desde os quatro confins da terra. Portanto, o Estado Judeu que existe no presente momento é de grande relevância para a profecia bíblica.[14]
O quadro abaixo oferece uma breve visão comparativa entre os dois grandes reagrupamentos de Israel.[15]
http://www.beth-shalom.com.br/

Fotos dos Irmãos da Igreja Assembleia de Deus (Engenho de Dentro)




TEOLOGIA DA PROSPERIDADE

O grande engano da 'Teologia da Prosperidade'
Jesus não propôs riqueza nem prosperidade aos seus seguidores
Jesus nunca ensinou que o Evangelho pudesse ser uma fonte de enriquecimento ou um meio de se levar uma vida "regalada", "em nome de Deus"; ao contrário, o Senhor ofereceu a renúncia e a cruz àqueles que O seguirem:
"Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz a cada dia e me siga. Porque quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la, mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salvá-la-á" (Lc 9,23-24).
Jesus fala de sacrifício, renúncia, de perder a própria vida; e diz que se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, não pode dar fruto (cf. Jo 12, 24). Isto está longe de ser um ensinamento de enriquecimento, porque se faz a vontade de Deus. Ele não é contra a riqueza justa e sabiamente usada para o bem de si mesmo e dos outros, mas isto está longe de justificar a 'Teologia da Prosperidade'.
No entanto, os adeptos dessa teologia baseiam-se no Antigo Testamento para dizer que os homens de Deus foram ricos como Salomão, e que Jesus prometeu que veio para que tenhamos "vida em abundância". (Jo 10,10)
Segundo a 'Teologia da Prosperidade', Deus concede riqueza e bens materiais a quem Lhe é fiel e paga o dízimo com generosidade; mas esta concepção está mal fundamentada. Todos os católicos devem dar a sua contribuição material à Igreja para que ela possa prover suas necessidades materiais; isto é ensinado pelo Catecismo:
§2043 – "Os fiéis cristãos têm ainda a obrigação de atender, cada um segundo as suas capacidades, às necessidades materiais da Igreja. O quinto mandamento [da Igreja] ("Ajudar a Igreja em suas necessidades") recorda aos fiéis que devem ir ao encontro da necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades (CDC, cân. 222)".
Nem o Catecismo nem outro documento da Igreja obrigam que o dízimo seja 10% do salário, embora muitos adotem isto na prática, o que é bonito. Mas o dízimo não pode ser uma troca com Deus; deve ser uma doação generosa de quem O ama gratuita e desinteressadamente.
Na mentalidade do Antigo Testamento, quando não se tinha uma noção clara da vida eterna, os antigos judeus julgavam que a recompensa de Deus para os bons seria neste mundo mesmo; mas esta concepção foi mudando, como se pode ver no livro de Jó, Eclesiastes, Daniel, etc. A certeza da vida eterna e de uma recompensa muito melhor foi finalmente trazida por Jesus: "Dirá o rei aos que estiveram a sua direita: 'Vinde, benditos do meu Pai, recebei por herança o reino preparado para vós desde a fundação do mundo'"(Mt 25, 26).
E São Paulo completa: "O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram, e o coração do homem jamais percebeu, eis o que Deus preparou para aqueles que O amam" (1Cor 2,9).
Jesus não propôs riqueza nem prosperidade aos seguidores d'Ele. Prometeu sim, vida, e vida em abundância, mas não é a vida mortal e sempre ameaçada que o homem conhece na terra, mas a vida imortal em comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
.: Revista on line: Consumismo distancia ricos e pobres
.: Myrian Rios: Como lidar com a dificuldade financeira
A "Carta aos Hebreus" ensina que Deus nos corrige para o nosso bem: "É para a vossa educação que sofreis: Deus vos trata como filhos. Qual é, com efeito, o filho cujo pai não educa? Se sois privados da educação da qual todos participam, então sois bastardos e não filhos". (Hb 12, 7s)
Dessas Palavras pode-se ver que é falso dizer que Deus paga em dinheiro e bens materiais a quem Lhe é fiel. São Paulo mostra os riscos do enriquecimento para quem não sabe se contentar com o que tem; isto, o avarento: "A piedade é de fato grande fonte de lucro, mas para quem sabe se contentar. Pois nada trouxemos para o mundo, nem coisa alguma dele poderemos levar. Se, pois, temos alimento e vestuário, contentemo-nos com isso. Ora, os que querem se enriquecer caem em tentação e cilada, e em muitos desejos insensatos e perniciosos que mergulham os homens na ruína e na perdição. Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro, por cujo desenfreado desejo alguns se afastaram da fé, e a si mesmos se afligem com múltiplos tormentos". (1Tm 6,5-10)
E Jesus deu-nos uma lição importante quando do encontro com aquele jovem rico, que perdeu a coragem de segui-Lo por causa do dinheiro: "Jesus lhe respondeu: 'Se quiseres ser perfeito, vai, vende os teus bens e dá aos pobres, e terás um tesouro nos céus. Depois, vem e segue-me'. O moço, ouvindo essa palavra, saiu pesaroso pois era possuidor de muitos bens. Então Jesus disse aos seus discípulos: 'Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no Reino dos Céus. E vos digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus'". Ao ouvirem isso, os discípulos ficaram muito espantados e disseram: 'Quem poderá então salvar-se?' Jesus, fitando-os, disse: 'Ao homem, isso é impossível, mas a Deus tudo é possível'". (Mt 19,21-26).
O Brasil tomou conhecimento do triste caso do casal de "bispos" da igreja Renascer. Um juiz brasileiro, da 1ª Vara Criminal de São Paulo, Paulo Antonio Rossi, decretou a prisão deles, em 11 janeiro de 2007 (Folha de SP), depois de terem sido presos nos EUA pelo FBI. O casal foi detido no aeroporto de Miami, na Flórida, em 09 de janeiro de 2007, pelo FBI ao tentar entrar no país com US$ 56 mil não-declarados (mais de R$ 120 mil) em dinheiro vivo, que estava dentro de uma Bíblia, em um porta-CD e nas malas. No despacho, os promotores acusam Estevam e Sônia de continuar a praticar lavagem de dinheiro, dessa vez em solo norte-americano -eles já respondem a esse mesmo tipo de crime na capital paulista.
No Brasil, Estevam e Sônia também são réus em processos por falsidade ideológica, estelionato e evasão de divisas. Desde então, já tiveram bens e contas bancárias seqüestrados ou bloqueados pela Justiça. É o caso do haras em Atibaia (a 60 km de SP), comprado pela Renascer por R$ 1,8 milhão, e uma casa de praia em Boca Raton, na Flórida, que vale US$ 470 mil (R$ 1,27 milhão).
Esses fatos confirmam os argumentos evangélicos apresentados de que a 'teologia da prosperidade' é uma farsa perigosa que tem enganado a muitos. Pessoas bem intencionadas, às vezes desesperadas com os seus problemas, dão o que têm e, às vezes, o que não têm a essas "igrejas", e depois ficam, muitas vezes, em situação pior ainda. Não é esta a vontade Deus; Jesus alertou: "Cuidado com os falsos profetas... pelos seus frutos os conhecereis". (Mt 7,15-16)

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE

A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE À LUZ DA BÍBLIA
Pr. Elinaldo Renovato de Lima
INTRODUÇÃONos últimos anos, tem sido apregoada aos quatro cantos do mundo um ensino exagerado sobre a prosperidade cristã. Segundo este ensinamento, todo crente tem que ser rico, não morar em casa alugada, ganhar bem, além de ter saúde plena, sem nunca adoecer. Caso não seja assim, é porque está em pecado ou não tem fé. Neste estudo, procuraremos examinar o assunto à luz da Bíblia, buscando entender a verdadeira doutrina da prosperidade. I - O QUE É PROSPERIDADE. No Dic. Aurélio, encontramos vários significados em torno da palavra prosperidade.: 1. PROSPERIDADE (do lat., prosperitate). Qualidade ou estado de próspero; situação próspera. 2. PROSPERAR. Tornar-se próspero ou afortunado; enriquecer; ser favorável; progredir; desenvolver. 3. PRÓSPERO. Propício, favorável, ditoso, feliz, venturoso. 4. BIBLICAMENTE, prosperidade é mais que isso. É o que diz o Salmo 1. 1-3.II - A MODERNA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE EM CONFRONTO COM A BÍBLIA.1. NOMES INFLUENTES. 1.1. KENYON. Nasceu em 24.04.1867, Saratoga, Nova York, EUA, falecendo aos 19.03.48. Nos anos 30 a 40, desenvolveram-se os ensinos de Essek William Kenyon. Segundo Pieratt (p. 27), ele tinha pouco conhecimento teológico formal. "Kenyon nutria uma simpatia por Mary Baker Eddy" (Gondim, p. 44), fundadora do movimento herético "Ciência Cristã", que afirma que a matéria, a doença não existem. Tudo depende da mente. Pastoreou igrejas batistas, metodistas e pentecostais. Depois, ficou sem ligar-se a qualquer igreja. De acordo com Hanegraaff, Kenyon sofreu influência das seitas metafísicas como Ciência da Mente, Ciência Cristã e Novo Pensamento, que é o pai do chamado "Movimento da Fé". Esses ensinos afirmam que tudo o que você pensar e disser transformará em realidade. Enfatizam o "Poder da Mente". 1.2. KENNETH HAGIN. Discípulo de Kenyon. Nasceu em 20.08.1918, em McKinney, Estado do Texas, EUA. sofreu várias enfermidades e pobreza; diz que se converteu após ter ido três vezes ao inferno (Romeiro, p. 10). Aos 16 anos diz ter recebido uma revelação de Mc 11.23,24, entendendo que tudo se pode obter de Deus, desde que confesse em voz alta, nunca duvidando da obtenção da resposta, mesmo que as evidências indiquem o contrário. Isso é a essência da "Confissão Positiva". Foi pastor de uma igreja batista (1934-1937); depois ligou-se à Assembléia de Deus (1937-1949), em seguida passou por várias igrejas pentecostais, e , finalmente, fundou seu próprio ministério, aos 30 anos, fundando o Instituto Bíblico Rhema. Foi criticado por ter escrito livros com total semelhança aos de Kenyon, mas defendeu-se , dizendo que não era plágio, que os recebera diretamente de Deus. OUTROS. Kenneth Copeland, seguidor de Haggin, diz que "Satanás venceu Jesus na cruz" (Hanegraaff, p. 36). Benny Hinn. Tem feito muito sucesso. Diz que teve a revelação de que as mulheres originalmente deveriam dar à luz pelo lado de seus corpos (id., p. 36). Há muitos outros nomes, mas este espaço do estudo não permite registrá-los. III - OS ENSINOS DO EVANGELHO DA PROSPERIDADE EM CONFRONTO COM A BÍBLIA. Os defensores da "teologia ou do evangelho da prosperidade" baseiam-se em três pontos a serem considerados: 1. AUTORIDADE ESPIRITUAL. 1.1. PROFETAS, HOJE.Segundo K. Hagin, Deus tem dado autoridade (unção) a profetas nos dias atuais, como seus porta-vozes. Ele diz que "recebe revelações diretamente do Senhor"; "...Dou graças a Deus pela unção de profeta...Reconheço que se trata de uma unção diferente...é a mesma unção, multiplicada cerca de cem vezes" (Hagin, Compreendendo a Unção, p. 7). è O QUE DIZ A BÍBLIA: O ministério profético, nos termos do AT, duraram até João (Mt 11.13). Os profetas de hoje são os ministros da Palavra (Ef 4.11). O dom de profecia (1 Co 12.10) não confere autoridade profética. 1.2. "AUTORIDADE DAS REVELAÇÕES". Essa autoridade deriva das "visões, profecias, entrevistas com Jesus, curas, palavras de conhecimento, nuvens de glória, rostos que brilham, ser abatido (cair) no Espírito", rejeição às doenças, ordenando-lhes que saiam, etc. Ele diz que quem rejeitar seus ensinos "serão atingidos de morte, como Ananias e Safira" (Pieratt, p. 48). èO QUE DIZ A BÍBLIA. A Palavra de Deus garante autoridade aos servos do Senhor (cf. Lc 24.49; At 1.8; Mc 16.17,18). Mas essa autoridade ou poder deriva da fé no Nome de Jesus e da Sua Palavra, e não das experiências pessoais, de visões e revelações atuais. Não pode existir qualquer "nova revelação" da vontade de Deus. Tudo está na Bíblia (Ver At 20.20; Ap 22.18,19). Se um homem diz que lhe foi revelado que a mulher deveria ter filhos pelos lados do corpo, isso não tem base bíblica, carecendo tal pessoa de autoridade espiritual. Deveria seguir o exemplo de Paulo, que recebeu revelação extraordinária, mas não a escreveu (cf. 2 Co 12.1-6). 1.3. HOMENS SÃO DEUSES! Diz Hagin: "Você é tanto uma encarnação de Deus quanto Jesus Cristo o foi..." (Hagin, Word of Faith, 1980, p. 14). "Você não tem um deus dentro de você. Você é um Deus" (Kenneth Copeland, fita cassete The Force of Love, BBC-56). "Eis quem somos: somos Cristo!" (Hagin, Zoe: A Própria Vida de Deus, p.57). Baseiam-se, erroneamente, no Sl 82.6, citado por Jesus em Jo 10.31-39. "Eu sou um pequeno Messias" (Hagin, citado por Hanegraaff, p. 119).O QUE A BÍBLIA DIZ. Satanás, no Éden, incluiu no seu engodo, que o homem seria "como Deus, sabendo o bem e o mal" (Gn 3.5). Isso é doutrina de demônio. Em Jo 10.34, Jesus citou o Sl 82.6, mostrando a fragilidade do homem e não sua deificação: "...Todavia, como homem morrereis e caireis, como qualquer dos príncipes" (v. 7). "Deus não é homem" (Nm 23.19; 1 Sm 15.29; Os 11.9 Ex 9.14). Fomos feitos semelhantes a Deus, mas não somos iguais a Ele, que é Onipotente (Jó 42.2;...); o homem é frágil (1 Co 1.25); Deus é Onisciente (Is 40.13, 14; Sl 147.5); o homem é limitado no conhecimento (Is 55.8,9). Deus é Onipresente (Jr 23.23,24). O homem só pode estar num lugar (Sl 139.1-12). Diante desse ensino, pode-se entender porque os adeptos da doutrina da prosperidade pregam que podem obter o que quiserem, nunca sendo pobres, nunca adoecendo. É que se consideram deuses!2. SAÚDE E PROSPERIDADE. Esse tema insere-se no âmbito das "promessas da doutrina da prosperidade". Segundo essa doutrina, o cristão tem direito a saúde e riqueza; diante disso, doença e pobreza são maldições da lei.2.1. BÊNÇÃO E MALDIÇÃO DA LEI. Com base em Gl 3.13,14, K.Hagin diz que fomos libertos da maldição da lei, que são: 1) Pobreza; 2) doença e 3) morte espiritual. Ele toma emprestadas as maldições de Dt 28 contra os israelitas que pecassem. Hagin diz que os cristão sofrem doenças por causa da lei de Moisés.O QUE DIZ A BÍBLIA. Paulo refere-se, no texto de Gl 3 à maldição da lei a todos os homens, que permanecem nos seus pecados. A igreja não se encontra debaixo da maldição da lei de Moisés. (cf. Rm 3.19; Ef 2.14). Hagin diz que ficamos debaixo da bênção de Abraão (Gl 3.7-9), que inclui não ter doenças e ser rico. Ora, Abraão foi abençoado por causa da fé e não das riquezas. Aliás, estas lhe causaram grandes problemas. Muitos cristãos fiéis ficaram doentes e foram martirizados, vivendo na pobreza, mas herdeiros das riquezas celestiais (1 Pe 3.7). Os teólogos da prosperidade dizem que Cristo, na Cruz, "removeu não somente a culpa do pecado, mas os efeitos do pecado" (Pieratt, p. 132). Mas isso não é verdade, pois Paulo diz que "toda a criação geme", inclusive os crentes, aguardando a completa redenção. 2.2. O CRISTÃO NÃO DEVE ADOECER. Eles ensinam que "todo cristão deve esperar viver uma vida plena, isenta de doenças" e viver de 70 a 80 anos, sem dor ou sofrimento. Quem ficar doente é porque não reivindica seus direitos ou não tem fé. E não há exceções (Pieratt, p. 135). Pregam que Is. 53.4,5 é algo absoluto. Fomos sarados e não existe mais doença para o crente.O QUE DIZ A BÍBLIA:"No mundo, tereis aflições" (Jo 16.33). São Paulo viveu doente (Ver 1 Co 4.11; Gl 4.13), passou fome, sede, nudez, agressões, etc. Seus companheiros adoeceram (Fp 2.30). Timóteo tinha uma doença crônica (1 Tm 5.23). Trófimo ficou doente (2 Tm 4.20). Essas pessoas não tinham fé? Jesus curou enfermos, e citou Is 53.4,5 (cf. Mt 8.16,17). No tanque de Betesda, havia muitos doentes, mas Jesus só curou um (cf. Jo 5.3,8,9). Deus cura, sim. Mas não cura todos as pessoas. Se assim fosse, não haveria nenhum crente doente. Deve-se considerar os desígnios e a soberania divina. Conhecemos homens e mulheres de Deus, gigantes na fé, que têm adoecido e passado para o Senhor. 2.3. O CRISTÃO NÃO DEVE SER POBRE. Os seguidores de Hagin enfatizam muito que o crente deve ter carro novo, casa nova (jamais morar em casa alugada!), as melhores roupas, uma vida de luxo. Dizem que Jesus andou no "cadillac" da época, o jumentinho. Isso é ingênuo, pois o "cadillac" da época de Cristo seria a carruagem de luxo, e não o simples jumentinho. O QUE DIZ A BÍBLIA. A Palavra de Deus não incentiva a riqueza (também não a proíbe, desde que adquirida com honestidade, nem santifica a pobreza); S. Paulo diz que aprendeu a contentar-se com o que tinha (cf. Fp 4.11,12; 1 Tm 6.8); Jesus enfatizou que só uma coisa era necessária: ouvir sua palavra (Lc 10.42); Ele disse que é difícil um rico entrar no céu (Mt 19.23); disse, também, que a vida não se constitui de riquezas (Lc 12.15). Os apóstolos não foram ricaços, mas homens simples, sem a posse de riquezas materiais. S. Paulo advertiu para o perigo das riquezas (1 Tm 6.7-10) 3. CONFISSÃO POSITIVA. É o terceiro ponto da teologia da prosperidade. Ela está incluída na "fórmula da fé", que Hagin diz ter recebido diretamente de Jesus, que lhe apareceu e mandou escrever de 1 a 4, a "fórmula". Se alguém deseja receber algo de Jesus, basta segui-la: 1) "Diga a coisa" positiva ou negativamente, tudo depende do indivíduo. De acordo com o que o indivíduo quiser, ele receberá". Essa é a essência da confissão positiva. 2) " Faça a coisa". "Seus atos derrotam-no ou lhe dão vitória. De acordo com sua ação, você será impedido ou receberá".3) "Receba a coisa". Compete a nós a conexão com o dínamo do céu". A fé é o pino da tomada. Basta conectá-lo.4) "Conte a coisa" a fim de que outros também possam crer". Para fazer a "confissão positiva", o cristão dever usar as expressões: exijo, decreto, declaro, determino, reivindico, em lugar de dizer : peço, rogo, suplico; jamais dizer: "se for da tua vontade", segundo Benny Hinn, pois isto destrói a fé. Mas Jesus orou ao Pai, dizendo: "Se é da tua vontade...faça-se a tua vontade..." (Mt 26.39,42). "Confissão positiva" se refere literalmente a trazer à existência o que declaramos com nossa boca, uma vez que a fé é uma confissão" (Romeiro, p. 6).IV - A VERDADEIRA PROSPERIDADE. A Palavra de Deus tem promessas de prosperidade para seus filhos. Ao refutar a "Teologia da Prosperidade", não devemos aceitar nem pregar a "Teologia da Miserabilidade". 1. A PROSPERIDADE ESPIRITUAL. Esta deve vir em primeiro lugar. Sl 112.3; Sl 73.23-28. É ser salvo em Cristo Jesus; batizado com o Espírito Santo; é ter o nome escrito no Livro da Vida; é ser herdeiro com Cristo (Rm 8.17); Deus escolheu os pobres deste mundo para serem herdeiros do reino (Tg 2.5); somos co-herdeiros da graça (1 Pe 3.7); devemos ser ricos de boas obras (1 Tm 6.18,19); tudo isso nos é concedido pela graça de Deus. 2. PROSPERIDADE EM TUDO.Deus promete bênçãos materiais a seus servos, condicionando-as à obediência à sua Palavra e não à "Confissão Positiva".2.1. BÊNÇÃOS E OBEDIÊNCIA. Dt 28.1-14. São bênçãos prometidas a Israel, que podem ser aplicadas aos crentes, hoje. 2.2. PROSPERIDADE EM TUDO (Sl 1.1-3; Dt 29.29; ). As promessas de Deus para o justo são perfeitamente válidas para hoje. Mas isso não significa que o crente que não tiver todos os bens, casa própria, carro novo, etc, não seja fiel.2.3. CRENDO NOS SEU PROFETAS (2 Cr 20.20;). Deus promete prosperidada para quem crê na Sua palavra, transmitida pelos seus profetas, ou seja, homens e mulheres de Deus, que falam verdadeiramente pela direção do Espírito Santo, em acordo com a Bíblia, e não por entendimento pessoal. 2.4. PROSPERIDADE E SAÚDE (3 Jo 2). A saúde é uma bênção de Deus para seu povo em todos os tempos. Mas não se deve exagerar, dizendo que quem ficar doente é porque está em pecado ou porque não tem fé. 2.5. BÊNÇÃOS DECORRENTES DA FIDELIDADE NO DÍZIMO (Ml 3.10,11). As janelas do céu são abertas para aqueles que entregam seus dízimos fielmente, pela fé e obediência à Palavra de Deus.2.6. O JUSTO NÃO DEVE SER MISERÁVEL. (Sl 37.25). O servo de Deus não deve ser miserável, ainda que possa ser pobre, pois a pobreza nunca foi maldição, de acordo com a Bíblia.CONCLUSÃO. O crente em Jesus tem o direito de ser próspero espiritual e materialmente, segundo a bênção de Deus sobre sua vida, sua família, seu trabalho. Mas isso não significa que todos tenham de ser ricos materialmente, no luxo e na ostentação. Ser pobre não é pecado nem ser rico é sinônimo de santidade. Não devemos aceitar os exageros da "Teologia da Prosperidade", nem aceitar a "Teologia da Miserabilidade". Deus é fiel em suas promessa. Na vida material, a promessa de bênçãos decorrentes da fidelidade nos dízimos aplicam-se á igreja. A saúde é bênção de Deus. Contudo, servos de Deus, humildes e fiéis, adoecem e muitos são chamados á glória, não por pecado ou falta de fé, mas por desígnio de Deus. Que o Senhor nos ajude a entender melhor essas verdades.BIBLIOGRAFIA. - Bíblia Sagrada, ERC. Ed. Vida, S. Paulo, 1982. - GONDIM, Ricardo. O Evangelho da Nova Era. Abba, S. Paulo, 1993. - HANEGRAAFF, Hank. Cristianismo em Crise. CPAD, Rio, 1996. - ROMEIRO, Paulo. Super Crentes. Mundo Cristão, S. Paulo, 1993.